Acordei com o movimento de Calleb que estava sentado no sofa com a minha cabeça em seu colo, abri meus olhos e vi Alec e Lucille se aproximando. Ela continuava com seus olhos dourados, mas Alec tinha seus olhos de um vermelho vivo.
— Vocês estão livres pra ir agora. - Alec falou. - Nós so pedimos que não se demorem na cidade.
— Isso não será um problema. - Edward falou e Alec sorriu antes de assentir e sumir.
— Calleb podemos conversar? - Lucille perguntou.
— Não. - Ele respondeu levantando e me ajudando a levantar do sofa. - Espero nunca mais ve-la na minha frente.
— Diga ao Willian...
— Pode deixar. Eu direi que a vadia da vampira morta dele esta viva. - Ele resmungou. - Como saimos daqui? - Ele se virou para Gianna.
— Sigam o corredor direito ao redor da esquina para chegarem no primeiro pavimento de elevadores. - Gianna falou. - O saguão é dois andares abaixo e é a saída para a rua. Adeus agora.
Deixamos o saguão luxuoso e saimos para a festa na rua. Andamos rapidamente enquanto as luzes da cidade se acendiam.
— Onde está Alice? - Bella perguntou.
— Ela foi recuperar as suas bolsas de onde ela as escondeu hoje de manhã.
— Ela está roubando um carro também não está? - Bella perguntou e Edward sorriu..
— Não até estarmos do lado de fora.
Chegamos a estrada e avançamos para fora de Voltera. No enorme portão havia um carro escuro nos esperando. Edward entrou puxando Bella para o banco de tras, eu me sentei ao lado da minha irmã e Calleb sentou no banco do passageiro.
— Me desculpem. - Alice fez um gesto para o painel. - Não havia muita escolha.
— Está tudo bem, Alice. - Edward sorriu. - Eles não podiam ser todos carros de emergência Turbos. - Ela suspirou.
— Eu posso ter que adquirir um daqueles legalmente. Foi fabuloso.
— Eu vou te dar um no natal. - Alice se virou para ele sorrindo.
— Amarelo. - Alice falou.
— Você pode dormir agora, Bella. - Edward murmurou. - Já acabou.
— Eu não quero dormir. Eu não estou cansada.
— Tente. - Ela balançou a cabeça. - Você ainda é só uma teimosa.
Quando chegamos em Florença eu aproveitei para escovar os dentes e trocar de roupa. Vesti uma calça jeans limpa e uma regata preta.
Fomos para Roma de lá fomos para Atlanta. Bella pediu uma coca nesse voo. Ela não queria mesmo dormir.
— Bella. - Edward falou.
Alice estava ao celular com Jasper. E Calleb com Will, eu não consegui ouvir a conversa, mas sabia que Will estava falando alto parecendo furioso. Em nenhum momento Calleb tocou no assunto sobre Lucille.
— Ele quer arrancar a minha cabeça por deixa-la ir junto. - Calleb comentou.
— Por que não contou sobre Lucille? - Perguntei.
— E deixa-lo mais furioso? Nao, obrigado.
Eu apaguei durante o voo. O sol estava nascendo quando chegamos em Seattle.
Paralisei no corredor do aeroporto ao ver a recepção que estava lá. Primeiro vi Jasper que estava com seus olhos cravados em Alice, ela correu para ele o abraçando. Carlisle e Esme estavam em um canto quieto longe da fila de detectores de metal. Esme se aproximou abraçando Bella e eu.
— Muito obrigada. - Ela sussurrou no nosso ouvido depois se jogou em Edward. - Você nunca vai me fazer passar por isso de novo.
— Desculpa mãe.
— Obrigado Bella, Lizzie. - Carlisle falou. - Nós ficamos devendo essa para vocês.
— Dificilmente. - Bella murmurou.
— Ela está morta em cima dos pés. - Esme falou para Edward. - Vamos levá-las para casa.
Camille e Sarah se aproximaram correndo se jogando em mim.
— Vocês conseguiram. - Elas falaram juntas depois se jogaram em Edward.
Foi então que Willian finalmente se aproximou, ele abraçou Calleb o mais forte possivel. Depois se virou para mim. Eu passei por ele direto fingindo que não o via. Quando chegamos aos carros eu vi Rosalie e Emmett.
— Não. - Esme sussurrou para Edward. - Ela se sente péssima.
— Ela devia.
— Não é culpa dela. - Bella falou.
— Deixe ela se desculpar. - Esme implorou. - Nós vamos com os outros.
— Por favor Edward. - Bella pediu para Edward que estava encarando Rosalie.
Eu fiquei no carro com Bella, Edward, Emmett e Rosalie. E agradeci por não ficar perto de Will.
— Edward. - Rosalie começou.
— Eu sei. - Edward resmungou.
— Bella? - Rosalie perguntou.
— Sim Rosalie?
— Eu lamento muito mesmo, Bella. Eu me sinto horrível com cada parte disso e muito agradecida que vocês duas tenham sido corajosas o suficiente pra ir salvar o meu irmão depois do que eu fiz. Por favor me digam que vão me perdoar.
