The cute one escrita por TMfa


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oooooh, a fanfic não está morta, ooooh.
Eu disse que era algo que eu podia escrever pela eternidade.



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Honestamente? Bakugou e Jirou pensavam que a punição já havia acabado. Então, imagine a surpresa dos dois quando, no domingo seguinte a lista de afazeres da turma estava pregada no mural do salão comum, determinada pelo Aizawa-sensei e não pelos alunos, com apenas seus nomes se repetindo durante o mês inteiro.

Limpeza, louça, organização, lixo e até a jardinagem do Heights Aliance estava na lista. Cada segundo da vida no dormitório de Jirou e Bakugou estava pré-determinada para os próximos 30 dias. Eles até tinham horários para cumprir cada tarefa, as quais Aizawa garantiu que os dois fizessem bem longe um do outro, e seu toque de recolher foi reduzido quarenta minutos a mais que os outros.

— Porra – Katsuki ofegou ao ver a agenda apertada.

— Ao menos não fomos suspensos das aulas – Jirou suspirou pesarosa.

— O que é isso aí, bro? – Kirishima perguntou aproximando-se e passando um braço ao redor do pescoço do garoto.

— Ainda não tinha visto, Eiji-chan? – Ashido perguntou com um sorriso assustadoramente malicioso

— Eu estava treinando com Bakugou, Mina. Eu só estou vendo agora.

— É a lista de afazeres do mês. Feita pelo Aizawa-sensei. – Ela ronronou ironicamente.

— Oh, alguém pegou punição? – Kirishima perguntou calmamente aproximando-se do mural para observar melhor os papéis.

— Sai daí, Cabelo de Merda! – Bakugou berrou arrancando as folhas – Se não foi você, não tem por que ver essa merda!

— Hm, vejo que já viram a punição do Aizawa-sensei – Iida constatou ao entrar na sala comum com uma xícara fumegante de café. Ele ajeitou os óculos e encarou os dois seriamente.

— Bro, você foi punido de novo?! – Kirishima repreendeu desapontado.

— Oh, não só Bakugou – Ashido gemeu apoiando-se em Kirishima conspirativamente – Jirou também. Eu me pergunto... o que eles fizeram para receber um mês de punição...

— Não é da sua conta, Alien Rosa! – Bakugou berrou com o punho erguido. Kyouka recuou um passo, engolindo em seco e corando até a raiz dos cabelos.

— Ora, vamos! Eu e Denki-chi fizemos uma aposta! – Mina bufou lançando-se em Jirou.

— V-vocês o quê?! – Kyouka exclamou com a voz aguda.

— Aizawa-sensei pegou vocês dois no flagra, não foi? – Ela insistiu.

— M-mina! Não foi nada disso – Jirou mentiu descaradamente cruzando os braços e desviando os olhos.

Ótimo, como se não bastasse a punição do sensei, eles ainda teriam que ouvir sobre isso o mês inteiro. Já não bastava o sermão de Yaoyorozu, Jirou ainda teria que aguentar as provocações de Ashido.

Momo até que tinha sido compreensiva. Talvez um pouco mais curiosa do que Jirou esperava. Mesmo assim, a morena desaprovou a atitude da amiga punk e sugeriu que se comportasse daqui para frente. Fácil falar. Ela não namora Bakugou. Ok, Todoroki também estava entre os mais bonitos da sala, mas os dois acabaram de começar o namoro. Então Jirou se resignou a esperar até que Yaoyorozu tivesse o autocontrole testado. Aí ela iria perguntar o quão desapontada ela estava com suas atitudes.

***

Cumprindo com todo o cronograma do professor, Jirou e Bakugou deixaram o Heights Aliance impecável. Bakugou até melhorou o paisagismo do jardim do dormitório. Em compensação os dois não se viam há três semanas. Com os treinamentos para o festival cultural, as aulas e as atividades extras, nenhum dos dois conseguia ter forças para passar das nove da noite.

Os primeiros dias foram os mais desconfortáveis, todas às vezes que eles tinham aula com Aizawa-sensei, Kyouka baixava a cabeça e corava furiosamente. Bakugou nem sequer abria a boca.

Ao menos agora seus colegas já não os importunavam tanto sobre o motivo da punição. No segundo dia Bakugou explodiu com a impaciência e explicou que Aizawa-sensei os pegou na sala de música. Desde então o grupo do festival cultural decidiu que fariam a música somente com o que já estava pronto.

