Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

OOIEEE MEUS ANJOS!! Como vocês estão?? Eu espero que bem! ❤
Tem um tempinho que não apareço por aqui e o motivo é que meu computador estragou então tá meio complicado pra postar - e eu não vou nem começar a falar da pilha de trabalhos da faculdade se acumulando rs. MAS AQUI ESTOU EU - uma eu bastante ansiosa pra ver o que vocês vão achar desse capítulo e do próximo ❤
Obrigada a todos que estão acompanhando, favoritando, comentando e pela recomendação, vocês são incríveis ❤
TESTE BUZZFED: https://t.co/JZN8qvYNgC?amp=1
PERSONAGENS: https://ibb.co/album/h08QFa
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Só digo que aos poucos eu to adicionando mais músicas a playlist, espero que vocês gostem ❤
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Nos vemos lá embaixo ❤



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—BOM DIA, MAROTOS! –James Potter gritou usando sua varinha para deixar sua voz ainda mais alta e acordar todos os amigos de uma só vez.

Peter deu um pulo da cama, olhando de maneira assustada ao redor, Sirius rapidamente começou a praguejar, dizendo coisas nada agradáveis para o amigo, enquanto Remus apenas soltou o ar, cansado, embora estivesse imóvel na cama.

—Para o dia de hoje temos temperaturas mínimas de 5°C e máximas de 12°C, portanto recomendo que tirem suas roupas de frio do malão. Há também a grande possibilidade de chuva, portanto, Padfoot eu sugiro que tome cuidado, não queremos cheiro de cachorro molhado no quarto. Com o fim da nossa previsão do tempo com o repórter mais magnífico de todo o mundo bruxo, além de melhor jogador de Quadribol de todos os tempos, ficaremos agora com nossas músicas matinais.

—É hoje que eu cometo um crime de ódio. –Sirius disse se levantando e fuzilando o amigo com travesseiros quando ele começou a cantar.

—Aconteceu alguma coisa ontem depois que dormimos? Por que ele está de bom humor? –Peter questionou, bocejando. –Mais preocupante ainda, por que ele está de bom humor a esta hora da manhã?

—Eu não sei, mas Moony, quando você se tornar o Ministro da Magia, por favor, faça uma lei que proíba que as pessoas tenham bom humor e sorriam pela manhã. Garanto que Azkaban estaria mais vazia se fizessem isso.

—Não vou me tornar Ministro da Magia, Padfoot. –O monitor murmurou, enfiando a cabeça no travesseiro.

—De nós você é o único que consegue, então se não quiser o Prongs morto eu sugiro que comece a pensar no assunto.

—O que deu em você?

—Minha época favorita do mês finalmente chegou e eu vou falar com a Evans hoje. –James sorriu, pulando na cama de Peter e o empurrando para fora. –Merlin, eu realmente estou precisando de uma lua cheia.

—Nossa, você está insuportável. –Pettigrew resmungou, fazendo o amigo rir. Ele então pegou suas coisas e foi direto para o banheiro.

Potter saiu da cama do amigo e andou até Remus. Ele estava acordado, mas claramente sentia-se esgotado e isso não passaria até que a noite chegasse, mas ele nunca reclamava.

—Parece que a noite vai ser intensa. –Murmurou baixo.

—Nem me fale.

—Seu incentivo matinal. –E estendeu para o amigo a maior barra que conseguiu encontrar do chocolate favorito dele.

—Obrigado. –Remus agradeceu com um sorriso e depois de um tempo finalmente se levantou.

Não se lembrava bem de quando aquilo começara, mas não conseguia pensar em uma lua cheia em que James não tivesse lhe dado uma barra de chocolate para tentar fazê-lo se sentir melhor. E ele conseguia, já que, para Remus, não havia nada melhor do que aquele doce. Não importava o tipo e nem o tamanho, desde que fosse chocolate ele estava feliz.

Após todos estarem prontos – inclusive o cabelo de Sirius, que era quase como uma quinta presença no quarto que demorava mais para se arrumar do que todos os Marotos juntos -, eles seguiram em direção ao salão principal.

Andando na mesma direção estavam Marlene Mckinnon e Lily Evans. A loira conversava com a amiga preocupada porque Zack Bennet não havia aparecido diante do retrato da Mulher Gorda como sempre fazia para acompanhá-la até o salão, evitando assim qualquer interação que a loira pudesse ter com Sirius no caminho.

