Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 28
Emily e Aaron




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2000.

Rossi entrou em uma sala de um investigador privado. Ele não conseguiu se livrar da decepção que sentiu quando foi em busca de Penelope e não a encontrou em sua casa antiga.

Se o anúncio de "vende-se" fosse um indicativo, ninguém mais morava aqui há algum tempo. Ele passou no tumulo de Barbara e Emilio, depositando suas flores aos pés da sepultura de ambos.

Ele fez uma oração e foi em busca de notícias. Ele ficou com o homem por umas boas quatro horas contando de tudo sobre sua filha e seus encontros arranjados.

Trocando cartões com o homem, Dave foi embora, apenas querendo saber onde sua menininha estava. E como ele faria quando ela quisesse explicações.

Agora...

Emily deu entrada na emergência, pronta para sair de lá uma mãe. Ela pode ver Pen sendo levada para a sala de cesárea. Ela só esperava que tudo desse bem.

Ela sentiu Hotch ao seu lado, segurando sua mão assim como na primeira gestação. Eles faziam planos para quando o bebê nascesse. Jack ficou animado com a possibilidade de ter outro bebê em casa, embora tecnicamente, Haley ainda tivesse apenas 11 meses.

Não que ele estivesse reclamando. Ele era orgulhoso e ciumento com sua irmã.

Agente Hotchner. – O médico apertou sua mão. – Pronto para ter seu filho com você?

— Como sempre estive. – Hotch sorriu. – Emily? Está pronta?

— Desde que eu descobri a gravidez. – A mão dela encontrou a de Hotch novamente. – Nós vamos ser bons.

Hotch beijou os lábios da esposa quando outra contração explodiu.

— Hora do show. – O médico olhou para o casal. – Alguma música em especial?

— Sim. – Emily respondeu. – Far Away, do Nickelback.

— Pode começar. – O médico olhou para o casal. – Aqui temos o costume de ter música durante esse momento.

Hotch digitou algumas palavras no Youtube e conseguiu o vídeo da música. Eles ouviram essa música muitas vezes durante o último ano.

Emily foi apoiada na maca e suas roupas retiradas para maior espaço.

— Certo. – O médico a olhou. – Hora de empurrar.

Emily pegou a mão de Hotch ainda mais forte e lá eles foram direto para o túnel.

— Empurre. – O médico pediu.

— Ohhhh! – Emily forçou. – Não vai dar.

— Você consegue. – Hotch beijou sua testa. – Eu sei que você pode.

Emily ganhou a força de seu marido e começou a empurrar mais e mais. Seu corpo sentia dor, mas seu coração dizia que ela precisava trazer o filho ao mundo.

Dando um último empurrão, Emily sentiu suas entranhas se quebrarem e um choro alto de bebê foi ouvido logo nos acordes finais da música escolhida.

— Ele está aqui. – Hotch beijou sua esposa nos lábios. – E ele é tão lindo.

O médico trouxe o pequeno bebê até o casal feliz.

— Parabéns. – O médico passou o menino. – Vocês têm um menino.

Tomando o bebê em suas mãos, Emily sorriu. Os cabelos pretos dos dois, mas os olhos de seu marido e a boquinha dela.

— Fizemos um bebê lindo. – Hotch sorriu. – Como gostaria de chamar?

— Não sei. – Emily suspirou. – Eu gostaria de dar o seu nome, mas algo me diz para colocar Jason.

— Eu entendo que seria uma homenagem para Gideon. – Hotch riu. – Apesar de ele ter sumido.

— Tem razão. – Emily suspirou. – Que tal Mateo Spencer?

— É perfeito. – Hotch a beijou. – Mateo Spencer. Menino de sorte.

— Desculpe, mas precisamos levar seu bebe para uns exames. – A enfermeira se sentiu culpada de tirar o bebe deles. – Ele vai estar na maternidade, se quiser ver. A senhorita Hotchner estará na recuperação.

— Alguma informação sobre Penelope Morgan? – Hotch perguntou. – Se as meninas dela já nasceram?

— Sim, elas já nasceram. – A enfermeira ficou um pouco triste. – Ela precisou fazer uma cesárea de emergência, mas ela está bem depois que reviveram.

Emily tentou levantar e ir em direção a amiga. Ela queria ver Pen e saber que ela não havia perdido a amiga mais uma vez.

— Você precisa ficar deitada. – Outra enfermeira a forçou a se deitar. – Eu prometo que sua amiga não está em coma. Algumas mães têm mais dificuldades em ter seus filhos e depois de todo o trauma que ela passou é normal, em certos modos.

Caindo de volta a cama, Emily suspirou. Ela tinha uma necessidade absurda de ver Pen pelos próprios olhos. Mas teria que obedecer. Hotch a beijou e saiu. Ele nem precisava dizer ode estava indo.

Ele estava indo ver seu pequeno bebê. E quem sabe ver as gêmeas de Pen, já que a enfermeira provocou uma onda e orgulho. Penelope Garcia havia finalmente realizado seu maior sonho.

Hotch subiu até a maternidade e viu Derek feito estatua em frente de duas pequenas garotinhas. Lágrimas nos olhos e ele sabia que Derek iria experimentar alo nunca antes sentido pelo homem de pele escura.

— Elas são lindas. – Derek sorria. – E são metade minhas e metade de Pen.

— Como ela está? – Hotch perguntou curioso. – Eu soube que ela morreu no parto e eles a trouxeram de volta.

— Ela se recuperando. – Derek suspirou. – Tecnicamente, depois de tudo o que ela passou ela deveria estar morta.

—Penelope é tão teimosa que não fico surpreso. – Hotch riu. – Já escolheram nomes?

— Aurora E Kirsten. – Derek abriu outro sorriso. – Ela sempre quis esses dois nomes. Aquele bebê é seu?

— Mateo Spencer. – Hotch olhou para o filho. – Haley E Jack estão ansiosos para o nascimento.

— Jack se tornou um bom filho. – Derek pôs uma mão em Hotch. – Apesar de perder a mãe daquele jeito. 

— Ele sabe que Emily ama ele. – Hotch sorriu. – E que ela nunca vai roubar o lugar da mãe dele.

— Eu liguei para minha mãe. – Derek falou. – Ela gritou de felicidade quando disse que as meninas nasceram.

— Bom são duas de uma vez. – Hotch riu. – Você viu Dave e Strauss?

— Eles estão na oncologia. – Derek se sentou, de frente ao vidro. – Ela está morrendo.

— É tão horrível. – Hotch olhou para as mãos. – Primeiro o filho dele, depois Carolyn e agora Strauss.

— Deve haver algo a se fazer. – Derek quase implorou. – Ela é a rainha de gelo, mas droga, Pen e ela se adoram.

— Eles disseram que é algo terminal. – Hotch olhou. – Eu não sei se as coisas estão andando de um jeito ruim.

— Tudo o que eles poderiam fazer já foi tentado. – Derek viu suas filhas se mexendo. – Você vai ficar aqui?

— Mais uns quarenta minutos. – Hotch riu. – Se importa em ir informar Emily sobre Pen? Não acho que as enfermeiras sejam o necessário.

— Sua mulher Hotch. – Derek suspirou. – Cabeça dura feito a minha.

— Alias, Derek. – Hotch olhou para o amigo. - Veja como Anne e JJ estão.

Derek assentiu, mas sabia que esse tipo de coisa demorava. 


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