Sorriso Insano escrita por LoneGhost


Capítulo 20
Cheiro de morte


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Boa leitura ♥



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Três dias depois de termos acabado com o ritual de Slenderman na praia, eu já estava começando a gostar de tudo aquilo. O crime parecia estar preenchendo o vazio que estava dentro de mim. Mas era tudo muito instantâneo... sempre que eu roubava, torturava, matava ou fazia qualquer coisa do tipo, a adrenalina e o preenchimento pareciam durar só naquele momento, e quando tudo acabava, eu voltava a me sentir desprezível. Então eu sempre buscava fazer coisas novas, sem parar, alimentando aquele vício maligno.

A vida... ela já deve ter se acostumado a transformar anjos em demônios.

 Em uma tortuosa manhã de... sábado? Provavelmente. O ar estava com cheiro de sábado. Eu não tinha pregado os olhos de noite. Tremia o tempo inteiro, suava frio, respirava rápido e a insônia me abraçava algumas noites; e isso estava muito constante em mim nos últimos dias. Minha mãe com certeza diria “Sinais de ansiedade! Vou te levar a um médico agora mesmo!”  mas não tinha nenhum médico por ali. E nem uma mãe. 

Levantei-me do chão frio assim que olhei pelas brechas da tampa do esconderijo e percebi que o lado de fora começo a ficar mais claro, e me espreguicei já que mesmo não tendo dormido, passei sete horas rolando pelo chão tentando encontrar uma posição confortável. Me alonguei, me sentei no chão e olhei para o nada. Qual é o motivo disso tudo mesmo? pensei. Ultimamente eu estava pensando muito em tudo, como nunca tinha pensado antes. Algumas vezes, passava horas com o olhar na parede e a mente nos rostos de quem já havia matado. Talvez fosse por isso que minha cabeça estava começando a adoecer.

 Voltei para o mundo real e me levantei, pronta para ir pra fora. Quando comecei a andar, ouvi uma voz atrás de mim.

—Não dormiu bem?

Minha cabeça virou-se para trás com tamanha rapidez que pensei que fosse quebrar meu pescoço. Senti minhas pupilas ficarem menores e a tremedeira voltou. Eu não conseguia enxergar quase nada mais adentro do esconderijo, visto que a pouca claridade que eu tinha, vinha das brechas da porta do esconderijo. 

—Quem é...?- minha voz falhou.

—Não se apavore...

Reconheci a voz antes mesmo do irmãozinho do meu assassino preferido sair das sombras. Ele estava com a mesma roupa de sempre e com os típicos cortes profundos na face com pequenas costuras que pareciam segurar sua pele do rosto. Arregalei meus olhos de medo só de imaginar aquele monstro olhando para mim a noite inteira, e eu sequer suspeitei.

—O que diabos faz aqui?- perguntei, assustada.

Ele sorriu como um demônio.

—Você não acha que está muito confiante aqui em baixo? Acha mesmo que está tão protegida aqui?

Nem pensei no que ele disse.

—Por que está aqui?- insisti.

Ele se começou a se aproximar, devagar. Quando estava perto o suficiente a ponto de mim poder visualizar melhor seu roto desfigurado e sentir seu cheiro de morte, ele disse:

—Apenas gosto de observar garotinhas durante a noite.

 Gelei.

 Não pensei duas vezes antes de correr até a escada de saída do esconderijo, subir e empurrar a tampa para cima com todas as minhas forças. Quando saí, notei que, lá fora, ainda era madrugada, apesar da pouca luz que eu via no subterrâneo, e o céu estava cinzento e escuro. As árvores balançavam com o vento frio da madrugada de sábado, que eu não sabia exatamente se era sábado... eu só deduzi. Eu não sabia se Liu estava correndo atrás de mim, mas eu não me importava. Só queria fugir. Fugir da realidade. Fugir do mundo. Corri para o meio da floresta sem saber exatamente o motivo. Liu era perigoso, mas não podia fazer nada comigo. Não se Jeff não permitisse.

 Quando parei, me sentei no chão e encostei minhas costas em uma árvore para recuperar o fôlego. Não havia mesmo alguém atrás de mim, o que era bom. Eu queria ficar ali. Sozinha. Não demorou muito para a sensação de vazio invadir o meu ser e eu começar a me sentir desaparecendo. "Preciso fazer alguma coisa" pensei.

 Logo que me levantei, me dei conta de que não havia levado meu cutelo comigo e de que estava sem nenhuma arma para me defender ou para matar.

Droga...

Me sentei de novo e o que percorreu meu corpo aquela hora foi uma raiva terrível, um estresse que já estava se acumulando há muito tempo em mim. Então, soltei um grito que ecoou floresta inteira e me encolhi abraçando as pernas, como se eu fosse meu único consolo, como se eu estivesse abraçando minha mãe. Mas não havia nenhuma mãe ali. Alguns minutos se passaram e o vazio voltou novamente. 

