Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 41
Pieces of the past.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772648/chapter/41

2008...

Penelope havia acabado um caso trágico onde pessoas haviam sido queimadas vivas e ela só queria ficar sozinha em sua cama. Ela recebeu os parabéns de Hotch, mas ela precisava ficar sozinha.

Kevin entrou, não respeitando o não que ela deu a ele no telefone. Ele a olhou deitada na cama, roupas de trabalho e olhos vermelhos.

— Eu falei que você deveria mudar de emprego. – Ele pegou a foto dela com Derek. – E se afastar dele.

Ele deixou o porta retratos quebrar no chão e a olhou, ainda em silencio completo.

— Não vai me bater? – Ela perguntou. – Você sempre faz isso comigo.

— Todos merecemos ser agredidos as vezes. – Kevin a pegou pelos pulsos. – Você nunca será dele. Você sabe disso.

— Então me mate agora. – Pen pediu. – Ou eu juro que vou me separar de você.

Ele deu a ela um tapa em seu rosto.

— Nunca duvide quando eu digo que posso te matar. – Ele sussurrou em seu ouvido. – Morgan nunca saberia que eu te matei dormindo.

Ela levou outro tapa de Kevin e ele apertou seus pulsos. Quando ele a obrigou a dormir com ele depois, ela fazia porque ele ameaçava sua equipe, sua família. Mas ela se sentia cada vez mais suja.

Agora...

Ouvindo cada palavra de Reid, Derek sentiu vontade de matar Kevin. Não importava que homem estivesse morto. O último relato foi de dois dias antes do aniversário de Pen e de Kevin indo preso finalmente.

— Por que ela não me contou? – Derek podia ver sua esposa sofrendo tudo sozinha. – Eu deveria saber.

— Ela precisava de alguém que pudesse garantir a ela que você não iria para cadeia. – Reid viu Derek o olhar. – Ela não queria você preso por matar alguém. Ele a ameaçou, ameaçou nós.

— O que eu faço com essa informação? – Derek colocou a cabeça entre suas pernas. – O que eu digo para ela?  

— Diga que a apoia. – Reid olhou para Pen. – Do jeito que eu apoio ela.

Foi nesse momento que um ramo de flores foi entregue e Derek colocou luvas. Ele não queria que Pen visse, mas ela olhou direto para a dúzia de rosas colombianas a sua frente.

— Oi. – Spencer a distraiu. – Bom ver você acordada.

— Bom ver você Spencer. – Ela deu meio sorriso e olhou para Derek. – De quem elas são?

"quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus, resolvem se encontrar..."

— São de Edgar. – Derek suspirou. – Aquele canalha miserável.

— O que a frase significa? – Reid reconheceu a letra, mas não conseguiu juntar. – É de uma música antiga brasileira.

— Nem vou perguntar, mas quero muito saber. – Derek olhou para o amigo. – Como você sabe?

— A esposa de Luke me deu uma aula básica sobre MPB. – Reid viu Derek boiando. – Música popular brasileira. Muito popular antigamente. Eram basicamente músicas românticas. Existiam até festivais antigamente para isso.

— Ok. – Derek se sentou, claramente interessado. – E como a letra se encaixa?

— Essa letra faz parte de uma delas. – Reid explicou. –  É de um cara chamado Tom Jobim. E a música se chama "pela luz dos olhos teus".

Penelope olhou para Derek assustada. Se a letra poderia indicar onde Edgar estava, ele estaria no Brasil. Aquele miserável.

— Eu estou indo para casa. – Penelope tentou levantar. – Precisamos manter todos em segurança. A família Lynch é a última que você quer enfrentar.

— Podemos te manter a salvo. – Reid falou. – Vou coordenar com Anna. Ela ainda está em disfarce aqui no hospital, podemos finalmente botar essa gente na cadeia.

— Anna não é enfermeira? – Derek estava surpreso. – Então por que ela está aqui?

