Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

OIEEE GENTEEEEE ❤ Tudo bem?? Como vocês estão?? Ainda se recuperando do capítulo anterior rs
MAS EU CHEGUEI E JÁ TO PRONTA PRA DAR RESPOSTAS ❤
Obrigada a todos que estão acompanhando, recomendando, favoritando e comentando, essa fic é o meu bebêzinho e eu morro de orgulho dela, mas ela não seria nada sem vocês ❤
TESTE BUZZFED: https://t.co/JZN8qvYNgC?amp=1
PERSONAGENS: https://ibb.co/album/h08QFa
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Só digo que aos poucos eu to adicionando mais músicas a playlist, espero que vocês gostem ❤
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Nos vemos lá embaixo ❤



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—Espera, você e a Evans quase...? –Remus perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

—Me desculpa, Prongs, eu não queria interromper. –Peter pediu pela milésima vez.

—Idiota. –Sirius disse dando um tapa na cabeça do amigo e James revirou os olhos.

—Foi melhor assim. Obrigado, Wormtail.

—Você não pode estar falando sério, não é Prongs? –Black arqueou as sobrancelhas. –Eu entendo que você está nessa fase estranha aonde você evita a Evans a todo custo, mas ninguém aqui acredita que isso vai durar muito tempo. Pode ser verdadeiro com a gente.

—Vocês se entenderam? –Lupin questionou.

—Não... Eu não sei, foi estranho, nós estávamos brigando.

—Vai falar com ela?

—Infelizmente eu acho que não tenho escolha, Moony. Não depois do que quase aconteceu.

—Ótimo, nós já estamos cansados de tentar entender as briguinhas de vocês. –Sirius disse se levantando da cama do amigo. –Vou voltar para o castelo.

—Por quê? Não vai tomar o café da manhã antes? –Peter questionou, estranhando.

—McKinnon fez uma escolha ontem à noite. Engraçado como ela sempre se cansava dos caras com quem saía e acabava voltando pra mim. –Black contou, soltando uma risada sem humor algum. –Parece que dessa vez eu fui o cara de quem ela se cansou.

—Sinto muito. –James murmurou.

—Mas e você, Moony? Não tem nada a dizer sobre a noite passada? –Ele disse, mudando de assunto e arqueando as sobrancelhas.

—Droga, você viu, não é? –O monitor bufou e o outro riu.

—Fico feliz que tenha tomado uma atitude, afinal.

—Do que estão falando? –Peter questionou, estranhando.

—Do que nós estamos falando, meu caro amigo monitor?

—Eu beijei a Narcisa ontem à noite. –Ele contou e os outros dois arregalaram os olhos, chocados.

—Deixo vocês com essa, Marotos. –Sirius se dirigiu em direção a porta e fez uma reverencia. –Nos vemos no castelo.

...

—Bom dia, querida. –Zack Bennet apareceu na cozinha da casa aonde todos tomavam seu café da manhã em um silêncio um tanto constrangedor e deu um selinho em Marlene.

Lily, que estava vermelha desde que James aparecera, o fuzilou com o olhar, algo que apenas o Potter viu. Nunca o perdoaria pelo que estava fazendo com sua amiga e precisava pensar em um jeito de livrá-la dele o mais rápido possível.

—Bom dia. –McKinnon murmurou, forçando um sorriso. Ele se sentou ao lado de Evans e ficou acariciando o rosto da loira enquanto bebia um pouco de suco de abóbora.

—Ei Potter, o que houve com o Black?

—No quarto com a Yaxley. –Ele respondeu e Marlene balançou a cabeça. Não podia chorar, não ali na frente de todos que com certeza fariam perguntas.

Lily então esbarrou em seu copo de suco, derramando tudo em cima de Bennet. O loiro rapidamente se levantou, fuzilando a garota com o olhar enquanto a melhor amiga dela observava tudo sem entender.

—Me desculpa, Zack... Nossa, como eu sou desastrada! –A ruiva falou, tentando parecer arrependida.

—Você fez de propósito, sua...sua...!

—O quê? E por que eu faria isso? -Lily perguntou, ajudando ele a se secar.

Zack encarou Lily por alguns segundos, como se decidindo se ela estava ou não mentindo. Depois, ele se levantou, parando ao lado de Marlene.

—Vem comigo. –Ela balançou a cabeça assentindo e o acompanhou até o banheiro.

Quando teve certeza que os dois estavam longe o suficiente, Lily direcionou seus olhos para Remus, falando baixo para que os dois que haviam saído não escutassem.

—Aonde o Black realmente está?

