Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 44
Bumpy Road.




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Os minutos seguintes depois que Penelope contou a história, David Rossi não tinha idéia do que dizer. Ele sentiu na pele o que alguns pais sentem quando seu filho está em perigo.

Algo chamou sua atenção. O nome do rapaz era Jesse, assim como Jesse Reynolds, o único que fugiu há quase dois anos. Ele sabia que os irmãos dela estavam por algum lugar do hospital e ele não conseguiria viver sem confirmar isso.

— Eu lutei muito depois daquele dia. – A voz calma de Penelope tirou Dave de seu tormento. – Não confiava em ninguém que não fossem meus irmãos e meus pais. Achava que todos queriam isso.

— O que aconteceu com o garoto? – Rossi precisava de algo para começar. – Digo, seu irmão o expulsou e ele só saiu assim?

— Jesse tentou entrar em contato comigo. – Pen sentiu a mão de Rossi na sua. – Ele mandava cartas, me perseguiu pela escola. Meus pais se mudaram depois de quatro semanas. Nunca mais vimos ele.

Agora Dave estava alarmado. Jesse Reynolds poderia realmente ser o unsub desaparecido e sem pistas novas. Bem, até agora. Ele queria pegar esse cara, sabendo que ele poderia estar observando Pen esse tempo todo de um lugar ou outro.

Eddie cruzou a porta do quarto com Carlos, Manny e Rafe.

— Posso falar com você, Eddie? – Rossi perguntou. – Tenho uma questão e preciso de uma ajuda.

— Claro. – Eddie beijou a testa de sua irmã. – Vocês três se comportem com ela ou eu vou chutar suas bundas.

Todos riram. De todos ali, Eddie era o meio irmão superprotetor de Penelope. Ele sempre foi e sempre seria. Ele se sentou com Dave do lado de fora do hospital. Hoje seria o dia da alta de Penelope, mas ele sentia que não era sobre isso que Rossi queria conversar.

— Penelope me contou o que aconteceu na infância. – Dave sentiu Eddie endurecer ao seu lado. – Poderia me contar algo mais sobre aquele dia?

— Jesse Reynolds era meu amigo e o mais velho do grupo. – Eddie olhava para o chafariz a sua frente. – Eu precisei comprar um lanche para Penelope e cometi o erro de deixar ele com Pen. Ela tinha sete anos e ele tinha algo doente sobre Pen.

— Entendo. – Rossi falou. – Mas não sobre Jesse. Você achou que ela ficaria segura com ele.

— Eu nunca consegui apagar a imagem de meu ex amigo apalpando minha irmã de sete anos. – Eddie se inclinou, claramente com raiva. – Ele teve a coragem de me dizer que ela o provocou, mas ela estava fazendo a lição de casa.

Rossi não culpava Eddie. A raiva dele, evidenciando cada palavra.

— Eu nunca vi Penelope com tanto medo na vida antes daquele dia. – Jesse colocou as mãos no rosto. – No dia seguinte, eu briguei com ele na escola na frente de quem quisesse ouvir. Gritei que ele não deveria tocar meninas de sete anos daquele jeito e ele me bateu.

— Ele apenas foi embora? – Rossi tinha confirmado o sobrenome há algum tempo. – Deixou tudo e todos para lá?

— Nos mudamos logo em seguida. – Eddie respondeu. – Penny não falou por um mês, todos estávamos preocupados e querendo proteger ela. Mas nós a deixamos em paz, ela não precisava de estress ainda mais. Minha mãe a levou numa terapeuta e ela começou a falar de novo.

Rossi começou a chorar. Sua filha parecia guardar muita coisa que ele precisaria descobrir como entrar, sem causar mais dor.

— Ela não confiava em quase ninguém depois daquele dia. – Eddie olhou para as próprias mãos. - Eu, Carlos, Manny, Rafe e papai éramos os únicos a quem ela confiava. Minha mãe exigiu que meu pai se mudasse dali e ele nem tentou reclamar. 

Rossi sorriu para isso. Ele buscou Emilio em um banco de dados logo que soube sobre ele conviver com Pen e o homem era lindo e certo. Ele havia ficado um mês segundo a família só para ter certeza que sua menina estava bem.

— Vamos levar Penelope para casa. – Rossi disse, depois de uns minutos em silêncio. – Vocês são convidados a ficar conosco. Tenho uma casa ao lado e vocês e suas famílias podem vir e passar um tempo.

— Bella vai adorar. – Eddie respondeu. – Ela está com saudade de sua tia Penny.

— Você poderia buscar ela. – Rossi olhou. – Eu nem te conheço tempo suficiente, mas Pen se sentia sozinha com vocês longe.

— Fomos todos uns putos com nossa irmã. – Eddie levantou. – Não cometeremos esse erro de novo.

— Aí estão vocês. – Derek saiu e os encontrei. – Estamos arrumando nossa Baby Girl para ir para casa. Eu gostaria de dizer que vocês a deixaram preocupada.

— Obrigada Eddie pela conversa. – Rossi apertou a mão do homem. – Hora de levar Penelope Morgan para casa.

— Pelos céus e finalmente. – Rossi ouviu quando chegaram ao quarto. – Temos assassinos a nossa volta e vocês somem por duas horas inteiras.

— Eu sinto muito Penelope. – Rossi riu. – Não percebemos que foi tanto tempo assim.

— Você está chateado? – Penelope viu Derek se perguntar. – Sobre o que eu te contei?

— Vamos levar você para casa, ok? – Derek salvou Rossi de responder. – Você vai me contar aquilo?

— Você pode pedir ao meu pai? – Pen não queria ser rude com o marido. – Eu só não sei se posso contar de novo, mesmo para você.

— Nenhum problema, princesa. – Derek girou a esposa nos braços. – Finalmente estamos deixando esse lugar feio.

— Eu quero pizza. – Pen pediu. – Eu posso?

— Tome cuidado com isso, ok? – Heitor deu uma receita. – Boa sorte.

— Eu te admiro Dr. – Pen o abraçou. – Boa sorte com sua esposa.

— Boa sorte com seu marido. – Heitor retribuiu. – E eu espero que você e Derek tenham um filho logo.

— Com Derek... – Pen olhou eroticamente para o marido. – Eu acho que posso com certeza te dar esperanças.

— Ok. – Hotch riu. – Hora de voltar para casa. Erin está esperando um bebê e Spencer correu para casa com Anne. Ela não estava bem.

— Acho que há outro bebê vindo. – JJ riu. – Finalmente Reid vai poder ter seu filho.

— Hahaha. – Hotch começou a rir. – Se tiver outro surto de bebês na agência eu vou enlouquecer.

— Não seria nada comparado ao último. – Emily piscou para o marido. – Nem foi tão ruim.

— "Nem foi ruim?" – Hotch se sentou. – E quando Aurora jogou um chocalho na cara do diretor do FBI? Por deus, achei que seria demitido naquele momento.

— Ainda bem que ele entendeu. – Pen sorriu. – Ela tinha o que? Quatro meses? Ele levou na esportiva.

— Não digo que seria ruim ter outro bebê em casa. – Derek conspirou. – Aurora E Kirsten me deixam tão cansado de tanto brincar que eu mal posso reclamar.

Eles saíram do hospital e Derek acomodou Pen na SUV. Ele a beijou entrando no SUV com suas filhas e partiu para a casa de Dave. Cada casal e filhos foram para o SUV e partiram, inconscientes da câmera hackeada do hospital, por Edgar escondido em uma cidade no Brasil.

Ele salvou todas as imagens de Penelope, Derek e sua equipe tola. Eles iriam pagar. E seria em breve.


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