As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 28
Na Casa dos Malfoy:




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Seu despertador foram os gritos naquele manhã.

Era 31 de Agosto, dia do jantar nos Malfoy e o dia anterior a ida para Hogwarts.

A casa estava uma zona quando saiu pela porta do quarto. Apenas ela estava ali, todas as meninas estavam fora do quarto. Era até que bom, seu sono foi mais tranquilo graças a isso. As meninas podiam ser todas lindas mas roncavam feito porcos. Desceu as escadas, se esquivando de um cesto voador, e assim que passou da sala amontoada de pacotes de livros e tudo mais, entrou na cozinha e encarou a bagunça de roupas sobre a mesa.

— Que diabos está acontecendo? Porque toda essa gritaria?- perguntou enquanto colocava a mão sobre a cabeça. Era nessas horas que odiava ser Vampira e Lobisomem. O barulho era infinitamente maior com a sua super audição.

— Estamos nos arrumando para Hogwarts, Helena. Arrumando as malas.- Jorge, que saiu da lavanderia, a respondeu e logo deixou a cozinha.

— Ainda bem que eu só preciso trocar os livros.- murmurou se sentando.

— Nana, nina, não.- Orion disse negando com a cabeça e com o dedo. Lena o encarou, confusa, e logo faminta. O cheiro de mingau chegou as suas narinas e ela sorriu. Se levantou enquanto ouvia Orion falar e foi pegar mingau.- Você tem esvaziar seu malão, limpa-lo, guardar as roupas limpas, guardar seu material, limpar as gaiolas e dar banho nos seus animais. - Lena apenas deu um sorrisinho de lado. Não faria nada dessas coisas, ela voltaria a dormir, isso sim.

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Bufou enquanto jogava o terceiro saco de coco no lixo.

Teve que limpar gaiola por gaiola. E era extremamente difícil fazer isso com seus animais se degladiando. Teve que gritar com Memphis umas 4 vezes até ela parar de enforcar Néstle porque ele estava a provocando. Seu dia estava uma merda e ela não tinha acordado nem á duas horas.

Prendeu cada animal em sua gaiola com água e ração e depois de conferir se Nestlé estava bem, o deitou em sua gaiola e deu um pouco de seu sangue a ele. Pelo menos o curaria.

Lançou um olhar frio a Memphis antes de ir cuidar de seu malão. Ele estava pior do que ela pensou. Como não mexia nele desde que voltou de Hogwarts, estava cheio de pó e estava bem fedido por culpa das roupas.

Colocou todas elas para lavar, retirou tudo do malão, inclusive toda a sujeira de papel e coisas que ela não precisava, e após passar um pano com álcool de lavanda, foi buscar suas roupas limpas sobre a mesa da cozinha.

Ela tinha 4 pilhas de roupas. Calças e shorts. Camisas e pijamas. Roupas de baixo. E as de Hogwarts. Cinco camisetas de botão, saias, uma capa, gravata, cachecol, luvas e uma toca. Teve que fazer duas viagens para pegar tudo e meter no malão.

Quando colocava o grimório enrolado na capa, bufou ao ouvir o celular tocar. Atendeu sem olhar quem era.

— Que foi?- perguntou irritada. Se tivesse outra mão já teria acabado todo esse trabalho.

— Nossa que delicada.- a voz de Damon a encheu os ouvidos e ela revirou os olhos.

— Como conseguiu meu número sua praga?- perguntou confusa, colocando no viva voz. Jogou o celular na cama e começou a guardar novamente as coisas no malão.

— Esse é o celular do Klaus, pivete.- Damon disse com deboche. Ela revirou os olhos e fechou o malão depois de guardar seus cadernos.

— Um segundo.- pediu. Se aproximou da porta. - TIA MOLLY, MINHA CALÇA TA PRONTA?- berrou da porta mesmo.

— SIM, HELENA. SEU VESTIDO TAMBÉM!- berrou a mulher de volta.

— OBRIGADA!- entrou no quarto e fechou a porta.

— Jesus Cristo, meus ouvidos doeram.- a voz de Klaus a fez rir.

— Desculpa, mas eu to cheia de coisa pra fazer. Vou embora pra Hogwarts amanhã.- comunicou e procurou a mochila para guardar outras coisas que precisava.