—Vai ver ele percebeu o papel ridículo que está fazendo e desistiu. –Lily murmurou. Ela também estava preocupada, mas no seu caso o motivo era Sirius Black e o que ele poderia fazer com um garoto que estava machucando Marlene.

—Eu não sei não, Lils, ele não parecia determinado a desistir da última vez que o vi. –Murmurou, esfregando os pulsos por um momento ao se lembrar. Havia tomado o cuidado de usar blusas com mangas longas e luvas, assim ninguém veria aquelas marcas horrorosas que o aperto que ele lhe deu deixou ali.

E então elas pararam quando se deram conta que estavam diante de Potter e Black. As bochechas de Lily ficaram vermelhas assim que colocou os olhos no artilheiro da Grifinória e a imagem dele sem camisa veio em sua mente, enquanto Marlene teve que segurar suas lágrimas ao ver aqueles olhos negros e se lembrar de como eles pareciam sem vida quando ela o dispensou.
Remus e Peter se entreolharam e James pareceu querer dizer algo, mas não saía som algum de sua boca, Sirius então, como forma de agradecimento por ter defendido seu amigo, se aproximou de Marlene lentamente, com cuidado para não assustá-la. Ela acompanhou aquele movimento e prendeu a respiração, pois se Zack descobrisse com certeza seria o fim de James Potter, não tinha forças para recuar, então fechou os olhos e sentiu quando a respiração dele tocou sua pele e em seguida ele lhe deu um beijo demorado na testa.

Ao abrir os olhos mais uma vez, ele já havia passado pela grande porta do salão sem nem dizer nada. Balançando a cabeça em uma tentativa de voltar os pés ao chão quando Black a havia levado tão alto com apenas um toque, Marlene puxou a amiga para dentro do salão. Não queria tocar no assunto, pois não sabia se conseguiria fazer aquilo sem chorar. E não era a hora de chorar.

—Já estão sabendo? –Frank Longbotton perguntou se sentando ao lado de Alice e diante das duas.

—De quê? –A namorada dele perguntou, interessada.

—Zack Bennet enlouqueceu e saiu da escola.

—O quê? –Marlene e Lily arregalaram os olhos e praticamente gritaram ao mesmo tempo.

—Eu não sei o que houve, mas ele surgiu do nada correndo de dentro da floresta proibida dizendo que havia um cachorro enorme atrás dele e que não queria passar mais nem um segundo aqui. –Contou. –Slughorn escreveu uma carta para os pais dele e eles vieram buscá-lo hoje pela manhã. Parece que vai se transferir para a Durmstrang.

—Como você está, Lene? Eu sei que você gostava dele. –Alice perguntou a amiga que nem se preocupou em responder. Imediatamente procurou Sirius com os olhos, reparando que ele a olhava mesmo sentado do outro lado da mesa, bem longe.

McKinnon não sabia como reagir e muito menos como explicar o que aconteceu, até que os olhos de Black se desviaram muito rapidamente para a ruiva que estava sentada ao seu lado. A loira rapidamente se levantou, puxando a amiga consigo. Lily sabia que ela entenderia o que aconteceu no segundo que soubesse, então nem lutou para não ser arrastada para o primeiro corredor vazio que sua amiga encontrou.

—Você contou a ele?!

—Contei. –Lily respondeu.

—M-mas o Potter... Ele vai para Azkaban! Isso não pode acontecer, Lily! O Black ficou maluco?! Como ele pode fazer isso com o melhor amigo?! –Marlene se agitou rapidamente, andando de um lado para o outro, visivelmente nervosa.

—Ei, calma! –Evans pediu, segurando a amiga. –Acabou, o Black deu um jeito em tudo, tenho certeza.

—Como ele pode ter dado um jeito em tudo? E as fotos? Lily, eu não quero que o Potter...!

—Acabou, Lene. –A Evans repetiu lentamente para ela, segurando-a firme para que ela entendesse. –Ele não vai mais se aproximar de você.

E ao ouvir isso Marlene finalmente se deixou aceitar aquilo. Um soluço escapou de seus lábios e as lágrimas começaram a cair e no segundo seguinte ela já estava enrolada nos braços de Lily xingando a garota por arriscar a liberdade de James Potter dessa forma, mas ao mesmo tempo agradecendo porque não sabia quanto tempo mais aguentaria.

