Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 39
Broken Wings




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Penelope se sentia apavorada ao descobrir o que aconteceu. Derek e ela estavam internados e ela sofria pela falta de seu homem e ao saber que ele achava que era responsável por colocar ela ali.

Ela não podia falar nada, com o respirador ainda em seus lábios. Era para o bem dela. Ela sabia que parecia ruim, do jeito que Joy a olhava depois de falar com Dave.

— Eu preciso que você fique calma, ok? – Joy se sentou perto dela. – Nosso pai foi atacado há alguns minutos.

Penelope sentiu o monitor acelerar e Joy apenas pegou sua mão. Ela odiava não ser capaz de falar.

— Ele está bem. – Joy a fez se acalmar. – Ele foi costurado e Hotchner está indo atrás dele. O médico vai lhe dar mais duas doses do remédio antes de qualquer coisa.

Ela se sentou e viu quando Fran entrou com suas filhas. Aurora saiu dos braços de sua avó e deitou-se contra sua mãe com uma calma extrema. Kirsten ficou com medo, mas logo que Fran sussurrou algo, ela subiu sob sua mãe e dormiu.

— Seus irmãos estão vindo, Pen. – Fran informou. – Quando ligamos para eles, eles já sabiam. Carlos está vinda para você e não o convencemos do contrário.

Ela apenas olhou para a sogra e depois para suas filhas. Ela ainda estava fraca, ela queria ver Derek e sair dessa situação em que ela estava.

Derek finalmente teve alta do hospital e correu para o quarto de sua esposa, quase no mesmo segundo que enfurecido Carlos entrava seguido de Manny, Eddie e Rafe.

Eles ficaram em silêncio porque viram as duas garotinhas presas a Pen dormindo do mesmo jeito que a mãe.

Carlos deu um passo e frente e olhou para a cena, sem saber o que dizer. Eles perderam o nascimento delas e nenhum deles a culpou. Se Carlos descobrisse que Pen estava grávida e fora mantida refém durante o tempo, ele provavelmente tentaria levar Pen a força.

Isso não teria sido bom com nenhum deles.

— Elas são lindas. – Carlos disse. – Podemos conversar?

— Claro. – Derek beijou a testa da esposa adormecida. – Cuida dela por mim?

 - Eu sempre cuido. – Fran sorriu. – Então, vocês são meio irmãos de Pen?

— Sim. – Eddie se sentou. – E ela?

— Joy Montgomery. – A mulher se apresentou. – Meia irmã de Pen.

— Como? – Rafe foi quem perguntou. – Você é filha de Rossi também?

— Longa história. – Joy respondeu. – Agora, Rossi tentou morrer nas mãos do homem que colocou Pen aqui.

Pen acordou ao ouvir aquilo. Kirsten e Aurora também e ficaram preocupadas.

— Mamãe. – Kirsten colocou os braços ao redor dela. – Tudo está bem.

Todos olharam a cena a sua frente. Kirsten era apegada a Pen tanto quanto era a seu pai. Fran suspirou quando Pen se acalmou e a filha suspirou e voltou a dormir.

— Isso nunca aconteceu. – Fran estava chorando. – Elas sempre foram tão próximas.

— Talvez porque Pen e Kirsten sejam mãe e filha. – Reid entrou. – O que eu perdi?

— Além da sua afiliada fazer Pen voltar a dormir? – Eddie riu disso. – Realmente nada.

— Eu teria que ver para acreditar. – Reid sabia que era verdade. – Elas dormiram de novo?

Aurora se acomodou um pouco mais perto da irmã e de sua mãe. Fran olhou para fora. Carlos e Derek estavam há quase vinte minutos conversando.

Derek pediu um café para ele e outro para Carlos. Um salgado também foi ordenado.

— Sabe que a decisão foi de Pen. – Derek começou. – Ela achou que você iria levar ela para longe de mim.

— Ela sabia que eu faria. – Carlos mexeu seu café. – Sabe por que eu não queria que você se casasse com ela?

— Tinha a ver com eu sendo negro. – Derek ficou desconfortável. – Mas não é a verdade.

— Não. – Carlos suspirou. – Havia uma garota. O nome dela era Lee Ann. Ela era negra e eu um pouco latino, para não dizer mexicano. Nossas famílias se odiavam e eu e Lee Ann éramos apaixonados. Saíamos escondidos. Uma manhã, ela me disse que não poderia mais ficar comigo. Quando eu perguntei o porquê ela me disse algo que eu não entendi.

— Ela te disse que duas raças não podiam se misturar e que ela estava apaixonada por outro. – Derek o viu olhando. – Já passei por isso. Kelly Andrews. Ela era a garota popular e eu o nerd. Não deu certo.

— Mas eu estava errado. – Carlos protestou. – O jeito que você ama Pen e deu a ela duas filhas, minhas sobrinhas. Você me salvou daquele cativeiro anos atrás. Pen nunca me perdoou pela cena do casamento.

— Mas eu acho que sim. – Derek o viu olhar. – Ela sofreu por vários dias, logo depois que você desapareceu.

— Eu queria participar da vida de Pen e de minhas sobrinhas. – Carlos pediu. – Posso aceitar se não puder.

— Quando Kevin a sequestrou, ela não queria contar para vocês. – Derek o viu sentar. – Ela se sentiu mal por estar em perigo e ela foi e se colocou em perigo.

— Deus. – Carlos começou a chorar. – Eu preciso ver minha irmã.

— Deixe-me pagar pelo café. – Derek sorriu. – E eu te levo para ver Pen.

Pagando pelo café, Derek levou um Muffin de chocolate para cada uma das filhas. Desde que se tornou pai, Derek curtia isso ao máximo e sempre sendo recompensado.

Quando Kirsten falou papai a primeira vez, Derek quase gritou do alto falante do FBI, tamanha a alegria do momento.

Ele riu da primeira palavra de Aurora sendo mamãe, mas ver a alegria de sua esposa tinha sido maravilhosa.

Spencer sendo padrinho de ambas as meninas tinha conseguido que elas se tornassem pequenas gênias, mesmo ainda falando pouco.

David Rossi entrou, escoltado por um Hotch furioso que atirava em todas as ameaças.

— Você está bem, Dave? – Erin perguntou preocupada. – Alguma ferida profunda?

— Sim. – Dave gemeu. – No meu ego. Aquele filho da puta era mais forte do que previa. Eu quero por seguranças aqui. Penelope não pode ficar sozinha por mais que tenhamos sempre com ela.

— Acha que ele vai voltar? – Derek chegou preocupado. – Vir atrás dela outra vez?

— A pergunta não é se ele vai voltar. – Dave suspirou. – Mas sim, quando ele vai.

Entrando no quarto de sua irmã, Carlos sentiu que havia perdido tempo demais por causa de uma coisa que aconteceu na sua adolescência.

O médico de Pen driblou todos os presentes e se encantou com as garotinhas cuidando de Pen.

— Eu venho trazendo ótimas notícias.  – Ele anunciou. – Os novos exames da senhorita Garcia chegaram e ela pode sair em duas semanas. Os níveis de arsênico foram anulados bem consideravelmente com o remédio e hoje poderemos tirar o respirador.

— Deixe elas dormirem, sim? – Derek pediu. - Elas precisam disso agora.

— Se puderem me chamar quando elas acordarem... – O médico olhou para Derek. – Ela te ama. E posso ver que você também. Cuide dela.

— Nem precisa pedir. – Derek riu. – Nem precisa.

Ele colocou a mão na da esposa e ela suspirou. Tudo voltaria aos eixos se deus quisesse.


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