Apenas Uma Mentira? escrita por Julie Kress


Capítulo 6
Família Oliver


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Atualizando aqui rapidinho!!!!

Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771740/chapter/6

Dias depois...

P.O.V Da Jade

Terminei de fazer minha mala, íamos ficar apenas uma semana na cidade natal dele no Canadá. Me arrumei, me vestindo com as roupas novas e me maquiei da maneira que Luigi me ensinou no salão.

Me olhei no espelho, meu novo visual até que era legalzinho. Eu realmente me parecia como uma namorada de um modelo/DJ famosinho.

Calça jeans casual, blusa despojada, jaqueta, botas de salto, cabelos soltos bem ondulados e lábios vermelhos. Pronta. Eu já estava preparada para conhecer a família do meu falso noivo.

Peguei minha mala de rodinhas e minha bolsa de mão, a malinha de calçados e saí do apartamento, deixei minha bagagem no chão e tranquei a porta.

Em seguida, apanhei minha pequena bagagem e fui bater na porta do meu vizinho/noivo. Ele demorou um pouco para abrir a porta. Já estava arrumado e com a bagagem em mãos.

— Bem prático. - Falei olhando para a mala azul mediana.

— Ah, é a mala com os meus produtos para cabelo. - Sorriu deixando no corredor. - Espera aí, só um minuto... - Disse antes de me dar as costas e correr.

Ele logo retornou com mais três malas. Um grande, uma média e uma pequena, todas azuis. Credo! Ele estava de mudança?

— Pra quê tanta bagagem? - Indaguei, pasma.

Quatro malas. Eu só estava levando duas e minha bolsa.

Ele riu e trancou a porta. Estava muito bem arrumado. Era um cara estiloso.

Seus cabelos medianos estavam presos num coque charmoso. Ele vestia jeans despojados, jaqueta preta por cima de uma camisa vermelha. Olhei para seu belo par de sapatênis da Adidas. Lindos e pareciam novinhos.

— Você parece ótima. - Sério que aquilo era um elogio?

— Valeu. - Murmurei.

— Antes de irmos, temos que colocar isso... Comprei ontem. - Ele tirou uma caixinha vermelha de veludo do bolso da jaqueta.

Abriu para mim, mostrando os dois anéis de noivado.

— Caralho! - Exclamei olhando para aquelas belas jóias.

— O que foi? Achou feios? - Me olhou preocupado.

— O quê? Não! Tá brincando? Nossa... - Toquei no anel feminino. - Deve ter custado o olho da cara. - Comentei.

— Não esquenta com isso... Vamos ver se cabe em você. - Me entregou a caixinha e pegou o anel.

Pegou minha mão direita e colocou o anel no meu dedo anelar. Aquilo era ouro branco puro? O aro se encaixou no meu dedo. Era adornado por três cristais verde.

— Pedrinhas de Jade. O que achou? - Perguntou soltando minha mão.

— Jade? A pedra preciosa? - Abri a boca chocada e o moreno assentiu. - Uau! - Era realmente um belo "anel" de noivado.

O dele era um pouco mais grosso, com um simples adorno masculino no meio. Lindo também.

— Agora já somos noivos. - Piscou para mim.

Confesso que fiquei um pouco embasbacada e sem palavras.

[...]

P.O.V Do Beck

— Tá nervosa? - Perguntei para a morena sentada ao meu lado.

Ela estava do lado da janela. O avião tinha acabado de decolar.

— Claro que não! - Mentiu.

Tadinha. Estava nervosa sim. Será que era medo de altura? Ou medo do avião cair?

— Relaxa, respira fundo e aproveita a viagem. - Falei pegando meu celular e conectei os fones. - O pior que pode acontecer é dar pane e o avião cair, mas veja pelo lado bom, se explodir a gente morre rápido. - Brinquei.

— Muito engraçado, Oliver. Era para eu rir? - Cruzou os braços.

Não aguentei e dei uma pequena gargalhada. Abri minha playlist. Coloquei meus fones. Coloquei uma música e peguei meu vídeo-game portátil.

Jade arregalou os olhos.

— Guarda isso! A comissária disse que é proibido o uso de aparelhos eletrônicos. - Ela estava mesmo me repreendendo?

Ignorei e continuei ouvindo música, jogando. Vê-la com medo e nervosinha estava sendo cômico.

As aeromoças desfilavam de um lado para o outro. Todas prestativas e atenciosas. Verdadeiras gatas. Ficavam tão gostosas naqueles conjuntinhos. Belos uniformes.

"Valeu mesmo, primeira Classe."

Escondi o celular e o meu VGP. Uma aeromoça parou com o carrinho de comida ao meu lado. Uma verdadeira beldade negra de olhos verdes.

Parecia uma deusa africana.

— Querem um lanchinho? - Que sorriso perfeito.

— Tem café? - Jade perguntou.

A moça serviu café e salgadinhos sabor presunto para a morena.

Eu não estava de dieta mesmo, peguei uns bolinhos recheados, achocolatado gelado, tortillas de queijo e alguns pacotinhos de salgadinhos variados.

— Estou faminto. - Sorri para a Jade e olhei a bunda da aeromoça que se afastava.

— Tô vendo... Você comeu a mulher com os olhos. - Disse idignada.

Olhei para ela e ri.

