As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 30
O discurso da sapa rosa




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Lena soltou um belo e alto bocejo enquanto passava a saia entre a cintura com dificuldade. Ter uma mão era um nabo, realmente. A ajeitou e se declarou satisfeita. Achou melhor colocar a camisa de botões por cima da camisa branca e depois pediria para um dos meninos a ajuda-la.

Saiu do banheiro carregando seus tênis e sua calça. Ia andar descalça mesmo e dane-se. Ainda no corredor em direção a sua cabine, um aluno do terceiro ano saiu correndo atrás de outro que corria e bateu em Lena, fazendo a ruiva ir direto para o chão, batendo com força a cabeça no assoalho.

Ninguém parecia ter dado atenção a isso, estavam rindo. Entretanto, quando viram que Helena não abriu os olhos e o sangue jorrou atrás de sua cabeça, se preocuparam.

Seus olhos se abriram com violência. Estava de pé, encostada em uma parede e a sala alegre chamou sua atenção.

Seria tudo normal com suas paredes brancas, enfeites mágicos espalhados pela sala, além de brinquedos aqui e acolá. Seria tudo normal, com uma família normal, se essa família não fosse a sua biológica.

Lilian Potter se encontrava jovem, com seus vinte e poucos anos e exibindo uma barriga com bastante protuberância. Ela ria bastante, porque James Potter, seu marido, se encontrava ajoelhado entre suas pernas e a segurava pela cintura enquanto fazia barulho de peido em sua barriga. 

O bebê moreno, que já tinha mais de 1 ano de vida, se encontrava sentado na cabeça do pai e ria também. James até tentava se manter sério, mas com Harry sobre ele era impossível.

Lena se sentiu nostálgica, como se sobrasse estar ali. Mordeu os labios quando seus olhos começaram a lacrimejar. Era uma intrusa, basicamente.

— Agora deu!- James exclamou rindo, os lábios doendo de tanto brincar com a mulher. Tirou Harry de sua cabeça e o segurou enquanto se levantava e se sentava ao lado da mulher. Lilian acariciou sua barriga meio babada com um olhar apaixonado.

— O que acha que vai ser?- perguntou a James, os olhos brilhando quando se virou para ele. Harry os observou com curiosidade, os dedos cravados na camisa do pai. Ele sorriu.

— Acho que nossa família será abençoada com a primeira menina.- murmurou ele com orgulho.- Tenho certeza que ela vai nascer com cabelos ruivos e olhos castanhos.- ele sussurrou se aproximando e beijando Lilian. Ela sorriu e encostou suas testas.

— Tenho certeza que ela vai causar muito em Hogwarts. E provavelmente vai ser amiga dos gêmeos Weasley.- ela riu e James também, a dando um selinho. Lena sentiu as primeiras lágrimas descerem pelo rosto e não fez nada para impedi-las.

— Aqueles meninos são realmente danados.- murmurou James com graça.

— Eu sei. Helena vai se identificar com eles. Ainda mais com os cabelos ruivos.- murmurou a ruiva mais velha dando beijinhos no rosto de James. O mesmo mordeu o lábio.

— Amor, o Harry.- disse com uma voz rouca. Lilian mordeu o lábio do moreno, que gemeu.- Vou colocar ele para dormir.- murmurou se levantando. Quando o fez, Lilian riu. .

— Vou esperar no nosso quarto.- disse com uma voz veluda. Lena parou o choro e fez barulho de vômito. Quase vomitou.

As cenas se desfizeram e dessa vez, James estava sentado no sofá e Lilian ao seu lado, com Harry no colo. Suas varinhas estavam na mesa de centro a frente deles e eles assistiam TV serenamente.

O primeiro tremor veio com força. Lilian soltou um berro de susto, agarrando Harry com força. O segundo tremor fez um barulho de explosão e Lena se segurou no batente da porta para não cair. Não entendia o que estava acontecendo. Até ouvir a frase que a fez ficar em choque.

