As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 31
A pior aula de todas:




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Helena acordou gritando na manhã seguinte. Viu novamente o momento da morte de James e Lilian Potter e o momento que Lena soube que Charlotte Potter era, na verdade, aliada de Voldemort e estava viva. E o pior, tinha que contar isso a Thiago.

Checou o relógio. Era cedo o suficiente.

Saiu da cama sem acordar seus animais e pegou as roupas de Hogwarts antes de entrar no banheiro para tomar um bom banho. Lavou o cabelo, tirou o que deu de pelos que cresciam por culpa de sua licantropia e passou sabonete pelo corpo. Estava cheirosa.

Se secou com a toalha e meteu uma regata por baixo da camisa de botão. Sem a outra mão, era realmente difícil abotoar a camisa, então achou melhor sempre pedir a alguém para fazer isso por ela. Passou a saia pela cintura e conferiu se ninguém via nada.

Meteu um par de botas no pé e agarrou a mochila e a varinha antes de deixar o quarto com pressa. Desceu as escadas até o salão da comunal e depois de olhar rapidamente em volta e observar com a testa franzida um primeiranista dormir no sofá, abriu a porta e saiu. Ainda bem que Rowena não estava presente.

Sabendo qual era seu destino final, Helena caminhou para os dormitórios dos professores. Ele ficava no terceiro andar, perto da sala do Hagrid, que não usava para nada. Parou em frente a porta com letras brilhando em dourado o nome de Thiago e com coragem, bateu na porta levemente.

Lena esperou uns dois minutos antes de bater na porta novamente, só que um pouco mais brusca e um pouco mais alto. A porta se abriu e Thiago não deixo-a muito aberta. Parecia esconder algo. Seus cabelos estavam bagunçados e sua roupa toda amassada.

— Bom dia.- disse Lena sorrindo levemente. Thiago a olhou com sono antes de sorrir um pouco.

— Bom dia filhote de maroto, quer entrar?- perguntou e ela assentiu, passando por debaixo do braco dele. Franziu a testa ao ver Lívia na cama, dormindo serenamente. Estremeceu só de pensar nos pais fabricando bebês. Thiago se sentou na cadeira e Lena no final da cama. - O que foi?- perguntou curioso, coçando o olho para finalmente acordar.

— Tive uma visão.- murmurou, evitando olhar para Thiago. Ele a olhou com curiosidade, estranhando que ela não o olhava. Se inclinou sobre os joelhos.

— E o que você viu?- perguntou com calma. Dumbledore tinha alertado que Helena podia estar vendo coisas e omitindo deles. Isso não deixava de ser verdade, mas quando ela tenta falar precisava marcar horário! Lena sentia que algumas coisas não deviam ser mesmo ditas, que no futuro seriam úteis. Ela tinha que pensar além e só decidiu compartilhar algumas coisas.

— Você vai acreditar em mim, certo?- perguntou com seriedade. Ele assentiu.- Eu vou te contar desde o começo e as coisas que você vai ouvir...- ela parou temerosa e Thiago segurou sua mão.

— Ei, relaxa, eu vou te apoiar independente do que você me contar.- ele disse sério.

— Eu tenho minhas dúvidas.- murmurou com calma.- O que eu me tornei, é diferente, ok?- murmurou e esfregou o rosto. Estava tão nervosa! A possibilidade de Thiago a renegar era enorme!

— Estaremos aqui, meu bem.- Lívia disse com calma, colocando as mãos nos ombros de Helena para reconforta-la.

— Tudo começou ano passado. Minha primeira visão foi a morte de Caridade Burbage.- a ruiva respirou fundo e se sentiu melhor com o carinho que Lívia passava através de suas carícias. - A medida que os dias e meses passavam, eu tinha mais visões. Eu vi que Cedrico ia morrer no labirinto meses antes, e quando chegou a hora, mandei ele se esconder atrás do túmulo do pai de Voldemort.- ela murmurou com seriedade, mordendo os lábios. - Eu vi uma guerra estourar e de acordo com as minhas visões, vai ser no dia 2 de maio de 1998. Eu vou morrer nesse dia e Voldemort também. Ambos acertados pela maldição da morte.- Lena sentiu os dois ficarem mais do que em choque. Ela pode ouvi-los chorar baixinho, em estado de tristeza. - Foi assim, por meio de uma visão, que eu previ o ataque de comensais na festa de casamento dos meus primos adotivos em março. Eu lutei com eles e Dumbledore e alguns aurores tomaram controle da situação. - ela suspirou, engolindo em seco.