—Com a Yaxley, eu já disse. –James respondeu e ela se forçou a olhar para ele.

—Eu sei que está mentindo, Potter. –Ele arqueou as sobrancelhas. –Vamos, nós não temos muito tempo.

—Voltou para o castelo mais cedo. O que aconteceu? –Remus perguntou, estranhando.

—Diga a ele para me encontrar no armário de vassouras.

—Pra quê? –James estranhou.

—Eu não posso dizer. Assim, que o encontrarem digam a ele para ir até lá. É importante.

—Ei Lily? –Peter chamou. –Obrigada pelo curativo.

—De nada. –Ela sorriu para ele.

...

Marlene andava de mãos dadas com Zack até o banheiro e quanto entraram ele fechou a porta, segurando seus pulsos enquanto a prensava contra a porta. Ela não podia gritar e muito menos irritá-lo, então apenas se calou, recusando-se a chorar. Quando aquele pesadelo acabaria?

—Você contou para a sangue-ruim? –Ele perguntou baixinho, com o rosto próximo ao dela.

—Não chame ela assim.

—Você contou, Marlene? –Questionou, intensificando o aperto. -Responda a pergunta.

—Não, eu não contei a ninguém. Você está me machucando! -Ela o empurrou.

—Então o que foi aquilo?

—Ela acha que realmente estamos felizes, não era o que queria? Não tenho culpa se ela é desastrada.

—Bom mesmo, porque você sabe o que acontece se eu descobrir que você abiu o bico. –E ele a soltou, se afastando da garota. –Vem, me ajuda a limpar isso.

...

Todos voltaram para Hogwarts sem grandes problemas e todos os alunos falavam sobre o quanto Marlene McKinnon era incrível. A popularidade dela aumentou ainda mais, mas ela não se importava.

Lily não sabia o que fazer, mas sabia exatamente a quem recorrer, então ela entrou naquele armário de vassouras e esperou. Quando estava quase desistindo, Sirius Black abriu a porta. Ele tinha as sobrancelhas arqueadas e não parecia nem um pouco o garoto que vivia infernizando os professores da escola. Não, seus olhos estavam sem aquele brilho característico dele e mesmo que tivesse entrado soltando uma brincadeira, não havia humor nenhum em sua voz.

—Olha Evans eu sei que eu sou irresistível e tenho que admitir, você é uma das garotas mais bonitas da escola, mas mesmo que você e James estejam em negação, pra mim você ainda é a garota do Prongs. Não vai rolar.

—Não sou a garota de ninguém. –Ela revirou os olhos. –E nós dois sabemos que isso nunca aconteceria.

—Quem perde é você. –Sirius disse se sentando em um dos baldes que havia ali. –O que quer?

—Marlene, ela...

—Não é problema meu, procure o Bennet. –Black se levantou, mas Evans se colocou na frente da porta, impedindo-o de passar. Ele bufou.

—Ela está sendo chantageada, por isso mandou você ir embora ontem.

—O quê?

—Bennet se aproximou dela e no início ela não sabia de nada, então eles transaram e ele tirou algumas fotos, disse que iria espalhar pelo castelo se ela não se afastasse, mas ela mandou ele ir se ferrar. Ela não sabe por que ele está fazendo isso, mas ele disse que sabe que o Potter fez algo ilegal e se ela não fizer o que ele mandar ele vai contar para todo mundo e James vai parar em Azkaban.

—Ela te disse isso? –Questionou, e ele não precisava de mais nada para sair daquele armário de vassouras naquele exato momento e matar aquele imbecil, mas Lily o impediu. Ele precisava ouvir toda a história.

—Ontem à noite ela estava no meu quarto quando fui me deitar e acabou me contando. Por favor, Sirius, você precisa me ajudar! A Lene faria qualquer coisa por você, até mesmo se sacrificar para que você não perca o seu melhor amigo.

—Aonde ela está? –Black questionou andando de um lado para o outro daquele minúsculo espaço, passando a mão pelos cabelos enquanto pensava.

—Da última vez que a vi ela estava com ele. –Ele balançou a cabeça, respirando fundo. Agora tudo fazia sentido, por que ela estava mentindo, por que estava se afastando daquela forma. –Sirius?

—O que foi?

—É verdade que Potter fez algo ilegal?

—Não se preocupe, ele usou magia fora da escola algumas vezes e não foi pego, só isso. –Ela balançou a cabeça, embora ainda tivesse várias dúvidas. –Eu vou matar aquele imbecil.

—Ficarei feliz em ajudar. –Murmurou.

—Obrigada por me contar, Evans, prometo que vou resolver a situação.

—O que vai fazer?

