Um dia. escrita por keemi_w


Capítulo 2
As crianças cresceram.


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! Gostaria de pedir que por favor deixem um reviewzinho me dizendo o que acharam do capítulo! É de EXTREMA importância ler o que vocês têm a me dizer! Boa leitura.



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Ouça: Oração ao Tempo (Maria Gadú) - música que inspirou a história.

Talvez meu coração tenha ficado um pouquinho menor assim que Anna passou em meu consultório anunciando que Ben ia apresentar alguém para seus filhos e esse alguém seria sua nova companheira.

Ben e eu sempre fomos amigos. Desde a época que Clara começou a namorar com ele, sempre estive inserida no grupo. De alguma maneira ela nunca me fez parecer excluída. Assim que ela morreu, me senti no dever de ficar com aquela família. Ben perdeu o amor da sua vida, havia uma criança de 6 anos e uma linda recém-nascida sem  mãe. Eu não conseguiria simplesmente virar as costas e ir embora.

Nos primeiros anos sofremos muito. Sem minha melhor amiga, decidi fazer parte de sua família e ajudá-los. Eu sempre ia levar um almoço ou uma janta para eles. Cada vez mais fui me apegando aos três. Principalmente com Annaju, parecia que estávamos ligadas de alguma forma muito especial... Aqueles olhos de jabuticaba me fascinavam de alguma forma.

No começo eu nem conseguia olhar direito para Benjamin e dar de cara com sua expressão triste. Conforme o tempo foi passando e nossa amizade cresceu, comecei a sentir mais do que compaixão e carinho por ele. Quando Annaju completou mais ou menos 5 anos percebi que eu estava apaixonada pelo marido da minha melhor amiga. Claro que me senti uma traidora horrível. Como que eu pude desenvolver uma paixão por ele? Eu tinha certeza de que Clara me olhava lá do céu com uma expressão de reprovação. Eu tinha certeza de que havia me transformado em alguém que queria tomar o lugar dela.

Ah, e teve o beijo... O beijo que Benjamin fez questão de esquecer rapidamente. Talvez por recriminar o pensamento de desejar outra mulher sem ser Clara. Ou talvez por recriminar o pensamento de beijar alguém que não era seu objeto de desejo e, sim, só fruto de sua vulnerabilidade. Nunca me esqueci daquele beijo. Eu nunca estaria esperando por aquele beijo, naquelas condições.

Obviamente fiz questão de tentar esquecer esses sentimentos. Nunca deixaria que Benjamin percebesse tal coisa. Então, fui me esquecendo e deixando aquilo adormecido dentro de mim.

Tive algumas recaídas ao longo de todo esse tempo. Mas quando Annaju me contou aquilo, senti vontade de vomitar. Primeiro porque eu queria estar no lugar daquela mulher. Segundo porque de novo Clara estaria me recriminando da onde quer que ela estivesse.

— Papai vai nos apresentar sua nova namorada, Fabi – ela contou. – E eu não sei o que sentir a respeito disso.

Espantei esses pensamentos da minha cabeça, ergui a cabeça e dei uma resposta coerente, ética e nada egoísta para Anninha, por mais que eu quisesse incentiva-la a uma intervenção para Benjamin nunca desejar outra mulher. Ela pareceu entender meu ponto e então, após um tempo foi embora. Assim que passou pela porta, Thiago entrou animado.

— Muitos cachorros na feira de adoção para sábado, Fabi! Está preparada para muito agito e tumulto?

Dei risada.

— Você sabe que esses são meus eventos prediletos.

Thiago sorriu mostrando suas covinhas que arrasam os corações por onde quer que ele passe.

— Sei bem... E depois? Quer sair à noite com o pessoal da faculdade? Eles estão combinando de ir ao Loirão lá para umas 20h. E nossa feira termina antes – Thi sorriu e passou a mão pelos seus cabelos castanhos despenteados.

Não estava muito no clima de sair após um dos dias mais agitados do mês. Na verdade, eu pretendia chamar Anna para assistir à alguma série na minha casa. Porém, Thiago estava me pedindo aquilo com os mesmos olhinhos de dó que um cachorro faz após tomar as vacinas.

— Para de me olhar igual um Golden! – tirei sarro. – Só vou se você me buscar e me levar depois, Thi. Não quero ir de carro e ter de dar carona para pessoas com as quais não falo há eras e que provavelmente estarão bêbadas.

Ele abriu o maior sorriso.

— Yes! – Thiago deu soquinhos no ar. – Sabia que você não ia me abandonar.

Revirei os olhos.

— Se eu não te abandonei nem em 2009 quando pensei que íamos falir e eu teria que vender meus órgãos no mercado livre...

Nós caímos na gargalhada.

