E os namoradinhos? escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 6
Ou vai ou racha


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Passaram bem o Natal? Espero que sim ♥

Cheguei com o antepenúltimo capítulo (teremos 8 no total) e ele é o maiorzinho da fic. Espero que gostem ♥



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Termino de me vestir, calço uma sandália de salto fino e dou uma boa conferida no espelho. Não é por nada não, mas até que fiquei bonita. O vestido num tom bordô, bem marcado na cintura e soltinho até os joelhos me caiu bem. Valorizou inclusive os peitos que eu mal tenho. A mãe natureza não foi muito justa comigo nesse ponto. Em compensação, me deu um traseiro bacana.

Coloco algumas pulseiras, brinco com o babyliss me dando alguns cachos pelo menos por hoje e faço uma maquiagem leve para arrematar o visual. Termino com um pouco de perfume e... voilà, estou pronta para a ceia de Natal!

À medida em que desço a escada, escuto o rei Roberto Carlos cantando Emoções na televisão. Mais um ano, mais um especial na Globo, mais um descongelamento efetuado com sucesso.

Minha tia Rosa já está pra lá de Bagdá, uma latinha de cerveja na mão, o rosto corado e conversando animadamente com o marido, meu tio Antônio, e minha outra tia, Verônica, enquanto o marido desta, o tio Arnaldo, fuma na varanda. Espremidos no sofá, meus primos Amanda, Beatriz e Rodrigo — todos um pouco mais velhos do que eu — mexem no celular.

Estico a cabeça e dou uma espiada na cozinha. Meus pais estão lá, terminando os pratos da ceia que começará em poucos minutos.

Ansiosa, olho para o celular, mas não há nenhuma mensagem de Daniel. Uma pontinha de medo me assombra. E se ele tiver desistido porque ficou magoado?

Respiro fundo e tento pensar positivo. Ele pode não ter gostado do que eu falei sobre o dinheiro, mas tenho certeza que não vai dar para trás. Apesar de conhecê-lo há pouco tempo, confio na sua palavra.

Para me distrair, vou até a cozinha para buscar os pratos e ajeitar tudo na mesa da sala. Assim que meu pai me vê, abre um sorriso e dispara:

— E o Daniel? Vem ou não?

Sorrio amarelo enquanto minhas mãos suam um pouco.

— Claro que ele vem. E está ansiosíssimo para conhecer os sogrinhos.

Minha mãe me lança um olhar divertido, porém dá uma alfinetada:

— Eu acho tão injusto não termos conhecido ele ainda. Vamos ter que dividi-lo com todo mundo agora...

— A gente está junto há pouco tempo, mãezinha. E com a correria do Natal, ficou complicado para o meu príncipe passar aqui antes.

Pego o arroz à grega — sem uva passa, por favor! — e levo para a sala. Coloco a travessa no centro da mesa e retorno para buscar a farofa, o salpicão, o vinho, refrigerante e suco. Meu pai se encarrega do peru e minha mãe do tender.

— Os pais dele não acharam ruim passarem o Natal longe do filho? — minha mãe questiona em dado momento.

— Eles são divorciados e não ligam muito para as festas de fim de ano. Daniel vai almoçar com a mãe amanhã e combinou de passar a virada do ano com o pai e a irmã mais velha. Nada de muito especial, segundo ele.

Quando vou voltar para a cozinha, a fim de checar se a sobremesa na geladeira está ficando com uma cara boa, dou de cara com o tio Antônio. Ele aperta minha bochecha e ri ao perguntar:

— E os namoradinhos?

Reviro os olhos e sinto meu sangue ferver nas veias. Parece que a pergunta é mesmo uma tradição e não tem jeito de escapar dela. Entretanto, esse ano, tenho uma resposta na ponta da língua e não perco tempo em dizê-la com orgulho:

O namoradinho já está chegando, tio. O senhor não viu minha declaração de amor no grupo da família?