—Vou dar um jeito dele sair da escola e me dar as malditas fotos.

—Devo perguntar como?

—Melhor não. –Murmurou.

—Obrigada por cuidar tão bem da minha amiga.

—Não precisa me agradecer, ela é a minha amiga também. –Ele disse, deixando que ele saísse.

Esperava que ele realmente resolvesse a situação ou não queria nem imaginar o que Bennet faria quando soubesse que Marlene contou o que estava acontecendo a alguém. Com esse pensamento, Lily Evans fez seu caminho até as masmorras, ignorando os olhares de alguns Sonserinos quando ela se passou perto do quadro que dava acesso ao salão comunal das serpentes.

Chegou ao lugar e encontrou Remus mexendo a poção. Ela o cumprimentou com um sorriso e se sentou ao seu lado, pegando o livro com as instruções e conferindo se as coisas estavam correndo como planejado naquela etapa da poção.

—Tive uma conversa hipotética com Slughorn e acho que podemos aumentar o tempo de duração da poção. –Remus murmurou olhando para a ruiva.

—O quê? Isso seria maravilhoso, Remus! –Ela sorriu, animada. –Como?

—Ele agora acha que Sirius está tendo problemas com alguma poção para o cabelo, mas isso não importa. – Contou e a garota riu. –Acredite ou não, o cabelo dele é natural.

—Está brincando?! –Lily arregalou os olhos. –O cabelo dele é melhor que o meu!

—Potter morre de inveja, mas enfim, voltando ao assunto importante, perguntei a ele se seria possível aumentar o tempo de duração das poções de alguma forma e ele me disse que se a fermentarmos bem o efeito pode durar de dez a doze horas.

—Então temos que ficar ainda mais atentos aos ingredientes.

—Exatamente.

—Amanhã é lua cheia, –Ela começou e ele engasgou por um momento, arregalando os olhos. –posso pegar a Descurainia quando os monitores acabarem a ronda.

—Não. –Disse rápido e mais alto do que deveria, fazendo-a franzir o cenho. –Peter e James vão fazer isso, não precisa se preocupar.

—Okay. –Ela disse, estranhando. –E então, o que achou da festa da Lene?

—Surpreendente. –Remus disse após pensar um pouco. –E você?

—É, acho que essa é uma ótima palavra para definir a noite.

Os dois se encararam por um momento e então riram, se lembrando dos acontecimentos que nunca realmente imaginaram que dariam fim a festa. Ainda estavam tentando entender como haviam chegado aquilo, embora ambos soubessem que talvez nunca chegariam a uma conclusão de como tudo aconteceu.

...

Sirius Black esperava escondido no corredor enquanto uma garotinha do primeiro ano entregava a Zack Bennet uma caixinha com cupcakes dizendo ser de Marlene. Haviam alguns sonserinos ao redor dele e fizeram algumas brincadeiras a respeito da garota e ele precisou se segurar para não ir até lá.

Mas ele esperou até que Bennet começou a ficar meio grogue e saiu de perto dos amigos dizendo que iria agradecer a garota pessoalmente. Quando cruzou o corredor a poção para o sono que havia colocado nos pequenos bolinhos fez efeito e o loiro rapidamente caiu. Black podia ter feito algo para impedir que seu rosto acertasse o chão, mas preferiu assistir.

Com um movimento de varinha ele fez com que o corpo levitasse. Por sorte eles estavam próximos ao local de destino e ele conseguiu desviar dos outros alunos enquanto faziam seu caminho para a floresta proibida. O efeito da poção era rápido, então Sirius não teria que esperar tanto tempo.

O grifinório rapidamente localizou a varinha do sonserino e a pegou, deixando o corpo dele flutuando a pouco mais de dois metros do chão virado de frente. Havia gostado muito da cena de Bennet caindo de cara, por isso havia decidido que a repetiria.

Black jogou a varinha bem diante dele, perto, porém ele não conseguiria pegar enquanto estivesse no ar. E ele permaneceria assim até que Sirius se cansasse. Não demorou para que o loiro olhasse ao redor e encontrasse o responsável, soltando uma risada sem humor algum, carregada de irritação.

—Aquela vadia... –Murmurou.

—Se insultá-la na minha frente mais uma vez, vou te amarrar tão longe do castelo que você vai demorar um ano para achar o caminho de volta. –Black avisou. –Isso é claro se você conseguir se soltar.

—Eu devia imaginar que ela te contaria. –Disse, precisando levantar a cabeça para conseguir olhar para o garoto, que andava ao redor dele.