— Está bem, vou te deixar com sua consulta. Se caso precisar estou na sala ao lado.

Thiago sempre foi um dos meus melhores amigos. Ele era atencioso, legal, engraçado e muito inteligente. Começamos nossa amizade na faculdade de veterinária, ele caiu no mesmo semestre que eu após pedir transferência da sua faculdade do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com a correspondência de grades, fazíamos quase todas as aulas juntos. Nossa amizade começou de uma maneira bem aleatória, pediu para eu passar minhas anotações de Anatomia durante o intervalo e naquele dia não conseguíamos parar de conversar.

Lembro-me direitinho de Clara nos vir conversando animadamente e dizer para eu investir no Thiago, pois, segundo ela, ele era um gatinho. Para falar a verdade, ele ainda é. Mas além de gatinho, é um dos meus melhores amigos do universo inteiro e eu nunca me sentiria à vontade estragando essa amizade. Além do mais, não nutro sentimentos românticos. Thi realmente é incrível.

Após o dia de trabalho, decidi dar uma passadinha na casa de Benjamin. Ele havia me dito que a semana estava muito corrida, então queria conferir se Annaju e André precisavam de algo. Além do mais, queria um pouco mais de tempo junto a eles, pois só conseguia vê-los rapidamente naquela semana, nem batemos um papinho.

Levei meu jaleco nos braços, pois precisava lavá-lo urgentemente. Normalmente o deixava na clínica para o dia seguinte, mas naquele estado não daria para usá-lo novamente. Saí da minha sala e minha mãe parecia entretida em alguns joguinhos da internet.

— De novo esse jogo de Pokémon, mamãe? – perguntei dando-lhe um beijo na bochecha.

— Eu preciso capturar essa Butterfree ou não me chamo Theresa! – ela exclamou jogando pokebolas no bichinho.

— Esse jogo deveria ser proibido por maus tratos aos animais virtuais – brinquei. Mamãe riu, mas continuou compenetrada. – Mãe, estou indo ao Benjamin, tá bom?

Dona Theresa me olhou por cima de seus óculos.

— Por quê? – ela perguntou. – Meu amor, Annaju e André já são grandinhos. Você não precisa mais ir preparar um mamadeira ou comida.

Revirei os olhos.

— Mas eu estou com saudades deles! – respondi.

Mamãe suspirou e eu percebi que viria alguma bronca de sua parte. Ou ensinamento. Mas na maioria das vezes era uma bronca.

— Fabi, você tem um coração incrível. Mas você não acha que está na hora de parar? Quero dizer, sei que os ama. Mas tudo mudou. Já se passaram 15 anos desde que Clarinha se foi – fechei os olhos ao mencionarem o nome dela. – Eu acho que você deveria investir um pouco na sua vida. A única coisa que você faz é vir para a Clínica e se revezar entre aqui e a casa de Ben.

As palavras de minha mãe eram bem duras e cortantes. Essa sempre foi uma característica dela, e um dos motivos pelos quais mais brigávamos quando eu era adolescente. Porém, ainda era a voz da razão, não há como negar.

Meu coração se acelerou ao perceber que talvez eu não fosse tão útil assim na vida daquela família mais. Principalmente agora que Benjamin encontrara uma mulher que provavelmente supriria todas as suas necessidades e eu me tornaria completamente inútil.

— Amanhã eu vou sair com uma galera da faculdade – contei e forcei um sorriso. – E você tem razão... Minha vida merece um pouco de oportunidades.

Mamãe franziu a testa para mim.

— Fabi, desde que ela se foi você nunca namorou. Eu não quero que você saia por aí ficando com qualquer um, não! Mas não é normal uma mulher tão linda, amorosa e inteligente como você estar sozinha há 15 anos!

— Mãe, não começa! Eu já fiquei com vários caras.

— Mas quantas vezes você se apaixonou, filha?

— Nenhuma! Eu não queria nem pensar nisso! Minha melhor amiga se foi, me deixou totalmente sozinha. Eu não tinha ninguém para sair, para descontrair. Eu nem queria pensar em namorados. E depois eu só me concentrei na Annaju e no André... Porque sabia que os dois não me decepcionariam ao contrário de relacionamentos.

Eu nem percebi, mas lágrimas se acumulavam em meus olhos. Nunca me abri completamente para ela, se ela soubesse do motivo que me mantinha tão presa ao André e a Annaju talvez mudasse de ideia, mas agora não era a hora de contar. Entretanto, minha mãe tinha tanta razão. Eu passei os últimos anos existindo para Annaju, André e Benjamin. Só para eles. Eu dedicava todo meu tempo livre a essa família. Somente.

O que eu estava fazendo com minha vida?