Me levantei e comecei a andar pela floresta, com a esperança de encontrar algum monstro que desse um fim em minha vida rapidamente. Ou encontrar algum aventureiro e roubar seus pertences. Seja lá o que acontecesse comigo a partir daquele momento, não me importava mais.

 Percorri por alguns instantes aquela floresta assustadora e fria até, enfim, ouvir um barulho atrás de mim. Clichê. Me virei para trás lentamente, com as mãos no bolso do moletom. Ticci Toby me encarava e, tenho certeza que por trás daqueles óculos escuros, havia um belo par de olhos brilhando só de perceber que poderia me matar. Ele ficou parado por um instante.

 -Então...- comecei.- por que não me mata?

Levantei as mãos como se estivesse me rendendo.

—Sem armas.- falei- Sei que facilitei bem mais seu prazer.

Ele continuava apenas me olhando, com o machado em uma das mãos e eu, temerosa e ansiosa ao mesmo tempo, não vai a hora de morrer.

Mas ele não o fez.

Abaixei as mãos, incrédula.

—Está bonzinho agora?- perguntei.

—Não tem graça se você não lutar.- ele respondeu.

Era a primeira vez que tinha escutado sua voz. Era de um garoto normal, mas era baixa e ele parecia fazer força para poder falar, além disso, a voz era um pouco abafada por conta da máscara. Eu ri, irônica.

—E precisa ter graça?- perguntei.

Ele me olhou por um segundo.

—O que seria da vida sem esses doentios prazeres?

Não respondi.

—Então... você não vai me matar?- perguntei novamente.

—Você quer morrer?- sua voz soou sombria.

Olhei para meus pés e sorri.

—E quem não quer?- falei.

Ele me olhou por uns instantes e andou em minha direção. Continuei olhando para os pés, achando que ele concederia meu desejo ou me machucaria, mas surpreendentemente, ele passou direto, me deixando para trás. Olhei para ele e este continuou andando.

—Para onde você vai?- perguntei.

Ele parou de andar e ficou quieto por algum tempo. Sem se virar, me respondeu:

—Resolver algumas coisas.

E voltou a andar. Não hesitei em começar a segui-lo.

 Ele andava devagar e eu ficava a alguns poucos metros distante dele. O mais curioso é que ele sabia que eu estava fazendo isso, e não fazia ou dizia nada. Depois de algum tempo, percebi que as árvores estavam começando a diminuir. Estávamos saindo da floresta e eu nem percebi que íamos em direção a um lugar que se parecia uma casa de campo, como a que eu e minha família estávamos.

—Que lugar é esse?- perguntei baixo.

Ele se virou rapidamente e meus reflexos agiram, fazendo com que eu me esquivasse depressa, mas ele tinha apenas se virado.

—Por que ainda está aqui?- ele disse.

Sua voz tinha um tom depressivo, vazio. Ele não parecia nervoso ou sequer irritado pelo fato de mim ainda estar ali. Aquilo era só uma pergunta. Dei de ombros. A verdade é que eu não sabia o motivo de estar o seguindo, talvez só quisesse saber como fazer aquele dia acabar o mais rápido possível, assim como o dia anterior e o dia que ainda viria. Eu só queria que todos os meus dias fossem curtos e rápidos, para estar mais perto da morte todas as manhãs que abrisse os olhos. Ele continuou olhando para mim por uns instantes e logo se virou e voltou a andar, seguindo em direção à casa e eu fiz o mesmo. 

Chegando mais perto percebi que, ao lado da casa, tinha uma grande árvore de galhos secos. Dois banquinhos de madeira se prendiam por cordas amarradas na árvore, formando pequenos balanços. Toby sentou-se em um, colocou o machado no chão e ficou de costas para mim. Não sabia bem o que fazer ou se ele queria ficar sozinho, mas de qualquer forma me aproximei e me sentei no balanço ao seu lado. Ele estava olhando para frente, totalmente quieto, parecendo pensar profundamente sobre alguma coisa. Nem mesmo parecia o assassino cruel que era.

—Que lugar é esse?- perguntei de novo.

Ele não olhou para mim.

—Casa. Minha casa.- falou.

Olhei para a casa. Era de uma madeira cinza e parecia desgastada. Senti um clima estranho no ar e calafrios percorreram por meu corpo. Seria a casa onde toda sua história de matador começou? De qualquer forma, eu queria saber o que ele estava fazendo ali e porque parecia tão indiferente.

—Você também sente um vazio?- perguntei para ele.