—Deixe-me dizer o que vai acontecer: Você vai me dizer por que está fazendo isso com a Marlene, depois vai contar aonde estão as malditas fotos que tirou e em seguida vai esquecer o que sabe sobre o James.

—Não me importo de dizer o motivo de tudo isso, mas tenho uma ideia melhor. Nós dois sabemos que eu ganho muito mais tirando o Potter da jogada. Seu amiguinho devia ter tomado mais cuidado com quem estava assistindo enquanto ele saia pelo castelo atrás da Evans em forma de cervo. Quanto tempo acha que ele vai ficar em Azkaban por ser um animago ilegal? Porque eu duvido que ele tenha o registro do ministério.

Então era isso o que James fazia quando saía no meio da noite. Sabia que com aquela história de superar a Evans seu amigo estava apenas tentando convencer a si mesmo e aos outros. Ainda se lembrava de quando ela revirou os olhos para ele e o olhou irritada pela primeira vez, com as grandes bochechas que ela tinha quando criança vermelhas de raiva porque ele disse que se casaria com ela algum dia. O que ele sentia não se apagaria tão facilmente mesmo que ele quisesse muito.

—Não interessa, você não tem provas.

—Nada que o ministério não possa resolver com uma investigação. –Rebateu. –Mas não é isso o que você quer saber, não é? Quer saber por que fiz isso. Simples, Black, queria tirar de você o que te faz feliz. Logicamente tentar separar você de seus amigos seria inútil, então tentei o lado mais fácil. Tirei a única que parece causar algum efeito em você e funcionou, você parece miserável. –Zack riu.

—E o que eu fiz pra merecer tal honra? Sua namoradinha terminou com você por minha causa? –Sirius disse com um sorriso nos lábios, se lembrando do tempo que havia passado com a ex dele uma semana depois que os dois terminaram.

—Fiz isso pela sua família. Allan Bennet, o cara que o seu pai matou antes do início das aulas, ele era meu tio. –O garoto disse e seus olhos se encheram de raiva, ódio. –E sabe o que é pior? Ele comprou todos no ministério então eles simplesmente ignoraram o fato de que eu estava na casa e ouvi o que aconteceu. Os aurores nunca bateram na sua casa, não é? Nunca fizeram uma pergunta sequer sobre aquela noite a ninguém da sua família.

—Eu não sabia disso.

—Não interessa. –Zack gritou. –O que importa é que eu estou apenas começando com você e a sua família. Vocês se acham superiores por causa do sangue e do dinheiro, não é? Quando eu acabar estarão todos apodrecendo em Azkaban, porque eles não vão conseguir me ignorar para sempre e vocês ficarão sem nada.

Sirius ficou diante de Zack, olhando-o no fundo dos olhos. Ele estava falando sério, não descansaria enquanto os Black pagassem pelo que fizeram a sua família e Sirius não o culpava por isso, mas também não podia deixar que ele continuasse com esse plano ou acabaria morto também.

Com um movimento de varinha, o grifinório soltou o garoto. Ele gritou, mas o Black o impediu de bater com a cara no chão e gargalhou da reação dele, deixando-o suspenso a pouco mais de um metro de altura. Enquanto pensava no que fazer, ele continuou a rondar o garoto que parecia sem paciência nenhuma para aquele joguinho.

—Não, você não vai, Bennet. –Sirius disse, parando diante dele e encarando-o de maneira ameaçadora. –E sabe por quê? –Ele não respondeu, então o outro resolveu continuar com um sorriso assustador aparecendo em seu rosto. –Porque você não quer o mesmo fim que o seu tio teve.

—Está me ameaçando?

—Os Black não costumam deixar testemunhas, Zack. Você só está vivo agora por um erro do meu pai, então eu acho que não deveria fazer tanto barulho e atrair tanta atenção.

—Você é igualzinho a eles.

—Não me faça mostrar esse lado pra você. –Sirius fez com que ele ficasse na altura de seus olhos e o segurou pelos cabelos, fazendo-o olhar em seus olhos. –Novos planos: Você vai me dizer aonde estão as malditas fotos da Marlene, vai esquecer o que sabe sobre o Potter, assim como o que viu meu pai fazer e também vai sair de Hogwarts.

—O quê?

—Acho melhor você começar a falar Bennet, está começando a escurecer e você se surpreenderia com as criaturas que dizem que vivem nesta floresta. –Sirius se afastou, cruzando os braços. –Aonde estão as malditas fotos? É a última vez que pergunto e se não responder vou diminuir o espaço que o separa do chão.

—Estará me fazendo um favor.