— Onde fica Hogwarts?- a voz de Hope soou curiosa. Lena jogou um livro pesado do outro lado do quarto para matar uma barata.

— Escócia.- respondeu suspirando.

— Vai sair com Draco hoje?- Elijah perguntou curioso. Lena franziu a testa.

— Não sozinha. É meio que um jantar de comemoração aos filhos do sagrado vinte e oito.- respondeu se sentando na cama de Orion, consequentemente a cama que Molly e Arthur dormem.

— O que é isso?- Alaric perguntou curioso.

— O Sagrado Vinte e Oito é uma lista/Clube, de famílias sangue-puro. Os Potter estavam na lista, mas meus avós eram traidores de sangue e bem, fomos tirados da lista.

— E porque você vai?- Elijah voltou a perguntar.

— Meus pais adotivos são Baker's. Os Baker's são tipo os Mikaelson, só que no mundo bruxo.

— Então você é tipo a realeza?- Stefan perguntou um tanto nervoso.

— Eu sou.- confirmou. E era verdade.- Minha família é conhecida como a mais rica do mundo bruxo. E com mais influência. Meu nome, literalmente, abre portas.- ela desabafou.

— O jeito que fala parece que não gosta disso.- Hope disse com descaso.

— Eles me tratavam como uma princesa. Eu odeio isso.

— Por isso toda essa rebeldia?- Matt tornou a falar. Lena deu de ombros.

— Sinceramente, eu só tenho o nome Baker. Meu sangue é Potter.

— Rebeldia ou sei lá, uma forma de sujar o nome?- Marcel perguntou.

— Não!- ela exclamou alto.- Eu nunca faria nada para sujar o nome Baker. Eu tenho princípios e eu nunca conseguiria. Eu considero eles bastante, e meu amor por eles impede que isso aconteça.- ela deu de ombros e conferiu as horas. 11h35. Precisava ir buscar seu estoque de sangue. E o pior, era longe. Enquanto falava, meteu as calças jeans e colocou uma camisa preta qualquer. Ia sem banho mesmo e dane-se.

Colocou os fones, pegou a varinha, o dinheiro e saiu do quarto. Ao descer, avisou a Sirius que iria dar uma passada no mercado ali próximo e que já voltava.

—...E como está sendo o treinamento? Esta usando o grimório?- Freya perguntou quando Lena pisou para fora da casa, agradecendo mentalmente estar de casaco. Tava um frio infernal lá fora e ainda nem estava nevando.

— Sim, estou. Hermione me tirou ele umas duas vezes porque eu a enfeiticei. Os gêmeos até aderiram comigo.- ela contou e quando não viu ninguém por perto, usou sua velocidade de vampiro para conseguir chegar ao Beco de Sangue mais rápido. - Gente, eu ligo depois. Preciso resolver um negócio antes.

— Tchau ruiva!— todos berraram ao mesmo tempo. Lena riu e desligou, retirando os fones.

Adentrou o Beco escuro e fedido e torceu o nariz. Era também nessas horas que odiava ser vampira e lobisomem. O cheiro era infinitamente maior e ela já tinha sensibilidade antes. Agora estava perdida. Observou o beco com irritação e bateu o pé.

— Cadê você, Hector?- perguntou para o nada e se atentou quando finalmente ativou sua audição máxima. Opa, tinha mais gente ali do que ela pensava. Eram seis pelo menos, todos vampiros. Respirou fundo e criou uma bola de fogo com a mão. - Eu não tenho paciência para armadilhas, Hector. Eu vou botar fogo na porra toda se eu não receber meu estoque em 2 minutos!- avisou em um tom baixo, mostrando não estar com medo e muito menos na defensiva. Estava apenas irritada.

Da sombra, 6 vampiros saíram. Todos eles transformados e com facetas raivosas. O vampiro maior, Hector, até apresentava um sorriso que combinava com seu olhar sedento de sangue. Sinal claro de psicopatia.

— Irina Miriam.- ele sussurrou e Lena revirou os olhos. Ta, ela fez uma nova identidade. Nem a pau que iria contar seu nome para vampiros desconhecidos.- Sabe que é uma aberração, certo?- perguntou debochado.

— Eu to cagando. Eu quero meu estoque de sangue.- repetiu irritada. Os vampiros rosnaram. Ela revirou os olhos novamente.