— O que houve aquele dia?- Perguntou Thiago com calma.

— Eu contei a Dumbledore que eu conseguia prever o futuro. Que eu conseguia ver as coisas que aconteceriam com as pessoas que eu gosto. - Helena se perdeu nas visões que viu e seus ouvidos doeram ao ouvir os gritos de horror. - Dumbledore então me contou que Charlotte, sua mãe- Olhou para Thiago, que não pode deixar de notar a raiva de Helena ao falar o nome da avó.-, era igual a mim e que por isso, foi morta por Voldemort antes de Harry nascer.- O olhar de Thiago ficou triste e seus olhos marejaram. Helena pensou o quanto ele se arrependeria de ter chorado logo logo.- Nas férias, lá em Nova Orleans, eu conheci um homem. Eu vi o momento que ele tomou um tiro no peito e morreu com sangue de vampiro no corpo. Quando ele acordou, acordou como vampiro e se tornou um imortal.

— Você conheceu um vampiro!?- Lívia perguntou surpresa e assustada.

— Eu conheci vários vampiros, mãe.- disse a ruiva suspirando.

— Aqueles que mordem o pescoço alheio para tomar sangue?- Thiago disse com uma voz indignada. Helena piscou. Seu único conforto era saber que nunca tocou em um humano para tomar seu sangue. Sabia que Thiago não entenderia. Odiava isso nele.

— É.- a ruiva disse um tanto fria demais.- O problema, é que essa mesma visão me fez...me fez...- Lena se levantou, indo de um lado para o outro. Chegou a hora de contar o que se tornou. Estava com medo? Óbvio, mas eles precisavam saber para entender o que estava acontecendo. Não só eles, como a Ordem. O nível de perigo estava enorme e Helena temia que acabasse se ferrando. Klaus havia mandado ela conversar com eles bem antes que isso, mas foi teimosa.

— Sabe que pode nos contar, certo? Independente do que for, eu estarei aqui para lhe apoiar. Eu prometo.- ele disse calmo, se levantando para agarrar sua única mão.

— Eu morri.- ela soltou a bomba enquanto engolia em seco. - O tiro que esse vampiro tomou, a visão, eu não sei. Me trocou de lugar com ele e eu tomei o tiro. Eu morri com sangue de vampiro dentro do meu organismo.

Então Helena abriu os ouvidos e escutou o coração de seus pais acelerar rapidamente. Se sentou enquanto os olhava. Estavam em choque. Lívia mais do que Thiago.

— Helena, você...o que?- Thiago murmurou colocando a mão na cabeça. - Você nunca nos contou isso!- ele disse alto e surpreso.

— Faz três semanas.- murmurou calma, a cabeça baixa mas os olhos levantados. Apesar de se sentir culpada por não contar, Helena não iria ficar deixando eles a machucaram. Então, estava bem atenta com possíveis reações ruins.- Eu não contei antes porque eu tenho medo da reação de todos vocês. Eu sou imortal, papai. Eu não posso morrer. Não posso crescer. Não posso sequer ficar doente. Eternamente, vou ter a aparência de 11 anos de idade. Se eu não morrer quando a guerra estourar.- foi dizendo tudo rápido, já nem mais se importando de se policiar.

— Porque agora?- perguntou Lívia séria.- Porque veio agora contar isso a nós?- perguntou com um olhar medonho no rosto, mas Helena levantou a cabeça ao invés de abaixa-la.

— Porque quando eu estava morta eu visitei o outro lado. O lado dos mortos.- murmurou serenamente. - E descobri algumas coisas.- murmurou irritada, fechando a palma da mão e cravando suas unhas nela.

— O que?- Thiago perguntou sério, e talvez irritado. Helena não sabia se ele tinha razão ou não, mas no momento não estava interessada em saber. Thiago que lide sozinho com seus preconceitos e problemas.

