Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Winter Blues




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772648/chapter/1

Hotchner sempre se considerou o melhor chefe de equipe. Poderia parecer piegas ou até muita vaidade, mas ele sabia como a equipe funcionava e o que era o certo e errado.

E isso se refletia em campo. Um protegia o outro quando estavam em uma cena de crime. E quando todos iam na viagem até a excêntrica Penelope Garcia, ele pessoalmente se encarregava da segurança dela.

Depois que ela foi baleada por alguém que só a atraiu para matar e de um namoro subsequente fracassado, ele sabia que Penelope Garcia e Derek Morgan deveria ficar juntos.

Suas paqueras diziam tudo o que ele queria saber e um pouco mais. Eles se amavam, mas tinham medo de admitir.

Nessa área de trabalho nada era fácil. Ele perdeu Haley, seu grande amor e mãe de seu único filho para um inimigo e ainda perdeu alguns amigos.

Seus pensamentos foram interrompidos pela onda de cor em forma de Penelope Garcia entrando em seu escritório. Era sempre o que o motivava a ir para o trabalho. Ele não a via como uma paixão, mas como uma irmã mais velha e feliz.

— Bom dia Boss. – Ela deixou alguns arquivos. – Eu vim deixar os arquivos de hoje.

— Pode se sentar um momento, Penelope? – Ele a viu confusa por alguns momentos. – Eu admiro seu trabalho como analista e você nos salvou de cada fria nesses seis anos, mas eu gostaria de dar uma promoção a você.

— Eu não vou usar armas. – Ela foi rápida em dizer. – Nada contra, Bossman, mas eu já levei um tiro o suficiente para saber como isso dói.

 -Na verdade, eu gostaria de testar você no campo. – Hotch viu sua surpresa. – Você vai precisar de uma arma.

— Chefe... – Ela tentou contrapor.

— Não, Garcia. – Ele se sentou ao lado dela. – Me escute. Todos aqui somos preocupados com você. Você não usa uma arma, que droga, nem carrega uma Taser.

Ela apenas ficou olhando para ele, sem saber o que dizer.

— Você começa no próximo caso. – Ele apenas disse. – Vou requisitar uma permissão para você e uma arma de começo.

— Certo. – Pen se levantou. - Eu não vou discutir uma ordem direta.

Hotch a viu sair e se bateu mentalmente. Ele praticamente a obrigou a aceitar isso.

— Filho de uma mãe. – Penelope resmungou. – Eu não posso nem discordar dele.

— Você está bem, Baby Girl? – Derek a pegou antes de ela sair. – Quem você está amaldiçoando?

— Hotch. – Ela se perdeu no abraço dele. – Ele quer me dar uma arma.

— Por que? – Morgan estranhou. – Você não vai a campo.

— Ele que me testar. – Penelope falou. – Eu nem tenho certeza se quero realmente isso.

— Eu vou poder te proteger. – Ele sorriu para ela. – E vamos poder dividir um quarto.

— Não me tente, Derek. – Ela brincou. – Não acho que eu resistiria te violentar a noite.

— Se quer saber uma coisa. – Ele falou ao pé do ouvido dela. – Eu deixaria você me violentar a noite toda.

Ela se soltou do abraço de Derek e saiu dali. Ele a estava tentando dia após dia.

Derek sentou em sua mesa, sorrindo feito bobo apaixonado. Penelope sempre foi uma das únicas mulheres que Derek se negou a passar uma noite, até porque ela merecia mais que uma noite. Ela merecia a vida toda com ele, acordando linda ao seu lado. Grávida, carregando seu bebê.

Ele estava perdido em seus pensamentos para ver Reid jogar uma caneta em sua direção. Ela bateu em seu rosto, o trazendo para a realidade.

— Um centavo pelos seus pensamentos. – Reid falou. -  que o grande Derek Morgan está pensando hoje?

— Menino bonito, agora não. – Derek suspirou. – Você já se apaixonou por alguém que não pode ter?

— Morgan. – Reid se endireitou. – Sabia que 80% das pessoas que se apaixonam acabam sendo infelizes com outros parceiros? Tanto que 30% deles acabam em um casamento infeliz e indo morar em um buraco?

— Eu quero alguém. – Ele viu Spencer se assustar. – Mas estou com medo de machucar a ela. Ela é uma mulher especial e que merece alguém que a ame.

— Posso te dar um conselho? – Reid se aproximou. – Apenas diga a Penelope que a ama. Lembro-me de Battle tentando matar ela e de Kevin sendo um porco idiota.

— Eu vejo que você ainda o odeia. – Derek sorriu para o amigo. – Ainda mais da bomba de farinha que você fez ele levar por machucar Penelope.

— Bem, ele sumiu, certo? – Spencer jogou um bombom. – Dê a ela.

— Atenção gente! –Hotch interrompeu a conversa. – Temos um caso.

Penelope passou por Derek, que se virou para ela. Ela sorriu de volta e continuou caminhando.

Derek apenas observava seus quadris balançarem enquanto gemeu de excitação.

— Ei! – Emily lhe deu um tapa na cabeça. – Respeite Penelope. 