— Educação que é bom você não usa, né?- perguntou o vampiro da esquerda, parecendo frio.

— Eu vou contar até três e se meu carrinho com 40 bolsas de sangue não estar na minha frente quando terminar, eu vou matar os 6!- exclamou seriamente.

— Você não faria isso. Precisa de mim.- Hector sorriu. Lena sorriu de lado e o homem ficou atento ao ver que nem nervosa ela ficou.

— Eu sou uma bruxa, eu posso conseguir o que eu quiser.- ela sorriu debochada e fez uma estaca aparecer em sua mão depois de fazer um feitiço mental. Eles deram um passo atrás. - Você escolhe. Ou me matam, ou eu mato vocês e ainda levo o sangue de graça.- ela esperou, mas eles não se moveram. Então, jogou a primeira estaca.

Ela passou raspando pelo rosto do vampiro do meio, parecia o mais jovem. Uns 20 anos talvez. Lena conjurou outra estaca.

— A próxima é no meio da testa.- olhou com raiva para Hector e o idiota foi buscar o sangue dela. Esperou ele voltar e meteu o dinheiro em sua mão.- Não me subestime, ou eu chamo Klaus Mikaelson e ele coloca outro cara aqui para distribuir sangue.- ameaçou e quase sorriu ao ver Hector engolir em seco.

Então, sem tempo a perder, agarrou o carrinho meio pesado e começou a andar de volta para casa. Como Snape estava na casa, ele levaria para Hogwarts para ela e obviamente, ele cuidaria do estoque. Ele iria deixar em seu quarto e ela agradecia. Elfos entram no quarto dela e se vissem o sangue, nada de bom sairia.

Ele a estava esperando na esquina quando chegou. Eles falaram um pouco, e depois de Lena dar o carrinho de sangue a ele e Snape uma sacola com bolachas, se despediram e Helena voltou para o largo.

A primeira coisa que fez ao entrar foi comer. A comida da Sra Weasley fazia seu estômago soltar fogos de artificio. Era uma cozinheira de mão cheia e Lena comia como se não houvesse amanhã. Ainda mais que a comida era carne com molho madeira.

Apesar de ser lobisomem, Lena odiava carne crua ou mal passada. Ela sentia vontade de comer uma vez ou outra, mas era tão raro.

Quando o relógio bateu as 17h00, as meninas quiseram ajudar Helena a se arrumar. Ela tomou um banho morno sem muita vontade, ja desanimada para o jantar, e depois de se secar, colocou o vestido, sapatilhas e se sentou na cama sem muita vontade de se levantar e sair.

— Helena, o que está fazendo?- Alice perguntou quando olhou para a ruiva.

— Pensando se eu quero ir mesmo nesse jantar.- respondeu e realmente pensou. Veria Draco, era bom. Veria Lúcios, era ruim. Veria o resto do povo escroto do Sagrado Vinte e Um, era ruim. Mas poderia zoar com todos eles, era bom. Definitivamente bom. Se levantou, pegou a capa de coruja e a colocou. Depois, deu uma agitada no cabelo encaracolado e deu um beijo na bochecha de Alice.

Descer as escadas foi rápido e logo Lena estava na sala, dando tchau a todos. Era 19h23. É como dizem, a atração principal sempre chega um pouco atrasada. Ela pelo menos gostava de saber que Snape estaria lá.

Pegou um punhado de pó de flú e entrou na lareira. Pigarreou e sorriu.

— CASA DOS MALFOY!- exclamou alto e em bom som. As chamas a engoliram e ela fechou os olhos. Quando pousou em uma nova superfície, abriu os olhos e saiu. Era uma sala pequena, mas bem ageitada. O chão era de mármore, as paredes pretas e cheias de quadros. Havia um sofá no canto e algumas mesinhas espalhadas por aí.

Havia capas sobre o sofá, mas Helena passou direto por ele e saiu da sala. Seguindo seus instintos, seguiu as vozes até a sala maior. Onde acontecia todo o espetáculo. Parou na porta e observou o tanto de cobra que tinha ali. Literalmente, ela conseguia contar nos dedos de sua única mão quem se salvava. Narcissa, Snape, Theo e Draco.

Draco naquelas né, porque o embuste ainda era um embuste.