— Sua mãe está viva.- disse fria, os olhos quase brilhando em amarelo ouro. Thiago a encarou com confusão, assim como Lívia. - O que nos leva a visão de ontem. Eu vi como vocês morreram.- disse séria, os olhos começando a brilhar em amarelo. Lívia tampou a boca com as mãos e Thiago piscou os olhos surpreso enquanto sua boca se abria em um 'O' perfeito.

— Você viu...você viu Voldemort nos matar?- Thiago perguntou engolindo em seco, mas ficou desconfiado quando os olhos de Helena brilharam mais fortes do que nunca.

— Eu vi Charlotte Potter provocando a sua morte. Eu vi o momento que ela te acertou com um feitiço e disse que a criança que nasceria seria a ruína dela e que não iria tolerar isso.- Helena soltou no colo de Thiago essa informação como se fosse uma bomba. Ela estourou em sua mão e Thiago ficou com o olhar perdido e o rosto triste.- Voldemort pode ter soltado a maldição da morte, mas Charlotte o matou no instante que entrou pela porta ao lado dele. E, não acabou.- murmurou mais séria.

— O que pode ser pior do que uma vidente do lado de um lorde assassino? - Livia perguntou em choque, esfregando as costas de Thiago.

— Um clã de bruxos e vampiros atrás do ser mais poderoso na terra.- murmurou com calma.

— E quem seria esse ser?- perguntou Lívia com seriedade, o rosto fechado.

— Eu.- murmurou soltando um sorriso de lado.

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Helena franziu a testa ao ver Snape, McGonagall, Sower, Connor, João, e Frank entrarem na sala de Dumbledore. A mesma revirou os olhos e buscou o olhar de Dumbledore. A amizade deles tinha acabado. Ele sabia. A forma que Helena o olhava era de raiva e ódio, e dos dois sentimentos ele entendia muito bem.

— Eu tenho aula e preciso comer ainda.- avisou e bufou. Então a lareira da sala de Dumbledore explodiu em uma cor verde clara e Remus saiu de lá dentro. E depois apareceu Sirius e depois Orion. A ruiva se levantou, mas Thiago a empurrou para baixo com delicadeza e ela bufou enquanto se sentava.

— Bem, eu os chamei aqui agora porque Helena teve novas visões e decidiu compartilhar.- Dumbledore disse com calma.

— Eu decidi compartilhar para os meus pais, porque você teve zero interesse nisso.- Helena retrucou o olhando com arrogância.

— Helena!- Lívia a repreendeu em choque.

— Helena uma ova! Eu quis falar com ele ontem e ele foi super grosso comigo. - soltou um rosnado irritado e cruzou as penas, a balançando com ansiedade.- Marque um horário.- debochou negando com a cabeça.- Pro inferno você e sua secretária invisível.- com sua audição, escutou alguém segurar o riso.

— Chega!- Lívia disse séria e Helena bufou.

— Caramba! Você nunca fica do meu lado!- exclamou irritada e talvez, só um pouco, magoada. - Nunca escuta o meu lado!- disse irritada.-É Harry para cá, é Harry para lá, "Ai filhinho, como você está?" Ninguém briga com o Harry quando ele tem os surtos dele, né? Agora quando eu tenho, ah, "Suba para seu quarto e fique por lá!"- se levantou com raiva, agarrando sua mochila do chão.

— Você trata os outros com desrespeito e quer ter prêmios?- Lívia perguntou com calma, talvez surpresa com o tom de mágoa que Helena falava com ela.

— EU QUASE MORRI POR CULPA DELES, ENTÃO VOU FALAR COM ELES COMO EU QUISER!- berrou sem se aguentar. Todos a olharam em choque e os quadros com negação.

— Acho melhor termos essa conversa depois.- Dumbledore disse baixo. Helena não esperou nem um segundo a mais antes de abrir a porta e sair, a batendo quando passou.

...Ela está certa, sabe?— Helena ouviu Sirius falar e parou na metade da escada.- Vocês dois estão dando mais atenção a Harry do que a ela. E a tratam com injustiça.- ele disse sereno.

— Harry também tratou vocês super mal, e Hermione e Rony também. E eu não vi ele sendo repreendido.— Remus também saiu a defesa da ruiva.

 Nós amamos Helena, mas ela tem se afastado. Está sempre irritada com a gente e Harry é tão receptivo. Mais aberto com a gente.— Thiago disse com calma. Lena se sentou na escada, a garganta doendo com o caroço no meio dela. - Helena é minha filha, uma Potter, é forte, corajosa, durona. Ela não se abre e eu não sei fazê-la se abrir. Acreditem, eu fiquei surpreso quando ela apareceu na minha porta hoje.— ela engoliu em seco.