Seu sorriso se esvai. Desaparece por fim. Vitoriosa, arqueio as sobrancelhas esperando que ele diga alguma coisa.

— Ah, é verdade. Vi sim.

É muito bom vê-lo percebendo que a piadinha não tem mais graça, é impagável!

— Com licença, vou dar uma olhada no pavê...

Ah, não! Por que eu disse isso?

Tio Antônio se alegra de novo e solta a pérola na lata:

— Mas é pavê ou pacumê?

Em seguida, dá uns tapinhas no meu ombro que me desequilibram um bocado. Inspiro profundamente e começo a ir para a cozinha. É bem nessa hora que a campainha ressoa pela sala e todas as cabeças — exatamente todas — voltam-se para a porta de entrada. 

Rodrigo, demonstrando muita maturidade aos vinte e quatro anos, não perde tempo em me provocar:

— Finalmente! Eu já estava pensando que esse cara era invenção sua, priminha. Ou um ator que você contratou para enganar a gente.

Engulo em seco e rio de um jeito nervoso. Rodrigo não tem como saber a verdade.

— Que ideia absurda.

Com uma expectativa intensa borbulhando dentro de mim, espalmo o vestido para ajeitá-lo melhor e caminho rumo à porta. O silêncio em que a sala mergulha só não é absoluto porque o rei Roberto Carlos começou a cantar mais uma música. Até que gosto de Esse cara sou eu. É um cara bem do convencido e carente, mas sem dúvida bem romântico também.

Alcanço a maçaneta e fecho os olhos por um breve instante. Solto a respiração ao mesmo tempo em que abro de uma vez. E simplesmente perco o fôlego quando reconheço a pessoa em pé na soleira. Ou quando quase não a reconheço, melhor dizendo. O rapaz na minha frente em nada lembra o sujeito meio desleixado que conheci há alguns dias.

Daniel está surpreendentemente chique com uma calça caqui que combina bem com a camisa casual cor de vinho. Camisa essa que se alinha perfeitamente à silhueta, ressaltando partes interessantes do seu tórax que eu nunca tinha reparado antes.

Até que ele tem um corpinho bem interessante por baixo das roupas e do senso de humor afiado. Nada musculoso, mas também nada magrelo, tudo na medida certa.

Um perfume amadeirado suave inunda meus pulmões e minha resposta é um suspiro inconsciente. Um olhar faiscante encontra o meu e analisa meu rosto com surpresa, passa pelo meu cabelo, desce até as pernas e sobe devagar me esmiuçando...

Epa!

Daniel reencontra meus olhos e fica visivelmente constrangido, enquanto meu coração palpita daquele jeito que vem acelerando perto dele sem explicação lógica.

— Caramba, princesa... Você está linda. — Não resisto e abro um largo sorriso diante do elogio maravilhoso que infla minha autoestima. Ele ri um pouco. — O que fez de diferente? Tomou banho?

— Príncipe idiota. — Desmancho o sorriso e dou um soco preciso no seu ombro. — Você com certeza tomou. E pelo visto exagerou no perfume, hein?

Um canto da sua boca se ergue quando ele faz uma careta de desgosto. Vou dizer que estou brincando — porque a verdade é que gostei bastante do cheiro masculino que continua me inebriando — e sinto que Daniel pretende dizer alguma coisa também. Porém, ambos desistimos no mesmo instante. Ouço um burburinho atrás da gente. Ele olha por sobre o meu ombro com discrição e descobre a nossa plateia curiosa também. É isso, chegou a hora do primeiro beijo. Agora é: ou vai ou racha.

Embora eu saiba que isso é um namoro de mentira, não consigo evitar, me vejo muito ansiosa e feliz, desejando o seu beijo mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Engulo em seco e passo a língua nos lábios, esperando por algum sinal. Daniel observa o meu gesto involuntário e alguma coisa selvagem arde em seus olhos quando volta a fixar os meus.