— Esquema de desvio de remédios. – Anna falou da porta. – Mais dois Meses e eu volto a ser uma agente.

— Como está Catherine? – Derek a abraçou. – Eu a vi outro dia, é linda.

— Obrigada. – Anna foi até Penelope. – Você está bem?

— Ele está de volta. – Pen abraçou a amiga. – Já que você é brasileira poderia me tirar uma dúvida.

Derek entregou o cartão para Anna e ela ficou impressionada.

— É uma música romântica tirada do contexto. – Anna começou. – Não é todo mundo que conhece no Brasil. Eu a encontrei online meses atrás depois de uma postagem no Twitter. Não sei o que Edgar quer dizer, mas tenha certeza que pode significar que ele está de olho em você.

— Isso poderia significar que ele está no Brasil? – Derek perguntou. – E se ele está, podemos ir até lá e prender ele?

— Se ele está por lá, com o novo governo é bem difícil esperar cooperação. – Anna respondeu. – Esse novo cara acha que pode ser tudo, mas não é nada.

— Tem uma história entre vocês. – Rossi olhou para Anna. – Então? Tem mesmo?

— Talvez. – Anna fechou o assunto. – De qualquer jeito, vou pedir para o dr. Heitor fazer uma lista de permitidos no quarto de Pen e você terá que colocar dois agentes.

— Eu sugeriria três. – Rossi falou. – Um na esquina, quase ele dê uma de espertinho.

Penelope estava absorvendo cada palavra. Ela não poderia acreditar no que estava acontecendo. Não que ela reclamasse de ser mulher de Morgan o que ela com certeza não estava.

Ela estava percebendo o quanto era desgastante todos estarem atrás dela. Primeiro Tommy e Lisa, depois Kevin e sua família, o cara do táxi em Los Angeles...

Ela mal sabia a pior parte. Eles estavam em quatro assassinos atrás dela.

Edgar e seu próprio filho, Thomas, Jesse Reynolds, o Unsub que nunca foi capturado e que tinha uma fixação sinistra em Penelope, mesmo que ela estivesse com Derek em casa e não com a equipe e outro que apesar de estar peso iria sair na semana seguinte depois de pagar fiança.

Três seguranças foram designados para sua porta e Penelope se sentia sozinha, mesmo com eles. Derek fora chamado a sala do médico e Spencer precisou voltar para casa.

Ela tentou fechar os olhos, mas via Edgar a sua frente do mesmo jeito. Não haviam passado nem cinco minutos desde que ela adormecera levemente quando ela ouviu o som do alarme de incêndio.

Ela abriu os olhos, em pânico total. Ela sabia que Edgar estava vindo para ela por algum motivo estranho e bizarro.

Ouvindo passos no corredor, passos correndo, Penelope caiu para o chão, arrancando as almofadas do peito e o soro do braço.

Ela entrou em uma parede e fechou os olhos com medo. Ela se preparou para ser sequestrada. Embora quem tivesse entrado não era Edgar e nenhum dos homens que a seguiam.

Derek saiu correndo da sala do médico, com Heitor entendendo praticamente na hora o motivo. Os guardas não estavam na porta ou corredor e o alarme ainda tocava alto. Ele ouviu o barulho no quarto e tirou a arma do coldre assim que abriu a porta.

Penelope não estava na cama do hospital, mas sim contra uma parede em pânico. Guardando a arma, Derek se aproximou com calma dela.

— Baby Girl. – Derek a tocou. – Está tudo bem agora.

Pen abriu os olhos e pulou em Derek, se agarrando ao marido com tanta força que Derek não sabia se ficava feliz de ela confiar tanto nele ou se iria procurar Edgar com suas próprias mãos.

A pegando nos braços, Derek a colocou na cama e esperou uma enfermeira para ajudar a recolocar as almofadas em sua menina e o soro.

Ele a estava tirando daqui. E depois, ele seria implacável em buscar por Edgar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winter Blues" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.