— Helena passou por muita coisa, Thiago. Ela não gosta de falar para não preocupar. E vocês são o porto seguro dela. Vocês sabem que Helena é explosiva, metida a auror. E sabe esconder coisas como ninguém. A proteção na cabeça dela é incrível. E ela é completamente imprevisível.— Snape disse sério, mas a voz veluda. Agora Helena se sentia melhor. - Não sabemos o que ela faria se algo acontecesse com vocês dois ou aos outros. Ela só está usando isso tudo como desculpas para se afastar.

— E o que ela fez no Ministério, ela pode ter errado em surtar daquele jeito, mas não perde sua razão. Tudo que ela disse era verdade. - Remus disse com calma e Lena sorriu. Amava esses homens. - E também, vocês sabem. Ela é poderosa. Ela é uma bruxa extraordinária, vidente e uma loba controlada. As coisas que ela sabe fazer na idade dela deixam um rastro de gente do mal querendo aproveitar tudo isso.

 Precisamos dela perto para a sua própria segurança. E a de todos os outros também. - Orion disse sério e ela ouviu Thiago suspirar.

— Ela disse que morreu durante as férias e voltou como vampira.- Thiago contou sem cerimônias. A ruiva ouviu McGonagall ofegar.

— Vampira?- perguntou em choque.

 Sim. E que tem um clã de bruxos e vampiros atrás dela.- Lívia disse suspirando. Eles ficaram um bom tempo em silêncio.

— A cara de vocês está pior do que "Helena está sendo perseguida por assassinos."- disse Sower sério. - Tem mais alguma coisa?- perguntou. Helena suspirou e esperou.

— Charlotte Potter está viva e é aliada de Voldemort.— Lívia contou e Helena desceu as escadas com pressa. Não queria ouvir mais nada. Queria tampar os ouvidos ou ficar surda por alguns minutos. Ao chegar nos corredores, estancou. Ficou surpresa ao ver vários alunos, todos indo para o Salão Principal comer. Alguns a olharam com curiosidade, mas quando ela se juntou a eles ficaram na deles.

 Helena caminhou com pressa para o salão e quando chegou, se sentou e ignorou todas as vozes que conseguiu, pensando em um feitiço de surdez temporário. Agradeceu a Merlim por aprender coisas novas nas férias. Comeu e quando percebeu uma comoção, desativou o feitiço e escutou.

Uma aluna da Corvinal pigarreou, rodeada de mais alguns alunos e começou a recitar algo. Lena percebeu o jornal em suas mãos e sorriu de lado. 

— Há quem diga que Cornélius Fudge (54) sempre foi e sempre será o melhor Ministro da Magia que o povo bruxo britânico teve. E como não? Inteligente, boa pinta, com um ótimo currículo e notas excelentes em Hogwarts. 

Bem, a nossa exceção vem daí. Cornélius Fudge não tem nada de inteligente e certamente, nada de honestidade e amor ao povo bruxo. Com as imagens anexadas abaixo, é possível se ver Fudge recebendo um grande e gordo saco de galões do Sr. Lúcius Malfoy (36) e dias depois a Lei Trouxante finalmente sendo aprovada. ( Para quem não se lembra, a Lei Trouxante aprova a violência contra os trouxas que invadem, sem saber, terras bruxas. Essa mesma lei defende que bruxos possam matar trouxas por invasão.)

Cornélius também é visto agindo de ma-fé ao se relacionar com uma maretrizcomprovando que ele traía sua esposa Emmauele Fudge (52), desde agosto de 1993. Ele não só se envolve com prostituição, como também é dono do famoso Bordel Bruxo Queixo-Caído, que é apenas uma forma de lavar o dinheiro que ganha financiando o Clube Ilegal de Criaturas, o mesmo clube que há anos, o Departamento de Ações Ilegais tenta fechar.

É também possível se ver Fudge recebendo mais proprina em troca de pequenos favores, como a recuperação de bens de magia negra recolhidos em Batidas. Além disso, Fudge está perdendo o controle de Dementadores.