O festival cultural foi na última semana da punição. A apresentação foi um sucesso. Kaminari e Sero colocaram no final da apresentação uma caixa para que as pessoas votassem se preferiram a apresentação da turma A ou B. Os dois fizeram isso porque Monoma os estava irritando o tempo inteiro e eles queriam esfregar na cara do loiro que ele estava errado. O que não adiantou muito. A turma A ganhou, mas Monoma acusou os dois de fraude e não tinha quem o fizesse mudar de ideia.

Como o evento exigiu um dia inteiro de grande esforço, as turmas foram liberadas no dia seguinte, exceto por Jirou e Bakugou, que ainda tinham os afazeres de sua punição para cumprir.

Os dois levantaram cedo. Kyouka limpou a sala de estar e Bakugou, o banheiro masculino. Depois que Jirou terminou seu trabalho, ela sentou-se no sofá para descansar, ainda com sono. Pouco depois Bakugou saiu do banheiro esfregando o cabelo molhado com uma toalha.

— Ei, bom dia – Ela cumprimentou-o com sorriso cansado.

— Bom dia – Ele murmurou disfarçando um sorriso. Katsuki não queria admitir que sentia falta da namorada.

— Você está molhado – Jirou constatou brincalhona.

— Eu odeio lavar o banheiro, então eu tomo um banho depois – Ele bufou sentando-se ao lado dela.

— Por que seu cabelo continua espetado mesmo quando está molhado? – Ela perguntou segurando uma risada e afastando a toalha para tocar seus cabelos.

— Tch. Eu não sei, eu só ignoro esses filhos da puta, eles nunca ficam quietos – Bakugou suspirou irritado – O trapo velho gasta um vidro de gel todo dia. Por que ele só não deixa eles em paz?

— Eu gosto deles assim – Kyouka sorriu puxando-os levemente – É fofo.

Instintivamente Katsuki aproximou o rosto do dela e roçou o nariz em seu rosto. Eles se olharam e Kyouka lambeu os lábios. Bakugou engoliu e estalou a língua, um pouco indeciso sobre o que fazer. Ele se aproximou lentamente e encostou os lábios no de Jirou, ela não se moveu e ele lentamente continuou o beijo. Kyouka respondeu, porém de forma tímida. As mãos de Bakugou tocaram seus ombros hesitantemente antes dele parar o beijo.

— Você tá nervosa também, não tá? – Ele perguntou envergonhado.

— Eu sinto ele observando a gente – Kyouka gemeu com uma careta de choro. – Desculpa, eu não consigo – Com um grunhido, ela enfiou as mãos no rosto e apoiou os cotovelos no joelho.

— Aquela lagarta está em todo lugar – Bakugou reclamou afundando no sofá e baixando a cabeça – Talvez seja melhor esperar até terminar a punição. Tem que ter algum lugar onde ele não alcance, certo?

— Eu não sei. Às vezes, quando estou treinando com Shinsou, ele corrige nossas posições com os olhos fechados – Kyouka contou afastando os dedos para conseguir olhar para Katsuki – Eu não sei como ele faz isso, acho que aquele saco de dormir dele tem algum tipo de individualidade. Eu não faço ideia.

— Bem, o que a gente faz então?

— Espera até as férias? – Ela sugeriu com dúvida.

— Mas o...? Não mesmo – Ele recusou impaciente – Ele disse que no dormitório não tinha problema, certo? Só pegamos punição porque estávamos na sala de música. Se não sairmos do dormitório, vai ficar tudo bem, não é?

Bakugou a encarou com dúvida. Kyouka mordeu o lábio inferior indecisa. Os dois estavam tensos, o corpo rígido, certos de que só o fato de estarem sozinhos acrescentaria outra punição.

— Bem... eu acho que... hm... – Jirou começou mexendo em seus fones – Talvez, se não for, sabe, muita coisa... Só um beijo não vai mudar muita coisa, certo?

— Certo – Bakugou concordou, embora nenhum dos dois tenha se movido – Então... se for só um beijo... – Ele se aproximou lentamente e engoliu em seco – Não tem porque ser um problema.

— Nem um pouco – Jirou concordou virando-se para ele ainda receosa.

Bakugou olhou em volta outra vez, só para confirmar que estavam sozinhos, então novamente a beijou com cuidado, de novo e de novo, até que Jirou entreabriu os lábios e puxou sua língua. Aprofundando o beijo, Bakugou passou o braço pela sua cintura e a puxou para mais perto de si.

— Porra – Katsuki ofegou quebrando o beijo – Essa sala tinha que ser tão grande? Eu me sinto tão exposto aqui! – Ele resmungou se remexendo desconfortavelmente.

— Eu tenho a impressão de que ele vai passar pela porta a qualquer momento – Kyouka concordou – Vamos para o meu quarto – Ela sugeriu seriamente.