— LILIAN, VOLDEMORT ESTÁ AQUI! FUJA!- James berrou enquanto procurava sua varinha. A de Lilian ainda estava sobre a mesa, mas a de James rolou para longe quando o segundo tremor veio. A ruiva, preocupada, a chamou com um Accio. Entregou a James e beijou seus lábios.

— Meu amor, por favor.- pediu chorando.

— Vá, salve nossos filhos.- pediu e Lilian foi para a escada, ouvindo Harry chorar. Seus olhos encontraram com James uma última vez quando a porta explodiu.

Duas sombras passaram pela porta. Ambas tinham capas sobre si, mas apenas Voldemort mostrava o rosto. A outra pessoa não. Lena franziu a testa, não entendendo. Mas ela gritou tão alto quando a sombra levantou a varinha e acertou um jato azul em James. Ele voou para o outro lado da sala, batendo com tudo na parede.

A sombra se aproximou enquanto ria. Era uma risada de mulher.

James a olhou em choque. Do chão, James podia reconhece-la. Podia, porque seu rosto estava tão em choque que Lena achou que ele estava vendo um fantasma.

— Você!- berrou indignado. O sangue em sua boca pingou no chão. James estava bem machucado. O feitiço que a mulher o lançou o havia machucado bastante.

— Eu.- disse a mulher levando as mãos para o capuz. Quando o abaixou, Lena sentiu seus olhos ficarem vermelhos e suas presas crescerem. O ódio inundou sua alma.

— Você tinha morrido!- disse indignado, o choque em seu rosto. Helena tentou avançar para cima dela, mas parecia que seus pés estavam grudados no chão com cola.

— Desgraçada!- berrou sem se conter.- Sua maldita mentirosa!- mas não a viam. Não conseguiam nem escuta-la. Era apenas uma visão.

— Não, eu fingi que morri. O problema, James, é que a filha que você carrega é a minha discordia. E eu não irei tolerar isso.- ela disse e deu as costas para o filho.

— Você vai pagar! Vão descobrir quem Charlotte Potter é!- ele berrou e tossiu bastante sangue. Então, Voldemort o matou.

Helena ofegou e gemeu de dor. Sua cabeça doía muito.

— Helena?- a voz de Minerva a chamou atenção e fez com que a ruiva a olhasse. Ela a encarava de cima, preocupada. Lena ainda estava no trem, no chão. Se sentiu tão querida, nem para tirarem ela de lá. - Helena, preste atenção. Onde você está?- perguntou séria.

— No expresso de Hogwarts.- murmurou tentando se sentar. A mulher a ajudou. Lena tocou a cabeça e sentiu o sangue. Pigarreou.- O que aconteceu?- perguntou piscando e vendo aquele tanto de gente a olhando.

— Eu sem querer esbarrei em você.- um menino moreno e alto disse se ajoelhando ao seu lado. - Você esta bem, não está sentindo dor?- perguntou sério, tirando a capa de seu uniforme para colocar nas costas de Helena e tampar sua roupa manchada de sangu.

— Dor de cabeça só.- murmurou fechando os olhos.

— Não, querida. Abra os olhos. Você pode ter tido uma concussão.- disse Madame Pomfrey surgindo do nada. Lena fungou e abriu os olhos, virando a cabeça. Draco estava de pé, atrás de algumas pessoas e a olhava preoupado. Theo, por outro lado, correu até ela.

— Ai ruiva, de novo meu.- ele murmurou enquanto ajudava a Poppy a examina-la.

— Ai fala baixo.- pediu com dor. Então, ela sentiu se curar. Opa. Piscou os olhos.

— Curou.- disse a mulher chocada.

— Minha parte lobisomem. Aprendi a acelerar a cura.- disse com calma.

— Realmente, isso é incrível.- disse Minerva com assombro.-Tem certeza que está bem?- perguntou e Lena assentiu, se levantando. Pisou no próprio sangue e escorregou, caindo nos braços de Theo.

— Calma ruiva, se queria me abraçar era só pedir.- ele disse rindo e a ruiva se afastou e meteu um soco em seu braço.

— Me respeita, Nott.- disse fria. O garoto riu. Minerva limpou o chão com a varinha e limpou Helena e o sangue em sua roupa.

