Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 27
Heaven And Hell.




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1999...

— Então? – Shane pediu a atenção de sua nova protegida. – Tem planos para essa noite?

— Vou continuar a codificação. – Pen disse. – Por que?

— Ah, nada. – Ele deslizou para a cadeira ao seu lado. – Eu gostaria de levar você para uma festa.

— Obrigada, mas eu não quero. – Pen negou. – Eu tenho códigos para escrever, e apesar de você ser o responsável por eles.

— Ok. – Shane lhe deu um copo de café. – Apenas tome cuidado com sua mente.

Pen suspirou. Seus irmãos, mais especificamente Carlos a afastou, então ela se uniu a Shane tentando ser alguém de novo.

Ela sentia falta de seus pais. E de seu pai que morreu quando ela só tinha dois anos.

Agora...

Seis meses depois...

A equipe não cabia em si de tanta felicidade. Quatro mulheres grávidas e uma grávida de gêmeos. Ajustes temporários foram feitos para que cada um tivesse seu próprio tempo com seu novo bebê.

Apenas Penelope estava nervosa. Ela estava de quase oito meses e Aurora e Kirsten estavam se mexendo muito na última noite.

— Tem algo errado. – Pen se levantou de sua cadeira quando uma contração a atingiu violentamente. – Não!

Derek estava conversando com Rossi quando o grito de dor de Penelope ecoou pelo corredor. Ambos os homens correram. Derek entrou e se ajoelhou a altura de sua mulher no chão.

— Penelope. – Derek a olhou. – Qual o problema?

— Elas querem nascer. – Pen gemeu. – Derek, faça isso parar.

— Vou chamar a emergência. – Rossi correu. – Hotch! JJ!

— Segure os burros. – Hotch correu. – Qual o problema?

— Penelope está em trabalho de parto. – Rossi viu Hotch empalidecer. – Chame a emergência! Alguém ligue para a emergência!

— Derek. – Pen pediu a atenção do marido. – Se algo acontecer, cuide delas por mim. Me prometa.

— Nada vai acontecer. – Derek cansou de esperar. – É isso, vem aqui.

Ele a puxou em seus braços e a levou até o bullpen. As meninas a inundaram de carinho e seguraram sua mão.

Quando os paramédicos finalmente chegarão, Pen havia desmaiado e todos estavam com medo pela amiga. Derek segurava a mão dela e fazia promessas.

— Por favor. – Derek literalmente implorou. – Ajude-a!

— Eu preciso que vocês me ajudem a levar ela para a maca. – O paramédico checou Penelope. – Ela está grávida?

— De gêmeos. – Derek respondeu, o automático ligado. – Minhas meninas.

— Então nos deixe ajudar ela. – O homem viu Derek se afastar. – Penelope? Pode me ouvir?

— A pressão dela é baixa. – Ele subiu a prancha de Penelope. – Você pode vir conosco. – O homem se dirigiu a Derek. – Só não fique no caminho.

Derek apenas assentiu, medo o consumindo totalmente.

Hotch ia comentar algo quando viu Emily estremecer.

— Oh não. – Hotch suspirou. – Não me diga que você...

— Meu deus. – Emily gritou quando a bolsa estourou. – O que está havendo?

— JJ, você está bem? – Reid segurou a amiga. – Precisamos de duas macas agora!

— Aparentemente todas as crianças resolveram dar a graça hoje. – Rossi tentou aliviar o humor. – Anne está bem?

Como na sugestão o telefone de Reid tocou e ele desejou que o que ele imaginava não estivesse de fato acontecendo.

— Reid, onde você está? – Anne parecia nervosa. – Reid?

— Na BAU. – Reid suspirou. – Está tudo bem?

— Como JJ, Pen e Emily estão? – Ela hesitou um pouco. – Então?

— Elas entraram em trabalho de parto. – Reid sufocou um grito. – Você está bem?