— Desculpe. – Derek parecia envergonhado. – É só que eu a amo.

— Então conte a ela, homem. – Emily riu. – Depois desse caso.

Eles entraram e se reuniram. Mesmo com JJ presente, Penelope ganhou da agente loira o dever de apresentar os casos. Penelope e JJ eram amigas a muitos anos e depois que a analista a substituiu em um caso, ela sabia que Penelope seria maravilhosa em fazer isso.

— São Francisco, Califórnia tem um psicopata maluco a solta. – Pen mostrou as fotos. – Ontem à noite, dois corpos foram encontrados no centro de conferencias em reformas. Adriella estava morta há quatro dias. Ellen White estava morta há apenas quatro horas.

— Elas sumiram há dois meses? – Reid estranhou. –Tirando o fato de estarem mortas, elas parecem alimentadas e arrumadas.

— Então estamos assumindo que elas foram cuidadas pelo unsub? – Hotch não entendeu. – A mulher que encontrou os corpos disse algo?

— Ela apenas disse que precisava desmaiar. – Pen sorriu. – Ela precisou de atendimento quando eles chegaram lá.

— Elas morreram com um único tiro no coração. – Hotch falou. – Eu acho que entendo porque nos chamaram.

Hotch pegou a foto de sua pasta. Todos ofegaram quando viram BAU escrito em um dos corpos.

— Decolamos em trinta. – Hotch falou. – E Penelope. Sua experiência começa agora.

Penelope apenas assentiu e saiu antes das perguntas que certamente viriam.

— O que é isso, Aaron? – Rossi perguntou. – O que você está fazendo ela fazer?

— Penelope vai ser testada no campo. – Hotch viu as caras espantadas. – Ela não vai ter uma arma ainda. Ela realmente precisa dos cursos.

— Ok, mas Aaron. – Rossi falou outra vez. – Estamos indo para a cidade dela. Podemos encontrar seus irmãos ou não e temos um psicopata atrás da gente. Ela vai precisar de ajuda.

— Você e Morgan podem ficar com ela. – Hotch determinou. – Olhe, vai dar tudo certo. Nada vai dar errado.

São Francisco, Califórnia.

— Qual são as últimas Tiffany? – O apresentador do jornal pediu a sua repórter. – Quais as novas informações sobre os corpos encontrados no centro de convenções?

— A Unidade de Analise comportamental foi chamada para fazer o perfil desse assassino. – A repórter informou. ­— Eles são compostos pelos agentes Hotchner, Jareau, Prentiss, Reid, Morgan e Rossi. A analista Penelope Garcia completa o time. Todos estão vindo para cá.

O assassino riu e olhou suas próprias fotos no varal. Ele não queria toda a equipe. Eram apenas duas pessoas que ele tinha sede de vingança. Aaron Hotchner e Penelope Garcia. Ambos haviam colocado ele atrás de grades e ele havia saído.

Agora, eles os atraíra para cá. Ele esperava ter que pegar Garcia em quântico, mas ele sorriu para a sorte mais do que bem-vinda de ter ela em seu próprio quintal.

Quântico, Virginia.

— Baby Girl, espere! – Derek correu até ela. – Por que a pressa?

— Eu preciso pegar minha bolsa. – Ela não o queria vendo chorando. – Eu te vejo na SUV.

— Ei. – Ele a virou gentilmente. – Você pode me contar sobre qualquer coisa.

— Eu não queria voltar para casa. – Pen suspirou. – Não com um assassino a solta. E se eu fizer besteira?

— Me escute, Baby Girl. – Derek a apertou em seu abraço. – Eu não vou deixar ninguém te tocar. E se isso acontecer, tenho certeza que Hotch vai brigar pelo tiro fatal.

— O que eu faria sem você? – Ela o abraçou. – Eu te amo.

— Não. – Ele a olhou nos olhos. – Eu te amo mais. E quando eu digo isso, quero dizer, estou apaixonado por você.

— Derek... – Suas bocas se aproximaram. – Você quer ficar comigo?

— É só pedir, Baby Girl. – Derek a pegou com suas mãos. – Deus, eu queria te beijar tanto.

Ela não respondeu. Aproximando seus lábios, ela o beijou e Derek adorou. Suas mãos descansaram em suas costas e ela precisou de força para se afastar.

— Então? – Ela fez uma cara fofa. – Eu beijo bem?

— Eu vi fogos, menina. – Derek a abraçou. – Apenas espere voltarmos. Eu prometo que nós vamos fazer isso direito.

— Nós estamos namorando, certo? – Ela apenas queria a certeza.

— Querida, se eu não te namorasse depois desse beijo. – Ele beijou seu pescoço. – Eu provavelmente seria burro.

— Oh! – Pen sorriu para ele. – Então podemos contar para nossos amigos.

— Com certeza. – Derek a ajudou a pegar sua bolsa. – Eles vão finalmente ganhar a aposta.

Eles foram para a SUV em espera. Era hora de pegar um homem mau.

Porém, se cada um deles soubesse o problema que estavam indo, eles teriam deixado seus dois agentes longe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winter Blues" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.