— Filha, você agiu de uma maneira tão altruísta... – mamãe pegou em minhas mãos por cima do balcão da secretaria. – E eu não acho que deva se arrepender disso. Você foi e é incrível e maravilhosa. Só acho que deveria se abrir mais para a vida. Benjamin seguiu em frente. E eu tenho percebido isso há um tempo já. Ele seguiu em frente para valer. Você deveria fazer o mesmo.

Soltei todo o ar de meus pulmões.

— Você tem razão – eu disse triste. – Tenho que ir, mamãe. Eu te amo, obrigada por tudo!

Dei um beijo nela e me virei de costas antes que ela notasse que as lágrimas escorriam livremente no momento e antes que Thiago saísse de sua sala e me perguntasse milhões de vezes o que estava acontecendo. Ele era bem persistente quando queria algo.

— Filha, me dói muito ter que te dizer isso – ela continuou com a voz bem baixa. – Mas ele não te ama do jeito que você merece ser amada.

Aquelas palavras me atingiram como um soco.

Andei em direção à porta da saída sem querer responde-la.

— Ele pode te amar muito, Fabi! – ela continuou antes que eu saísse. – E eu sei que ele a ama. Mas você não merece menos do que alguém que esteja disposto a te fazer feliz cada segundo da sua vida.

Ouvi uma porta se abrindo e pelos passos provavelmente era Thiago. Saí correndo da clínica sem olhar para trás.

Eu amava pegar Annaju no colo e rodopiar com ela pela sala. Eu amava ouvir seu chorinho estridente. Eu amava como ela se parecia com Clarinha em cada mínimo detalhe de seu rosto. Eu amava abraça-la e acalmá-la quando ela mais precisava disso. Eu amava aconselhá-la. Eu amava o jeito que ela olhava para mim, com admiração. Eu amava o jeito que ela me escutava. Eu a amava demais.

Eu amava muito André e sua força. Eu amava como ele, no início, pegava as mãos da irmã e conversava com ela. Eu amava como ele tinha conseguido ser durão só com 6 anos de idade e nunca ter chorado na frente da irmã. Segundo ele, ela precisava que fosse forte para os dois. Eu amava o jeito como ele me contava seu dia-a-dia na escola e eu amava mais ainda ajuda-lo com as lições de casa, principalmente quando eram de ciências. Eu amava acompanhar sua adolescência e suas descobertas, eu amava o homem pelo qual ele estava se transformando.

Eu os amava tanto.

E amava também Benjamin.

Coloquei as mãos em minha barriga. Eu nunca teria uma criança gerada de dentro de mim. E a única coisa que aliviava a dor em meu coração foi que consegui acompanhar o crescimento de duas crianças maravilhosas que eram filhos da minha melhor amiga. Eu nunca teria nada além disso, e pelo visto estava sendo deixada de lado.

Entrei no carro e encostei minha cabeça no banco do motorista. Respirei fundo três vezes antes de dar partida. Quando ia engatar a primeira, alguém bateu na janela e eu encarei Thiago que estava com o maior sorriso na cara. Abri o vidro e tentei limpar algumas lágrimas para esconder minha cara de choro.

— E aí, linda? Dá uma carona para mim, vai? – ele pediu piscando várias vezes como se fosse para me convencer. – Ia pedir um táxi, mas te vi aqui parada e pensei: “Por que não abusar da boa vontade da minha amiga?”.

Dei risada me sentindo mais leve.

— Entra logo.

Deixei Thiago em sua casa. Estava indo em direção à casa de Benjamin, mas desisti. Mudei a rota e fui direto para casa. Assim que passei pela porta, joguei minhas bolsas em cima da mesa de centro e fui tomar um banho. Lavei o cabelo com calma e comecei a me lembrar de uma das minhas memórias mais marcantes com Clara.

Eu havia acabado de sair de uma consulta médica em que me desestabilizara completamente. Fiz uma bateria de exames para ver se estava acontecendo algo de errado com meu corpo. Quando se é mulher a menor das alterações já te lança um alerta para investigar o que está acontecendo. Minha surpresa foi quando médica me diagnosticou com mioma uterino. Era um tumor benigno e eu deveria tomar certos cuidados, não afetaria muito minha saúde, mas as chances de eu ser mãe eram baixíssimas. Quase nulas, na verdade. E eles só deixam essa margem de erro para o caso de milagres, o que não é meu caso, nunca acontecem milagres comigo.

 Lógico que nem sabia para onde correr após aquela notícia, só pensei que precisava conversar com Clara. Ela saberia o que me dizer, pois também sabia do meu sonho de ser mãe, além de ter sido mãe do Dedé recentemente. Aliás, Benjamin e ela mal se continham de tanta felicidade. E o garotinho... Apaixonante era pouco!