Em uma entrevista com Helena Granger (11), a campeã do Torneio Tribuxoela declarou que recentemente foi atacada por Dementadores junto com o colega Harry Potter, em Londres, no dia 20 de Junho, o que acarretou em uma temporária expulsão e logo em seguida, uma audiência que iria decidir se Granger e Potter poderiam ficar em Hogwarts.

A curiosidade é que, Granger e Potter foram julgados por uma corte inteira, coisa que não acontece desde 1981, ano em que Comensais da Morte e mais criminosos foram acusados e presos em Azkaban.

— Acontece Ravena, que Fudge já não é mais necessário no Ministério. Ele está prejudicando milhares de vidas ao esconder que Dementadores tem agido por conta própria e que, um funcionário de alto patente está comandando ataques a alunos. Isso, na minha humilde opinião, deveria ser investigado.

— E o que aconteceu na audiência? — Ravena pergunta com curiosidade.

— Fudge me acusou de falsificação e sobre estar mentindo. Todo mundo sabe que Lobisomens, no caso eu, são fortemente prejudicados por dementadores ao serem atacados. Foi provado que os documentos eram verdadeiros e fomos inocentados.- ela declara serenamente.

Depois de mais de uma hora de audiência, Harry Potter e Helena Granger foram inocentados e puderam permanecer com seus estudos em Hogwarts.

A equipe do Profeta ficou com curiosidade do porque uma corte tão grande para uma infração tão pequena? Helena Granger nos responde sobre isso apresentando argumentos válidos.

— Porque você acha que foi julgada por uma corte tão grande e séria quanto a Suprema Corte dos Bruxos?

— Política, é claro. - respondeu sem hesitar.— Não é segredo que eu tenho estado na mira da mídia nos últimos 10 meses. Tanto negativamente quanto positivamente. E que eu não fico quieta com injustiças e nem tenho problema em falar a verdade. Com a minha declaração de que acredito fielmente que...

A menina parou e respirou fundo. Várias pessoas prestavam atenção nela, não só da Corvinal como também sdas outras casas.

... que Lord Voldemort voltou a vida e feriu a mim, aos meus colegas Harry e Cedrico e matou Peter Pettigrew, a quem todos acreditavam ter morrido pelas mãos de Sirius Black, preso injustamente por 12 anos em Azkaban, Fudge me vê como uma ameaça a ele e seu mandato podre. Eu só queria saber o que uma menina de 11 anos pode fazer.— ela riu simpaticamente.- Eu não gosto de Fudge, não gosto como ele age e como ele tem a cara de pau de falar da minha moral, sendo que ele emprega comensais da morte.

Helena Granger, nascida Baker, é a filha biológica de Renan e Rebecca Baker, os bruxos humanitários e empresários mais conhecidos dos últimos anos. Helena ressalta que apesar de amar os felecidos pais, não gosta de ser comparada com eles. 

Sua história é triste e ela conta como foi o encontro dela e Harry Potter com Você-Sabe-Quem e seus fiéis seguidores, os Comensais da Morte no dia 24 de julho.

— Foi estranho e traumatizante. Ele (Você-Sabe-Quem) queria nos torturar antes de nos matar. Estávamos os dois amarrados e como eu participava do Torneio, fui aconselhada a sempre ter uma varinha extra. Eu consegui me soltar no momento que Harry recebeu o primeiro Crucius. Lancei um Reducto e quando percebi, Harry e eu estávamos a salvo em Hogwarts.

— E você conseguiu identificar algum Comensal?- Ravena pergunta depois de um tempo.

— Algum? Quase todos. - Respondeu com seriedade a Srta Granger.- Damon e Regina Parkinson. Lúcius Malfoy. Walden McNair. Avery. Evan Crabbe. Gregoriano Goyle. Jugson. Tyler Nott. Scabior. Rowle. Wilkis. Yaxley. Eu vi isso. Harry Potter viu. E o público sendo enganado por Fudge. Eles correm perigo por culpa de Fudge. São pessoas inocentes que não tem nada a ver com isso. - Declara a estudante.

Abaixo é possível se ver a relação desses acusados de serem comensais e aparentemente, a Srta Granger está certa.

Agora queremos saber, Cornélius Fudge é o nosso melhor ministro? Serão feitas as investigações necessárias para prende-lo e tira-lo do poder? E os Comensais da Morte em cargos importantes? 