Soltou um pigarreiou e a sala caiu em silêncio, todos se virando para ver Helena ainda de capa.

— Srta Potter.- disse Damon com descaso, se levantando e se aproximando de Helena.

— É Baker, Parkinson, ou quer que eu desenhe para você entender?- sorriu de lado sarcástica. Agora, os olhares eram de surpresa.

— Você é uma Potter!?- Astória perguntou, se aproximando da ruiva. A ruiva nada disse e se esquivou da menina, indo direto até Narcissa. Ela continuava linda com a barriga grande.

— Como vai, tia Cissa?- sorriu enquanto a mulher sorria e segurava sua mão. Deu um beijo em sua bochecha.

— Vou bem querida? E como está você e os outros?- perguntou com calma.

— Estamos bem.- ela sorriu. - Ah, eu comprei uma coisa pro seu filhote!- disse animada, retirando um embrulho de dentro da capa. Entregou a mulher. Quando ela o abriu, viu um tênis muito fofo de bebê.- O tênis é mágico. A medida que a criança cresce, ele cresce junto. E protege ela, também.  Quando ela está em perigo, ele avisa e se ela quiser aparatar, o tênis faz por ela.- contou animada.

— Isso é muito legal. Onde conseguiu isso?- Theo perguntou se aproximando.

— Ainda nem lançaram. Eu pedi sobre encomenda depois que descobri que Tia Cissa estava grávida.

— É lindo, Helena. Obrigada por isso.- Sorriu. - Bem, pessoal, essa é Helena Baker, mais conhecida por Helena Granger, a campeã do Torneio Tribuxo.

— Ou a Lobisomem, sangue-ruim, traidora de sangue Potter.- a voz debochada de um homem no canto do sofá a fez bufar.

— Lúcios, ainda não aprendeu a manter a boca fechada?- perguntou com ignorância, não estando nem aí para todos a olhando mortalmente.

— Cuidado, Srta. Você está na minha casa, Cercada de aliados de Voldemort.- ele disse sorrindo. Lena gargalhou, nem ligando para os olhares de vitória que lhe lançavam.

— Ninguém entra em uma jaula de leão sem um pedaço de carne suculenta. - ela sorriu de lado.- No caso, jaula de cobras.- deu um sorriso divertido. Theo riu, assim como um homem gordo e com vestes vermelhas.

— Gostei de você, tem senso de humor.- o homem disse se levantando. Caminhou até Helena e estendeu sua mão. Ela a apertou.- Horário Slughorn.

— Helena Baker, ou Granger.- ela deu de ombros, sacudindo a mão do homem. Os dois se separaram e Lena observou a sala, parando para olhar Bartô Crouch Jr, que a olhava sorrindo.

— Vejo que se recuperou.- ele disse sarcástico. Lena o olhou, fazendo seus olhos brilharem em amarelo de lobisomem. Ele engoliu em seco.

— Cuidado, eu posso me transformar agora mesmo e arrancar sua cabeça fora.- disse com calma. Ele fechou a cara e Lena se controlou.

— Srta Baker.- Caractus Burke se levantou, trazendo a esposa junto, e foram até Helena. - Espero que não tenhamos problemas no futuro.- disse com calma, estendendo a mão. Helena não a apertou.

— Eu tenho memória boa, Burke, e você sendo um dos amigos mais leais dos meus avós adotivos, me surpreendi quando você gentilmente entrou em um processo contra mim dizendo que eu estava lhe roubando.- ela o encarou com os olhos brilhando em fúria.

— Você não deveria ser alertada sobre essas coisas, não tem idade para isso.- Amanda Burke disse com descaso.

— Enquanto eu pagar meu advogado para me defender e cuidar do meu legado, eu posso fazer o que eu quiser, a hora que eu quiser e ninguém vai me questionar, muito menos você e sua família com passado duvidoso.

— Seu maior erro foi convidar essa menina.- disse Burke para Lúcios, que tomava seu vinho sem preocupações. Idiota, logo veria o mundo dele cair.

— A porta é a serventia da casa.- Lena comentou observando as unhas bem cuidadas.  Os Burke não disseram mais nada e apenas foram embora.

— Lena, eu quero apresentar meus pais a você.- Astória parou em frente a ela, um sorriso no rosto.

