Apenas Uma Mentira? escrita por Julie Kress


Capítulo 15
Encontro?


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus amores!!!

Aqui está um capítulo super Bade, eu disse que ia recompensar hehe

Tenham uma boa leitura!!!



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Casa dos Oliver, às 17h:43min...

P.O.V Da Jade

— Gostaria de sair para jantar comigo hoje à noite? - Beck perguntou quando estávamos no quarto que sua mãe tinha arrumado para nós.

— Jantar? Tipo um encontro? - Indaguei.

— Não necessariamente um encontro, mas eu quero te levar para conhecer a cidade e as comidas típicas de Calgary. - Justificou.

— Eu topo! - Aceitei.

— Sério? - Pareceu surpreso.

— Por quê não? - Sorri o fazendo sorrir também.

— Beleza! Prometo que vai ser divertido. - Ele garantiu.

— Espero que seja mesmo. - Murmurei. - Você vai mesmo ficar brigado com o Ben por minha causa? - Perguntei.

Eu não queria que eles ficassem daquele jeito.

— Não é exatamente por sua causa, e sim pelas idiotices dele, o Ben não se toca, é um tapado mesmo. Deveria aprender a me respeitar, coisa que ele nunca fez, é por isso que a gente sempre se desentende... - Disse frustrado.

— Já tentou conversar com ele sobre essas mancadas? - Sentei na cama ao seu lado.

— E do que adianta? Ele só sabe rir e debochar de mim. Só porque é mais velho, acha que tem o direito de ficar tirando sarro da minha cara! - Falou irritado.

— Você deveria falar com ele sobre isso. Podem haver diferenças entre vocês, mas vocês são irmãos, não podem estar em pé de guerra a vida toda. Ele é sua família, o laço entre vocês é eterno, Oliver. Pense bem nisso! - Toquei no ombro dele que me fitou intensamente.

— Vou tentar. - Prometeu.

— Que bom. - Me limitei a dar um sorriso sincero.

— Me fala sobre sua relação com o seu irmão caçula. - Pediu.

— Faz tempo que não o vejo, ele mora com nossos pais, ainda está no colegial e agora só pensa em garotas, adolescentes, sabe como é... A gente se fala por telefone, ele é um moleque inteligente e tão temperamental quanto eu, tenho orgulho dele. - Contei.

— E como foi para vocês perderem a sua irmãzinha? - Perguntou com pesar.

Pensei na Jamilly e na saudade que ficou.

— Foi doloroso demais... - Abaixei o rosto, minha voz começou a embargar. - Era só uma criança.. - Acariciei minha tatuagem no pulso direito, era o nome dela. - Maldita doença! - Senti vontade de chorar.

— Sinto muito por sua perda. - Passou a mão por minhas costas, afagando de leve.

— Okay, chega desse assunto! - Levantei e logo mudei o foco da conversa. - Vou tomar banho, ainda preciso me arrumar. Espero que me leve para um bom restaurante! - Sorri tentando mostrar que não estava triste.

— O melhor da cidade, você vai amar. - Sorriu para mim e levantou passando a mão nas madeixas medianas.

[...]

P.O.V Do Beck

Usei o banheiro no final do corredor e me arrumei por lá mesmo, coloquei um jeans escuro casual, uma camisa social cinza e uma jaqueta de couro sintético. Calcei meus sapatênis com o cadarço embutido.

Prendi meu cabelo para dar um toque mais sofisticado fazendo um coque masculino. Passei minha colônia com aroma amadeirado, aparei a barba na hora do banho, e pronto, eu estava bonitão para sair com a West.

Fui esperar a morena na sala, minha mãe estava na cozinha com a Rayne preparando o jantar, elas ficaram felizes quando falei que ia levar a minha noiva para conhecer a nossa cidade.

Meu pai estava entretendo as crianças, jogando com elas algum jogo novo de tabuleiro. Ele era mais paciente do que minha mãe. E meus avós estavam jogando cartas enquanto implicavam um com o outro.