— Se não posso comer pra valer, ao menos como com os olhos. - Sorri, malicioso.

— Nojento! - Me deu um tapa forte. - Não se deve falar de uma mulher assim. Também sou mulher e exijo respeito. - Disse, séria.

Olhei para os lados para ver se alguém tinha escutado ou visto aquilo. Algumas pessoas estavam olhando. Droga.

Meu rosto dolorido ardeu de vergonha. Me virei para a Jade.

— E ainda exijo mais respeito já que sou sua noiva agora. - Mostrou o anel caríssimo que dei a ela.

E seu sorriso dizia: 'Anda na linha comigo, querido!'.

[...]

Horas depois...

P.O.V Da Jade

Depois de longas horas de viagem, chegamos em Calgary. Já passava das 21:00h. Pegamos um táxi e eu acabei pegando no sono. Acordei com o Oliver me chamando. Bocejei e esfreguei os olhos, tive que vestir um casaco para me proteger do frio noturno.

Assim que coloquei os pés para fora do táxi, minhas botas afundaram na neve, perdi o equilíbrio e tombei, caindo de quatro.

Oliver pagou o táxista. Deu altas risadas enquanto me ajudava a levantar. Minhas mãos doíam de tão congeladas. Eu soprava e saia baforada fria. Meu rosto ardia.

Andei amaldiçoando as botas de salto. O moreno passou por mim carregando as quatro malas tranquilamente. E eu estava me matando carregando minha pequena e pouca bagagem.

Deixou as malas empilhadas no chão e abriu o portão de madeira. Era um daqueles cercadinhos rústicos. O jardim estava coberto pela camada de neve. Logo avistei a bela casa estilo campestre.

Grande. Rústica. Linda.

Atravessamos o jardim. Quando chegamos na varanda, larguei minhas malas no chão revestido de madeira. Nem tive tempo de dar uma olhadinha no espelho. O meu cabelo devia estar todo bagunçado. Eu tinha caído na neve e estava gelada, e molhada...

Oliver logo tocou a campainha.

Uma garotinha em torno de 10 anos atendeu a porta.

— TIO, BECK! - Se jogou nos braços dele esbanjando joventude, inocência e alegria doce e pura.

Crianças... Cruzes!

Mais duas crianças menores surgiram correndo e se atracaram nele. Um menino e uma menina.

Linda cena, não?

Tio Beck abraçou, cheirou e beijou todos.

Logo uma mulher apareceu com um bebê nos braços tentando conter as crianças eufóricas.

— Meninos, deixa o tio de vocês respirar. Oi, maninho! - Sorriu.

Era muito bonita. Alta. Magra. Pele morena. Longos cabelos lisos. Brilhantes olhos castanhos.

— Oi, Rayne. Esse deve ser o pequeno Richard, não é mesmo? - Abraçou a irmã e beijou a cabecinha do bebê.

Logo o resto da família apareceu. Um casal. Devia ser meus "sogros". Outro casal de velhinhos. Vovô e vovó Oliver? Um homem loiro de olhos azuis. Devia ser o marido da Rayne.

Beck me conduziu para dentro após Rayne ter me cumprimentado calorosamente.

— Deus ouviu minhas preces. Obrigada, Senhor. Seja muito bem-vinda, querida. - A mulher quase me esmagou num abraço.

Era a mãe dele com certeza. Dona Rachel. Eu tive que decorar nomes.

— Que moça bonita! - Me elogiou. - Olhem esses olhos. O cabelo. E você tem uma pele de porcelana. E esses belos quadris indicam uma boa parideira. - Como é, que é? - Vou ter muitos netinhos lindos. - Apertou meus quadris, orgulhosa.

Senti meu rosto arder.

Em seguida, meu "sogro" veio me cumprimentar. Era um homem charmoso de cabelos grisalhos. O marido de Rayne, Anderson, também me desejou boas-vindas.

Era uma família grande e bonita. Eram simpáticos e acolhedores.

Vovó Oliver me apertou e também disse que eu era o tipo bom para dar a luz.  Aquilo era sério?

— Obrigada. - Agradeci ao elogio do avô do Oliver. Ele me chamou de garota dos olhos encantadores.

— Então, é verdade? Quêm diria, hein? Meu maninho tem bom gosto. - De onde saiu aquela beldade?

Alto. Corpo definido. Pele morena. Olhos castanhos-dourados. Cabelos curtos com algumas mechas cor de mel.

Parecia um modelo da Calvin Klein.

— Meu nome é Bennett, mas pode me chamar de Ben, estou muito encantado em conhecê-la. - Pegou minha mão direita e a beijou, me encarando.

Pisquei. Que homem era aquele? Parecia um príncipe idiano saído de algum conto.

— Prazer, meu nome é Jade... - Minha voz quase falhou.

Beck colou em mim, passando o braço em torno da minha cintura. Ben recuou sorrindo.

— Que bom tê-lo de volta em casa, maninho! - Sorriu provocativo.

Olhei de um para o outro e o clima não era nada bom. Logo saquei que tinha rivalidade entre eles. Tenso.

Com certeza, a nossa estadia ali seria longa... Eu mal podia esperar para ver os dois tretando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo???

Gostaram de Jade e Beck viajando juntinhos???

O que acharam da família do Oliver???

Gostaram do Bennett???

Comentem, nada de vácuo, ok? Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Uma Mentira?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.