2007...

David Rossi se arrumava para voltar a equipe depois de algum tempo. Ele não podia ficar sentado enquanto não conseguia uma única informação sobre o paradeiro de Penelope.

Ele a viu brevemente depois da morte de Barbara e Emilio, no enterro. Ela parecia retraída e sozinha. Ele não queria se aproximar. Ele a perdeu de vista logo após a cerimônia.

Hesitando em voltar para a equipe logo depois do primeiro livro, agora que Gideon tinha ido embora, ele poderia usar as habilidades de um analista técnico federal para encontrar sua filha.

Logo depois das apresentações formais da equipe e começo de um caso, ele viu a falta do sétimo membro do time. Ele só não esperava que fosse sua filha.

A porta foi aberta atrás dele e de repente, ele olhou para a mulher que entrou.

— Analista técnica Penelope Garcia. – Hotch apresentou com algum orgulho. – Este é o agente supervisor David Rossi.

A boca dele ficou em silencio, não confiando em suas palavras. Ela parecia muito linda e parecida com a mãe dela.

E então tudo o que ele pode fazer era acenar. Seu emprego nessa unidade seria espetacular e ele nem precisou de ajuda. Ele estava feito.

Agora...

Sentado à beira da cama de sua esposa, Derek suspirou. Ela fora admitida aqui logo que chegou com a ambulância. Era padrão para esses casos. A fita de seus pulsos e pés cortada e retirada, assim como a da boca. Quando disseram que ela precisava ficar em observação, Derek apenas assentiu.

— Agente Morgan? – O médico entrou. – Dr. Santos.

— Muito prazer. – Derek apertou a mão do homem. – Como ela está?

— Vamos fazer um ultrassom na sua esposa apenas de prevenção. – Ele respondeu. – Sem traumas sexuais, apenas um corte na bochecha. Eu acho que ela vai ficar bem.

— Obrigado. – Derek agradeceu. – Acho que posso ficar aqui, né?

— Por que não? – Ele puxou uma cadeira. – Quando a colocamos ela queria alguém e eu acho que era você.

— Ela já passou por oito meses de coma. – Derek suspirou. – Eu acho que agora que ela está grávida é ainda mais perigoso.

— A senhorita Garcia não vai estar em coma. – O médico o tranquilizou. – Eu queria dizer que o pior já passou.

— Quando vai fazer o Ultrassom? – Derek queria muito estar presente. – E eu posso estar lá?

— Você, sendo o pai, sim. – O médico sorriu. - Apenas aguarde eu chamar.

Derek pegou a mão de Penelope e a beijou. Ele matou um homem. Teria uma investigação, mas ele não queria pensar. A coisa mais importante dele, estava aqui.

Os olhos de Pen finalmente se abriram. Ela olhou para o marido e deu um sorriso sonolento.

— Se não é minha deusa. – Derek se aproximou ainda mais. – Como se sente?

— Melhor. – Ela apertou a mão dele. – O que houve?

— Eu o matei Pen. – Derek tinha fogo no olhar. – Ele te machucou e eu o matei.

— Meu herói. – Ela colocou as mãos em seu ventre. – Nosso bebê?

— Está bem. – Derek a tranquilizou. – Precisam apenas fazer um ultrassom. O médico parecia estranhamente agitado.

— Ah. Veja só que acordou. – O médico viu Pen corar. – Eu queria realmente saber se você deseja ver seu bebê agora ou depois?

— Agora. Por favor. – Ela quase implorou. – Eu quero ver agora.

— Com cuidado, ok? – O médico a ajudou a se levantar. – Protocolo hospital. Você vai de cadeira de rodas até lá e sem reclamação.

Pen não tentou lutar. Derek a levou até a sala de exames e em um piscar de olhos a colocou sobre a mesa de exames.

— Certo, senhorita Penelope Garcia. – Ele sorriu. – Desculpe, Morgan.

— Tudo bem. – Pen riu. – Ainda me chamam de Garcia. É fácil.

— Certo, Penelope. – Ele pegou o gel. – Esse gel é um pouco gelado. Eu vou levantar o vestido do hospital apenas para fazermos nosso exame.

— Já dá para ver o sexo do bebê? – Pen estava ansiosa para saber o que eles estavam tendo. – Então?

— Dois meses ainda não. – Ele a viu chateada. – Mas dá para saber se eles estão bem.