— Você só pode estar brincando, Orelha – Bakugou a encarou com os olhos estreitos.

— É sério. Lá eu posso ouvir se alguém chegar a menos de 5m de distância. – Ela lembrou-o com expectativa – Qual é, Katsuki, mal nos vemos no último mês...

Kyouka aproximou-se um pouco mais, encarando-o fixamente e mordendo os lábios. Antes que Bakugou pudesse processar o que estava fazendo, ele já a estava arrastando para o quarto da garota. Ele bateu a porta e respirou fundo, ainda de costas para Jirou.

— Ok, só um pouco, certo? – Ele limpou a garganta e a encarou solenemente.

— Sim, só um pouco – Ela concordou dando um passo à frente. Bakugou apoiou as mãos no ombro de Kyouka e a encarou desconfortável por alguns segundos – Ah, só vem aqui! – ela o puxou para um beijo.

Se ele não iria fazer isso, ela tomaria a iniciativa. Enredando os dedos entre os cabelos espetados de Katsuki, Jirou o apertou com força enquanto praticamente o engolia. Depois de um breve susto inicial, Bakugou respondeu à altura, puxando-a para si e aprofundando o beijo.

Tropeçando em alguns instrumentos, Katsuki empurrou Kyouka para trás até que os dois caíssem na cama.

— Isso não é só um pouco – Ela ofegou quando Bakugou esgueirou sua mão para dentro de sua blusa.

— Foda-se, eu não quero só um pouco – Ele retrucou se encaixando entre as pernas da garota e beijando-a com fome.

Mentalmente Jirou se xingou por ceder tão fácil. Mas porra, as variáveis não eram nada favoráveis. Além do mais, Kyouka não queria menos que Katsuki. Fazia semanas que eles nem sequer trocavam um aperto de mão. Puxando um pouco a camisa de Bakugou, Jirou arranhou o tórax do garoto, fazendo gemer.

— Se for assim, então você não vai ser o único com a diversão – Ela sussurrou com os olhos semicerrados.

Katsuki apenas empurrou os quadris contra Kyouka e enterrou o rosto no pescoço da garota, mordiscando-a com força.

Uma batida distante deixou Bakugou alerta e ele ergueu a cabeça assustado.

— É só Uraraka – Jirou explicou puxando-o de volta para o seu pescoço e prendendo as pernas ao redor do quadril de Katsuki – Ela está indo para quarto de Toru, não pare.

— E se vierem para cá? – Bakugou perguntou voltando a empurrar os quadris.

— Não tem problema – Ela ofegou enrolando seus fones nos braços dele – Nós só ignoramos.

— Porra, eu não tranquei a porta – Bakugou lembrou levantando o tronco.

Kyouka rosnou em desistência.

— Por que não? – Ela indagou impaciente soltando-o e indicando a porta.

— Era para ser só um pouco, porra – Ele resmungou levantando-se para trancar a porta.

Jirou corou ao lembrar-se desse pequeno detalhe. Ela praticamente implorou para continuar. Era deploravelmente vergonhoso. Por isso, quando Bakugou sentou ao seu lado e tentou beijá-la de novo, seus fones se intrometeram e Kyouka desviou os olhos.

 - Eu acho que foi mais do que o suficiente por hoje – Ela murmurou envergonhada.

— O quê? Não, não, não. Eu já tranquei a porta, ninguém vai mais atrapalhar – Ele insistiu puxando-a pela cintura e buscando seu rosto.

— E-então o quê? – Kyouka afastou-o irritada, não com ele, consigo mesma – O que... o que a gente ia fazer?

— N-nada demais! – Bakugou falou alto demais. Ele corou com as implicações do que Jirou dissera e se levantou, para reforçar sua afirmação.

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, os dois envergonhados e desconfortáveis.

 – Então, ahem, eu vou indo. Eu ainda tenho a academia para limpar hoje – Bakugou despediu-se e caminhou rigidamente até a porta.

— Espera – Kyouka levantou e ficou ao seu lado, os fones inquietos, o rosto corado e as mãos enroscadas – Eu não... eu não estou dizendo que não gostei. Só...

— Muito cedo, eu sei – Ele completou esfregando o queixo nervosamente e olhando para todos os lados – Eu...

Os dois novamente caíram no silêncio desconfortável em que nenhum dos dois olha para o outro e ninguém sabe bem o que fazer.

— Eu vejo você depois – Jirou disse dando um rápido beijo na bochecha de Katsuki e virando-se de costas, esperando até que ele fosse embora.


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Notas finais do capítulo

Eu fico na eterna dúvida entre o "se comam" e "vocês só tem 16 anos, porra"



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