Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 38
Believing in Love.




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— Edgar Lynch se formou na turma de 1998 de medicina. – Rossi começou a contar. – Dois anos depois se transferiu para a Virginia e atuou em todos os hospitais daqui.

— A irmã dele é a mãe de Kevin. – Hotch continuou. – Ela e seu filho foram morar com ele quando o marido dela foi mandado para a guerra. Depois que ele voltou, eles tiveram mais dois filhos.

— E agora ele tentou o que? – Derek suspirou. – Tentar matar Penelope? Por quê?

— Vingança. – Rossi suspirou. – Eu preciso de um minuto.

Rossi estava sem vontade de ficar com Derek. Ele amava seu genro, mas ele precisava ficar com sua filha. Joy cruzou o corredor em rápida velocidade. Ela recebeu uma notícia sobre Pen em um hospital e tomou o primeiro avião.

— Pai! – Joy gritou para David e correu para abraçar Rossi. – Como ela está?

— Em perigo. – Rossi a levou até o quarto de Pen. – Eu quero que você fique com ela um tempo.

— Eu vou. – Joy o abraçou. – Por que alguém tentou matar Penelope?

— Vingança. – Rossi suspirou. – Eu volto, ok?

— Certo. – Joy sorriu e se sentou com a irmã. – Você descansa, Pen. Eu vou estar aqui.

No curto espaço de tempo em que Joy conheceu Penelope, seu coração já havia sido preenchido com o brilho da mulher. Ela não entendeu como alguém como Pen conseguiu isso. Levaria dias para confiar em alguém e com Pen foram apenas dois minutos.

Notando uma sombra na porta, Joy se virou e viu sua mãe parada na entrada.

— Eu queria conhecer ela. – Hayden entrou. – Strauss me disse o que houve. Por que alguém tentaria matar Penelope?

— Porque eles acham que ela é fraca. – Joy se levantou e trouxe sua mãe para perto. – Mamãe, essa é Penelope Morgan.

— Ela se parece com Dave. – Hayden pegou uma mecha de cabelo de Pen. – E ela parece ser feliz.

— Derek está internado também. – Joy revelou. – Os dois foram contaminados com arsênico.

As duas se viraram assim que o monitor se alinhou e começaram a horda de enfermeiros.

Emergência sala 303. Código azul. — O alto falante anunciou.

— Derek. – Hotch precisou prender Derek na cama. – Eles vão ajudar ela. Você precisa ficar deitado.

— Comece a ressuscitação! – Uma enfermeira pediu. – Me de adrenalina!

Uma seringa foi trazida e o médico apenas olhou para Joy e Hayden. Tirando a tampa, ele injetou diretamente no coração de Penelope.

Nem segundos depois, Pen começou a tentar sair da cama, como se voltasse da própria morte. Joy estava sem reação enquanto Hayden arregalou os olhos com medo.

— Está tudo bem, senhorita Garcia. – O médico a deitou de volta. – Apenas durma e relaxe.

Pen deitou e logo voltou a dormir. Ela já havia tomado a primeira dose do antidoto, mas demoraria para fazer o efeito.

Saindo para fora, ele encontrou Hotch parado e exigindo respostas para tudo o que estava rolando.

— Ela teve uma parada cardíaca e pode ser do remédio. – O médico foi direto. – Ainda estamos verificando quanto o veneno a atingiu, mas ela vai precisar de tempo aqui.

— Acha que ela pode receber visitas? – Hotch estava esperançoso. – Que tal mudar ela e Derek para uma sala conjunta?

— É uma boa idéia. – O médico saiu para verificar com as enfermeiras.

Hotch se virou para JJ e Emily, que se juntaram a eles.

— Temos que achar Edgar Lynch. – Hotch falou. – Ele envenenou Penelope fazendo Derek de cumplice.

— Acho que seria sensato ligar para Dave. – Fran disse. – Eu vi o carro dele no estacionamento.

— Ele saiu há quase duas horas. – Hotch sentiu seu corpo em um vórtice. – Eu acho que Rossi foi atrás de Edgar, na Carolina do sul.

— Vamos. – Reid jogou as chaves para Luke. – Venha comigo.

Rossi alugou um carro em uma locadora loca antes de sair da Virginia. Ele sabia que havia retido informações de Hotch e da equipe.

Pegando seu telefone, Dave viu o número e o atendeu.

— Carlos. – Ele suspirou. – Qual o problema?

— Como Penelope está? – Ele realmente parecia zangado. – Por que ficamos quase dois anos sem saber que ela deu à luz a gêmeas, outro sequestro e qualquer coisa que esteja acontecendo?

— Eu não estou com vontade de discutir. – Rossi suspirou. – Estou dirigindo para a Carolina do sul.

— Eu posso vir ver minha irmã? – Carlos perguntou. – Eu vou de qualquer jeito e Eddie está comprando presentes.

— Ela está internada. – Rossi precisava contar. – Ela foi envenenada por um médico quando perdeu o bebê, seis meses atrás.

Carlos precisou se sentar. Ele precisava tirar sua irmã dessa vida, nem que para isso ele a precisasse levar do hospital quando ninguém estivesse prestando atenção.

Ele balançou a cabeça, se livrando dessa idéia.

— Estamos chegando amanhã. – Carlos falou. – Vou ligar para Hotch ou Derek e fazer arranjos.

— Não conte de mim. – Rossi desligou o celular e o jogou no banco ao lado dele.

Edgar estava em uma nova clinica sob o pseudônimo de Edgar Stevens. Ele era bem visto aqui, mas ninguém sabia quase nada sobre seu passado. Não seria uma surpresa ele ser algum tipo de criminoso.

Entrando na clínica, Rossi se apresentou e perguntou pelo médico. Os corredores o levaram para um tipo de parte clandestina que dava diretamente para a saída, em um beco.

— Eu disse que te encontraria. – Rossi apenas olhou enquanto ele queria fugir. – Corra, vamos. Eu vou te caçar de qualquer jeito.

— Quanta honra, Agente Rossi. – Edgar puxou uma gaveta e tirou algumas pílulas. – É o resto das pílulas. Sua filha está mesmo precisando delas.

— Ela está internada com envenenamento por arsênico. – Dave prendeu o homem pelo pescoço. – Acha divertido?

— Acho. – Edgar o olhou profundamente. – Ela matou meu Kevin.

— Sabe o que eu acho? – Rossi o empurrou para o chão. – Você tinha algum tipo de ”tara” pelo seu sobrinho amado. E isso te fez entrar em parafuso.

— Ele deu três anos para ela. – Edgar cuspia fogo. – Onde você esteve até sua volta? Talvez batendo coxa com alguma vagabunda em seus tours de livros. Você ter fantasias sexuais com sua filha, Dave? Ou talvez, ela dê para você depois que o marido dela vai dormir.

Rossi perdeu o controle e jogou o homem contra a janela do escritório, explodindo os vidros.

Cacos caíram no chão e Edgar avançou para Dave com um pedaço em suas mãos. Empurrando Rossi para o chão, ele cravou o vidro contra seu braço e correu para longe.

— Oh meu deus! – Uma enfermeira correu para Dave. – Senhor? Você está bem?

— Já estive pior. – Dave reclamou. – Ouch!

— Venha. – Ela o levou para a enfermaria. – Sorte que está no hospital.

— Onde Edgar está? – Dave a viu congelar. – Então?

— Ele roubou um carro e fugiu. – A mulher enfaixou o braço do agente. – Agora você precisa de uma vacina para não pegar alguma doença.

Dave sentiu seu braço latejar com a dor. Ele sabia que era uma questão de tempo até Edgar voltar.


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