—Você sabe por que o Potter anda usando magia fora da escola? –Evans questionou quando sua amiga se acalmou.

—O quê?

—Black disse que foi isso que o Potter fez de ilegal e era o que o Bennet estava usando contra você.

—Não, Zack disse que se eu quisesse saber era para eu ir atrás dele durante a noite. Se fosse isso não faria sentido, já que ele pode fazer a magia que quiser aqui dentro. –Marlene falou, pensativa. –A não ser que ele esteja metido com magia negra também.

—Não. –Lily afirmou. –O Potter odeia magia negra, ele nunca faria isso.

—Então o Sirius está mentindo pra você. –McKinnon murmurou. –Essa noite nós vamos descobrir o que é.

—O quê? Não, de jeito nenhum, Lene, eu não vou seguir o Potter pela escola a noite!

—Ah, qual é Lily, eu sou curiosa! –Ela disse cruzando os braços. –Eu preciso falar com o Black agora e quando tiver um tempo vou perguntar o que realmente aconteceu, se ele não responder ou estiver ocupado me odiando nós vamos esta noite.

—Ele não te odeia, Lene.

—Pois deveria, eu sou oficialmente a pior melhor amiga de todas. –A loira abaixou a cabeça.

—Não, não é. Marlene, você ia deixar o imbecil do Bennet espalhar fotos íntimas suas pelo castelo só para não se afastar do Black.

—Isso não significa nada. Eu deixaria aquele idiota me matar se quisesse, apenas pra nunca precisar ver o Sirius me olhar daquele jeito. –Confessou. –Eu quebrei o coração dele, Lils.

—Eu sei, mas eu também tenho certeza de que ele vai entender.

—Eu estou com medo.

—Isso é normal.

—Mesmo?

—Quando você realmente gosta de uma pessoa esse sentimento é um dos mais constantes. O medo da mágoa, da perda... Você só tem que ser corajoso o suficiente para não deixar isso te impedir de ficar com quem você ama.

McKinnon parou por um momento e logo se recompôs, dando um último sorriso antes de deixar a outra e ir até o lago aonde tinha certeza que o encontraria. E lá estava ele, sentado no chão, encostado a uma árvore enquanto fumava um cigarro e deixava seus pensamentos o levarem para longe.

Os amigos dele também estavam lá. Remus parecia péssimo, o uniforme que sempre estava impecável estava tão amassado quanto o de Pettigrew e ele parecia se esforçar para manter-se focado no livro que estava lendo. James, como sempre, estava acompanhado daquele pomo de ouro e ria de algo que Peter estava dizendo. Quando ela se aproximou todos se calaram esperando que ela dissesse algo.

—Posso me sentar? –Marlene perguntou, indicando o lugar ao lado de Sirius.

—À vontade. –Black murmurou.

—Ei, McKinnon? –James chamou e ela olhou para ele após se sentar ao lado de Black. –Sabe aonde posso encontrar a Evans?

—Ela provavelmente foi para a biblioteca. –Ele balançou a cabeça assentindo. –Acho que deveria saber que ela e o Diggory terminaram.

—E como ela está? –Perguntou e, embora não estivesse aguentando mais ver aqueles dois juntos pelos corredores, a possibilidade de encontrá-la chorando por aquele imbecil não o fazia feliz.

—Ela está bem. Ela gosta de outro idiota.

—Certo. –Murmurou saindo acompanhado dos outros dois e finalmente deixando-os sozinhos.

—Lily me contou. –Ela começou, sem saber bem o que deveria falar. –Obrigada por dar um jeito de fazer o Bennet mudar de escola. Acho que mesmo se ele parasse com toda a chantagem eu nunca me sentiria bem sabendo que ele ainda estaria aqui.

—Eu sei. –Ele respondeu, baixinho e depois se virou para olhá-la de maneira séria. –Ele machucou você?

Marlene parou por um momento. Não queria mostrar para ele, na verdade, não queria que ninguém visse aquilo. Ela estava ferida e envergonhada, mas Sirius Black a havia amado mesmo em seu pior, mesmo quando ela havia deixado seu coração em pedaços. E ela não mentia para ele. Nunca mais mentiria para ele. McKinnon não disse nada, apenas olhou ao redor e, ao constatar que estavam sozinhos, a garota loira de olhos azuis intensos tirou suas luvas e levantou as mangas da camisa do uniforme.