—Acha mesmo? –Black arqueou as sobrancelhas. –Acho que você entendeu a situação de forma errada. Não te levantei para ver você cair com a cara no chão. Fiz isso para você não ter escapatória quando escurecer e as criaturas que vivem aqui começarem a sair. Quanto mais baixo, mais delas podem te alcançar.

—S-Sirius, você não precisa fazer isso... A-amanhã é lua cheia e...–Zack arregalou os olhos ao se dar conta do que ele havia dito. –A-as fotos da McKinnon estão no meu livro de História da Magia, no fundo do meu malão e eu juro que ninguém nunca vai saber sobre o Potter.

—Ótimo. –Ele sorriu. –E quanto a Hogwarts?

—Mandarei uma carta aos meus pais, direi que quero estudar na Ilvermorny, eu não sei, mas você não me verá mais! –O loiro começou a se desesperar. –Por favor, me tira daqui!

—Tenho mais duas perguntas. –Começou, brincando com a varinha. –Obrigou a Marlene a fazer algo que ela não queria?

—O quê? Não, eu nunca faria isso! Q-quando nós ficamos ela estava tão a fim quanto eu... –Bennet murmurou a última parte e Sirius balançou a cabeça. –Escuta, cara...

—Cala a boca! Você só fala quando eu mandar. –O outro assentiu. –Minha última pergunta: Foi agressivo com ela? –O silêncio de Bennet foi uma resposta mais do que suficiente. Sirius se aproximou, parando na frente dele. –Okay... Agora você vai esquecer a minha família.

—Mas...

—Como eu disse, você só está aqui por que o meu pai foi bonzinho o bastante para te deixar viver por mais um tempo. Não quer que ele seja obrigado a repensar essa decisão, não é, Bennet? –Ele balançou a cabeça em negação. –Agora me agradeça por deixar você sair daqui vivo depois dessa idiotice.

—O-obrigado, Black. –Ele disse com dificuldade, como se aquelas palavras queimassem.

E então Sirius deu as costas, ignorando totalmente os gritos e protestos do garoto. O soltaria assim que as fotos estivessem seguras e bem longe daquele dormitório no salão comunal da Sonserina. Assim que se afastou um pouco, ele finalmente pode soltar o ar, jogando sua gravata para longe e abrindo os primeiros botões de sua camisa enquanto voltava respirar normalmente.

Aquele estava longe de ser o verdadeiro Sirius Black. Era o Sirius que Walburga Black o havia criado para ser e também o que ele mais odiava. Sua família era assassina, preconceituosa e ele tinha nojo de pessoas como eles. Naquele momento estava com nojo de si mesmo por ter se comportado daquela forma, mas não havia outro jeito. Tinha que admitir que Zack Bennet merecia um bom susto pelo que fez a Marlene, mas não merecia acabar morto pelas mãos de Orion Black.

—Impressionante. –Uma voz que ele reconhecia muito bem foi ouvida e de trás daquelas árvores Regulus Black surgiu com um sorriso. –Mamãe ficaria orgulhosa de você.

—Não, ela não ficaria. –Sirius disse quando finalmente conseguiu se acalmar, olhando para o irmão mais novo. –Walburga Black não fica orgulhosa de mim desde que colocaram o chapéu seletor na minha cabeça e ele gritou “Grifinória”. Mas você já sabe disso, Regulus.

—Isso não é verdade. Ela ficou decepcionada sim quando não foi para a Sonserina, mas o motivo dela te odiar é porque a influência dos seus amigos o transformou em um traidor.

—A influência dos meus amigos me tornou uma pessoa sensata. –Corrigiu e o garoto que ainda estava no quarto ano revirou os olhos, rindo. –Deveria começar a andar com eles também, Regulus, quem sabe assim você abrisse os olhos.

—Oh, meus olhos estão bem abertos, obrigado. Inclusive agora consigo ver que mamãe e papai estavam errados sobre você. –Disse e o mais velho não respondeu. –Não importa o quanto tente, você sempre vai ser um Black. Espero que perceba isso antes que a guerra comece e venha para o lado certo. Não quero precisar enterrar um irmão.

—Eles realmente fizeram uma lavagem cerebral em você, não é? –Sirius riu sem humor algum. –Está até falando como ela.

—Estou falando a verdade. –Regulus rebateu. –Não está cansado das brigas ou gostou quando ela o atingiu com maldições da última vez?

