Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
The Past Calls.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772648/chapter/4

A noite havia caído em São Francisco quando Rossi chegou a casa de Carlos Garcia. Ele e Penelope não se falavam há muito tempo. O investigador havia sido gentil em dar o endereço do homem.

Quando ele tocou a campainha, parecia que sua mão era feita de pedra. Ele havia saído da vida de Barbara logo que Pen fez dois anos. Ele nunca havia contado que ele era o pai verdadeiro dela.

A porta foi aberta. Ele e o homem se encararam por alguns segundos, em silêncio.

— Carlos Garcia? – Rossi recuperou a fala. – Eu sou o agente David Rossi. FBI.

— Se é sobre Penelope, eu não vejo por anos. – Carlos parecia chateado. – Então eu não sei no que ela está envolvida.

— Ela trabalha para nós. – Rossi viu o choque no rosto do homem. – E ela é uma das melhores que temos na equipe. Estou aqui porque ela foi raptada.

— Olhe agente. –Carlos era arrogante. – Eu não estou a fim de saber no que aquela garota se meteu.

— Eu acho que eu sei porque ela nunca falou sobre você. – Rossi não estava feliz. – Eu só quero te dizer algo. Você não sabe a mulher forte que ela virou sem vocês. Desculpa por vir aqui e te fazer ter um pouco de humildade.

Rossi saiu da casa, deixando um Carlos atordoado. Ele sabia que estava sendo infantil. Ele sentiu que pedras o derrubaram quando finalmente a ficha caiu.

Voltando para casa, ele foi para o sótão e pegou a caixa que ele abriria de vez enquando secretamente.

Fotos de Penelope quando menina com ele e seus outros irmãos, velhas e empoeiradas. Ele queria falar com ela. Saber de tudo o que houve. Rossi deveria ter dado um murro nele. Ele merecia.

Pegando o celular, ele discou para Eddie e aguardou. Ele faria tudo certo agora.

— Carlos. – Eddie atendeu. – Ainda não é sábado.

— Eu sei. – Ele respondeu. – É sobre Penelope. Eu sei que pedi para evitar falar sobre ela, mas ela foi raptada.

— Sequestrada? – Eddie pulou da cama. – Onde? Como?

— Aparentemente, nossa irmã trabalha para os federais agora. – Carlos sorria. – Eu não sei tudo, mas ela trabalhava no caso das garotas do centro de convenções. E ela foi raptada.

— Se eu nunca mais puder pedir desculpas a ela, Carlos. - Eddie estava chateado. – A culpa será sua. Foi você que nos obrigou a afastar ela.

— Sim. Eu sei. – Ele respondeu com culpa. – E você pode me dar um murro na cara se ela morrer. Eu sei que ela precisa de nós agora. Ligue para os outros e nos vemos na delegacia de polícia.

Eddie concordou e desligou. Ele deixou a caixa o lugar e desceu para a cozinha.

— Meu anjo. – Ele abraçou sua filha. – Papai precisa ir em busca da tia Penelope.

— Eu tenho uma tia? – A garotinha loira se virou. – Por que eu nunca soube disso.

—Papai brigou com ela. – Carlos soltou uma lágrima. – E ela está em perigo. Preciso chegar a um amigo e resgatar ela.

— Salve ela pai. – Bella abraçou seu pai. – E depois traga ela até mim.

Carlos beijou a testa de sua filha. Saindo de casa, ele tinha alguém para ver. A filial do FBI em São Francisco era cheia de policiais que ele conhecia.

— Luke! – Carlos chamou o agente. – Preciso de você.

— Carlos. – Luke apertou sua mão. – Não me diga que seu cão se perdeu de novo.

— Eu vim por outro motivo. – Carlos o levou para fora. – Eu não sei se te contei sobre a minha irmã.

— Sim. – Luke sorriu. – A sua irmã que você não sabe onde ela está.

— Ela trabalha para o FBI. – Carlos viu Luke o olhar assustado. – Ela foi pega pela unidade de analise comportamental e agora é analista técnica.

— Espere. – Luke tinha um sorriso bobo. – Penelope Garcia é sua irmã? Soube que ela está com o agente Morgan. Depois do tiro que ela levou eu achei que não demoraria para eles se pegarem.

— Espera. – Carlos sentiu seus joelhos dobrarem. – Minha irmã foi baleada?

— Vamos para delegacia Carlos. – Luke levantou o homem. – Eles podem dizer mais sobre isso por lá.

Em algum lugar na floresta...

Hotchner olhou outra vez para Penelope. Ela finalmente estava acordando. Ele logo correu para seu lado. Ela abriu os olhos e tentou não ficar com medo.

— Ei, eu estou bem aqui. – Hotch a tranquilizou. – Eu realmente preciso que você fique calma.

— O que houve? – A voz dela estava rouca. – Como viemos parar aqui?

— Eu não sei como ele te apanhou, Pen. – Hotch moveu a mão ele para o galo dela. – Mas ele pode ter te acertado com algo.

— A pancada. – Pen fechou os olhos com a lembrança. – Eu não entendo. Faz cinco meses. Ele ainda deveria estar preso.

— Eu prometo que assim que saímos disso. – Ele a olhou nos olhos. – Eu vou pessoalmente dar uma bala para ele.

— Acha que eles já sabem? – Ela parecia nervosa. – Que nos sumimos?

— Provavelmente. – Hotch respondeu. – Ele te amarou com ferros grossos, Pen. Isso deve ser doloroso.

— Eu não consigo sentir meus pés. – Ela viu Hotch a olhar com horror. – Hotch, o que ele fez comigo?

E pela primeira vez, ele desejou não saber a verdade. Poderiam ser tantas coisas. Desse um simples imobilizador químico até quebrar as pernas dela. E se fosse isso, Hotch quebraria as dele em troco.

Uma porta foi aberta e Hotch se colocou na frente de Penelope. Tommy apareceu na porta da cela e começou a sorrir para o desespero de Pen.

— Bom que tenha acordado, senhorita Garcia. – Tommy abriu a porta e entrou. – Se não se importar, eu devo te imobilizar, agente Hotchner. Essa bela jovem e eu, temos algo para começar.

— Eu me importo sim. – Hotch ficou ainda mais perto de Penelope. – O que fez com ela? Ela não sente as pernas. É muito injusto.

— Eu não seria maluco de quebrar aquelas pernas lindas. – Tommy olhava com desejo para Pen. – Eu dei um imobilizador químico para a dama.

Hotch sabia que ele fazia qualquer coisa em uma vítima. Logicamente ele teve alguma ajuda nisso.

Ele olhou para o lado e viu que ele se aproximava de Penelope perigosamente.

— Deixe ela em paz. – Hotch o afastou. –Eu já falei, me leve.

Um homem veio por trás dele o arrastou. Tommy se aproximou de Garcia e começou a massagear suas pernas. Ela tentou ir para algum lugar feliz durante todo o tempo.

— Edward. – Tommy instruiu outro capanga. – Leve a senhorita Penelope com você.

— Não. – Penelope sentiu sendo levantada. – Eu não quero ir.

— Traga o senhor Hotchner também. – Tommy instruiu. – Eu adoraria que ele participasse disso.

Hotch foi forçado para frente por outro capanga. Eles estavam saindo da prisão. Ele só precisava pensar rápido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winter Blues" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.