Cuidadosamente, Black segurou as mãos dela e tirou do bolso um pequeno pote contendo uma espécie de pomada que Remus fazia com Ditamno e algumas outras plantas que ele havia simplesmente ignorado o nome. O monitor usava para passar nos hematomas causados pelas noites de lua cheia para aliviar sua dor e fazê-los sumir rapidamente.

—Aonde mais?

—Nas costas.

Ele balançou a cabeça e ela se virou, tirando a blusa grossa e de frio que usava e ficando apenas com uma camiseta. Ela levantou a blusa o suficiente para que ele visse o hematoma que Zack havia deixado nela quando ela o mordeu uma vez durante um beijo diante dos amigos dele. O Sonserino então a empurrou e ela acabou batendo com as costas na maçaneta da porta.

As mãos de Sirius eram gentis e acariciavam o local do ferimento com todo o cuidado do mundo. Quando acabou, o animago voltou a blusa dela para o lugar e ela colocou sua blusa de frio mais uma vez. Eles ficaram em silêncio por um momento, pois nada parecia bom o suficiente de se dizer, mas ela resolveu tentar.

—Eu não queria quebrar o seu coração, Sirius.

—Você não quebrou. –Ele murmurou, puxando-a para perto e ela encostou sua cabeça nos ombros dele enquanto os braços dele a envolviam de maneira protetora. –Bennet quebrou quando machucou você.

—Quebrei sim.

—Lene, eu não quero falar sobre isso. –Ele soltou o ar, cansado. –Você é a minha melhor amiga. Não podemos deixar assim?

—Eu sinto falta do seu sorriso irritante. –Marlene murmurou, olhando para ele já sorrindo. Ele não entendeu aonde ela estava querendo chegar, mas também sorriu, já que o sorriso dela era tão contagiante.

Ele segurou o rosto dela cuidadosamente e deu um beijo delicado em seus lábios. E mais outro e também um terceiro, e quando pararam ela se aconchegou ainda mais naquele abraço, respirando fundo e inalando o cheiro do lugar favorito dela, embora nunca fosse contar a ele, pois ele já era convencido o suficiente.

—Sirius?

—Hum?

—Eu tenho sentimentos igualmente fortes por você. –Ela confessou e ele gargalhou, beijando a testa dela de maneira demorada.

—Essa é a sua forma de dizer que me ama também?

—Cala a boca. –Marlene mandou, revirando os olhos e o puxando para mais um beijo.

Os dois continuaram juntos pelo resto da tarde, apenas aproveitando a companhia um do outro. Ela era uma garota forte e destemida. Sabia disso desde que a conhecera, no seu primeiro dia em Hogwarts. Ele estava ansioso quando subiu e sentou-se no banquinho de três pernas. O Chapéu Seletor foi colocado em sua cabeça e ele já olhava para suas primas na mesa da Sonserina, quando a voz do chapéu encheu o lugar, gritando a única coisa que nenhum deles ali esperava:

—GRIFINÓRIA.

Todos arregalaram os olhos e ele pode ver sua prima, Bellatrix, se levantar da mesa encarando-o bem. Quando o chapéu foi retirado de sua cabeça, ele permaneceu sentado, tentando entender o que havia acontecido ali.

—A mesa é aquela ali, senhor Black. –Minerva McGonagall disse, indicando o local aonde ele devia se sentar com a cabeça.

Meio atordoado, Sirius se levantou e foi até o primeiro rosto conhecido que encontrou: o garoto com quem havia ficado no trem. Enquanto os outros pareciam chocados, ele parecia animado.

—Cara, ainda bem que você veio pra cá. –O menino dos cabelos bagunçados e óculos disse. –Tomara que nos coloquem no mesmo quarto.

Para a felicidade do pequeno Potter, eles realmente estavam no mesmo dormitório, junto com um garoto gordinho que se assustava com facilidade e um outro que não sabia bem como agir quando eles faziam perguntas.
Antes de se deitar, Black pegou uma pena e um pergaminho. Ainda não sabia como dar a notícia aos seus pais, principalmente porque sabia o que a Sonserina significava para sua família.