— É claro, Rosalie. - Bella falou. Não é culpa sua de jeito nenhum. Fui eu quem pulou da droga do precipício. É claro que eu te perdoo.
— Isso não conta até que ela esteja consciente, Rose. - Emmett gargalhou.
— Eu estou consciente. - Bella falou.
— Deixem ela dormir. - Edward falou.
— Lizzie?
— Não tenho que te perdoar de nada, Rosalie. Você não fez nada para mim. - Ela assentiu.
Bella finalmente adormeceu. Nós chegamos em casa e eu saltei do carro indo abraçar Charlie.
— Você esta muito encrencada garota. - Charlie falou me abraçando.
— Eu sei. Desculpa. Mas eu não podia deixar Bella ir sozinha. - Ele se afastou de mim e viu Edward carregando Bella nos braços.
— Bella. - Charlie gritou.
— Charlie.
— Shh. - Edward sussurrou. - Está tudo bem você está em casa e a salvo. Só durma.
— Eu não posso acreditar que você tem a cara de pau de aparecer aqui. - Charlie gritou se aproximando de Edward e eu fui para perto.
Apesar de Edward merecer uns socos na cara eu não queria que Charlie quebrasse a mão.
— Para com isso, pai. - Bella murmurou.
— Qual é o problema com ela? - Charlie perguntou.
— Ela só está muito cansada, Charlie. - Edward falou. - Por favor deixe ela descansar.
— Não me diga o que fazer! - Charlie gritou. - Dê ela pra mim. Tire suas mãos dela!
Charlie tentou pegar Bella, mas ela segurou em Edward fortemente.
— Sai dessa, pai. - Bella falou. - Fique bravo comigo.
Devo dizer que a cena é comica.
— Você pode apostar que eu vou ficar. - Charlie falou. - Vá pra dentro.
— Tá. Me ponha no chão. - Edward a colocou em pé.
Ela foi tentar andar, mas foi em direção ao chão e Edward teve que segura-la.
— Só me deixe levá-la até lá em cima. - Edward falou. - Depois eu vou embora.
— Não. - Bella falou.
— Pai, deixe ele leva-la. - Pedi e Charlie assentiu.
Edward entrou em casa com Bella nos braços.
— O que aconteceu?
— Foi uma... Emergencia. Bella vai explicar melhor.
Tomei um banho demorado e fui para o meu quarto so de camisola mesmo.
— Você sabe que esta de castigo ne mocinha? - Charlie perguntou.
— Não preocupe pai, não pretendo fazer mais essas loucuras.
— E o Cullen?
— Eu não sei. - Respondi. - E sinceramente não quero saber.
Entrei no quarto e tranquei a porta, me joguei na cama e fiquei lendo um livro esperando as horas passarem.
Edward entrou no quarto a noite.
— Podemos conversar? - Abaixei o livro para encara-lo.
— O que você quer?
— Eu te devo desculpas. Will não queria ir embora, eu o convenci a ir...
— Para por ai. - Balancei a cabeça. - Não vou te perdoar por estragar o melhor que eu tinha na minha vida. Mas foi a decisão dele ir. Você não o levou a força. Ele foi por que quis...
— Por que pensou que era o melhor para você.
— Isso não é amor, Edward. Quem ama não foge. Fica e luta. Sinto muito. Agora quero que saia do meu quarto. Não vou mudar minha convivencia com você ate por que sei que Bella vai te aceitar de volta, mas não quero nada mais que educação entre nós. A amizade que tinhamos antes se quebrou. E vidro quando se quebra mesmo que colado de volta ainda fica as rachaduras.
Ele assentiu e saiu pela janela.
Liguei para a unica pessoa que eu poderia conversar naquele momento.
— Oi. Onde você esteve? Charlie me disse que você tinha fugido com Alice e Calleb Cullen!
— Nós fomos ate Los Angeles resolver alguns assuntos inacabados da parte de Bella e Edward. Voltei hoje.
— E como ficaram os assuntos inacabados?
— Acho que eles voltaram. E voltaram para a cidade.
— E... Willian?
— Não conversei com ele, Derek.
— E vai conversar?
— Sim. Preciso colocar um ponto final definitivo nessa historia. Eu não pretendo voltar com ele, Derek. Meu coração esta quebrado demais para perdoa-lo.
— Isso so vamos ver depois que ve-lo. - Ele resmungou antes de desligar.
Bufei me jogando na cama e encarando o teto.
Quando amanheceu senti a presença de alguem no quarto, me virei para ver Will sentado na cadeira da escrivaninha me observando com os cotovelos em cima dos joelhos e o queixo sobre seu polegar, seu indicador sobre os labios.
— Não devia estar surpresa de ve-lo aqui. - Murmurei me sentando na cama e arrumando meu cabelo.
Ele estava me observando. Certo eu estava com olheiras enorme e muito diferente do que ele deixou para tras.
