Winter Blues escrita por Any Sciuto
Entrando no quarto de sua paciente, Dr Heitor sorriu para a cena a sua frente. Ninguém parecia ter ido embora. Ele sabia que a moça na cama era especial. Ele a conhecia desde o dia que ela fora baleada.
Ele checou seus sinais vitais e saiu em silencio. Ele conhecia Edgar e se espantou com a notícia que o homem era um assassino. Não só isso. Tentou matar alguém que só refletia luz.
Heitor não era apaixonado por Pen, ele sentia que deveria proteger a moça como se fosse sua irmã. Seu próprio havia sido morto. Foi uma tortura completa, terminando preso a arvore como um animal.
Ele se sentou na mesa e sua mente voou até o dia em que Pen foi trazida com um ferimento a bala. Ele olhou para o café.
Alguns anos antes...
Era outra noite calma no PS até a ambulância parar com as sirenes ligadas. Ele correu para ajudar a mulher baleada. Ela estava morrendo. Um tiro do abdômen ao peito e sangue demais.
— Direto para a cirurgia. – Heitor gritou. – Fique conosco, por favor.
— Derek... – Pen gemeu e caiu inconsciente.
— Ela está nos deixando. – Heitor entrou em pânico. – Vamos lá garota. Não nos deixe agora.
Felizmente, ela havia passado pela cirurgia e quase nem isso. Foram uns bons cinco minutos tentando trazer ela de volta.
Ela foi colocada na unidade intensiva, porque todos estavam ansiosos e com medo pela garota.
Agora...
— Heitor... – Ele sentiu uma mão e era sua esposa. – Qual o problema?
— Há uma mulher na recuperação que quase morreu um par de vezes. – Ele respondeu. – Há alguns anos, ela levou um tiro e eu a operei.
— Ela deve ser forte. – Marisa disse. – Eu vou beber um café, se puder.
— Claro amor. – Heitor pegou a mão de sua esposa. – Você está linda.
— Gentil e bajulador. – Marisa riu. – Eu te amo muito.
— Sempre. – Ele chamou o atendente e pediu um café quando sentir o pager tocar. – Parece que eu preciso ir extubar alguém.
— Dê a ela minhas melhoras. – Ela acenou com o café. – Estarei te esperando.
Derek acordou no quarto de Penelope e olhou para a esposa dormindo. Logo em seguida, Pen acordou e começou a ter medo do respirador. Ele a acalmou e chamou uma enfermeira.
— Bom dia. – Heitor olhou para Pen. – Hora de extubar você. Se puder tirar o pessoal e suas filhas...
— Posso ficar? – Derek sabia que seria menos tenso para Pen. – Acho que posso manter ela calma.
— Apenas não atrapalhe. – Heitor viu todos acordando e Fran e Dave pegando as garotas e saindo para um café.
Derek pegou as costas de sua esposa e apenas beijou seu pescoço mesmo que era seus lábios que ele precisava.
— Vou contar até três, ok? – Ele se preparou. – Quando o respirador sair, eu quero que você respire e tussa o quanto precisar. Ok. 1,2,3.
Ele tirou aquilo dela e Pen começou a tossir freneticamente enquanto uma máscara de respiração foi colocada sobre ela.
Heitor sorriu para Derek e viu quando ele beijou sua bochecha. Ele amava essa mulher. Era claro isso.
— Vamos vir fazer alguns testes mais tarde. – Heitor anunciou. – Ela precisa ficar mais silenciosa quanto puder. Vamos administrar uma pequena dose de analgésicos para dor e alguns para uma febre se ela estiver.
Derek estava grato por Heitor ser designado para isso. Era quase como um anjo na vida dele e de sua esposa, apesar de ele ter sido colega de Edgar Lynch.
Aquele pensamento fez seu estomago entorpecer. Pelo o que Rossi disse na volta, o homem estava fugindo agora e depois de quatro horas de bloqueio e mais horas desde que ambos dormiram, ele não havia sido encontrado.
Havia uma dúvida em sua mente. O acidente que tirou o bebê ainda não nascido deles. No final, ele voltou para uma Penelope completamente adormecida e pacifica.
Ele tinha sido declaro quase saudável, mas isso parecia improvável ainda, afinal arsênico era algo complicado de se curar.
— Posso ver as engrenagens na sua cabeça. – Reid falou da porta. – Anne me obrigou a vir aqui.
— Como vai Julieta? - Derek se sentou com Spencer. – Ouvi dizer que ela se parece com você.
— Sim, deixamos com JJ e Will. – Spencer começou a rir. – Andrea Joy adorava brincar com ela e Aurora e Kirsten estavam lá também.
— Aurora persegue Henry. – Derek riu ao lembrar de uma ocasião. – Eles adoram brincar juntos.
— Eu achei que iria ficar perdido. – Spencer olhou para o amigo. – Mas eu parecia natural dois dias depois.
— Ela é sua filha, afinal. – Derek riu. – Eu queria perguntar algo. Acha possível que o acidente de Pen não tenha sido apenas um acidente?
— Acho. – Reid confessou. – Pesquisei Cristopher na base de dados ele fez faculdade com Lynch e Evan, filho de Edgar. Esse é outro doido.
— Eu sempre achei que os pais de Kevin eram os únicos sãos naquela família. – Derek deu de ombros. – A mãe de Lynch me pedir perdão, quatro semanas depois de Kevin ser enterrado. Ela disse que estava com vergonha pelo o que o filho fez.
— Acho que tudo isso começou com Kevin. – Spencer olhou para o chão. – Você sabe o que ele fazia com ela?
Derek deu de ombros. Ele não tinha certeza se queria ouvir.
E na verdade, ele desejava.
2007...
Faziam seis meses que Garcia e Kevin namoravam sério. Seis meses desde que ela fora baleada e Derek confessou seu amor, mas ela manteve uma negação plausível.
Ela e Kevin estavam sentados a mesa de jantar. Massa ao molho no prato. Eles falavam sobre trabalho.
— E você sabe que Derek me levou para almoçar hoje? – Ela falou com carinho. – Ele é tipo um anjo da guarda.
— Você menciona muito Derek Morgan. – Kevin soltou o garfo na mesa. – Eu sou seu namorado.
— Por favor, não de novo. – Penelope suspirou. – Somos amigos, sabia? Não dormimos juntos.
— Que tal se afastar dele? – Kevin viu a expressão de Penelope. – Venha morar em meu apartamento, com seu namorado.
— Não. – Penelope não entendia o ciúme de Kevin. – Eu vou ficar.
Ele se levantou, deixando a cadeira cair e pegou Penelope pelos pulsos e a encostou na parede.
— Por que não? – A expressão de raiva de Kevin em seus olhos. – Por que você ainda anda transando com Morgan?
— Está me machucando. – Ela lutou com ele. – Me deixe ir!
— Você vai se afastar dele, ou eu juro por deus que eu te mato. – Kevin praticamente gritou. – Vai ser melhor Penny.
Ele bateu a cabeça dela em uma moldura e a deixou cair no chão. Ela olhou para os pulsos machucados e torceu para que desaparecesse no dia seguinte.
Kevin se sentou e voltou a comer normalmente. Garcia se forçou até a mesa. Essa foi a primeira de muitas vezes.
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