Escrevi Sobre Nós escrita por Lena


Capítulo 3
III - Chama Primordial


Notas iniciais do capítulo

Lampejos de inspiração na madrugada



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O que significava esse calor sublime que eu sentia?
Meu corpo parecia querer explodir a qualquer momento. Eu sentia, e era mais do que real. Era a sensação mais estranha que eu já havia sentido.
Eu sabia o que significava. Sabia muito bem.
Me deixei levar para o meu mundo íntimo. Era a imaginação fértil chegando, e era a única possibilidade que eu tinha para depositar todo esse fogo que subitamente eu senti. Era um lugar seguro e sem julgamentos.
Não toquei no meu corpo, mas sabia que a temperatura subia mais do que o normal. O meu comportamento tinha mudado. Eu fechei os olhos, permanecendo fechados por minutos que pareciam uma eternidade. Os abria novamente: tudo o que eu via era uma realidade cruel, que me distanciava do que o meu corpo precisava.
Eu queria um auxílio. Um clamor. Um afago. Eu queria um toque diferente, uma sensação diferente. Era isso, a solução para todo o mistério que o meu corpo me envolvia.
Iria explodir.
 Eu precisava do seu toque. Pretendia estende-lo para os confins do meu cérebro, para guardar de recordação. A recordação do dia em que fui tocada por mãos abençoadas. Não havia nenhum pecado. As chamas da paixão me acendiam de tal forma, que meus dedos trêmulos deram lugar a calmaria da estação.
O fechar dos meus olhos era um movimento libertador. Os fechava para enxergar a verdade, não uma ilusão. Era a verdade que eu criara para suportar esse calor intenso e controlar a chama viva que se erguia cada vez mais. Eu queria tanto o seu toque. Eu pensava em contornar a situação com um simples tocar, mas era muito mais do que isso.
Eu queria você, o céus! A obsessão não existia, eu sei bem, mas a necessidade de conectar nossos corpos e selar a união astral e física me fizeram imaginar todo um cenário, onde não existia personagens coadjuvantes: existiríamos nós, os personagens principais do ato.
Eu sabia, o tempo todo, que o teu calor acalmaria a fera vívida dentro de mim. Era uma proteção contra o ser selvagem que eu libertaria. Você saberia identificar esse meu estado, eu nunca respondo por mim mesma.
Eu ataco, sem mais delongas.
Um beijo fora suficiente para o calor aumentar.
Você conseguia acompanhar o meu ritmo. Você libertara sua fera interior assim como eu. As feras precisavam se conectar através dos nossos templos sagrados. Os nossos corpos quentes e necessitados.
Eu o toquei. Ele sentia sua pele vibrar, em cada canto do seu ser físico. Era demais para mim, vê-lo sucumbir aos meus desejos e aos meus toques profundos, provindos da alma inquieta que eu tinha. Era a hora
Por favor, não me deixe arder sozinha.


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