— Reid, quais as probabilidades de um número de mulheres que se conhecem entrar em trabalho de parto no mesmo dia? – Ela realmente ficou com medo. – Porque eu acho que serão quatro grávidas.

— Você consegue chegar ao hospital? – Reid começou a pegar o casaco. – Porque eu estava indo para lá mesmo.

Rossi sufocou uma risada e foi para o hospital, acompanhado de Strauss. Nenhum deles contou sobre a doença que a chefe de seção estava enfrentando, apesar de ser terminal.

Eles não arruinariam uma coisa boa agora. Pen ficaria arrasada e David ficaria ainda pior com isso.

Quatro grávidas que se conheciam entraram no hospital, prontas para dar à luz seus bebês.

Pen foi levada para uma cesárea de emergência. Aqueles chutes que Tommy deu a ela no primeiro sequestro estavam tendo seu preço agora.

— Eu sei que parece ruim. – O médico a tranquilizou. – Mas seu corpo não pode passar por um parto normal. Ele quebrou quatro costelas e isso pode acontecer.

— Minhas filhas vão ficar bem? – Derek beijou a mão de Penelope. – E minha esposa?

— Ela ficará acordada o tempo todo. – O obstetra sorriu. – E você pode ficar na sala.

Derek sorriu e beijou a cabeça de Pen. Derek pegou o celular e colocou Careless Whisper na sala. Essa era a música combinada quando esse momento chegasse. Os acordes da música romântica de George Michael tocavam na sala.  

— Preparada para isso? – O médico gentilmente perguntou. – Fazendo uma pequena incisão agora e seguiremos para uma maior.

— Você precisa ficar acordada Baby Girl. – Derek a olhou fundo. – Nossas meninas estão chegando.

— Eu te amo. – Pen beijou seu marido. – Eu nunca te disse como você é um marido lindo.

— E você uma esposa perfeita. – Derek a tranquilizou. – Parece que uma granada explodiu ou quando Jack jogou uma bexiga de tinta em Hotch.

Pen começou a rir. O efeito da droga que eles deram a ela fazendo efeito.

Derek olhava com expectativa para o útero de Penelope. Logo mais uma de suas lindas meninas estaria aqui.

— Pronta para conhecer sua filha? – O médico viu Pen assentir. - Aí vamos nós.

O médico puxou algo de sua barriga e os olhos de Pen se encheram de lágrimas quando descobriu que era uma de suas filhas.

Um choro de bebê ecoou e Derek começou a chorar de emoção. Ele não entendia como podia amara tanto alguém depois de sua esposa.

Pegando a pequena menina, Pen sentiu seu instinto chutar pela bebê quando ela foi tirada para exames. Ela queria pegar sua filha de volta com medo de perder essa coisa que começou a pouco estar em seu meio.

Foi quando ela viu o médico puxar a segunda menina, que seu coração pareceu parar de bater e Derek foi afastado de Penelope.

Ninguém entendeu o que estava acontecendo. O choro da segunda bebê impediu Derek de desmaiar enquanto via Baby Girl ser ressuscitada.

— O que está havendo? – Derek começou a gritar. – O que está acontecendo?

— Por favor, não desista de nós. – O médico implorou. – Suas meninas E seu marido precisam de você.

Como se na grande sugestão do médico, Penelope voltou a respirar. Derek finalmente se acalmou e foi solto.

— Às vezes isso acontece. – O médico tentou sorrir. – O coração transborda de amor e perda de contato. Sua esposa será levada para a recuperação e você pode ver suas filhas na maternidade. Apesar de prematuras, elas estão perfeitas.

Derek assentiu e foi para a sala de espera onde Dave e Erin esperavam.

— Elas são lindas. – Derek começou a chorar. – Parabéns vovô.

Rossi estava ansioso para ver suas netas. Ele seria o homem mais feliz, apesar de Erin estar morrendo. Ele ficaria com ela até o fim.


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