Winter Blues escrita por Any Sciuto
Derek e Penelope se sentaram perto um do outro no jato da BAU. Eles não eram o único casal aqui hoje.
Nas últimas quatro semanas, Hotch e Emily iniciaram um namoro. Ele precisava seguir em frente depois da morte de Haley e Emily e ele eram apaixonados há algum tempo.
Nenhum deles contou nada a ninguém. Não era da conta deles. Mas vendo Derek e Penelope juntos, eles sabiam que mais cedo ou mais tarde eles teriam que contar a equipe.
Nada contra isso. Hotch estava querendo subir no prédio do FBI e contar a todos sobre isso. Ele estava feliz pela primeira vez em anos.
— Certo. – Hotch finalmente falou. – Vamos rever o que nós temos.
— Duas vítimas, tiros no peito. – Penelope colocou o arquivo na roda. – Sequestradas a dois meses, bem vestidas e alimentadas.
— É tudo tão estranho. – Reid comentou. – Elas claramente foram levadas por um homem, mas não há sinal de abuso sexual.
— Vai ver o cara não consegue. – Rossi olhou as fotos. – Vai ver que ter controle sobre ambas é o que o excita.
— Amarrar mulheres por dois meses, mas as cuidar? – JJ levantou uma sobrancelha. – Sadomasoquismo?
— BDSM. – Penelope comentou. – É uma pratica comum agora. Logo após o lançamento de cinquenta tons de cinza, as pessoas acham excitante amarram alguém.
Um silêncio caiu no avião. Todos olharam para a técnica.
— Qual é gente? – Penelope tentou minimizar. – Esses filmes estão em ascensão agora. Essa coisa de amarrar e chicota enquanto você faz sexo. Bem sem graça.
— Eu gostaria de saber sobre isso, Baby Girl. – Derek a olhou com desejo. – É isso que você gosta?
— Derek! – Ela deu um tapa em sua careca. – Não!
— Vamos focar aqui? –Hotch mudou o assunto. – Então assumimos que ele gosta de sadomasoquismo. Procuramos alguém dessa área ou com acesso à internet?
— Talvez ambos. – Reid ofereceu. – É incrível o nível de informação que você consegue com acesso à web.
— Ok. – Hotch suspirou. –Chegando a São Francisco, Penelope, Dave e Derek vão para a cena do crime. JJ e Reid, para a delegacia. Eu e Emily vamos a casa da primeira vítima.
— E a casa da segunda vítima? – Rossi estranhou. – Ninguém vai?
— Não podemos arriscar alguém ir sozinho. – Hotch explicou. – Esse assassino está nos provocando, nos testando.
Derek olhou para Penelope e suspirou. Ela apenas balançou a cabeça e ele entendeu.
— Gente. – Derek pediu a atenção. – Eu gostaria de dizer algo. Eu sei que estaremos trabalhando juntos, mas Penelope e eu estamos namorando agora.
Você poderia ouvir a queda de um alfinete no avião. JJ estava em choque enquanto Emily sorria. Reid tirou uma nota de dez da carteira e deu para Rossi. Hotch apenas sorriu timidamente.
— Desde que não atrapalhe seu trabalho. – Hotch apertou a mão de Derek. – Não vejo problema.
— Eu falo com Strauss assim que chegarmos. – Rossi disse. – Vou derreter o coração da rainha de gelo.
— Obrigado. – Derek piscou e beijou Penelope. – Eu tenho quase certeza que poderíamos fazer um bebê.
— Calma aí. – Hotch riu. – Vamos pegar esse maluco.
— Hotch. – Penelope pediu a atenção. – Se importa se eu for com você até a casa da primeira vítima? Há algo que eu preciso conversar. Em particular.
— Certo. – Hotch sorriu. – Mas nós dois somos apenas amigos.
— Eu não quero você Hotch. – Pen riu. – Eu só quero perguntar algo realmente pessoal e preciso de algum tipo de privacidade.
O avião da equipe desceu para o hangar e todos se separaram. Penelope foi com Hotch em uma SUV enquanto o restante se dividiu.