O combinado era um selinho bem sem graça, mas não é isso que acontece na sequência. Daniel cruza a porta e vence a nossa distância com apenas um passo. Um passo largo que transborda determinação.

Antes que eu puxe o ar uma última vez para segurar o fôlego, suas mãos envolvem meu rosto e ele inclina o dele, buscando o encaixe ideal. Fechamos os olhos em sintonia, ambos tomados por uma estranha urgência. Ou seria desejo?

Sua boca pressiona a minha com força impetuosa e, ainda assim, com uma misteriosa ternura. Sinto-me inteiramente aquecida e ao mesmo tempo um frio desconcertante surge no meu estômago.

Arrebatada, jogo os braços no pescoço de Daniel e fico na ponta dos pés, abominando a ideia de soltá-lo, querendo que esse momento dure para sempre, querendo-o mais perto, saboreando a maciez morna e doce dos seus lábios, perdida pelo desejo recém descoberto no qual mergulho de cabeça.

Para um beijo de chegada estaria mais do que suficiente, porém, por algum motivo que prefiro não pensar agora, abro mais os lábios e busco sua língua com a minha. Minha nuca se arrepia em resposta ao contato úmido e lascivo.

Daniel parece surpreso, mas, também por seus próprios motivos, não resiste e mergulha na minha boca de um jeito faminto, apertando minha cintura contra o seu corpo incrivelmente quente. Quente e acolhedor.

Meu coração bate pesado e ensandecido...

De repente, alguém pigarreia alto atrás de nós e, infelizmente, sou obrigada a deixar a órbita para onde o beijo delicioso me lançou e volto para o planeta Terra.

Interrompo o beijo e olho sem graça para Daniel. A confusão é nítida em seu semblante, porém não é só isso que vejo em seus olhos. Aquele sentimento selvagem que notei há pouco parece intensificado. E também parece que meu namoradinho de mentira trava uma batalha interna por algum motivo. Teria relação com o mesmo motivo que o levou a me beijar desse jeito?

— Quais as suas intenções com a minha filha, rapazinho? Porque depois dessa cena, eu deveria exigir que se casasse com ela.

Olho para trás morta de vergonha e, embora saiba que o Sr. Alberto Gonçalves é um brincalhão incorrigível, ralho mesmo assim:

— Pai!

Rodrigo dá risada e se dirige a Daniel:

— Foge que dá tempo, amigo.

Observo os semblantes um tanto chocados dos meus tios e um tanto invejosos das minhas primas, embora estas tenham namorado até onde sei.

Imagino como Daniel deve estar se sentindo agora. Arrependido? Encurralado? Prestes a seguir o conselho do meu primo idiota?

Para minha surpresa, braços me puxam gentilmente pela cintura e Daniel me abraça por trás, fazendo minhas costas se encaixarem em seu peito como se fosse o meu lugar desde sempre. Por instinto, apoio as mãos nos braços dele, intrigada quando sinto os pelos arrepiados sob os dedos.

— Desculpe, eu não quis parecer desrespeitoso. Minhas intenções são as melhores possíveis, garanto — ele diz ao meu pai e, mesmo sem conseguir ver o seu rosto, posso imaginar o sorriso simpático e culpado que está lançando ao meu velho. — É que eu nunca tinha visto minha princesa tão linda como essa noite. E estava morrendo de saudade dela também, então... Desculpa mesmo.

Meu coração dispara num ritmo assustador, mas logo lembro a mim mesma que Daniel só está encenando. É só isso que ele está fazendo, certo?

Com certa culpa pela farsa, vejo minha mãe suspirar e dizer em aprovação:

— Está tudo bem, eu achei bem romântico. Estou muito feliz pela minha menina e por finalmente conhecer você, Daniel.