— Eu sinto muito. Você esta...
— Horrivel? É a culpa é sua. Exclusivamente sua.
Ele se aproximou sentando na cama a minha frente. Ele segurou a minha mão, mas eu a afastei.
— Você nunca vai me perdoar né?
— Não. O que você fez não tem perdão. Foi facil...
— Não foi. Foi dificil, muito dificil. E doeu. Doeu muito.
— Não tanto quanto doeu em mim, acredite. Você acabou comigo. Levou minha vida com você. Levou tudo. Não sobrou nada alem de um buraco enorme. Olha para mim, Willian! - Eu gritei sabendo que Charlie ja tinha saido para a delegacia. - Olhe como eu estou! E olha que eu to melhor do que estava. Então imagina isso aqui pior. - Apontei para mim. - Eu vivi o inferno nesses meses e a culpa é sua!
— Eu sei e eu sinto muito. Não queria que passase por isso. Eu não... Eu achei que estivesse fazendo o certo. Que você seguiria em frente...
— Como seguir em frente se eu te amava mais que tudo nessa vida? Você foi o unico que me entreguei de corpo e alma. O unico que eu amei mais que a mim mesma, mais que a minha familia. Eu te coloquei no topo da minha vida, Willian. Nada mais importava, nem o surfe, nem o ballet, nem a escola. Nada! Era so você. E quando você foi não sobrou nada. Por que eu não tinha nada! - Gritei.
— Você parece ter seguido em frente agora.
— Não como eu deveria. Tenho que ficar com os lobos na minha cola por que Victoria esta me caçando. E me aproximei de Derek, mas não estou inteira. Estou em cacos. Ele esta juntando os pedaços que você quebrou.
— Você gosta dele?
Eu o encarei. Olhei bem em seus olhos azuis.
— Sim. - Ele assentiu. - Mas não o amo.
— Eu sei. - Ele murmurou. - Você me ama.
— Lucille, esta viva. - Falei.
— Calleb falou.
— E ela vira ate você. Ela quer ter você de novo.
— Não a quero de volta.
— Assim que ve-la vai querer. E ai não restara mais nada entre nós.
— Eu nunca vou perdoa-la pelo que me fez.
— E por que eu deveria te perdoar se foi quase igual? - Retruquei e ele pressionou os labios.
— Você tem razao. - Ele murmurou.
Agora eu tinha entendido o que Alice tinha falado sobre decisões a serem tomadas antes.
Se eu aceita-lo de volta ela sempre ficara entre nós. Era melhor deixa-lo livre e deixa-lo decidir o que queria. Uma humana idiota ou uma vampira sadica.
— Ela vira em breve.
— Alice, ainda não sabe. - Ele comentou. - Acho que depende das suas decisões.
— Eu decidi deixa-lo livre. Eu quero viver a minha vida. Retornar ao que era antes. Antes de você aparecer.
— E eu vou deixa-la livre para Derek. Acho que ele pode faze-la feliz. Vou voltar a caçar Victoria. E nós nos resolvemos com os Volturi. Bella pediu uma votação na mansão. Ela vai ser transformada em vampira. Você so precisa porcurar sobre o seu passado.
— Mas eu não quero.
— Por que?
— Não deve se mexer no passado.
— Tem medo de descobrir quem são seus pais? Olha, isso não importa. Você não precisa ir visita-los ou se aproximar. So precisa saber quem são. Seus pais sempre serão Charlie e Renee.
— Na verdade eu tenho mais medo do que vou descobrir sobre mim mesma. Aro ja sabe. E provalmente Edward tambem.
— Você tem razão. Ambos ja sabem.
— Ele te contou?
— Sim. Aro tem uma teoria sobre você ser imune ao veneno.
— E qual é?
— Você ja ser uma imortal.
— Eu envelheço.
— Ja se perguntou como nasceu o primeiro vampiro? Existem teorias sobre isso. E existem historias sobre uma familia imortal. Eleazar de Denali que conta essas historia. E é claro que um imortal não nasce imortal, ele envelhece ate chegar a maturidade e ai para. Ja pensou que talvez um dia você ira parar de envelhecer?
— E quando sera essa maturidade?
— Você precisa pesquisar. Precisa descobrir o que é. Aro quer você mais do que qualquer um. Ele quer você no seu alge de poder. E ele sabe que logo você vai alcança-lo. Você expandiu seu poder. Por um milesimo de segundo você não colocou Volterra abaixo. Se Jane tivesse continuado você teria provocado  o maior terremoto da historia. Aro viu isso nos pensamentos de Alice e fiou muito impressionado. Alice previu que você vai ter surtos de poderes daqui para frente, Lizzie.
— Isso não pode significar uma coisa boa. - Murmurei.
— E não é. Você não sabera lidar com tudo isso. Se perder o controle... - Ele se calou não consegundo terminar a frase.
Se eu perder o controle tudo sera destruido.
Lancei um olhar para as minhas mãos.
Eu teria que aprender a controlar isso!