Pen e Derek o olharam com expectativa. Eles?

— Eles? – Derek perguntou. – O que quer dizer com eles?

— Eu não entendi. – Ele não era de disfarçar tão bem. – Como disse?

— Você disse. Eles. – Derek ainda o olhava. – O que quer dizer com eles?

O médico apenas sorriu e começou o exame.

— Certo. Eis a questão. – Ele parou sobre um dos bebês. – Durante o exame de rotina depois do ocorrido, notamos que sua esposa estava com muito mais hormônio do que o geralmente necessário.

Ele andou um pouco com o bastão.

— São gêmeos. Parabéns. – O médico sorriu. – Você e Penelope esperam gêmeos.

Penelope começou a sorrir e Derek estava em um céu de alegria. Ambos não cabiam em si mesmos. Eles nunca haviam conseguido engravidar e quando o fizeram, foram logo de dois.

— Eu gostaria de manter você aqui por essa noite. – O médico disse. – Podemos fazer mais exames e ver se está tudo bem.

— Claro. – Pen estava pensando em seus bebês.

— Com toda certeza. – Derek respondeu e a beijou. – Eu te amo muito, Baby Girl.

— Nós vamos ter gêmeos. – Pen estava ainda impactada. – Uau. Isso é... Uau.

Em outra parte do hospital, JJ estava ansiosa para ver sua amiga. Ela realmente queria ver Pen. Assim como ela, JJ estava grávida e queria saber se Pen estava viva.

— Jennifer. – Will a interceptou. – Eu vou pedir uma cadeira de rodas e te levar lá.

— Por favor. – JJ estava cada vez mais ansiosa. – Eles disseram que ela foi para um exame e eu quero realmente descobrir o que ela está tendo. 

— Você vai estragar esse bebê? – Ele perguntou com diversão. – Assim como ela fez com Henry?

— Você pode ter certeza que sim. – JJ riu. – Estamos prontos?

— Sim. – Will empurrou a cadeira. – Próxima parada, quarto de Penelope Morgan.

Quando o casal finalmente chegou ao quarto de Pen, os olhos da amiga se abriram e ela deu um sorriso grande para sua amiga.

— Garcie. – JJ chegou mais perto e a abraçou. – Ainda bem que aquele doente não te machucou.

— Graças a deus. – Pen sorriu. – Meus bebês estão bem.

JJ a olhou e enfim descobriu o que ela estava dizendo.

— Não. – JJ deu um sorriso. – Você está tendo gêmeos?

— Eu temo que sim. – Pen foi envolvida em um abraço de JJ. – E parabéns pela sua gravidez também.

— Podemos participar do abraço? – Emily e Hotch entraram. – Eu ouvi direito? Vocês dois estão tendo gêmeos?

— Sim, Hotch. – Derek falou com orgulho. – Pen está esperando gêmeos.

— O que? – Rossi entrou com brilho nos olhos. – Você está grávida de gêmeos?

— Sim, papai. – Pen sorriu para ele. – Ainda é cedo para sabermos os sexos, mas sim. São gêmeos.

— Parabéns filha. – Ele deu um beijo na testa dela. – Eles vão ganhar um quarto lindo.

— Pessoal. – Emily tomou a palavra. – Também estamos grávidos.

Todos olharam para ela e então JJ falou.

— Eu também. – JJ riu e todas riram juntas.

— Dois meses. – Ambas falaram e a equipe não sabia se pegava uma cadeira e desmaiava coletivamente.

— Isso que eu chamo de sincronização. – Rossi riu. – Três mulheres grávidas.

— Alguém trocou a água do Bureau. – Hotch viu Reid começar a suar. – Spencer? O que foi?

— Anne está grávida também. – Ele tentou não rir de nervoso. – Fazendo as contas aqui, ela tem enjoos e tudo mais.

— Sem a porra da chance. – Hotch traduziu os sentimentos da equipe. – Vamos ter uma pequena fornada de bebês.

— Bem, Aaron e eu somos casados, assim como JJ e Will, e Pen e Derek. – Emily olhou para Reid. – Quando vai ser o seu?

— Daqui a um mês. – Reid os viu sorrir. – Vai ser uma coisa simples.

— Venha garoto. – Rossi pegou Spencer. – Hora de comprar um Smoking para você.

Todos ficaram conversando e brincando no quarto de hospital. Rossi, no entanto, fazia planos para pedir Strauss em casamento.