Sirius tremeu ao se lembrar. Aconteceu apenas uma vez, mas ele tinha certeza que nunca mais esqueceria. Naquela noite ele correu para a casa de James, mas não disse nada, apenas ficou lá chorando em silêncio e o amigo permaneceu ao seu lado sem dizer nada, apenas levando comida para que ele não morresse de fome e forçando-o a comer quando ele se recusava. “Se não comer vou dizer a minha mãe que você disse que a comida dela é a pior coisa que já comeu na vida e por isso está se recusando”, ele repetia porque sabia que Sirius nunca magoaria Euphemia Potter, a mulher que abriu as portas de sua casa e o acolheu tantas vezes. James permaneceu lá por dias, pronto para ouvir caso ele quisesse falar, mas era tão doloroso pensar que aquilo aconteceu alguma vez que ele não conseguiu.

—Acha que gostei? –Sirius arqueou as sobrancelhas. –Eu só queria que ela esquecesse que eu existo e parasse de infernizar a minha vida só porque as coisas não são como ela quer que sejam. Ela não vai me controlar e você também não devia deixá-la controlar você.

—Eu só quero o meu irmão mais velho de volta, mas parece que você não se importa, não é? –O menor gritou, furioso. –Por que não deixa de ser cabeça dura? Ela te receberia de braços abertos se estivesse disposto a tentar, diferente dos seus amigos, que te mandariam embora no momento que descobrissem a verdade sobre nossa família!

—Eu não quero que ela me receba de braços abertos se ela não conseguir aceitar quem eu sou! –Respondeu. –Eu não sou preconceituoso, Regulus, e também não concordo que eles saiam por aí matando um bando de inocentes só porque um idiota decidiu que eles devem morrer!

Sirius não disse nada sobre seus amigos, pois tinha medo de que seu irmão estivesse certo. James odiava qualquer um que demonstrasse interesse nas artes das trevas, Peter ficava apavorado só de pensar no assunto e Remus não conseguia acreditar que existiam bruxos que se juntavam a Você-Sabe-Quem apenas porque se achavam melhores do que outros que não nasceram em famílias bruxas.

—Não fale do Lorde dessa forma!

—Não o defenda como se concordasse! –Gritou. –Eu sei que gosta das mortes tanto quanto eu.

—Não, eu não gosto, mas eu entendo que são necessárias.

—Só se for pra aumentar o ego do ídolo de vocês. –Os dois se encararam por um tempo e Sirius soltou o ar, se aproximando do irmão. –Não importa o que aconteça, você sabe que sempre vai ser o meu irmão e nem a mãe nem ninguém pode dizer o contrário, mas as coisas não vão voltar a ser como antes, Regulus, você precisa aceitar isso de uma vez.

—Vou buscar as fotos da McKinnon pra você, não vai conseguir entrar no salão comunal sem chamar atenção. –O mais novo mudou de assunto, deixando o mais velho sozinho naquela floresta.

Regulus Black não parecia feliz com a forma como a conversa havia terminado e também estava longe de aceitar que as coisas permaneceriam como estavam, mas ainda sim ele foi até o dormitório de Zack Bennet e ajudou o irmão. Ele entregou aquele pacote cheio de fotos para o Black mais velho e não disse nada nem quando o outro agradeceu. Só estava cansado do inferno que sua mãe fazia em casa sempre que o irmão aparecia e também sentia que ele o esqueceria a qualquer momento, pois evitava ao máximo ir até lá.

O sonserino deixou a floresta e o grifinório abriu o envelope, dando uma olhada em várias das fotos que havia lá dentro. Marlene sorria em várias delas, mas Sirius decidiu que não ficaria se torturando. Colocou fogo em tudo e, quando foram finalmente destruídas, ele seguiu para a segunda parte de seu plano.

Black voltou para o lugar aonde Bennet estava, mas não deixou que ele o visse. Com um aceno de varinha fez com que o feitiço que o segurava no ar fosse desfeito e o garoto caísse mais uma vez no chão. Não estava tão alto, porém, mas Zack praguejou baixinho, xingando-o de todos os nomes possíveis enquanto guardava sua varinha em suas vestes. Foi então que Sirius se transformou no grande cão negro e peludo que costumava caminhar por aquela floresta acompanhado de um cervo, um rato e um lobisomem.

Zack notou a movimentação estranha atrás de si e se virou para encontrá-lo rosnando e furioso. O cachorro latiu algumas vezes, se aproximando de forma ameaçadora e então o sonserino começou a correr, sendo seguido de perto pelo animal. Tinha certeza de que nunca havia corrido ou ficado com tanto medo quanto naquele dia, mas por mais incrível que pareça, quando finalmente conseguiu sair foi como se o animal não existisse. Não havia nenhum sinal dele.

...