— Vamos, vamos. Dispersando. Vocês ainda tem que pegar a carruagem para o castelo. - mandou a professora e o pessoal começou a se afastar. Lena se apoiou em Theo e meteu os tênis nos pés. 

— Eu preciso falar com Dumbledore.- a menina se virou para Minerva quanto terminou.

— Porque?- perguntou séria.

— Porque eu vi uma coisa.- rosnou cheia de ódio, seus olhos brilhando em amarelo sem querer. Minerva se afastou. Então, olhou para trás de Helena. Theo e Draco ainda estavam por ali, bem atrás de Lena e ouvindo tudo que ela dizia mas não fazia. Eles não viram seus olhos amarelos brilhando como vagalumes para Minerva.

— Mandei irem para as carruagens!- ela exclamou irritada. Eles lançaram um olhar intenso para Helena antes de sumirem de dentro do trem. Já estavam em Hogsmead a cerca de 10 minutos e precisavam começar a se locomover rápido para não perderem o inicio do jantar.- Depois do jantar vocês se falam, pode ser?- A bruxa perguntou. Helena assentiu com a cabeça em concordância.- Agora, vá. Está se atrasando para o jantar.- murmurou séria e Lena pegou a roupa e correu para a cabine para encontra-lá vazia. Murmurou um palavrão baixinho e saiu correndo para fora do trem. 

Fred, Jorge e Lino a esperavam paciente sentados dentro de uma carruagem, levados por estranhos cavalos. Cavalos bem esquisitos, marrons e bem esqueléticos, como se fossem cavalos zumbis. Lena sorriu e acariciou a trina de um deles antes de subir na carruagem. 

— Estou um caco.- murmurou quando a carruagem começou a andar.

— Percebemos.- murmuraram os três ao mesmo tempo. Lena sorriu e Lino a ajudou a abotoar a camisa. Eles conversaram por alguns minutos antes da carruagem parar, eles saltarem e entrarem no castelo para correrem para o Salão Principal.

Lena dava oi's aos quadros, geralmente passava bons tempos conversando com eles quando estava com tédio e não achava nada legal para fazer. Lena guardou a calça dentro da mochila antes dos quatro passarem pelas portas.

Lena notou cedo demais a mesa dos professores e viu  quanto ela estava cheia. Os professores de sempre, Dumbledore, Hagrid não estava lá, Lívia ao lado de Madame Pomfrey, Connor ao lado esquerdo de Snape, enquanto uma gordinha Aurora se sentava do lado direito. Sower, Frank e Thiago estavam sentados no canto, junto a Lívia e Madame Pomfrey. João estava sentado ao lado de uma mulher que vestia rosa da cabeça aos pés.

— A sapa velha.- murmurou surpresa. Era a mesma mulher da audiência de duas semanas atrás. - Que ótimo, minhas aulas de DCAT foram para o ralo.- murmurou irritada, indo se sentar junto a Luna.

— A pegadinha foi legal.- a loira disse quando Lena se juntou a ela.

— Eu sei.- sorriu marota. - Recebemos um professor de merda esse ano.- soltou o palavrão sem se importar. Era a época de soltar palavrões.

— Acho bom você se conter ou eu vou contar a professora.- disse Cho com veneno.

— Acho bom você não encher o meu saco, ou eu vou soltar minha cobra no seu quarto e vai ser menos uma idiota na minha vida.-  sorriu de lado.

— Eu vi sua cobra, e se ela chegar perto de mim, eu a mato.- Cho disse com raiva. Helena se levantou e literalmente subiu encima da mesa para passar pelo outro lado. Se sentou ao lado de Cho com todos a olhando e meteu a varinha em sua coxa.

— Escuta aqui Cho Chorona. Meu primeiro ano em Hogwarts foi uma merda. Você me encheu o saco, seus amigos de bosta me encheram o saco, eu tive que passar por maus bocados para sobreviver e você continua tendo inveja de mim ou sei lá o que. - rosnou seriamente, espetando a varinha com força na menina, que se segurava para não gemer de dor.- Eu estou de saco cheio de mais velhos enchendo o meu saco, tirando minha infância de mim. A primeira merda que você fizer, eu vou quebrar a sua cara mano a mano. Não vou usar magia. Vou usar meus dentes para te rasgar no meio, você me entendeu?- perguntou séria. Cho assentiu com os olhos brilhando de ódio e medo reprimido. 

