Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 47
Don't Break My Heart




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Luke entrou no quarto de sua esposa. Ela estava ligada a uma máquina apenas porque ela havia acabado de passar por mais de quatro horas de cirurgia.

Era tensão suficiente. Ele nunca culparia Hotch ou Pen. Ele descobriu que o homem que atirou em sua esposa estava morto e isso lhe deu algum alivio.

Ele traçou as linhas do rosto de sua mulher e mãe de sua filha. Ele alcançou o presente e esperou que ela acordasse. Amanhã era o aniversário de Anna. Ele havia feito algo personalizado para ela. Um álbum dele e de Catherine para ela.

Derek entrou e se sentou com Luke, olhando para a mulher na cama. 

— Como você está? – Derek perguntou. – Está mais otimista?

— Não diria muito otimista. – Luke suspirou. – Mas ela está estável no momento e eles podem dizer que ela vai poder usar o braço de novo com muita fisioterapia.

— Como você sabe, Pen foi baleada anos atrás. – Derek precisava dar apoio a Luke. – Pensei que a tivesse perdido.

— Carlos não sabe exatamente sobre isso. – Luke respondeu. – Eu disse a ele o que ele precisava, mas não contei a ele tudo.

— Tudo o que ele precisa saber é que JJ o matou na agência depois que ele fez um homem de refém. – Derek suspirou. – Kevin estava lá naquela época. Diria que eu dei muita brecha para ele.

— Por que coisas assim acontecem? – Luke perguntou. – Nossas esposas não fizeram nada para merecer isso.

— Não sabia que você e Anna haviam se casado. – Derek estava realmente feliz pelo amigo. – Quando foi?

— Antes de Catherine nascer. – Luke respondeu. – Foi muito simples. Apenas no cartório.

— Ela vai ficar bem. – Derek sorriu para o amigo. – Quando isso tudo acabar, vamos casar vocês na igreja.

Ambos sorriram e então Derek se despediu de Luke e desejou melhoras para Anna.

Penelope acordou no quarto do hospital, sem exatamente lembrar do que aconteceu.

— Pen. – Rossi a olhou. – Está tudo bem agora.

— Agente Rossi. – Pen notou o clima entre ela e Dave. – O que houve?

— Filha, você foi sequestrada. – Rossi ficou surpreso pelo uso de seu título. – O que você lembra?

— Estávamos no caso de Royal e então eu acordei aqui. – Ela viu todos se olharem. – O que?

— Eu vou chamar um médico. – Dave se afastou. – Eu volto logo, prometo.

— Senhor. – Pen se virou para Hotch e Emily. – O que eu perdi?

— Você pode estar com perda de memória Penelope. – Emily viu Derek entrando. – Morgan, eu não acho...

— Meu amor. – Derek puxou Pen para um beijo. – Aurora E Kirsten ficarão tão felizes.

— Derek! – Pen se afastou. – Por que me beijou? E quem diabos são Kirsten e Aurora?

— Nossas filhas. – Derek sentiu que algo errado. – O que está havendo?

— Senhorita Garcia. – Heitor usou o sobrenome antigo. – Eu preciso que você me diga a última coisa que você se lembra?

— O caso em Royal. – Penelope respondeu. – O que está havendo?

— Vocês me dariam alguns minutos? – Heitor resolveu que iria contar a verdade. – Eu preciso conversar com a senhorita Garcia por alguns minutos.

Derek saiu, contrariado. Ele não conseguia culpar Pen. Mas seria complicado explicar para suas filhas.

Emily se sentou na recepção com medo pelo futuro da amiga. Parecia que o destino brincava com ambos e ela não gostava disso.

Após vinte minutos, um sedativo e muitas lágrimas, Heitor saiu do quarto. Foi muito mais difícil do que ele achou.

— Eu contei toda a verdade. – Ele viu os olhos de Derek. – Felizmente não foi complicado demais para ela entender que se casou com você, mas ela ficou abismada quando descobriu sobre todo o resto.

— Ela sabe sobre as meninas? – Derek perguntou. – Sobre nossas filhas?

— Foi o pior momento. – Heitor respondeu. – Ela se sentiu a pior mãe de todas quando descobriu que teve meninas e gêmeas. Ela queria lembrar delas e eu tive que sedar ela.