Ele continuou olhando para frente, quieto. Tirou uma das luvas de couro e, mesmo que não a tenha estendido para mim, percebi que ele queria que eu a olhasse. Ela estava cheia de cicatrizes e até mesmo sangue fresco de cortes recentes.

—Eu não sinto nada. Nem dor física. Eu não existo.- ele respondeu baixo.

Lembrei do que minha mãe dizia para mim: Algumas pessoas se machucam como se fosse um escape da dor emocional, já que a dor física parece encobrir isso. Já outras pessoas estão tão vazias e desesperadas para sentir alguma coisa, que acabam se machucando para verem se podem sentir.

Ele não tirou os olhos da mão.

—Eu queria poder me sentir vivo. Eu sou só uma marionete.- respondeu.

 Ele se levantou do balanço, colocou a luva, pegou o machado do chão e saiu andando. Eu me levantei e o segui. Ele foi para dentro da casa e eu entrei também. Ela era grande e abandonada, parecendo ser bem velha. A porta de entrada dava para uma sala onde eu pude ver um piso de madeira, teias de aranha nas paredes cinza, um sofá vermelho muito velho e sujo do meu lado direito e uma TV com a tela rachada. A janela o lado do sofá estava escancarada e a cortina rasgada era soprada pelo vento que adentrava a casa. Ticci Toby sentou-se no sofá e começou a balançar as pernas impacientemente. Acho que estava tendo mais um de seus tiques nervosos, mas eu não sabia o motivo. Olhei para ele e este não demonstrou o menor interesse em mim, o que eu achei totalmente estranho. Por que ele estava daquela maneira? Será que estava só esperando para me atacar no momento certo? Mas se for isso, por que ficou compartilhando aqueles sentimentos depressivos antes? Minha mente ficou um tempo pensando nisso, mas logo me interessei em ver a casa. A sala era de conceito aberto e do lado direito, estavam um fogão destruído, uma geladeira branca encardida e uma pia. Ao meio da cozinha, tinha uma mesa redonda com quatro cadeiras. Um relógio de parede quadrado tinha seus ponteiros parados, como se as pilhas tivessem chegado a seu fim. Mais próximo à sala, havia uma escada com degraus largos. Me movi até ela e comecei a subir para o primeiro andar.

 Cheguei a um grande corredor onde me deparei com seis portas, três à esquerda e três à direita, e à minha frente, uma escada levava ao que imaginei que fosse o sótão. Subi mais quatro degraus e, antes que pudesse entrar no cômodo, senti um cheiro insuportável. Imaginei que fosse de algum animal morto que estivesse ali, mas quando terminei de subir a escada e olhei o sótão, vi vários corpos de crianças mortas. Elas estavam abertas e com seus órgãos jogados no chão. O cheiro era tão forte que fez minha cabeça doer e comecei a sentir ânsias de vômito. Quando olhei para frente, notei que havia uma grande janela de vidro em formato triangular que estava aberta, espalhando e ao mesmo tempo, tirando o cheiro de dentro do sótão. Mas eu mal havia notado que o que estava abaixo dela. Três cadáveres em decomposição. Cheguei mais perto e pude ver algumas larvas entrando e saindo dos olhos, bocas e narizes e moscas voando o redor. Percebi que um deles era maior que os outros dois, que eram quase do mesmo tamanho. Logo pensei ser a família de Toby. Eu sabia que ele tinha matado o pai, mas não sabia que ele tinha matado a mãe também e não fazia ideia de como tinha o corpo da irmã. Pelo que ouvi dizer, ela tinha morrido em um acidente de carro. Comecei a me lembrar de minha família e então, um medo e uma tristeza muito grande percorreram meu corpo todo e quando me dei conta, já estava com os olhos encharcados de lágrimas.

 Comecei a recuar e me virei rapidamente para correr para as escadas, mas ao virar, dei de cara com Ticci Toby e meu coração quase saltou da garganta, dei um grito.

—O que está acontecendo? O que você vai fazer?- perguntei desesperada.

—Ele está em todos os lugares.- Toby disse.

Segurei seus braços e os apertei.

—Quem?!- questionei.

Ele me encarou.

—Slenderman...- falou baixo.- Eu não aguento mais isso.

Ainda segurando os braços dele, olhei devagar para meus dois lados, tentando ver mais alguma coisa além das crianças mortas. Quando olhei para trás de Toby, vi que havia uma corda presa a um lustre que estava no teto. Soltei seus braços.

—O que é aquilo?- perguntei com as sobrancelhas franzidas.

Ele não se virou, e de repente, ele riu, mas pareceu estar rindo de nervoso.

—Como você disse... quem não quer morrer?- falou.

—É isso?! Vai se matar? É por isso que está assim?- me assustei.