Ben tinha saído, com certeza foi farrear com os amigos idiotas dele, eles gostavam de jogar sinuca, fazer apostas e pagar bebida para a mulherada a noite inteira. Mas aquilo não era problema meu.

— Beck? - Levantei o olhar, eu estava trocando mensagens com o meu amigo, André, quando Jade apareceu ao meu lado, desviando a minha atenção da tela do celular.

Olhei para a bela morena diante de mim, ela estava usando um vestido de noite, era de um modelo casual que se ajustava bem em suas generosas curvas, com decote discreto e mangas compridas, um lindo vestido azul-Royal.

Ela segurava um casaco preto e uma bolsinha de alças longas da mesma cor. Os sapatos vermelhos de salto a deixavam mais alta e era o destaque do seu look.

Jade estava muito linda e sensual, os cabelos negros caindo como ondas sobre os ombros, as pontas levemente onduladas.

Pelo visto ela tinha aprendido a se maquiar, realçou os olhos claros e destacou os lábios carnudos usando batom vermelho.

Levantei do sofá, ainda a olhando embasbacado.

A West sorriu sem jeito, como se estivesse encabulada.

— Você está muito linda. - Quebrei o silêncio.

— Obrigada, e você está bem elegante. - Sorriu.

Impressão minha ou ela corou ao meu elogio?

— Vamos? - Lhe ofereci o braço como um perfeito cavalheiro que eu era.

— Vamos! - Assentiu entrelaçando o braço direito ao meu.

— Não esqueça de colocar o casaco. - Avisei.

— Claro, como se eu quisesse morrer congelada... - Debochou.

"Que mulher é essa? Sempre tem uma resposta na ponta da língua, sempre sendo irônica e debochada, e é isso que a torna interessante."

[...]

No restaurante Sky 360, às 19h:34min...

P.O.V Da Jade

Antes de irmos para o restaurante, o Oliver me levou para provar um Montreal Smoked Meat, um sanduíche de pão caseiro recheado com carne defumada marinada com ervas e especiarias da culinária local, eles vendiam esses sanduíches em barraquinhas armadas no centro de Calgary. Era simplesmente delicioso.

O Sky 360 era um belo restaurante, com a decoração bem casual, iluminação azulada, com aquários e belos arranjos de flores feitas de papel, um trabalho artesanal delicado e caprichado.

Com as mesas redondas e cadeiras acolchoadas, a mobília moderna, música ambiental, tinha um bar onde serviam coquetéis e licores aromatizados.

O cheiro de comida boa exalava por todo o local.

Nem foi preciso fazer reservas, conseguimos ótimo lugar perto de um aquário, com uma mesa para dois.

Era movimentado e alegre, eu gostei. Muito aconchegante, minha boca salivava para experimentar as comidas da culinária canadense.

O garçom, um simpático rapaz veio nos atender, nos entregou os cardápios e a carta de Vinhos para o Oliver escolher.

Se retirou após pedir licença e nos deixou à vontade olhando o menu da noite.

Deixei o Beck escolher, era melhor, pois eu não sabia o que pedir. De entrada, ele pediu duas pequenas porções de Poutine, era um prato feito de batata frita com coalhada de queijo Cheddar coberto com molho de carne, um molho conhecido como Gravy.

Até que gostei, tinha um sabor interessante.

O prato principal foi um Macaroni And Cheese, que era macarrão com queijo com molho de manteiga. Uma delícia cremosa.

Também comemos uma Butter Tarts, basicamente uma torta de frango cremosa. Com a textura de um bom empadão tradicional.

E de sobremesas, o Oliver pediu um Beaver Tail, um doce com formato de cauda de Castor, feito de massa de pastel doce com canela e cobertura de chocolate com amêndoas. E duas fatias de Coffee Crisp, um doce de café em formato de bolo ou barra de chocolate que era incrivelmente divino. Comi o meu e ainda roubei um pedaço do dele.