Bati em sua porta três vezes e ela me atendeu vestida com moletom e seu cabelo pingava por, provavelmente, ter acabado de sair do banho.

— Fabi? O que aconteceu? – ela perguntou com sua voz preocupada. – Você sempre avisa antes de vir... Ei! Você não está bem!

Ela fechou a porta atrás de si e pegou na minha mão. Fomos nos sentar no balanço em frente a sua casa (ela obrigara Benjamin a colocar um balanço lá para André e seus futuros filhos, sim, filhos no plural!). Respirei fundo e me balancei lentamente sentindo o vento bater no meu rosto enquanto pensava em tudo que aquele exame me revelara: uma criança fruto do meu amor com uma pessoa incrível? Não.

— Eu não posso ter filhos – contei.

Clara olhou para o chão, tenho certeza de que naquele momento ela estava sentindo o que eu estava sentindo. Ela tinha a habilidade de se por no lugar dos outros de um jeito que nenhuma outra pessoa tinha. Se eu pudesse dar apenas uma qualidade pra Clara, com certeza seria empatia.

— Você contou para sua mãe? Pro Paulo? – perguntou.

Paulo era um rapaz que estava namorando há um pouco mais de um ano. Para ser sincera nunca me imaginei me apaixonar perdidamente por ele e ter seus filhos. Acho que nunca confessei isso para Clarinha também... Enfim, nosso relacionamento estava fadado ao fracasso e eu sabia disso.

— Não, vim direto pra cá.

Clara abriu um meio sorriso.

— As bombas sempre sobram para mim, né? – Demos risada e ela me abraçou. – Sinto muito, Fabi. Se eu pudesse tirava esse sentimento de você agorinha, viu?

Assenti e sequei algumas lágrimas teimosas.

— Eu sei, Clarinha. Eu sei. Só vim aqui porque acho que ninguém reagiria bem agora, com exceção de você. Obrigada.

Ela passou a mão pelos meus cabelos.

— Olha, você vai ser a madrinha de todos os meus filhos.

— Com certeza – afirmei.

— E você terá que cuidar deles enquanto eu trabalho, igual já faz de vez em quando com o Dedé.

— Eu vou dar muito chocolate a todos igual já faço com o Dedé!

— E se eles caírem e se machucarem é sua responsabilidade comprar band-aid e merthiolat.

— E, uma vez por semana, vou deixa-los dormir sem escovar os dentes.

— Eca, não! – nós rimos. – E se a minha filha arranjar um namorado antes dos 40 anos você é responsável por matar o cara.

— Se sua filha arranjar um namorado antes dos 15 eu dou cobertura para ela se encontrar com ele enquanto você dorme.

Ela gargalhou.

— Se meu filho tiver uma namorada que parta o coração dele você que vai consertar os caquinhos enquanto eu acabo com a vida acadêmica da menina.

— Se seus filhos tiverem o coração partido eu vou atrás dos responsáveis por conta própria.

— Se eu quiser matar o Benjamin em alguma decisão errada que ele tenha tomado, você vai ter que me lembrar dos motivos que me fizeram casar com ele.

— E quais são?

Nós rimos pra valer naquele momento. Eu me dobrava ao meio enquanto ela secava as lágrimas que caíam de tanto rir.

— Você é horrível, Fabi!

— Você é péssima, Clara!

Nós voltamos a gargalhar.

— E, olha... Você é a responsável por criar as cinco crianças se caso algo acontecer comigo ou com o Ben.

Parei de rir na hora.

— Credo, Clara. Não dá nem mais vontade de conversar com você depois dessa.

— Por quê? Cinco é muito? Tá bom, tá bom... Três!

— Você realmente tá planejando tudo isso de filho?

— Por que não? – abriu o maior sorriso sapeca do mundo e depois gargalhou.

Sorri.

— Bom, mas nada acontecerá com você ou com o Ben.

— Não vai, mas se acontecer você já está mais do que avisada.

Lancei-lhe um sorriso triste e ela voltou a me abraçar.

Eu sabia, naquele momento, que minha melhor amiga tinha o dom de substituir a tristeza que me invadia por uma onda de fôlego. E aquela situação nem era tão ruim, eu não pretendia ter filhos tão cedo e nem tinha encontrado alguém que despertasse em mim aquela vontade. Meu medo era mais o futuro, pois sabia que um dia eu ia querer um mini ser humano ao meu lado conhecendo o mundo sob os meus cuidados.

— Quer tomar vinho?

— Acho que sim – respondi.


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Notas finais do capítulo

Por favor, gente linda! :D Digam o que estão achando! Tentarei postar o próximo capítulo o mais rápido possível. Grande beijo!



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