Fatale escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
Paying back.




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Olhando os arquivos com as fotos de Abby e McGee, Gibbs tinha o celular e o número da única pessoa que saberia ajudar a encontrar Abby.

Ele sabia, que ao envolver mais duas pessoas, de uma agência diferente, faria apenas aumentar as chances. Faria bem.

A moça do arquivo era um hacker pega pelo FBI em 2004. Ela não era como todos os hackers, cometendo crimes e matando online. A única coisa que saia lesado eram os bolsos de donos de empresas de cosméticos que ousavam fazer testes em animais.

Talvez por isso, ela e Abby eram grandes amigas ainda hoje.

Ele discou os números e fez uma oração silenciosa. Ele precisava da ajuda dela.

— Aqui é Penelope Garcia, oraculo de quântico. – A técnica atendeu. – Qual desejo seu eu posso realizar hoje?

Gibbs sorriu. Com certeza ela precisava disso hoje. Fornell havia insistido que ele deveria procurar Penelope Garcia se ele tivesse problemas.

— Hum, oi, eu sou o agente Gibbs. – Ele respondeu hesitante. – Tobias Fornell me deu seu número. Espero não estar interrompendo.

— Sim. Agente Gibbs. – Penelope rapidamente entrou no modo agente. – O que você precisa?

— Eu preciso da sua ajuda urgente. – Ele foi direto. – Abby E Timothy foram sequestrados há algumas horas. Eu não quero incomodar, mas você é boa pelo que Tobias me disse.

— Abby foi sequestrada? – Penelope começou a digitar. – Vou coordenar com Aaron Hotchner e estaremos no primeiro voo.

— Você acha que ele deixara você vir? – Gibbs perguntou. – Quero dizer, você parece segura de um sim.

— Na verdade. – Ela sorriu, presunçosa. – Ele já me autorizou. – Terminando a consultoria, estaremos a caminho da NCIS.

— Esqueci que você e Abby são amigas. – Jethro respirou fundo. – Vou aguardar ansioso.

Penelope podia sentir a dor que Gibbs tinha ao falar com ela. Ela mesma engoliu em seco, enquanto mandava uma mensagem para Derek.

Ele e ela namoravam desde que ela foi baleada por Battle. E ela queria deixar ele saber que sua melhor amiga precisava dela.

Hotch encontrou Garcia na garagem do FBI e ligou o SUV. Eles partiram rumo a sede da marinha. E não iria voltar de lá sem Abby e Tim.

Alexandria...

— Diretor assistente Vance? – McGee engasgou. – O que está fazendo aqui? Por que está aqui?

— Vou te dar três chances. – Vance zombou. – E depois eu atiro contra a sua garota.

— Não se aproxime dela! – McGee cerrou os dentes. – Deixe-a longe disso e de qualquer plano doente que você tenha.

— Não serão apenas planos. – Vance riu e bateu em McGee. – Vão ser realizações, um tipo de pagar de volta, por tudo o que fizeram comigo, a chance que me tiraram.

— Você está maluco, Leon. – McGee estava bem nervoso. – Deixe Abby de fora de qualquer plano doente que você tem. Me machuque, mas deixe-a em paz.

— Ela é a principal nesse plano, agente McGee. – Leon pegou uma mecha de cabelo de Abby. – Ela é tão delicada, não acha? Aposto que a noite ela é selvagem.

McGee engoliu um palavrão. Ele não poderia dizer algo irritado quando ele estava diante de Abby. Mesmo amarrado, ele faria seu papel de protetor.

A equipe já estaria em busca deles. E ele garantiria que Abby estivesse ilesa.

Sede da NCIS...

O elevador apitou, anunciando a chegada de duas pessoas. Uma mulher, cheia de curvas e cabelos loiros, carregando uma mala colorida e uma pasta de computador em saltos de 15 cm e um homem moreno, de terno, bem alinhado.

Gibbs suspirou. A ajuda estava aqui. Levantando com Jenny, eles foram receber os dois.

— Agente Gibbs? – Hotch estendeu a mão para ele. – Agente especial supervisor Aaron Hotchner. Essa é a analista técnica Penelope Grace Garcia.

— Muito prazer. – Penelope tocou a mão de Jenny. – Penelope.

— O prazer é todo meu. – Jenny sorriu para a loira a sua frente. – Jenny Shepard. Diretora do NCIS.

— Obrigado por virem. – Gibbs apertou a mão de Hotchner. – Geralmente tenho problemas com o FBI, mas hoje preciso de toda a ajuda que eu puder ter.

— Eu posso me instalar em algum lugar? – Pen perguntou. – Acho que já posso trabalhar em algo e eu estava fazendo algo no caminho para cá.

— Você hackeou nosso sistema? – Gibbs parecia impressionado. – Foi desenvolvido pelos melhores da NSA.

— Bem, eu sou melhor. – Penelope riu. – Mê de uma mesa, uma cadeira e energia e eu posso terminar.

— Por aqui. – Tony pegou a mala de Penelope. – Estou curioso com as suas habilidades.

— Eu era hacker. – Penelope respondeu, se afastando com Tony. – E o agente Hotchner me recrutou.

