Winter Blues escrita por Any Sciuto
2000.
Rossi entrou em uma sala de um investigador privado. Ele não conseguiu se livrar da decepção que sentiu quando foi em busca de Penelope e não a encontrou em sua casa antiga.
Se o anúncio de "vende-se" fosse um indicativo, ninguém mais morava aqui há algum tempo. Ele passou no tumulo de Barbara e Emilio, depositando suas flores aos pés da sepultura de ambos.
Ele fez uma oração e foi em busca de notícias. Ele ficou com o homem por umas boas quatro horas contando de tudo sobre sua filha e seus encontros arranjados.
Trocando cartões com o homem, Dave foi embora, apenas querendo saber onde sua menininha estava. E como ele faria quando ela quisesse explicações.
Agora...
Emily deu entrada na emergência, pronta para sair de lá uma mãe. Ela pode ver Pen sendo levada para a sala de cesárea. Ela só esperava que tudo desse bem.
Ela sentiu Hotch ao seu lado, segurando sua mão assim como na primeira gestação. Eles faziam planos para quando o bebê nascesse. Jack ficou animado com a possibilidade de ter outro bebê em casa, embora tecnicamente, Haley ainda tivesse apenas 11 meses.
Não que ele estivesse reclamando. Ele era orgulhoso e ciumento com sua irmã.
Agente Hotchner. – O médico apertou sua mão. – Pronto para ter seu filho com você?
— Como sempre estive. – Hotch sorriu. – Emily? Está pronta?
— Desde que eu descobri a gravidez. – A mão dela encontrou a de Hotch novamente. – Nós vamos ser bons.
Hotch beijou os lábios da esposa quando outra contração explodiu.
— Hora do show. – O médico olhou para o casal. – Alguma música em especial?
— Sim. – Emily respondeu. – Far Away, do Nickelback.
— Pode começar. – O médico olhou para o casal. – Aqui temos o costume de ter música durante esse momento.
Hotch digitou algumas palavras no Youtube e conseguiu o vídeo da música. Eles ouviram essa música muitas vezes durante o último ano.
Emily foi apoiada na maca e suas roupas retiradas para maior espaço.
— Certo. – O médico a olhou. – Hora de empurrar.
Emily pegou a mão de Hotch ainda mais forte e lá eles foram direto para o túnel.
— Empurre. – O médico pediu.
— Ohhhh! – Emily forçou. – Não vai dar.
— Você consegue. – Hotch beijou sua testa. – Eu sei que você pode.
Emily ganhou a força de seu marido e começou a empurrar mais e mais. Seu corpo sentia dor, mas seu coração dizia que ela precisava trazer o filho ao mundo.
Dando um último empurrão, Emily sentiu suas entranhas se quebrarem e um choro alto de bebê foi ouvido logo nos acordes finais da música escolhida.
— Ele está aqui. – Hotch beijou sua esposa nos lábios. – E ele é tão lindo.
O médico trouxe o pequeno bebê até o casal feliz.
— Parabéns. – O médico passou o menino. – Vocês têm um menino.
Tomando o bebê em suas mãos, Emily sorriu. Os cabelos pretos dos dois, mas os olhos de seu marido e a boquinha dela.
— Fizemos um bebê lindo. – Hotch sorriu. – Como gostaria de chamar?
— Não sei. – Emily suspirou. – Eu gostaria de dar o seu nome, mas algo me diz para colocar Jason.
— Eu entendo que seria uma homenagem para Gideon. – Hotch riu. – Apesar de ele ter sumido.
— Tem razão. – Emily suspirou. – Que tal Mateo Spencer?
— É perfeito. – Hotch a beijou. – Mateo Spencer. Menino de sorte.
— Desculpe, mas precisamos levar seu bebe para uns exames. – A enfermeira se sentiu culpada de tirar o bebe deles. – Ele vai estar na maternidade, se quiser ver. A senhorita Hotchner estará na recuperação.
— Alguma informação sobre Penelope Morgan? – Hotch perguntou. – Se as meninas dela já nasceram?
— Sim, elas já nasceram. – A enfermeira ficou um pouco triste. – Ela precisou fazer uma cesárea de emergência, mas ela está bem depois que reviveram.
Emily tentou levantar e ir em direção a amiga. Ela queria ver Pen e saber que ela não havia perdido a amiga mais uma vez.
— Você precisa ficar deitada. – Outra enfermeira a forçou a se deitar. – Eu prometo que sua amiga não está em coma. Algumas mães têm mais dificuldades em ter seus filhos e depois de todo o trauma que ela passou é normal, em certos modos.
Caindo de volta a cama, Emily suspirou. Ela tinha uma necessidade absurda de ver Pen pelos próprios olhos. Mas teria que obedecer. Hotch a beijou e saiu. Ele nem precisava dizer ode estava indo.
Ele estava indo ver seu pequeno bebê. E quem sabe ver as gêmeas de Pen, já que a enfermeira provocou uma onda e orgulho. Penelope Garcia havia finalmente realizado seu maior sonho.
Hotch subiu até a maternidade e viu Derek feito estatua em frente de duas pequenas garotinhas. Lágrimas nos olhos e ele sabia que Derek iria experimentar alo nunca antes sentido pelo homem de pele escura.
— Elas são lindas. – Derek sorria. – E são metade minhas e metade de Pen.
— Como ela está? – Hotch perguntou curioso. – Eu soube que ela morreu no parto e eles a trouxeram de volta.
— Ela se recuperando. – Derek suspirou. – Tecnicamente, depois de tudo o que ela passou ela deveria estar morta.
—Penelope é tão teimosa que não fico surpreso. – Hotch riu. – Já escolheram nomes?
— Aurora E Kirsten. – Derek abriu outro sorriso. – Ela sempre quis esses dois nomes. Aquele bebê é seu?
— Mateo Spencer. – Hotch olhou para o filho. – Haley E Jack estão ansiosos para o nascimento.
— Jack se tornou um bom filho. – Derek pôs uma mão em Hotch. – Apesar de perder a mãe daquele jeito.
— Ele sabe que Emily ama ele. – Hotch sorriu. – E que ela nunca vai roubar o lugar da mãe dele.
— Eu liguei para minha mãe. – Derek falou. – Ela gritou de felicidade quando disse que as meninas nasceram.
— Bom são duas de uma vez. – Hotch riu. – Você viu Dave e Strauss?
— Eles estão na oncologia. – Derek se sentou, de frente ao vidro. – Ela está morrendo.
— É tão horrível. – Hotch olhou para as mãos. – Primeiro o filho dele, depois Carolyn e agora Strauss.
— Deve haver algo a se fazer. – Derek quase implorou. – Ela é a rainha de gelo, mas droga, Pen e ela se adoram.
— Eles disseram que é algo terminal. – Hotch olhou. – Eu não sei se as coisas estão andando de um jeito ruim.
— Tudo o que eles poderiam fazer já foi tentado. – Derek viu suas filhas se mexendo. – Você vai ficar aqui?
— Mais uns quarenta minutos. – Hotch riu. – Se importa em ir informar Emily sobre Pen? Não acho que as enfermeiras sejam o necessário.
— Sua mulher Hotch. – Derek suspirou. – Cabeça dura feito a minha.
— Alias, Derek. – Hotch olhou para o amigo. - Veja como Anne e JJ estão.
Derek assentiu, mas sabia que esse tipo de coisa demorava.
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