Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 45
The gleam of your eyes.




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Quando Derek passou com Pen pela porta da frente, a primeira coisa que ela notou foi a faixa de boas-vindas que todos colocaram.

Clooney, o cão, veio ao seu encontro e ela se abaixou e tateou sua cabeça. O cachorrinho parecia entender o que devia fazer.

— Ei amigo. – Ela bagunçou suas orelhas. – Eu senti sua falta.

Colocando as patas em sua perna, Clooney choramingou um pouco.

— Ei garoto. – Derek sorriu. – Ela está de volta agora.

— Ele sente a minha falta. – Penelope disse. – Afinal, eu lhe dou sempre comida.

Kirsten e Aurora passaram pela porta, correndo para Clooney e com cuidado o abraçaram também.

No último mês, Derek adotou uma linda gatinha toda tigresinha. Ela era um pouco mais velha do que ele costumava adotar, mas Penelope havia se apaixonado pela felina assim que a avistou no abrigado.

E Derek que não tinha paciência com gatos, passou a adorar a pequena leoa. Ela passava um bom tempo no colo de Derek e Kirsten e Aurora começaram a criar uma responsabilidade desde já.

Dizer que as duas meninas amavam animais era um eufemismo. Aurora praticamente gritou com um cara que tinha prendido um cachorro na corrente embaixo do sol enquanto eles foram para um passeio.

Derek concordou com a filha e obrigou o homem a colocar o cachorrinho para uma sombra, correndo o risco de ser preso.

Leona, a pequena gatinha, pulou no colo de Penelope e começou uma sessão de ronrom bem-vindos a Penelope.

— Eu senti sua falta também, Leona. – Penelope fez carinho na pequena gata. – Eu senti falta dessa casa e de tudo.

— Vamos manter seguranças aqui, Penelope. – Hotch falou. – Não sabemos se Edgar está mesmo no Brasil, mas não podemos deixar ele vir atrás de vocês.

— Eu sei que a casa é de Dave, mas não podemos arriscar. – Emily completou o marido. – Só queremos que vocês fiquem bem.

— Eles ficaram bem. – Dave passou com Erin. – Mas vamos gostar dos seguranças. Alguma coisa sobre o filho de Edgar? Ou o amigo estúpido de Kevin?

— Não para ambos. – Hotch deu de ombros. – Cristopher desapareceu logo que foi solto com a fiança e o filho de Edgar sumiu como o pai. Evan, Cristopher e Edgar estão ambos foragidos há duas semanas.

— A pista sobre o Brasil pode ser a melhor que temos. – Reid estava de volta, agora com Anna. – Como ela conseguiu prender quem estava à procura, Anna se ofereceu para ser a ligação com o governo brasileiro.

— Não vai ser fácil. – Anna virou os olhos. – Eu pessoalmente, queria não ter que negociar com eles. Eu preferia apenas falar com o governo do estado onde eu tenho quase certeza que ele está.

Penelope olhou para Anna. Algo parecia errado com a agente e a relutância em falar com o governo do próprio país.

— Vocês acham que eu posso pegar um copo de água? – Anna pediu. – Estou realmente com sede.

— Claro. – Rossi olhou para Derek. – Pode pegar.

Anna foi para a cozinha e tirou um copo do armário. Derek a seguiu e ficou olhando para a garota pegando água.

Derek sempre gostou de Anna, como se fosse uma irmã. É claro que a garota não havia lhe contado tudo sobre seu passado e algo ainda a machucava.

— Como está Catherine? – Derek se aproximou com calma. – Ela cresceu.

— É. Ela cresceu. – Anna respondeu. – Luke e ela foram para New York fazer uma sessão de pai e filha.

— Por isso está chateada? – Derek pegou um sanduiche na geladeira. – Ou tem a ver com seu antigo governo?

— Renunciei a ele quando me tornei uma agente do FBI. – Anna o olhou. – Não queria estar associada a aquele tipo de atitude. Depois que me naturalizei, percebi que aquele nunca foi meu país.

— Nunca contou a ninguém sobre o que aconteceu lá. – Derek a fez se sentar. – E mesmo que eu possa pedir a Pen para achar, vou gostar de saber por você.

— Eu apenas não posso falar sobre isso. – Anna mordeu o lanche. – Dizer que foi um desastre depois é a única coisa que eu realmente quero dizer.