— Para você é Helena, Grengass. E eu já tive o desprazer de conhecer sua família antes. Não nos gostamos, não precisamos nem nos cumprimentar.-  Ela foi direta e Astória se afastou bufando.

— Não nos conhecemos, Srta Granger.- um homem loiro, com um sorriso bonito e olhos tristes se aproximou e tomou gentilmente a mão de Helena para beija-la. Então, Helena se perdeu em mais uma de suas visões.

A sala estava uma penumbra, mas ainda sim Helena conseguia enxergar as sombras de pé, fazendo um círculo ao redor de 4 garotos.

Lena reconheceu Snape e Régulos quando mais novos. O terceiro tinha o olho inchado e o lábio cortado, era o homem que a cumprimentou agora pouco. O último era Bartô Crouch Jr. Piscou os olhos e se arrepiou dos pés a cabeça quando viu Voldemort de pé em frente aos meninos.

— Passaram pelo desafio. Mataram alguém. Provaram seus valores e agora estão prontos para finalmente receberem suas marcas. Estendam os braços.- mandou frio. Os meninos arregaçaram as mangas e Lena foi transportada para outro lugar. Lena viu a cerimônia de inclusão do círculo de Voldemort. Estava surpesa.

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Era de noite, e o loiro era mais jovem e era muito bonito. Porém, a forma como olhava para onde Helena estava, era tanta dor que se sentou incomodada. Um gemido a fez se virar e ela cobriu a boca com a mão. 

Voldemort segurava uma mulher por trás. Era baixinha, de olhos castanhos e cabelos loiros escuros. Seu rosto estava todo machucado e o sangue começava a jorrar de sua garganta cortada por Voldemort.

A outra loira, uma mais jovem e que parecia ter a sua idade, teve o mesmo destino. Garganta cortada por Voldemort. Helena sentiu nojo, raiva. Gritou para que ele parasse. O homem fazia o mesmo, gritando e chorando enquanto era segurado pelos comensais. Por Lúcios Malfoy e Damon Parkinson.

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Em outra visão, o homem olhava para sua marca com nojo e raiva. Ele estava se mutilando, querendo arranca-la a todo custo. Lena arregalou os olhos com o tanto de sangue que viu. Por sorte, um homem entrou e o segurou. Era Orion Black, mais jovem e extremamente bonito. Eita, genética boa.

 Pare! Vai acabar se matando assim!- ele disse urgência, jogando a faca longe do alcance do homem loiro. Orion começou a curar o loiro. Agora ele chorava, murmurando o nome Stephane e Helen.

— Ele as matou, Orion. Matou minha mulher e minha filha.- Lena chorou junto a ele, em choque total.

— Você tem que se vingar, não se matar!- Orion repreendeu. Os olhos do homem ficaram escuros e sua expressão mudou para raivosa. Tudo em menos de 10 segundos.

— Eu vou matar Voldemort. Vou destruir ele de dentro para fora.

Se soltou do homem como se tivesse tomado um choque. Sua cabeça doía e ela queria chorar pelas coisas que viu. Voldemort destriuiu mais uma família para chegar ao maldito poder.

— Sou Carlisle Flint.

— Das vassouras Flint?- perguntou surpresa, se repreendendo. Precisava se acalmar e voltar ao mundo real. Porém, Theo e Snape a olhavam com seriedade, como se soubessem que ela viu algo.

— É, isso mesmo.- ele sorriu com carinho ao ver os olhos dela brilharem.

Depois disso, a conversa ficou restrita apenas entre Narcissa, Carlisle, Helena, Theo e Horácio. Helena não cumprimentou os outros e nenhum a veio cumprimentar também. Não se gostavam e um jantar não mudaria nada.

Sentaram-se a mesa e foram servidos. Lena odiou que Elfos estavam os servindo e o pior, eram tratados mal por todos eles. Quando um deles foi servir Helena, entregou um pedaço de papel em sua mão discretamente. Lena fingiu que nada aconteceu e deixou um pouco de carne cair em seu colo para ler o bilhete.

Sala do Pó de Flú em 10 minutos. 
Doninha

Controlou o sorriso e olhou rapidamente para Draco apenas para assentir e ele soltar um sorriso bobo e voltar a comer. Lena comeu sobre o olhar atento de várias pessoas e mordeu o lábio quando o cheiro de carne entrou pela suas narinas. Ela quis vomitar e largou o garfo.