Ele se virou e saiu de perto de mim. Foi até o canto, pegou um pequeno banco e colocou debaixo da corda. Ele olhou para mim.

—A verdade é que, não há mais razão para viver. Esse mundo está podre e eu apodreci com ele. Slenderman me controla a cada segundo e eu não aguento mais isso. Eu não sei mais o que fazer. Eu não tenho família, não quero mais matar pessoas. Eu não tenho ninguém e nunca mais vou saber qual é a sensação de estar vivo. Eu não sei mais o que é amor. Já ouvi dizer que, uma vez que você não pode mais amar, já está morto, mesmo que seu corpo ainda ande.- ele disse baixo.- E minha vida não vale mais a pena... se é que posso chamar isso de vida.

Pensei no que ele tinha dito. Eu também já estava morta, então. Eu podia o entender, acho que só não era corajosa o suficiente para fazer o que ele ia fazer. Ele gargalhou de novo e percebi que aquilo fazia parte de seus tiques nervosos.

—Não sei mais nem quem eu sou. Eu me perdi faz muito tempo e nunca mais consegui me encontrar. E eu vou queimar no fogo do Inferno pelo resto de minha vida, de qualquer forma. Infelizmente, acho que ele não é muito diferente da vida real.- falou.

Ele tirou os óculos e os jogou no chão. Seus olhos escuros eram os mais cansados que já tinha visto em toda minha vida, pareciam totalmente vazios. Ele também tirou a máscara do rosto, deixando exposta sua boca tão pálida que quase chegava a ser cinzenta, assim como sua pele. Eu nunca tinha visto seu rosto antes. Ele não era uma pessoa feia, só estava muito triste. Ele quase subiu no banco, mas antes, puxei a manga de sua blusa. Mil coisas passavam pela minha cabeça. Eu já tinha perdido as esperanças há muito tempo também, mas vendo aquela cena, eu sentia medo e queria chorar como uma criança. Ele olhou para mim.

—O que foi?- perguntou

—Você vai simplesmente acabar com tudo isso dessa forma?- perguntei quase sussurrando.

Ele fixou os olhos em mim por alguns instantes e seu olhar vazio pareceu penetrar minha alma.

—Já está tudo acabado. Eu já estou morto por dentro. Agora, é só a parte de fora que precisa ser destruída.- ele disse.

Continuei o encarando. Eu o soltei, hesitante, e ele se virou e subiu no banco, colocou a corda no pescoço, a apertou e olhou para mim.

—Depois, pode me tirar daqui e me colocar junto à minha família?- perguntou apontando para os cadáveres.

Olhei para onde ele indicava e comecei a sentir uma vontade grandiosa de cortar meus pulsos. Me virei para ele e, estranhamente, concordei.

—Obrigada.- ele suspirou.- Pode me dar uma ajuda aqui?

Percebi que ele se referia para tirar o banco debaixo de seus pés. Senti uma lágrima escorrer de meu rosto.

—Não precisa chorar.- ele disse.- Me ajude a me livrar disso. Por favor.

Olhei para ele e assenti de novo. Ele tentou dar um fraco sorriso, que falhou.

Me aproximei e coloquei um de meus pés do banco para chutá-lo, mas antes de fazer isso, olhei para ele pela última vez. Ele parecia pronto. Suspirei e empurrei o banco, mas antes que ele saísse por completo  de debaixo de seus pés, ele disse:

—Slenderman está...- e o banco caiu.

Toby começou a se contorcer e engasgar. Ele não terminou a frase e me desesperei.

—O que?! Toby?!- gritei.

Ele se debatia e segurava o próprio pescoço. Eu assisti àquilo com os olhos arregalados e não conseguia nem me mover. Foi a pior cena que já vi na vida. Caí sentada no chão.

—Não, não...- minha voz falhou.

Ele se debateu por um minuto até seu corpo parar de se mexer e Toby deu seu último suspiro. Eu fiquei encarando seu corpo sem vida pendurado naquela corda por um longo tempo. Comecei a chorar, gritar e me bater.

 Depois de uma hora chorando, dei um jeito de tirá-lo dali e arrastar seu corpo até os cadáveres de sua família. O corpo dele já estava ficando roxo e depois de colocá-lo deitado, me deitei ao seu lado e fiquei olhando para ele.

Eu queria estar sonhando. Queria que tudo aquilo... os mínimos detalhes... fossem apenas um sonho ruim. Um pesadelo. Mas aprendi que, se você não consegue acordar... talvez não esteja sonhando.

Me levantei e olhei para a janela triangular.

Slenderman estava ali, parado.

Observando tudo aquilo acontecer.

Observando eu matar seu fiel proxy.

E eu não via a hora de morrer.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui.
Até o próximo capítulo!



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