— Muito prazer, Dona Lúcia. Agora eu sei que a beleza da Marina é genética. — Ele me desvencilha do seu abraço para cumprimentá-la e é como se meu corpo inteiro protestasse. — Com todo o respeito, Seu Alberto — emenda, rindo todo simpático ao cumprimentar meu pai também.

— Tudo bem, está perdoado, meu jovem. As duas são muito lindas mesmo. Minha rainha e minha princesa. — Ele dá um tapinha no ombro de Daniel e depois o apresenta oficialmente para o resto da família.

Sinto que devia ser eu o apresentando, porém fico meio fora do ar enquanto Daniel sorri para cada um deles e murmura palavras que eu não capto direito.

Parece que uma hipnose misteriosa e inexplicável se abateu sobre mim. Uma hipnose que só é abalada quando noto minhas primas sorrindo para ele. Sorrindo demais para o meu gosto. Amanda tem a cara de pau de segurar no braço dele e Beatriz mexe no cabelo feito uma idiota.

— Agora que você chegou — diz a tia Rosa —, nós podemos ir para a mesa.

— Espero que esteja com fome porque nós caprichamos — emenda a tia Verônica, sorrindo calorosamente para o convidado.

Nesse momento, enquanto vejo todos os olhares voltados para Daniel, sinto que a mentira valeu a pena. Não sou mais a encalhada da família e, apesar do beijo ousado, meu namoradinho falso parece ter conquistado todo mundo em poucos minutos com seu jeito extrovertido, simpático e até educado.

Não nego que ele me surpreendeu. Também não nego que é fácil gostar de Daniel. Muito fácil. Perigosamente fácil...

— Eu estou faminto! — ele admite pura e simplesmente, arrancando risos. — Mas cheguei da rua agora e preciso lavar as mãos antes de...

Quando dou por mim, já me aproximei de Daniel com um passo rápido e busquei sua mão. Entrelaço seus dedos com força e indico o corredor atrás de todo mundo.

— Vem comigo, príncipe! Eu te mostro onde fica o banheiro!

Daniel se deixa levar por mim, meio aos tropeços porque ando muito rápido arrastando o coitado, e logo deixamos o burburinho da sala para trás.

Quando estamos perto do banheiro, no mais completo e desconfortável silêncio, me obrigo a soltar a sua mão. Sem olhar para ele, entro primeiro e acendo a luz.

Daniel adentra o banheiro tão logo abro passagem e me encosto no batente. Cruzo os braços.

Demora um pouco e ouço a torneira jorrando água, um cheiro suave do sabonete líquido no ar. Quando o som termina, tomo coragem e busco o olhar de Daniel. Ele está olhando para mim e uma leve palpitação acelera em meu pulso em resposta.

Ele expira com força. Parece muito sem graça. Pega a toalha e começa a secar as mãos.

— Desculpa, Marina.

— Pelo quê?

— Você sabe.

Sim, eu sei, mas no fundo não quero que se desculpe pelo beijo. Ele não me beijou sozinho, afinal. E não vou mentir, foi bom pra caramba. Minhas pernas fraquejam só de lembrar. Ninguém deveria se desculpar por dar um beijo daquele. Na verdade, o sujeito merecia um prêmio!

— Eu não sei o que me deu — ele retoma, tentando se explicar, mas visivelmente em dificuldade na busca das palavras certas. — Era para ser um beijo simples, quase social, um selinho apenas, pela farsa, mas...

Olhando para o chão, decido admitir:

— Eu também não sei o que me deu.

— Eu não quis me aproveitar da situação.

Mas eu quis. Penso isso, porém o que digo é:

— Eu meio que te provoquei.

Porque queria um beijo de verdade. Também não digo isso, mas penso bastante no desejo que não consegui suprimir.

— Não importa, eu sou o homem e devia ter resistido. Além disso, não foi um simples selinho desde o começo, convenhamos.

Lembro do momento exato em que Daniel terminou com a nossa distância e pressionou minha boca com aquela urgência quente.

