Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 43
For my sanity.




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2 meses atrás...

Anna sentiu as primeiras dores do parto irromperem. Ela estava trabalhando em um caso novo. Um desvio de remédios no hospital. Ela havia conversado com Pen algumas horas atrás, verificando a amiga que parecia cada vez mais doente.

— Dra. – Um colega se aproximou dela. – Você está tendo o seu bebê.

— É sério? – Anna olhou para o jovem. – Uma mistura de dor e sarcasmo. – Eu achei que estava prestes a expelir um bebê.

Ele riu, entendendo o nervosismo. Ela discou o número de Luke, que finalmente estava pela cidade. Cruzando a porta dez minutos depois, parecendo confuso e com medo, ele encontrou sua esposa na emergência.

— Que bom que chegou. – Anna foi levada para a sala de exames. – Agora não há como voltar atrás.

— E eu nem queria. – Luke se posicionou em sua esposa. – Você pode fazer isso, certo?

E ela fez. Pouco mais de meia hora depois o choro da primeira filha do casal estava no mundo. Tão linda como a mãe, tão perfeita quanto o pai.

Eles a chamaram de Catherine por ser tão perfeita. Luke sabia que sua vida finalmente havia ficado boa.

Agora...

Erin Strauss geralmente não acreditava em milagres e já tinha se acostumado com a idéia de que não teria filhos com Dave. Eles achavam impossível. Provavelmente ela deveria ter sabido que isso era uma das coisas que só o destino diria.

— Eu não sei como aconteceu. – Erin olhou nervosa para Dave. – Quero dizer, eu nunca conversei com você sobre ter outro bebê e meu ginecologista me disse...

— Ei. – Rossi a beijou antes que ela começasse a divagar. – Eu não estou bravo, só em choque. Eu também achei impossível, mas estou feliz.

— Acha que Penelope e Joy ficaram feliz? – Erin tinha medo. – Quero dizer, ela vai achar que eu quero seu dinheiro.

— Você sabe que Penelope adora você, então acalme-se. – Rossi pegou o exame de sangue. – Eu acho que vou ser pai de novo.

— E eu mãe. – Erin se sentiu puxada para os braços de Rossi. – Deus, eu te amo tanto.

— Eu também te amo, Erin. – Rossi beijou sua esposa. – Hora de dizer a Pen que seremos pais.

Penelope estava apreensiva com a volta dos seus pais. Strauss se tornou uma grande amiga e aliada na BAU e ela estava grata por isso.

Ela tinha visto Derek sorrindo feito bobo quando Dave ligou, mas não entendeu muito bem o que acontecia.

— Derek. – Ela cansou de esperar. – Me conte pelo amor de deus.

— Eles estão vindo aí, Baby Girl. – Derek se sentou e pegou um livro de bebês. – Eu quero ter um nome para quando você engravidar de novo.

— Quer dizer algo com isso? – Pen teve um momento de compreensão. – Jura?

Penelope ficou animada com o que acabara de pensar. Ela queria que seu pai tivesse essa alegria também. Logo mais, ela teria outro bebê.

Era o que teria acontecido caso ela não tivesse perdido o bebê. Isso a fez se fechar e ficar triste. Ela não podia deixar de pensar que ela poderia ter sua bebê em seus braços e isso a levou as lágrimas.

Ela tinha certeza que seria uma garotinha. Tudo para uma felicidade arrancada dela.

Derek olhou para a esposa e para Kirsten e Aurora e se lembrou de seu bebê. Ele não poderia dizer a ela que havia feito uma pequena lápide para se lembrar.

— Baby Girl. – Ele a abraçou. – Vamos conseguir outro bebê. Eu sei o que está havendo.

— Eu o teria em meus braços. – Pen chorou. – Ela era meu sonho.

— Nosso sonho. – Derek a embalou gentilmente. – Nosso sonho. Assim que for liberada pelo médico vamos trabalhar para outro bebê.

— Você promete? – Seus olhos cheios de lágrimas. – Mesmo?

Derek assentiu em silêncio e a troca foi concluída com a batida dos novos papais. Dave sorriu para a filha.

— Podemos entrar? – Dave viu que provavelmente interrompia algo. – Podemos voltar depois.

— Fique. – Pen queria muito abraçar o pai. – Eu quero te parabenizar.

— Obrigado, minha princesa. – Dave abraçou Pen. – Nunca pensei que a essa altura eu seria pai outra vez.

— Você está feliz? – Pen viu Rossi assentir. – Então você já está no primeiro da gravidez também.

— Eu queria voltar aqueles dias em que não nos víamos e fazer tudo diferente. – Rossi viu Pen recuar. – Filha, qual o problema?

— Eu não sei posso dizer. – Ela praticamente se fechou e Dave teve medo de perguntar. – Provavelmente não deveria.

— Querem ir buscar um doce? – Erin perguntou para Kirsten e Aurora, ganhando um sonoro sim. – Quer vir também Morgan?

— Sim. – Derek sabia que Pen lhe contaria depois. – Nós voltamos já.

Pen sentiu Dave se sentar em sua cama junto a ela. Ela não sabia se seria uma boa coisa.

Pegando a mão de sua filha, a pulseira de guizos fez barulho de sininhos. Dave a olhou, intrigado.

— Eu não vou achar menos de você se não me contar. – Ele a olhava nos olhos. – Mas algum dia eu vou querer saber.

— Não eram meus irmãos e nem meu padrasto. – Pen suspirou. – Eram os amigos de Eddie.

— Certo. – Rossi teve medo do que viria a seguir. – Vamos Pen, não me feche.

— Um dia eu estava em casa... – Pen começou a lembrar daquela tarde...

Alguns anos atrás...

Penelope era uma linda menina de sete anos. Seus cabelos loiros e sua habilidade social faziam dela um convite para predadores. Nada disso era intencional.

Eddie tinha um grupo de amigos, onde Jesse era o mais velho e tinha uma fixação acima da média por Penelope, mesmo ela tendo apenas sete anos.

Certa manhã, quando Eddie o deixou sozinho com Penny, Carter se esgueirou onde ela fazia o dever de casa e a puxou para seus braços, literalmente a prendendo em si e a vendo lutar contra ele para sair.

— O que está fazendo? – Pen tentou chutar ele. – Eu vou contar para o meu irmão.

— Você será uma mentirosa. – Jesse tentou beijar Pen. – Vamos, me dê um pouco de amor.

— Jesse! – Eddie entrou e correu para ajudar Penny. – Qual o seu problema?

— Ela me provocou. – Jesse tentou mentir. – Ela estava sentada ali e me provocou.

— Penelope estava fazendo a lição dela! – Eddie puxou sua irmã de seu amigo. – Se isso se repetir, Jesse, eu nunca vou te perdoar.

Jesse se levantou e saiu de casa. Eddie levou sua irmã de volta para seu quarto e a fez dormir. Ele a abraçou, tentando acalmar ela. Ele estava irritado pelo o que seu agora ex amigo fez com ela.

Quando Barbara e Emilio chegaram, Eddie contou tudo o que aconteceu e Emilio ficou vermelho de raiva ao saber o que aconteceu.

Eles se mudaram quatro semanas depois. Penelope havia ficado retraída demais e tinha medo de sair sozinha. Eddie fez Jesse prometer nunca mais procurar a ele ou sua família.

Penelope voltou a confiar nas pessoas, mas não como antes. Ela foi para terapia e começou a se perder nos códigos de computador.


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