Você dispensaria Nisky. Não importava o quanto as quatro opções pareciam boas, se Jeanisky te acompanharia nelas você não se sentiria confiante.

Você sabia que estava perdido e sem memória e que Teabyt era o único que estava por perto e poderia te ajudar, porém isso seria ainda um motivo maior para desconfiar dele. Se permitiu pensar no fato de que quando você ainda se lembrava de quem era, Nisky poderia ser o vilão. Além disso você achava que se viraria melhor sozinho do que com alguém odiado por todos e que estava sendo procurado. Olhou para Jeanisky e respondeu:

“Olha eu vou sozinho.”

Nisky te olhou surpreso.

“O que?” Perguntou entre balidos.

“Eu prefiro ir por minha conta...” Falou hesitante, pois Teabyt te olhava de um jeito incrivelmente ofendido.

“Por que você está com medo que eu te faça mal só porrque eu disse que estão me prrocurrando?!” Perguntou de uma forma que dizia: “eu estou totalmente na defensiva”, te olhava bravo.

“Nã-não.” Falou surpreso com a reação dele, pois achou que ele fosse entender.

“ENTÃO POR QUE?!” Seu tom foi seguido de um alto balido. Você não sabia o porquê dele estar agindo daquela maneira, respondeu:

“Olha, você tinha me deixado escolher, e eu escolhi.”

“EU TE DEI QUATRO OPÇÕES E ME DISPENSAR NÃO ERRRA UMA DELAS!” Teabyt falava em um tom alto e ofensivo, chegando até a cuspir. Você achava que ele estava exagerando, pois você tinha o direito de escolher o que ele quisesse.

“Mas você me deixou escolher.” Disse firme, apesar de estar surpreso com o repentino tom de Nisky. “E eu escolhi te dispensar.”

Foi quando Teabyt se aproximou de você com uma expressão irada e te olhou nos olhos. Depois disse em um tom ríspido.

“Então você vai ser mais um daqueles que me odeiam?”

Você não disse nada, apenas não esperava nenhuma dessas reações.

“Tudo bem.” Ele assentiu com uma voz pastosa, sua expressão de raiva se tornou tristeza e aquela postura de braveza foi se desmanchando em uma face de solidão. “Eu só achei que você fosse me dar uma chance.”

Nisky coçou o nariz ainda desapontado.

“Então, boa sorte.” Disse dando um pequeno tapinha em seu ombro e indo para a esquerda, e de cabeça baixa sumindo em meio a neve.

Você revirou os olhos. Era uma escolha sua e uma decisão sua seguir sem ninguém, não era obrigado a continuar com ele, Nisky não tinha motivo para gritar. Você não o odiava, só não confiava nele. Aquilo era mais drama.

Você estava sozinho.

Olhou para onde estava e ao ver novamente que não tinha nada por perto resolveu acatar a opção da casa, pois parecia a mais segura. Correu o máximo que pode, vendo apenas neve e mais neve, e quando a paisagem começou a mudar para algumas árvores e você viu um brilho de longe seu coração acelerou de empolgação.

Logo chegou até a casa e começou a bater desesperadamente na porta verde, mas nada aconteceu. Bateu novamente, mas sem sucesso. Tentou abrir a porta a força, mas falhou. Viu umas janelas e tentou quebra-las com uns gravetos que achou no chão, mas não funcionou. Você bufou desapontado e olhou para o céu, desejando saber quanto tempo faltava para a nevasca começar.

O vento aumentava e a casa estava trancada. Parecia muito longe para ir até o rio e você já estava procurando um abrigo. Tinha que pensar.

Foi quando você reparou que perto da parede esquerda da casa tinha dois caminhos, um a direita e outro a esquerda. Além disso na sua frente, não muito longe, estava uma cordilheira de montanhas alta, e você se lembrou das cavernas. O caminho da esquerda não tinha nada, apenas neve. O da direita tinha um brilho, o que poderia significar pessoas.

Você olhou para as opções e decidiu.

Letra:

A- Ir para a esquerda.

B- Ir para a direita.

C- Ir para as montanhas.