James estava sozinho em seu quarto quando Sirius abriu a porta e se jogou na cama. Ele havia sumido durante o dia todo e, quando foram procurar por ele no mapa descobriram que ele estava na floresta proibida com seu irmão. O amigo não falava muito sobre Regulus e muito menos sobre sua família, mas todos sabiam que as coisas eram complicadas na casa dos Black.

—Não quis ir para a festa de dia das bruxas? –Sirius perguntou.

—Não e você?

—Não. Falou com a Evans?

—Ainda não.

—E é por isso que não quis ir?

—Em partes sim. –James murmurou e o amigo o olhou com as sobrancelhas arqueadas. Sirius sabia bem quando ele estava mentindo e não precisava nem olhar para ele. –Tudo bem, tudo bem, é exatamente por isso. É que eu não quero ir até ela sem saber o que dizer.

—Podia começar com um “me desculpa por ser um babaca, eu gosto de você, agora podemos retomar de onde paramos antes do Wormtail interromper?”.

—Você sabe que eu não vou falar isso. –Potter revirou os olhos.

—Deveria, quem sabe se fosse direto com ela vocês pudessem resolver as coisas e parar com a frescura.

—Não é isso.

—Sério? Então qual é o nome que as pessoas dão para quando duas pessoas estão se matando por não estarem juntas, mas ficam inventando um monte de desculpas para não ir em frente? –Black ironizou. –Ah é, o nome é frescura.

—Não são desculpas, eu realmente tenho medo do que vai acontecer se nós ficarmos juntos. –James confessou. –Não quero que ela se machuque e além disso, ela provavelmente me odeia agora.

—Já parou pra pensar que ela pode estar machucada por causa da forma como está tratando ela? E isso está machucando você também.

—Você tem razão. –Admitiu, soltando o ar, cansado. –Eu estraguei tudo, não é?

—Se você chorar eu juro que saio do quarto. –Sirius ameaçou ao ver a cara do amigo e James jogou uma almofada nele, rindo. –Não te criei para chorar por mulheres.

—Vou falar com ela amanhã.

—Eu disse pra Lene. –Black murmurou depois de um tempo em silêncio.

—O quê?

—Eu disse aquela frase maldita pra Lene. –O amigo se sentou na cama de olhos arregalados.

—Está falando sério?

—Evans disse que o Bennet estava chantageando ela para se afastar de mim. Dei um jeito na situação, mas estou com medo que mesmo após ela perceber que ele se foi amanhã, ela ainda me mantenha afastado.

—Espera... Você matou ele?

—O quê? Ficou maluco, Potter?

—Você disse que ele se foi!

—Embora, mandei ele sair de Hogwarts!

—Ui, ele ficou bravinho agora. –James levantou as mãos em sinal de rendição e Sirius revirou os olhos, mandando a almofada bem na cara do amigo. –Não tenho culpa se você não explica as coisas direito.

—Viu o que você está fazendo comigo? Agora sou eu quem está choramingando por mulheres. –Os dois gargalharam.

—Eu não te criei pra isso, Sirius Black. –Disse, imitando o amigo.

—Eu te odeio, sabia?

—Não, odeia não. –Rebateu, convencido. –Não deveria duvidar do que Marlene sente por você. Quero dizer, ela é estranha e não gosta de sapos de chocolate, mas não há ninguém em Hogwarts que não veja o quanto ela gosta de você.

—Eu não sei, Prongs. Como você mesmo disse, ela é estranha. –Murmurou. –E você devia tomar mais cuidado com as visitas noturnas a Evans, okay? Bennet viu você se transformando.

—O quê? –Arqueou as sobrancelhas, assustado.

—Não se preocupe, eu cuidei disso também, mas tenha mais cuidado ou vamos ter que te resgatar de Azkaban.

—Seria um tanto interessante.

—Remus teria um enfarte.

—Vou ser mais cuidadoso, obrigado.

 -E deveria concertar esses óculos também, sua visão é péssima. –Black apontou para o objeto com as lentes quebradas.

—É, eu vou concertar. –Potter falou relanceando os óculos e imediatamente se lembrando de como haviam ficado daquela forma. É, ele concertaria, mas não sabia quando.

—Vocês perderam, o banquete estava maravilhoso. –Peter entrou no quarto ainda mastigando, acompanhado por Remus que parecia exausto. A lua cheia aconteceria no dia seguinte e os efeitos de sua proximidade já eram visíveis no amigo lobisomem.

—Como você está, Moony? –Sirius perguntou, observando o amigo se jogar na cama e soltar o ar, cansado.

—Vou ficar bem. –O monitor respondeu. –McKinnon perguntou por você.

—Eu disse. –Potter murmurou e Black se levantou, respirando fundo.