Helena se levantou e se abrigou novamente ao lado de Luna. Depois da Seleção e da música do querido Chapéu, a comida foi servida e Helena observou Minerva falar com Dumbledore sobre conversar com Helena. Ele negou com a cabeça e Lena suspirou. Tinha que falar com ele. Se levantou e ajeitou a saia e a camisa.

Lena engoliu em seco enquanto se aproximava da mesa dos professores. Eles conversavam entre si com sorrisos no rosto. Lena foi por trás da mesa e se agachou ao lado de Dumbledore, tocando seu braço.

— Temos que conversar.- disse séria e falando baixo. Ele a olhou nos olhos.

— Não tenho hora no momento, Srta Granger.- disse com seriedade, os olhos azuis a encarando como se estivessem vendo um simples pedaço de gelo. Friamente.

— Desde quando eu preciso de hora para contar uma coisa importante para o diretor?- perguntou surpresa e falando baixo.

— Desde hoje, Srta Granger.- a voz dele foi fria, robótica e irritou Helena.

— É importante.- murmurou cerrando os dentes.- Você precisa escutar sobre isso.- disse séria.

— Marque um horário.- mandou e Helena se levantou.

— Quando a merda começar a feder em frente ao ventilador, é bom se levantar sozinho para desliga-lo.- proferiu com frieza e se aproximou de novo.- E vou deixar claro, se der merda, a culpa vai ser toda sua que não me ajudou.- murmurou e voltou para seu lugar bufando de raiva e exalando ódio. Precisava de sangue. 

Snape a observou de longe, olhando a ruiva destroçar um pedaço de carne para conseguir o sangue da carne. Começou a se preocupar, mas ficou em silêncio quando o jantar acabou e Dumbledore se levantou. As conversas e os risos altos pararam imediatamente. Dumbledore sorriu, Lena sentiu o ódio corroer sua alma.

(A PARTIR DAQUI, É TUDO DO LIVRO) ( VOU MUDAR UMA OU OUTRA COISA, MAS EU PEGUEI DO LIVRO)

— Bem, agora que estamos todos digerindo mais um magnífico banquete, peço alguns minutos de sua atenção para os habituais avisos de início de trimestre — anunciou Dumbledore. — Os alunos do primeiro ano precisam saber que o acesso à floresta em nossa propriedade é proibido aos estudantes... e a esta altura alguns dos nossos antigos estudantes já devem ter aprendido isso também. 

— Não, ainda não.- Helena murmurou friamente. 

— O Sr. Filch, o zelador, me pediu, segundo ele pela quadricentésima, sexagésima segunda vez, para lembrar a todos que não é permitido praticar magia nos corredores durante os intervalos das aulas, nem fazer outras tantas coisas, que podem ser lidas na extensa lista afixada à porta da sala dele.

— Houve algumas mudanças em nosso corpo docente este ano. Temos o grande prazer de dar as boas-vindas à Profª Grubbly-Plank, que retomará a direção das aulas de Trato das Criaturas Mágicas; estamos também encantados em apresentar a Profª Umbridge, nossa nova responsável pela Defesa Contra as Artes das Trevas. Esse ano também, os Srs Sower White, Frank Long e Thiago Powers serão responsáveis pela nova matéria, Pegadinhas e Marotagens.- Os alunos gritaram animados, aplaudindo. Dumbledore riu e levantou a mão.- O Sr João Lopes será o assistente da Profª Umbridge. A Srta Lívia Evans será a assistente da Madame Pomfrey. O Sr Connor Crews será o ajudante do Prof Snape.

O diretor continuou depois dos aplausos:

— Os testes para entrar para os times de quadribol das casas serão realizados...