—O que você está fazendo? –O garoto chamado Remus perguntou, olhando para ele.

—Tenho que escrever para os meus pais, contar que estou na Grifinória. –Respondeu. –Eles me pediram muito para não esquecer.

—Diga a eles que você está na melhor casa de Hogwarts. –James falou, pulando de uma cama a outra.

—Eu não acho que esse vai ser o melhor jeito de começar.

—Por que está triste? Queria ir para outra casa? –Peter perguntou, tirando uma barra de chocolate de mochila.

—Não. Quero dizer, eu acho que não... É que todos na minha família são da Sonserina.

—Vai ver você foi adotado. –Pettigrew e Lupin arregalaram os olhos para o Potter.

—Não em uma família tradicional como a minha. –Black respondeu.

—Ei, me dá um pedaço? –Remus pediu e Peter balançou a cabeça assentindo, dividindo a barra com o novo colega de quarto.

—Tenho uma ideia, vou atrás de professora McGonagall, perguntar se isso tudo pode ser um engano.

—Mas os monitores disseram...

—Pensa comigo, Lupin, se tudo isso for um engano, ela vai ficar feliz que eu fui até lá resolver logo, não importa o horário. –Interrompeu.

E Sirius saiu sem lhe dar chance de retrucar. Acabou encontrando uma garota do terceiro ano que o levou até a sala da diretora daquela casa. Ele bateu na porta e quando autorizaram sua entrada, o menino encontrou a professora sentada em sua mesa lendo as fichas dos alunos.

—Sim, senhor...?

—Black, professora, Sirius Black.

—Vou ignorar o fato de que este não é nem o primeiro dia de aula e o senhor Sirius Black já está quebrando regras até que me diga o que aconteceu. –Minerva falou, indicando uma cadeira para que ele se sentasse. –Em que posso ajudá-lo?

—Eu acho que me colocaram na casa errada. Eu deveria estar na Sonserina.

—O Chapéu Seletor nunca erra, senhor Black.

—Ele pode me ajudar com os trabalhos então? –Perguntou e ela arqueou as sobrancelhas. –Me desculpe, o que eu quis dizer é que, como um Black, a Grifinória não é o meu lugar e eu tenho certeza que ele sabe disso.

—Eu entendo que esteja confuso porque toda a sua família foi para a Sonserina, mas se o Chapéu o colocou em outra casa foi porque aquela será a ideal para você.

—Potter disse que eu sou adotado.

—O quê?

—Ele é bem legal. –Murmurou.

—Senhor Black, eu conheço sua família e posso dizer com certeza de que o senhor não é adotado, assim como tenho certeza de que você pertence a Grifinória. Como eu disse, o Chapéu nunca erra. Acho que se der uma chance vai gostar muito da casa em que ele o colocou. –Ele balançou a cabeça e se levantou.

—Obrigado, professora.

—Mais alguma coisa? –Ele balançou a cabeça, negando. –Menos dez pontos da Grifinória por sair no meio da noite. Agora vá direto para o quarto.
Ele revirou os olhos e saiu, pensando em tudo o que ela havia dito. Então não havia nada errado, ele realmente estava na casa certa. Será que o Potter tinha razão? Perguntaria aos pais na carta mais tarde. Sirius voltava para o quarto quando se deparou com Bellatrix, sua prima que estava no quinto ano. Ela tinha os braços cruzados e parecia realmente irritada.

—Por que eu não estou surpresa, Sirius? –Ela perguntou, mas ele não respondeu, tentou passar por ela. Bellatrix o empurrou, jogando-o no chão. –Você só sai quando eu disser, entendeu?

—Me deixa em paz, Bella.

—Você mais uma vez envergonhou a nossa família na frente de todos aqueles idiotas filhos de famílias importantes. Grifinória? Sério?!

—Eu pedi pra mudar, okay? Minerva disse não. –Ela riu, irônica, observando enquanto ele se levantava.

—Você “pediu pra mudar”? Não dá pra mudar, idiota! Nem se você nascesse de novo!

—Você é muito chata, sabia disso? –Sirius falou e ela o empurrou no chão mais uma vez. –Para com isso!

