As flores no cabelo ficavam bonitas. Mas não as coloquei lá propositalmente. A árvore chorava-as abaixo de si, e dançavam até chegar em mim. Eu achava divertido vê-las caírem, cada vez mais rápidas. Isso me despertava lembranças, das quais eu jamais esquecerei.

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A música não se ouvia mais. O abafo das sensações, dos gemidos baixos dentro do box. A música só estava ali para sentirem um calor a mais (e sentiam um imenso com seus corpos juntos), mesmo que não a escutassem mais. Debaixo da água, não se escuta nada, e o casal não queria se soltar, até que:

— Eu ouvi um barulho na porta! — Ela se desprendeu rapidamente do amado, o deixando confuso.

— Não há nada. Estamos sozinhos. – Ele envolve a nuca dela com um toque suave de sua mão, fazendo ela olhar para ele. — Sabe que não deve temer nada, eu vou te proteger.

Suavemente, ele beija sua testa e a olha nos olhos. Ela retribuiu com um meio sorriso, o fazendo ficar sedento por beijá-la. Então ele o faz: a beija com tamanha intensidade, que a moça se derrete em seus braços e novamente esquece de tudo ao seu redor. O mundo é limitado somente na banheira onde estavam. E se alimentava de desejo e amor, o que os dois sentiam naquele instante, e talvez, a vida toda.

Até que ela percebeu uma música que acabara de começar. Era uma de suas favoritas na sessão “Alternativo”. Era um toque suave de guitarra, que ela amava. Ela abriu seus olhos, enquanto ele beijava seu pescoço e ela se expressava com gemidos baixos. Ele entendeu o recado, e era hora de mostrar a sua amada que queria fazê-la enxergar o céu dentro do quarto esfumaçado e cheio de espumas.

A atacou como se fosse um leão feroz que acaba de encurralar sua presa. Ela sentiu como se seu corpo fosse explodir de desejo, e deixou tudo em suas mãos. Ele agarrou seu corpo e a colocou sentada em sua frente, enquanto seus beijos não cessavam e ela queria mais! Mais! Ela sentiu a música novamente, e começou a cantá-la junto, entre as arfadas e os gemidos. Ele adorou quando ela fez isso, e se sentiu o homem mais sortudo. Ela estava nua, em sua frente, se entregando totalmente, e estava demonstrando sua total devoção ao seu amado, que estava comprometida para aquele momento único.

Ele aproveitou que ela havia relaxado os músculos e começou a passear com as mãos pelo seu corpo. Era delicado e macio. Ele adorava seu corpo, suas curvas, seu jeito de demonstrar interesse em seus movimentos, até que a posicionou dentro de si, e intensificando o fluxo de sua atividade prazerosa. Ele amava o sexo entre eles, pois despertava coisas incríveis tanto em seu íntimo como fisicamente.

Ela sentiu a penetração ficar mais rápida. Fez questão de demonstrar as consequências dos movimentos dele. Era a coisa mais deliciosa do mundo. Só eles, em um espaço tempo que preenchia suas almas, e faziam se esquecer de que eram eles mesmos. Ela segurou seu pescoço e distribuiu beijos lentos por seu pescoço, enquanto ele gemia de prazer, segurando sua cintura, fechando seus olhos apertados, porque estava quase chegando ao seu ápice. E ela também.

Cada vez mais próximos, ele a deitou no seu lado esquerdo, e ela entendeu o recado.

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Eu me lembrava de cada momento, de cada palavra, de cada sensação deste dia. Eu não podia esquecer. Foi a melhor primeira vez que eu sequer poderia imaginar. Ele a transformou nas minhas imaginações.

As flores ainda estavam no meu cabelo. Ele as recolocava, formando uma tiara florida.

— No que está pensando? — Ele sussurrou no meu ouvido, baixinho

— Nada em especial...

 E sorri, timidamente.