— Onde é o banheiro?- perguntou colocando a mão sobre boca. Narcissa tocou seu ombro preocupada e se levantou, puxando a mesma para o banheiro pelo cotovelo. Assim que entrou, Helena vomitou dentro da privada. A mulher suspirou enquanto puxava seus cabelos para trás.

Lena continuou vomitando e Narcissa trocou de lugar com Draco. Não conseguia mais ficar envergada enquanto a ruiva vomitava o café-da-manhã, o almoço e o jantar recém comido.

A ruiva se deitou nas pernas de Draco, fraca de mais para perceber que era ele, e chorando de dor. Ele continuou acariciando seus cabelos. Quando tocou sua nuca sem querer, os dois sentiram uma corrente de eletricidade passar pelos dois e ela se sentiu um pouco melhor. Cheirou o ar e sorriu, se aconchegando nas pernas de Draco.

— Isso para mim é como uma chance.- murmurou o loiro com calma, enrolando uma mecha de cabelos ruivos no dedo.- Ou eu estou errado?- perguntou um pouco mais irritado.

— Malfoy, eu recebi tipo, umas 9 cartas suas desde as férias começarem. Recebi um bilhete. Uma carta de amor e um presente. Você é o sonho de toda garota.- Helena disse com calma, levantando o rosto para olhar Draco. Continuou apoiada com o braço bom em seu colo.

— Pelo visto não sou o seu.- murmurou virando o rosto. Helena revirou os olhos.

— Olha pra mim.- pediu. Ele olhou.- Você é o sonho de toda garota, inclusive o meu. - disse séria. Draco sorriu.- Mas, por algum motivo, você gostou de mim. Uma...

— Uma ruiva marrenta, traidora de samgue, mestiça, sangue-puro, metida a marota, imã de problemas, briguenta. Eu devo continuar?- perguntou enquanto observava o olhar de Helena ficar tedioso. Ele quase riu e não se contentou ao passar a mão em sua bochecha. Ela o olhou intensamente.

— Ia dizer outras coisas, mas tanto faz. Sabe qual a diferença entre as garotas que você pega e eu?- perguntou retoricamente. Ele negou com a cabeça.- Elas se derretem com um pedido de desculpas, eu não. Você entendeu que eu não sou de perdoar fácil. Que demorou mais de 4 meses até termos essa conversa.

— Então, está dizendo que não quer tentar?- perguntou hesitante. Helena olhou para suas mãos perto um da outra e se colocou de joelhos, entrelaçando a mão de Draco com a sua.

— Estou dizendo que a próxima bola fora, é Game Over.- ela disse séria.- A próxima vez que você mancar comigo, eu acabo com o que temos e a gente afunda esse sentimento no peito e vive nossas vidas.

Draco a tomou nos braços e a abraçou. Ela sorriu e fechou os olhos, respirando fundo e se sentindo bem ao sentir o cheiro da Colônia de Draco.

— Então, eu sou comprometido a partir de hoje?- murmurou maroto e ela riu.

— Isso é um pedido de namoro?- perguntou a ruiva, se afastando e o encarando com os olhos semicerrados. Ele a beijou na bochecha, perto dos lábios. Lena sentiu um pouco de nojinho, porque ela tinha vomitado que nem passarinho a 5 minutos atrás.

— Quer ser minha namorada, Srta Helena Lilian Granger?- murmurou sorrindo. Ela deu de ombros.

— Pode ser.- murmurou marota. Ele riu baixinho antes de abraça-la novamente. Eles ficaram um tempo assim até Helena se lembrar do que aconteceria no dia seguinte. Mordeu os lábios e se afastou. - Eu preciso te avisar uma coisa que vai afetar o que nós temos.- murmurou séria. Draco a olhou, perdendo o sorriso que carregava no rosto.

— O que?- perguntou sério.

— Se lembra da audiência?- perguntou sentada sobre os pés, mas ainda de joelhos. Ele assentiu. - Se lembra do que eu disse sobre seu pai e o Ministro?- perguntou séria. Assentiu. - Essa é a minha mancada, Draco. Eu vou expor seu pai, o ministro e todos os comensais da morte ativos amanhã.


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