— Não que eu me importe em trazer você, Garcia. – Hotch olhou para a técnica loira. – Mas eu apenas gostaria de saber por que.
— Eu quero conselhos. – Pen revelou. – Eu e Derek somos amigos há algum tempo, mas agora somos namorados.
— Vocês serão felizes. – Hotch sorriu. – E eu e Emily seremos felizes.
O unsub vigiava a equipe inteira. Ele nem acreditou na chance de ouro de seus dois alvos juntos em uma SUV. Arrumando seu disfarce e ligando a van, ele arquitetou um jeito de conseguir.
Ele estacionou sua van em um lugar que eles sabiam que ambos iriam passar e esperou, pronto para uma emboscada.
Hotch e Pen sorriam dentro da SUV. Não era certo, mas eles resolveram pegar um atalho por uma estrada onde passavam poucos carros. A mulher vivia quase isolada e eles não sabiam porque afinal, ele a escolheu.
Batendo a porta da SUV, Hotch saiu através de um caminho até a porta da casa. Abrindo a porta, tudo parecia em ordem. A mulher tinha uma mania de limpeza que ambos sabiam que se ela conhecesse Spencer eles seriam perfeitos juntos.
O homem saiu de seu esconderijo e se mudou para a casa. Ele observou Garcia e Hotchner conversando.
— Então? – Hotch perguntou a Penelope. – O que você diria sobre essa mulher?
— Que ela sem dúvidas tem toc. – Penelope sorriu. – Cada coisa milimetricamente arrumada. Parece que nada fica sem apoio na mesa. Ela tem revistas na ponta do sofá e aparenta ser muito mais rica do que realmente é.
— Excelente. – Hotch sorriu. – Acho que podemos supor que ela não foi raptada aqui.
Penelope não teve tempo de discutir quando algo caiu na parte de trás.
— Vá para a SUV, Garcia. – Hotch pegou a arma. – Eu volto logo.
Ela caminhou rapidamente até o utilitário. Ela não percebeu quando alguém a atingiu por trás e ela caiu no chão, totalmente inconsciente.
A arrastando até o carro, ele nem parecia com dificuldades de arrastar Pen sozinho. Ele realmente havia treinado para isso.
Hotch checou a parte de trás da casa e não conseguiu ver algo que mostrasse de onde vinha o barulho. Uma pequena jarra de barro estava no chão, mas não havia ninguém.
Sua cabeça juntou peças invisíveis e ele correu até a SUV, tentando e rezando para que Penelope estivesse a salvo. Ele olhou para o veículo vazio e viu um dos saltos dela no chão.
— Eu não faria isso se fosse você. – O homem gritou. – Eu tenho sua preciosa amiga aqui, Hotchner. Um movimento, um tiro direto nela.
— Deixe Penelope em paz. – Hotch tentou negociar. – Qualquer coisa que você tiver, me leve, mas deixe-a em paz.
— Eu passei cinco meses preso naquela prisão em San José por causa sua e dela. – Ele riu. – Isso não vai acontecer de novo.
— Onde ela está? – Hotch temia dar um passo. – Eu preciso saber que ela está viva. Que ela está bem.
— Deixe a arma no chão. – O bandido começou a exercer seu poder. – Venha devagar até aqui e entre.
Hotch pensou e depois fez. Se ele fosse com ela, ele poderia manter ela em segurança.
Penelope estava inconsciente na van, com os braços amarrados.
— Bons sonhos Agente. – Ele bateu na cabeça de Hotch, que caiu no chão, desacordado. – É hora de pagar.
Largando os telefones deles no chão e pegando as armas de Hotch para sim, o homem fechou a porta da van e saiu de lá. Quando todos descobrissem, seria tarde e eles estariam longe dali.
Contornando a estrada, ele seguiu na direção oposta da cidade. Entrando em uma rota quase nunca usada. O lugar todo era coberto de matas e arvores.
Ele planejou isso por meses. E iria pôr em prática.
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