 Ele interrompeu o que ia dizendo, com um olhar indagador à Profª Umbridge. Helena não acreditou, não acreditou no que essa palhaça fez. Como ela não era muito mais alta em pé do que sentada, por um momento ninguém entendeu por que Dumbledore parará de falar, mas então a professora pigarreou:

— Hem, hem — e ficou claro que se levantara e pretendia falar. Dumbledore pareceu surpreso apenas por um instante, então, sentou-se com elegância e olhou atento para a Profª Umbridge, como se ouvi-la fosse a coisa que mais desejasse na vida. Os outros membros do corpo docente não foram tão competentes em esconder sua surpresa. As sobrancelhas da Profª Sprout chegaram a desaparecer por baixo dos cabelos rebeldes, e ninguém nunca vira a boca da Profª McGonagall mais fina. Nenhum professor novo jamais interrompera Dumbledore antes. Muitos estudantes sorriam abobados; era óbvio que essa mulher não conhecia os hábitos de Hogwarts.

— Eu vou rasgar a garganta dessa mulher.- Helena rosnou baixinho.

— Obrigada, diretor — disse a professora, sorrindo afetadamente —, pelas bondosas palavras de boas-vindas.Sua voz era aguda, soprada e meio infantil, e, mais uma vez, Lena sentiu uma onda de aversão que não conseguia explicar; só sabia que tudo nela a enojava, desde a voz tola ao casaquinho peludo cor-de-rosa. Ela tossiu mais uma vez para clarear a voz (hem, hem), e continuou.— Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! — Ela sorriu, revelando dentes muito pontiagudos. — E ver rostinhos tão felizes voltados para mim!

— Só nos seus sonhos.- Lena resmungou apoiando o rosto na mão.

— Estou muito ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos!

— Só nos seus sonhos.- Repetiu Helena sorrindo com maldade. Imagina as pegadinhas que faria com a mulher.

A Prof. Umbridge tornou a pigarrear (hem, hem), mas, quando continuou, um pouco do modo soprado de falar desaparecera de sua voz. Pareceu muito mais objetiva, e suas palavras tinham um tom monótono de discurso decorado.

— O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram talvez não frutifiquem se não forem nutridos e aprimorados por cuidadosa instrução. As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa, devem ser transmitidas às novas gerações ou se perderão para sempre. O tesouro oculto de conhecimentos mágicos acumula dos pelos nossos antepassados deve ser preservado, suplementado e polido por aqueles que foram chamados à nobre missão de ensinar.

— Mas meu Merlim, que absurdo!- Helena tornou a falar em um tom alto.  A mulher e todos os outros professores a olharam com seriedade. 

— Todo diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo à pesada tarefa de dirigir esta escola histórica, e assim deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência. Por outro lado, o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições com provadas raramente exigem remendos. Então um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação...

Mas Umbridge parara de falar de repente, fazendo todos pararem e olharem para os lados para saber o que aconteceu. Helena estava de pé e colocava a mochila nas costas enquanto beijava o rosto de Luna.

— Boa noite para vocês!- sorriu enquanto se encaminhava para a saída do salão.

— Srta, se você sair, vou lhe aplicar a primeira detenção do ano.- Lena parou ao ouvir a voz da mulher. Se virou e sorriu. A expressão dos professores e alunos a fez continuar. Helena nunca foi desistente, hoje não seria diferente.

— Meu número de matrícula é 312.434. Meu nome é Helena Granger e eu sou da Corvinal. Passar bem.- e se virou novamente para a porta, a empurrando em um estrondo e saindo andando sem nem ao menos titubiar. 

Sua primeira parada foi o quarto de Snape. Lá, pegou uma bolsa de sangue e guardou em sua mochila. Depois, saiu para o jardim a caminho da casa de Hagrid. Pelas reuniões que a matriarca dos Black escutou, Lena sabia que Hagrid estava procurando aliados nos Gigantes. Lena sabia que ele não ia conseguir, já tinha visto antes quando os Gigantes se aliaram a Voldemort. Tinha até mandado uma carta a ele avisando para não ir, que ele não iria conseguir, mas Hagrid já não podia mais voltar.