Sorrio torto, com uma surpreendente satisfação, e olho para ele ao concordar:

— É, não foi mesmo.

Daniel fica extremamente sério. Na defensiva, para ser mais exata. Endireita a postura, o corpo retesado, aparentemente mergulhado naquela batalha interna de novo.

— Não faz isso — pede com uma falsa firmeza, algo que soa mais como uma súplica.

— Isso o quê?

Talvez eu não devesse, mas estou gostando de provocá-lo de novo.

— Desse jeito eu vou pensar que... você gostou do beijo.

Ele me olha com uma expectativa tangível. E eu sei que devia dar a resposta que Daniel claramente espera agora.

Ao invés disso, no entanto, eu vacilo. Chego a abrir a boca, porém desisto de dizer qualquer coisa por causa de uma maldita insegurança que surge e um temor idiota que me revira por dentro. Deixo o momento passar e Daniel interpreta meu silêncio de maneira equivocada.

— Olha, seus pais não vão gostar de ver a gente aqui. É melhor voltarmos para a sala antes que...

— Você está com medo dos meus pais? — interrompo-o, comprimindo os lábios para não cair na risada.

Daniel fecha os olhos por um instante e respira muito fundo. Quando volta a me encarar, lá está o desejo feroz faiscando em seus olhos mais uma vez.

— Não deles, de mim — confessa com a voz meio baixa, mas ainda assim intensa de uma forma que eriça minha pele. — Eu não quero que você pense que estou me aproveitando do nosso acordo, mas, nesse momento, não acho que seja seguro ficarmos aqui sozinhos.

Eu entendi direito? Daniel insinuou que pode perder o controle e esquecer o nosso trato de novo se continuarmos aqui? Eu tenho alguma influência sobre ele?

— Por que seria perigoso? — ouço-me perguntando, ao mesmo tempo em que percebo como gostei da confissão implícita.

— Marina...

Apenas meu nome. É tudo que Daniel diz em resposta.

Nem é uma resposta, parece mais um apelo desesperado, uma confirmação da insinuação que captei e um último aviso para eu recuar se quiser. Mas eu não recuo. Porque não quero recuar coisa nenhuma. Porque prefiro ignorar o apelo. Porque acredito que não foi só uma insinuação, é a verdade. Eu mexo com ele. Ora, ora...

Desta vez, me esforço para vencer a insegurança e meus temores. Varro tudo para debaixo do tapete, mando para o espaço, dane-se.

Agindo por puro impulso, me afasto da porta apenas para terminar de entrar no banheiro e fechá-la devagar. Apoio as costas nela e engulo em seco.

— O que você tá fazendo, maluca?

Há certo pânico no olhar que Daniel lança na minha direção. Mas há outra coisa também. Algo que queima.

— Não sei. — Dou de ombros. — Honestamente? Eu não sei mais.

E não sei mesmo. Mas estou querendo descobrir. Ah, se estou!

— Droga, princesa... — Ele coça a nuca de um jeito ansioso e abandona a toalha sobre a pia após alguns instantes pensativo. — Pois então somos dois!

Antes que eu pense, antes que respire, antes que eu lembre qual é mesmo o meu nome, Daniel me alcança como um foguete e toma meu rosto para si. Minhas mãos também envolvem o seu por instinto e nossos lábios se amassam pela segunda vez essa noite.

Sem plateia ou interrupções, sua boca me devora com fúria e intensidade. E eu correspondo à altura, puxando-o pela gola da camisa, querendo sucumbir ao calor inebriante que desperta e se espalha em cada pedacinho do meu corpo.

Beijo-o de volta com um ardor que nunca senti antes. Não desse jeito. Não tanto assim.

Daniel tinha razão. Ele está se mostrando o melhor namoradinho falso que eu poderia desejar!


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Notas finais do capítulo

Ora, ora... Parece que o clima esquentou um pouco, né non? Hohoho