Tomamos Ice Vine, um vinho muito gelado e doce, com a consistência de licor. E também provei um Maple Syrup, um xarope tradicional maravilhoso com a cor e a textura de mel.

[...]

P.O.V Do Beck

Aproveitei para tirar a Jade para dançar, a música ambiental mudou para uma mais lenta, ao som de uma música para dançar agarradinho. Vários casais já estavam de chamego no espaço que tinha ali no Sky 360, na espaçosa pista de dança.

A West aceitou ir dançar comigo, sem contestar. A levei para o meio da pista e colei nossos corpos, agarrando sua fina cintura, eu pudia sentir seu perfume com aroma de baunilha, feminino e sensual. Ela era uma mulher muito cheirosa.

A conduzia no rítmo da música, girando-a uma vez ou outra, logo puxando-a para mim, seus braços enlaçaram meu pescoço, dançamos agarradinhos, trocando olhares e sorrisos, aos olhos dos outros devíamos parecer um casal apaixonado, não duvidava daquilo...

Quando a música acabou, pedi uma generosa fatia de Coffee Crisp para levarmos para casa, comprei porque a morena gostou muito. Paguei a conta e fomos embora.

— Curtiu o jantar? - Perguntei à caminho de casa, dirigindo com calma.

— Sim, tudo estava delicioso. - Respondeu.

— Eu te falei que a comida canadense é muito boa. - Sorri convencido.

— Uhum, você falou. - Abriu um sorriso.

Ela difícil vê-la sorrindo, se bem que seu sorriso era lindo e com certeza ela deveria sorrir mais.

Fomos conversando sobre a cidade e as coisas legais que tinha em Calgary. Jade ouvia atentamente, parecia interessada com as coisas que eu contava para ela, também falei sobre a minha infância e como foi difícil eu ter que partir, e me mudar para L.A.

— Chegamos. - Parei o carro do meu pai em frente à casa em que cresci e morei por muitos anos.

— Pois é, a noite foi divertida. - Se soltou do cinto de segurança e fiz o mesmo.

— Foi mesmo. - Sorri.

A morena segurava no colo o recipiente embrulhado contendo a fatia do doce de café.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, sem ousar fazer menção para sair do carro...

— Obrigada. - Murmurou.

— Por...? - Franzi o cenho, confuso.

— Por te me levado para jantar e por ter comprado uma fatia de Coffee Crisp pra mim, foi muito gentil da sua parte. - Reconheceu me fazendo corar.

— Não precisa me agradecer, sério, foi um prazer ter estado ao seu lado essa noite, foi bem agradável. - Falei.

— Eu costumo ser desagradável? - Indagou.

— Claro que não! - Neguei rapidamente.

— Hum... Então, tá... Eu, er... - Se calou sem saber o que falar.

Eu também não sabia mais o que falar... Parecíamos dois adolescentes pós-encontro. Estava ficando constrangedor.

Jade desviou o olhar, olhando para o embrulho laminado sobre as coxas. Ela estava usando o casaco.

— Ei? - A chamei, a morena ergueu a cabeça e me fitou com aqueles encantadores olhos azuis-esverdeados, reparei que mudavam de tonalidade.

— O quê? - Sua voz saiu rouca.

A respondi com um gesto, me inclinei e segurei seu queixo, tomando seus lábios, num selinho que durou menos de 3 segundos, um simples roçar de lábios no calor do momento.

Ela não se conteve, e para minha surpresa, agarrou minha nuca e grudou nossas bocas novamente, iniciando um beijo que nos tirou o fôlego.

Aquilo tinha sido um encontro e o nosso primeiro beijo havia rolado dentro do carro velho do meu pai, uma bela relíquia aliás.

É, a nossa noite estava ficando mais interessante... 


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Notas finais do capítulo

E aí??? Gostaram???

Finalmente rolou beijo, né???

Curtiram o encontro???

Bjs



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