Anna e Derek trocaram olhares e Pen entrou na cozinha. Anna se sentiu com medo ao encontrar com Pen. Ela sabia que não precisava temer Penelope, mas algo disse em seu interior que eles não iriam querer saber.

— Eu tenho que ir. – Anna se levantou. – Eu vou falar com o governo brasileiro sobre o que nós precisamos, não se preocupe.

Penelope se sentou com Derek e esperou até a garota sair.

— Os pais dela foram mortos em uma operação do governo. – Pen começou e ela sabia que não deveria realmente dizer. – Quando Anna descobriu sobre a participação do governo, ela veio para os EUA sob a proteção de Rossi e virou agente federal.

— Seu pai a trouxe para o FBI? – Derek perguntou. – Quando descobriu?

— Dois meses atrás. – Penelope se sentou ao lado do marido. – Anna me contou muita coisa que eu nem sei se posso dizer.

— Ela é forte e tem uma filha. – Derek se sentiu péssimo. – Eu não sabia disso.

Pen queria dar uma volta e explorar a vizinhança.

— Tenho guarda costas. – Pen convenceu Derek. – E eu estou por aqui se algo acontecer.

Saindo do portão, Pen se virou para fechar e sentiu algo duro se conectar a sua cabeça. Deixando as chaves caírem, Pen foi arrastada para a van, em um momento de distração dos seguranças.

Agora Edgar deu risada da moça a sua mercê e esperou uma reação em cadeia.

Anna olhou pela janela e viu a cena. Correndo escada a baixo, encontrou Derek e sem uma palavra o puxou.

— Anna. – Derek sabia que algo estava acontecendo. – O que foi?

— A van. – Anna apontou para o carro. – Penelope foi sequestra....

Ela não completou quando tiros soaram e Derek a jogou no chão, tentando proteger ela. Tirando a arma do coldre, Derek correu em direção a van, junto de Dave e Hotch que também vieram correndo.

Edgar riu da cena que ficou para trás. Ele tinha o objeto de seu ódio com ele e nada o impediria de se vingar dela depois de fazer o que ele planejou.

Correndo para Anna, Reid a encontrou com um tiro no ombro e desmaiada. Ele olhou para Derek que tinha um pedido de desculpas implícito em seu olhar.

— Agente especial Aaron Hotchner. – Hotch gritou. – Precisamos de um bloqueio na Vermont Stret.

— Não vou esperar. – Derek entrou em um SUV com Dave. – Você não vai fugir de mim seu porco.

Dirigindo com rapidez, Derek e Dave se preparam para qualquer coisa. Eles contavam com tudo o que poderia dar errado.

Eles precisavam confirmar, mas tinham quase certeza sobre Evan e Edgar. Eles não podiam dizer se Cristopher estava por lá também.

Edgar olhou para o SUV e decidiu que ele teria um fim e agora. Derek idiota Morgan não teria a esposa de volta. Se ele e Evan estavam nessa para morrer, era o que eles iriam fazer.

— Não posso fazer isso. – Evan se preparou para pular. – Divirta-se com ela.

Abrindo a porta da van, Evan pulou.  Rolando pela relva da estrada onde ele estava, ele deixou Edgar e Cristopher a própria sorte.

Os dois se olharam e ficaram perplexos com a traição de Evan.

— Estamos nessa para o fim. – Edgar suspirou. – Você também?

— Já estou morto se Morgan me pegar. – Cristopher respondeu. – O que quer fazer?

— Lembra daquela curva? – Edgar suspirou. – Aquela com o barranco?

— Sim. – Cristopher viu a SUV ganhar reforço. – Eu lembro.

Dirigindo até a curva mencionada, Edgar sentiu que era hora de ver o que Kevin via em Penelope, mas antes de abrir o último botão de sua camisa, a van virou e Edgar caiu, batendo a cabeça e morrendo na hora. Penelope atravessou o vidro da janela da van e ficou pelo caminho.

Derek parou o carro, gritando de horror quando a mesma explodiu pelos ares.

— PENELOPE!!! – Derek se ajoelhou ao chão. – Meu deus! PENELOPE!

Rossi começou a chorar e se ajoelhou na terra, enquanto todos os outros saíram da SUV de reforço. Emily e JJ se abraçaram de medo e Hotch amaldiçoou todos os santos e deuses que conhecia.

Derek caiu no chão, em choque e dor.


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