—Tia Walburga vai ficar decepcionada e você vai ser expulso da família, tenho certeza. Agora só falta você começar a andar com sangues-ruins e traidores do sangue. –Ele não respondeu, apenas pensou em Peter, o garoto gordinho com quem dividia o quarto. O pai dele era um trouxa e ele era bem legal. Ao ver o olhar no rosto dele, Bellatrix pareceu se irritar ainda mais. –Você é uma vergonha, Sirius Black.

—Eu acho que a única pessoa que é uma vergonha aqui é você. –Disse uma menininha loira e de olhos azuis, com o rosto coberto de sardas. –Assustando crianças no meio da noite? Você não tem nada melhor pra fazer não?

—E você quem é? –A Black arqueou as sobrancelhas, olhando dela para o primo.

—Marlene McKinnon e você?

—Bellatrix Black.

—E você está brava porque ele não foi pra sua casa ou porque é tão horrível que eu podia jurar que estava usando uma mascara?

—Escuta aqui, sangue-ruim...

—Mestiça, na verdade. –Ela corrigiu, mantendo-se calma mesmo quando a mais velha veio furiosa na sua direção. –Minha mãe me falou que eu encontraria pessoas como você na escola e sabe o que ela me disse para fazer quando isso acontecesse?

—O quê? Você nem ao menos sabe como segurar a varinha. –Bellatrix ironizou. –Na verdade, você não é digna de segurar uma.

—Ela me disse para não fazer nada, sua vida já deve ser muito triste com o meu silêncio. –McKinnon falou.

—O que eu disse sobre ir direto para o quarto, senhor Black? –Minerva apareceu de braços cruzados. –Menos dez pontos para as duas senhoritas, também.

E desde aquele dia, Sirius e Marlene eram inseparáveis.

...

—Lily? –Remus chamou a ruiva na biblioteca e ela se afastou das garotas por um momento, indo até ele. –Tudo certo para hoje à noite. James, Sirius e Peter vão pegar a Descurainia, já que precisa ser colhida na lua cheia, e você se importa de mexer a poção sozinha? Eu vou...

—De jeito nenhum. –A ruiva sorriu e cruzou os braços. –E você deveria estar descansando e não perambulando pelos corredores.

—Ainda preciso ir as aulas.

—Tenho certeza que Dumbledore o liberou delas quando estiver se sentindo mal, mas você se recusa a faltar. –Ele não respondeu, apenas segurou o riso provando que ela estava certa. –Remus!

—Eu estou bem, Lily, você não deveria se preocupar comigo.

—Você é meu amigo, é óbvio que vou me preocupar.

—Eu vou ficar bem, Evans.

—Fica difícil acreditar se você não me fala o que é, Remus.

—Você fingiria acreditar se eu te desse chocolate? –Ele ofereceu tirando a barra que James havia lhe dado pela manhã e mostrando para a ruiva.

—Assim não vale! –A garota olhou incrédula. –É golpe baixo.
—Última chance.

—Esperto, Remus Lupin, mas isso não vai ficar assim. –Lily disse tentando manter a expressão séria e falhando miseravelmente. Ela pegou um pedaço do chocolate e as garotas com quem Lily estava começaram a chamá-la.

O monitor se despediu e pouco tempo após a ruiva voltar para as amigas, James Potter foi quem apareceu. Sem óculos, os cabelos bagunçados como sempre, aquele pomo de ouro o acompanhando e um sorriso nos lábios. Ele se parecia muito com o James que convidava Lily para sair todos os dias, mas uma pequena diferença: não estava mais tão confiante quando se aproximava dela.

—Bom dia, garotas. –Ele disse e todas, exceto a ruiva, deixaram um suspiro escapar. “Qual seria o joguinho dele agora?” Ela se perguntou.

—Bom dia, Potter. –Elas responderam em coro e Lily revirou os olhos.

—Vocês se importam de me emprestar a Evans por um minuto?


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Notas finais do capítulo

VAI JAMES E CONTA A VERDADE PRA ELA POR FAVOR!
Vocês não tem ideia do quanto eu to ansiosa pro próximo capítulo rs
O que vocês acharam desse? Espero que tenha dado pra matar a saudade ❤
Mereço recomendações?? Dicas?? Comentários?? Favoritos?? Críticas?? Deixem pra miim e façam essa autora feliz! ❤❤
TESTE BUZZFED: https://t.co/JZN8qvYNgC?amp=1
PERSONAGENS: https://ibb.co/album/h08QFa
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Beijinhos!! ❤