O povo pede por justiça!

— Reportagem por Ravena Fleury.

 Fotos por Cornélius Agreoni.

— Que merda é essa, Granger?- berrou Goyle da mesa da Sonserina. Andava até ela de passos duros e a faceta raivosa. Helena iria apanhar se Fred e Jorge não segurasse o menino a 10 passos da ruiva. - Me soltem! Você é louca! Você acusou meu pai de ser um comensal!- berrou transtornado, e vários outros gritavam atrás dele. Lena sorriu.

— Soltem ele.- pediu para os gêmeos, vendo que mais pessoas se acumulavam para gritar com ela e seus amigos se amontoavam a sua volta com as varinhas na mão. Lena buscou rapidamente o olhar das duas pessoas importantes no meio disso tudo. Draco parecia bem, embora a olhasse preocupado. Theo estava nem aí. Ele também já sabia. Helena contou que sairia diretamente da boca dela. - Ele não vai tocar em mim.- ela disse com calma. Helena não era idiota, estudou sobre Hogwarts.

Quando os gêmeos o soltaram, o menino correu até a ruiva e a socou no rosto. Ou tentou. Sua mão parou no ar e Lena riu, chocada que funcionou.

— Me solta!- berrou o menino, tentando se mexer. 

— Hogwarts te prendeu, Sr Goyle.- A voz de Dumbledore soou alta da entrada e as pessoas deram espaço para ele passar. - Ao tentar atentar contra a segurança de uma aluna, Hogwarts a defende. A magia de Hogwarts age por conta própria e impede a violência contra as mulheres e meninas. - ele disse sereno. - Um ato de tamanha covardia é tocar em uma mulher ou uma menina e eu não irei permitir mais isso, ouviram bem? Entendeu, Sr Goyle?- Dumbledore perguntou friamente, deixando a todos de queixo caído. 

— Sim, Professor Dumbledore.- o menino rosnou, ainda preso. Então, a magia se cessou e ele foi solto. Helena deu um passo atrás para não ser atingida.

— Vão para as suas aulas, agora!- exclamou o homem. Logo os alunos foram se dispersando, alguns olhando com raiva para Helena. A ruiva soltou o ar que segurava. Pela primeira vez, sentiu medo. Estava enrascada. 

— Depois conversamos sobre isso, certo?- Hermione a disse com seriedade, indicando o jornal em sua mão. A ruiva assentiu. E sentiu um toque em seu braço. O professor Flitwick a estendia um papel com seus horários. Lena o agarrou e gemeu quando o leu. 

— Jesus no céu e eu infeliz na terra.- murmurou ao ver DCAT como as duas primeiras aulas. Riu pelo nariz não acreditando e começou um caminho torturante e infeliz até a sala. Assim que entrou, se abrigou nas carteiras do fundo e pigarreou enquanto observava os outros entrarem. A aula era com a Sonserina e Helena, assim que viu a menina chata da Sonserina indo em sua direção, brilhou os olhos em amarelo. Ela deu meia volta no ato.

A professora estava já sentada na escrivaninha, observando aluno por aluno entrar. Eles entravam em silêncio, observando a professora. Lena já estava quase dormindo quando a professora se levantou e a turma a observou, já abrigados em seus lugares.

— Bem, Bom dia!- ela disse com uma voz chata e veluda. Lena quase ativou o feitiço de surdez temporário. Os alunos, jovens e mais animados, sorriram.

— Boa-tarde professora!- disseram em coro. Helena fez uma cara de nojo enquanto franzia a testa. Ela sorriu largamente.

— Muito bem!- disse com meiguice.- Bem, guardem as varinhas e apanhem as penas.- mandou enquanto se dirigia para o quadro. Lena fungou e cruzou as pernas enquanto nem ao menos tirava o material da mala, movimento oposto que seus colegas fizeram. No exato momento que a mulher bateu com a varinha no quadro negro, Helena se impertigou na cadeira pronta para causar.

— Porque não vamos usar as varinhas?- perguntou alto, não deixando em evidência nenhum sentimento em sua voz.