Gibbs, Jenny e Hotch sorriram ao ver Penelope se afastar com Tony e Ziva.

— Abby e ela são amigas. – Hotch quebrou o silencio. – E é a melhor que temos no FBI.

— Eu realmente agradeço por nos ajudar. – Gibbs suspirou. – Fornell deve chegar em uma ou duas horas.

— Eu acredito que o ex diretor assistente Vance tem um plano. – Hotch falou. – Ele parece ter um complexo narcisista, uma vontade de se vingar por uma injustiça que ele acha ter sido cometido contra ele.

— Ele criou uma investigação contra nós pela morte de La Grenouille. – Jenny lembrou. – Ele estava na verdade, de olho no meu cargo.

— Esse tipo de situação termina de duas formas. – Hotch sabia que precisava contar. – Na primeira, o suspeito foge e deixa as vítimas ou mortas ou meio vivas. Na segunda, ele se entrega e se mata logo depois de matar as vítimas.

Um silencio caiu. Gibbs se sentiu fraco e Jenny começou a chorar. Por mais que eles quisessem pegar Vance, eles torciam pelo primeiro cenário.

— Eu me adiantei. – Hotch cortou o silêncio. – Penelope já inseriu Vance na Interpol e em todas as agências possíveis. A informação consta como fugitivo. Não vou dar chance para ele fugir.

Parecia um alivio, mas só tornava tudo difícil. Eles estavam correndo contra o relógio.

Tony acomodou Penelope em uma das mesas de lanche do NCIS. Ela não tinha certeza se poderia usar o escritório de Abby sem ter uma crise de choro. Dois notebooks trabalhavam simultaneamente e rapidamente.

Ele e Ziva observavam Penelope digitando e não deixaram de lembrar de como Abby e Timothy digitavam tão rápido quanto ela.

— Então. – Ziva não sentia ciúmes com Penelope. – Como você chegou ao FBI?

— Eu fui presa em San Jose depois de hacker uma empresa de cosméticos. – Pen foi sincera. – Na verdade, tudo o que eu queria era o fim dos testes em animais. O agente Hotchner foi solidário o suficiente para me dar um emprego ao invés de me jogar na cadeia.

Tony riu. Ele adorava garotas com senso de humor também. Garcia parecia chateada com algo e Ziva poderia dizer que havia algo.

— Tony, pode me pegar uma água? – Ela pediu ao namorado. – E traga um chá para Penelope também.

— Certo. – Tony sabia exatamente o que ela queria fazer. – Eu trago um sanduiche também.

Penelope estava envolta em códigos e percebeu pelo canto do olho Ziva a olhando.

— Você está escondendo algo. – Ziva falou. – Eu quero que saiba que pode me contar.

— Antes de Derek e eu começarmos a namorar. – Pen respirou fundo. – Eu fui baleada. Isso faz seis meses agora.

Ziva parou e ficou confusa. Ela não entendia a relação do tiro com o namoro com Derek.

— Eu conheci um homem numa cafeteria e ele me baleou. – Penelope voltou a digitar. – Derek e eu tivemos uma briga feia antes e então depois que sai do hospital, ele voltou para me atacar. Na noite seguinte, ele foi morto na BAU por uma colega.

Tony parou ao ouvir a pequena confissão de Penelope.

— Consegui uma pista. – Penelope falou. – A ligação sobre o carro do agente McGee veio do telefone de Leon Vance. Do outro lado da rua.

— Vance denunciou o carro de Tim porque ele sabia que antes que achássemos a carta, ele não seria considerado suspeito. – Tony deduziu. – A ligação veio as dez e meia da manhã, mas só fomos informados ao meio dia.

— A informação desce pelos canais oficiais. – Jenny se sentou perto com Gibbs e Hotch. – Ela tem que ser checada e processada antes de ser confirmada e repassada.

— Então ele sequestrou Abby e Tim e ligou para nós? – Gibbs não parecia convencido. – E se ele tiver capangas?

— É quase certo. – Penelope respondeu. – A conta pessoal dele tem pagamentos altos para um grupo de militares corruptos chamado "Asa branca.".

— Então Vance entra em contato com o grupo para sequestrar Abby e Timothy, recebe a confirmação de que o "serviço" foi concluído e liga para informar que o carro de McGee estava abandonado. Ninguém notou a ironia disso?

— Suspeitos gostam de se envolver na investigação. – Hotch começou. – Eles ligam informando novidades sobre o caso, se apresentam como testemunhas. Pen, você precisa checar propriedades de Vance e sua esposa.

— Ele e a esposa se divorciaram a dois meses. – Garcia olhou. – A senhora Vance pediu a separação alegando que o marido parecia preferir o trabalho e estava mais do que com raiva de tudo.  Ela tem quatro propriedades, em Maryland, Virginia, Michigan e Ohio.

— Vou mandar agentes do FBI para lá. – Hotch se desculpou. – Concentre-se em qualquer membro da família de Vance e empresas que ele possa ter.

— Certo. – Pen passou um papel para Hotch. – Acho que você pode tentar esse número. Pertence a um primo dele em Alexandria.

Algo não ficou bem quando a cidade foi citada. Gibbs sabia que algo envolvendo Alexandria era familiar. 


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