— E como isso fica? – Dave perguntou. – Quanto tempo demora?

— Eu não sei. – Heitor suspirou. – Temo que demore muito tempo antes de ela se lembrar alguma coisa.

Derek olhou para a sua esposa, dormindo no quarto, pela janela e com Spencer ao seu lado. Ele tinha medo que ela não lembrasse dele ou de suas filhas e que isso fizesse ela definhar aos poucos.

Entrando no quarto, Derek sentiu como se estivesse enlouquecendo sem ouvir sua esposa lhe chamar de melhor amante.

Percebendo o comportamento de Derek, Reid se aproximou do amigo e o abraçou.

— Por que de novo? – Derek perdeu a compostura de qualquer coisa que estava segurando. – Estávamos felizes e isso acontece.

Enquanto isso, Penelope estava tendo uma batalha interna com sua própria mente. Ela acordou nesse quarto, anos depois do caso de Royal, onde ela era casada e tinha duas filhas com o homem que ela amava.

Ela começou a ter flashes de lembranças e não conseguia respirar. Foi quando tudo começou a sair do controle e as lembranças voltaram como se ela saísse de sua própria morte ou de uma piscina de água.

Reid e Derek ainda estavam um pouco abraçados quando Pen começou a se debater na cama. Agindo rápido, Derek subiu sob ela e prendeu seus braços, tentando ao máximo evitar alguma fratura.

— Está tudo bem, Baby Girl. – Derek a beijou. – Eu estou aqui, ok?

Houve uma correria, houve gritos de uma Penelope muito agitada. Houve Rossi e todos da equipe em uma preocupação.

Penelope acordou e olhou para o marido com medo.

— Derek! – Ela o abraçou forte. – Por favor, diga que você é meu marido.

— Eu sou. – Derek começou a chorar de verdade. – Eu sou seu marido.

— Onde meu pai está? – Pen procurou David pelos rostos. – Eu quero ver meu pai.

— Estou aqui. – Ele a abraçou com força. – Minha querida menina.

Heitor parou na entrada do quarto, perplexo com a retomada de lembranças de Penelope tão rapidamente.

— Eu acho que terei que refazer os exames. – O médico enxotou todos, menos Derek. – Acho que você pode ficar, Sr Morgan.

— Por favor. – Pen apertou a mão de Derek. – Deixe-o aqui comigo.

Refazendo os exames, Heitor sorriu perfeitamente. Ele tinha um carinho especial por Penelope.

— Muito bem, apesar da falta de memórias um tempo atrás. – Heitor olhou o gráfico. – Parece que você é um milagre. E não vejo motivo para te prender aqui ainda.

— Isso significa que eu finalmente posso tentar um bebê? – Penelope tinha esperanças. – Isso se tornou minha prioridade.

— Está liberada, senhorita Garcia. – Heitor riu. – Mas vá com calma. Ok?

— Agora eu vou ser sua Derek. – Pen sentiu Derek a colocar nos braços. – Oh deus.

— Não até que estejamos em casa. – Derek sussurrou no ouvido dela. – Hora de finalmente estar livre.

— Eu não quero ir para a casa de Rossi ainda. – Pen tinha um brilho nos olhos. – Lembra do meu apartamento? Ele ainda está vazio. Nunca vendemos.

— Baby Girl. – Derek realmente concordou. – O que dizemos a eles?

— Que precisamos de um tempo sozinhos. – Penelope conspirou. – Afinal, precisamos nos conectar de novo.

— Temos que ir ver Anna antes. – Derek a lembrou. – Hoje é o aniversário dela e ela está passando no hospital.

— Depois podemos ir transar? – Penelope foi direta. – Afinal, acho que Hotch e Emily estão prestes a se atacarem aqui mesmo no hospital.

— Vamos. – Derek deu uma palmada em seu traseiro. – Você será minha morte.

Ela se virou para Derek e caminhou até o marido. Parando a sua frente, ela passou suas mãos pela cintura e o beijou. Eles não se importavam onde estavam. Eles sentiram a falta disso.

E eles iriam curtir antes que tudo mais acontecesse. O que eles esperavam que fosse anos e anos depois. Ou talvez nunca.


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