—Eu preciso contar uma coisa. –Começou e a atenção dos três amigos se voltou rapidamente para ele. –Todos sabemos que Você-Sabe-Quem está reunindo um exército para quando a guerra começar. Bem... Minha família estará ao lado dele quando isso acontecer.

—Sirius... –Remus começou sem saber como terminar, olhando fixamente para o amigo. Todos ali sabiam que a família de Sirius era preconceituosa, mas ter um lugar reservado ao lado de Voldemort? Isso era novidade.

—Eles estão com ele há muito tempo. Meus pais são assassinos. –Murmurou a última parte, soltando uma risada melancólica e secando as lágrimas que insistiam em cair. –Eles têm a marca negra e tem mais orgulho dela do que jamais terão de mim e Regulus está indo pelo mesmo caminho como um soldadinho.

—Sabem, Marotos, enquanto eu estava impedindo que o Wormtail desmaiasse para a Evans fazer um curativo nele ontem, nós levantamos uma questão importante. –James começou, andando de um lado para o outro do quarto. –Na verdade, eu levantei uma questão importante e agora quero saber o que vocês acham: Se um hipogrifo e um testrálio brigassem, quem ganharia?

—O quê? –Black estranhou, franzindo o cenho para o amigo. Ele havia dito que vinha de uma família de comensais da morte e essa era a resposta que receberia?

—É óbvio que o testrálio ganharia, o hipogrifo nem veria o que o atacou. –Remus respondeu.

—É, eu pensei nisso também, mas o hipogrifo é maior e mais forte, então vou ter que discordar, Moony.

—Eu concordo com o Prongs. –Peter respondeu, fazendo o amigo revirar os olhos.

—Estão brincando, não é? Como o hipogrifo atacaria algo que é invisível? Não importa que ele seja mais forte, o testrálio tem uma vantagem enorme.

—O testrálio é só pele e osso! Além disso, o hipogrifo com certeza o veria, eles matam pra comer, então ele quebraria o bicho inteiro antes mesmo de ser atacado. O que acha, Padfoot?

—Acho que vocês são malucos ou é assim que resolveram me ignorar e eu não entendi. Não ouviram o que eu disse? Meus pais matam pessoas e estão com Você-Sabe-Quem.

—Ah, nós ouvimos sim. –James respondeu, tão calmamente que parecia que a conversa era sobre o clima e não sobre Comensais da Morte.

—E essa é a resposta de vocês? Uma briga hipotética entre testrálios e hipogrifos?

—Acho que você não entendeu o que dissemos. –Peter olhou para o amigo.

—Não entendi mesmo.

—Você não é os seus pais, Padfoot. –Remus sorriu. –Não nos importamos com o que eles fazem e nós confiamos em você, sabemos que não está do lado deles.

—Nós te criamos direito. –James falou, arrancando uma risada dele. –O que seus pais são não muda o fato de que você é o meu irmão.

—A questão é, você está pronto para lutar contra eles quando a guerra começar? –Lupin questionou. –Porque você vai ter que escolher um lado mais cedo ou mais tarde.

—Já escolhi um lado há muito tempo, por isso eles me odeiam tanto. –Black falou, rindo. –Obrigado por isso.

—Não vai se livrar de nós tão fácil assim. Você é o amor da minha vida, Black, não posso deixar você ir assim antes do nosso casamento.

—Cala a boca, Potter. –Eles riram e ele empurrou o amigo.

—Mas agora vamos para o mais importante: Testrálio ou hipogrifo? –O cervo perguntou.

—É óbvio que o testrálio. –E a discussão foi iniciada novamente.


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Notas finais do capítulo

Envie aqui o seu abraço pra Lene porque ela merece ❤
E então mores, gostaram de conhecer o Sirius Black que a Walburga criou ele pra ser? E esse momento super amorzinho dos Marotos no final?? Aai essa amizade é tudo pra mim ❤
AH, e pra vocês quem ganha? Testrálios ou hipogrifos? KKKKKKKKK
TESTE BUZZFED: https://t.co/JZN8qvYNgC?amp=1
PERSONAGENS: https://ibb.co/album/h08QFa
PLAYLIST: https://open.spotify.com/playlist/4pRrtAUZwZbPepbKaI0i7X?si=cTjvf0AaSgSM9TVBlM62yg
Só digo que aos poucos eu to adicionando mais músicas a playlist, espero que vocês gostem ❤
TWITTER: https://twitter.com/GetawayTT
Lá vocês vão encontrar Aus e eu falando de fanfic o dia inteiro haha ❤
Beijinhoooos!



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