Passou pela casa do mesmo, sentindo falta das noites que passou aqui conversando com o amigo sobre seus pais e entrou na floresta. A mesma não a assustava a meses, desde que as transformações começaram. Então sem medo e assobiando, Helena caminhou pela floresta até a Clareira onde seus dragões estavam.

Ao chegar na entrada, piscou os olhos surpresa. Havia mais três dragões ali, pequenos e recém-nascidos. Lena arregalou os olhos enquanto olhava de Potrus para Mirna. Se aproximou e assobiou. Todos os dragões a olharam e Potrus correu para lamber o rosto da ruiva.

— Potrus!- exclamou enquanto ria. O acaricou e acariou os outros dragões. Deu petiscos para cada um e se sentou na grama para observa-los enquanto tomava o sangue dentro da bolsa.

Passou mais de uma hora. Ela brincou com os dragões, voou um pouco com Seth e finalmente voltou para o castelo. Entrou e foi direto para as masmorras. Os alunos ainda estavam lá, voltando para suas comunais. Deu um toque na porta da sala de Snape e entrou. O mesmo conversava com Aurora, tocando sua barriga com carinho. Ele estava de pé enquanto aurora estava sentada na mesa com a camisa até abaixo dos seios.

Lena então pensou e se retirou. Não queria atrapalhar os dois nesse momento tão fofo. Passando por uma das salas, seu braço foi agarrado e Lena foi puxada para dentro.

— Oh seu coiso escro...- parou ao ver que era Draco. - Oi.- sorriu levemente enquanto o loiro ria.

— Oi.- ele murmurou com calma.

— O que foi?- perguntou o olhando. Ele deu de ombros.

— Só queria te ver.- disse sorrindo bobo. Ela sorriu bobamente também. - E te dar isso.- murmurou, tirando de trás das costas um buquê de rosas. Ela sorriu, achando fofo. Se aproximou e o beijou no queixo.

— Quer dizer que você é romântico?- perguntou sorrindo enquanto segurava o buquê e o cheirava levemente.

— Só com quem eu gosto.- murmurou e a beijou na bochecha. Ela sorriu.

— Ah, eu gostaria de invadir o quarto da Parkinson depois. Você libera minha entrada?- perguntou sorrindo marota. E sorriu, a beijou na testa e negou com a cabeça.

— Parece que está namorando comigo pela vantagem de entrar na Comunal da Sonserina.- ele murmurou acariciando seu rosto. Ela o beijou no queixo.

— Talvez.- murmurou e saiu da sala. Ela ouviu Draco rir enquanto ia para as escadas. A subiu com calma e parou em frente ao quadro que dá entrada para seu Salão.

— Granger, minha corvina favorita.- a mulher sorriu. Lena riu.

— Fico lisongeada. Manda aí a pergunta.- disse animada.

— Quais são as quatro relíquias da morte?- perguntou séria.

— Varinha das Varinhas, Pedra da Ressurreição e Capa de Invisibilidade.- disse calma.

— E a quarta reliquia?- perguntou levantando as sobrancelhas.

— E o quarto irmão?- retrucou e ela sorriu, abrindo a porta para Helena. - Obrigada.- e entrou na comunal. Passou direto pelas pessoas e subiu até seu quarto. Era o mesmo de antes, então tudo bem. Entrou, colocou o buquê sobre a cama e colocou a mochila no chão.

Colocou comida e água para os animais em potes diferentes e os soltou. Memphis foi comer seus ratos. Nestlé, Felpudo e Doing foram comer suas rações. Dougal, por outro lado, foi procurar coisas brilhantes pelo quarto para colocar em seu ninho.

Lena foi tomar seu banho com tranquilidadr e depois que o acabou, colocou o pijama e se jogou na cama de casal, debaixo da coberta. Felpudo e Nestlé subiram na cama e se deitaram no travesseiro vazio. Doing apoiou a cabeça na barriga de Helena. Memphis se enrolou no final da cama, logo abaixo dos pés de Helena. Dougal foi parar na mão de Helena.

Então, sem mais delongas, Helena dormiu tranquila.


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