— Em minha aula, gostaria que levantassem as mãos para fazer perguntas.- a mulher disse quando se virou para Helena. A ruiva a olhou com impaciência, levantou a mão e perguntou sem ser chamada:

— Porque não vamos usar as varinhas?- a mulher a olhou com meiguice, enquanto a sala se encolhia lentamente, percebendo as faíscas de fogo que cada uma lançava para a outra.

— Não que seja minha obrigação lhe contar, mas há novas maneiras de ensinamento esse ano. E eu direi quando necessário o uso da varinha.

— Nunca, pelo jeito. - e apontou o quadro com o queixo. Nele dizia com letras um tanto pequenas e delicadas: 

1. Compreender os princípios que fundamentam a magia defensiva,
2. Aprender a reconhecer as situações em que a magia defensiva pode legalmente ser usada.
3. Inserir o uso da magia defensiva em contexto de uso.

— Nossa aula só vai ser em torno de Teoria? Quem aprende assim?- perguntou com deboche.- Nem mesmo o mais inteligente aprende assim.- disse sentindo falta de cruzar os braços. Era tão bom.

— Srta Granger, abaixe o tom de voz, por favor. Você não está na sua casa.- disse a mulher com calma. Lena arqueou uma sobrancelha. - É completamente deselegante a má-educação. E eu não vejo motivos de usar varinhas, não há perigo. - disse com calma. 

— Então, sem magia?- perguntou com simplicidade a ruiva. 

— Até o final do curso.- a mulher concordou. Helena assentiu, e a mulher se virou para o quadro novamente.

— Então, não há perigo?- Helena voltou a perguntar alto, a mão acima da cabeça. Os alunos novamente pararam para prestar atenção. Umbridge se virou novamente, um sorriso nos lábios. Helena bem sabia que aquilo significava que ela estava com ódio.- Quero dizer, nada nada nada de perigo?- perguntou sonsamente.

— Sim, Srta Granger.- disse a mulher. Helena assentiu novamente, pegando seu material de dentro da mala.  A mulher a olhou por um segundo antes de se virar novamente.

— Mas nada, nada mesmo?- perguntou alto, lançando a mão ao teto. 

— Srta Granger, está atrapalhando a mim e aos seus colegas.- disse a mulher quase falando entre dentes. 

— Oh, me desculpe.- ela abaixou a mão e começou a copiar a matéria. Umbridge se virou novamente para o quadro.- Não sabia que ser sequestrada não é sinônimo de perigo, ou ser torturada, ou quase morta várias vezes também não é perigoso. - comentou despreocupada. 

— Srta Granger, você tem alguma pergunta válida ou vai ficar apenas atrapalhando?- perguntou a professora com o rosto vermelho.

— Bem, já que me deu permissão.- a ruiva deu de ombros.- Quero saber porque não vamos usar a varinha na aula de DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS.- disse alto no final.- Temos 12 anos, e a qualquer instante um maluco pode entrar pela porta e a gente nem sabe se defender. Somos bruxos para quê? Coçar a bunda e cutucar o nariz feito homens da caverna? Completamente burros?- Recebeu olhares chocados. 

— Srta Granger!- a mulher exclamou, o rosto irritado. - Levante-se e venha pegar sua detenção. Seu desrespeito me ofende! - exclamou se sentando. Helena, vitoriosa, agarrou o material e jogou na mala. A colocou nas costas e se levantou. - Você não está liberada para se retirar!- a mulher disse calma. Lena a olhou irritada. Iria se livrar dessa aula sim, querendo a mulher ou não. Olhou então para a mesa e agarrou o pote de tinta. Sem pensar duas vezes, o virou sobre a mulher. 

— Caiu!- Helena berrou em choque falso. A mulher rosnou irritada enquanto ouviam os alunos ficarem em choque. A mulher começou a rabiscar com força e raiva no pergaminho que- pasmem- é rosa. O enrolou, selou e o entregou na mão de Helena.

— Entregue ao diretor de sua sala. Sua detenção é hoje a noite.- disse rosnando. Helena nem respondeu, saiu andando entre o corredor da sala sorrindo largamente enquanto era observada pelos alunos.- E antes que eu me esqueça, menos 200 pontos para a Corvinal.

Lena riu baixinho e saiu da sala, nem ligando. Estava cagando e andando para a Taça das Casas. Todos sabiam que a disputa real entre Grifonória e Sonserina.

Sorriu para si mesma e foi para a sala de Flitwick.

 


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