As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 27
No Beco Diagonal




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Lena jogou as cartas na mesa do escritório de Orion e suspirou irritada. Tinha vezes, como essa, que se arrependia de ter aceitado Lilian como sua mãe.

— Caramba, que chata.- murmurou para si mesma e encarou um dos livros de Orion. Era o menos favorito. O pegou da prateleira e o abriu, suspirando ao ver o fundo falso que ela criou para poder colocar o pequeno caderno ali dentro. Trancou o escritório e voltou a mesa. Sentou-se e leu as anotações que tem feito, tudo informações que a Sra Black generosamente tem passado a ela depois de passar horas espiando as reuniões da Ordem da Fênix.

Havia coisas importantes ditas lá, coisas que Dumbledore não contou a ninguém. Para a Sra Black não significava muita coisa, porque achava que Voldemort iria sobreviver de qualquer forma. Mas para Lena significava medo. Medo porque ela sabia que de alguma forma Voldemort era imortal. Helena não sabia do que se tratava a tal profecia, mas tinha a ver com Harry e Voldemort e alguma coisa sobre um não viver enquanto o outro não morrer.

E o pior de tudo, suas visões estavam mais frequentes. E muito mais dolorosas do que podia imaginar.

Na outra noite, depois de assistirem um filme de lobisomem, Helena dormiu e logo se viu em uma Hogwarts acabada, extremamente destruída. Pessoas choravam, corpos jaziam no chão. Lilá Brown, uma menina insuportável da mesma casa e série que Hermione, estava no chão, seus olhos abertos e sem vida. Uma enorme mordida de lobisomem se encontrava em seu pescoço.

Quando Helena acordava, era difícil dormir de novo. Suas noites em claro na TV estavam a acabando pouco a pouco e mesmo a cafeína em excesso não conseguia impedi-la de se deitar e tirar uma boa soneca para depois acordar assustada.

Felizmente, ninguém notou isso. Achavam que era a fase "Eu tenho 11, por isso posso ficar acordada até tarde como vocês."

Carregar esse peso nas costas a estava exaustando muito rápido. Ter todas aquelas visões. Sua paciência estourou a exatos 3 dias e ela precisou buscar ajuda com Bonnie e as outras bruxas. Precisava desabafar com elas, porque elas entendiam bem mais dessas coisas do que ela.

Helena suspirou e pensou o quanto estava sendo um inferno depois que Voldemort voltou a vida. Ela só esperava que a reportagem escrita por Ravena Fleury ajudaria para que Fudge sofresse impeachment e uma investigação sobre Comensais com patentes altas começasse.

As informações que conseguiu dele eram enormes. Enormes e polêmicas.

Ele aceitava suborno, se envolvia com prostituição, financiava o Clube Ilegal de Criaturas, era dono de um bordel que lavava dinheiro sujo, entre outras coisas que iriam decididamente acabar com a carreira dele. E, obviamente, Helena envolveu sim os Comensais da Morte, inclusive Lúcios. Ela só iria falar com a versão jovem dele antes de mandar Ravena publicar a reportagem com todas as provas junto.

Guardou o caderno dentro do livro e o livro no lugar antes de escrever uma carta aceitando o convite.

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— Temos que fazer em ordem, já que todos querem ir.- disse Remus com calma, observando a todos de braços cruzados e de pé na porta da sala. Os viajantes do tempo já exibiam seus disfarces e junto com Fred, Jorge, Lena, Harry, Gina, Hermione e Rony, trajavam roupas confortáveis como moletons ou jeans.

— Primeiro, passaremos em Gringotes. Apenas quem precisa de galeões vai entrar, ok?- Sirius disse sério e recebeu acenos de cabeças.- O resto vai ficar lá fora com o Arthur e o Remus. Apenas eu e Molly entraremos com quem precisa de dinheiro.

— Podemos ver as vassouras novas?- Lena perguntou com expectativa, seus olhos brilhando.

— Vai ter tempo de vocês brincarem pelo beco.- Remus disse sorrindo. O brilho no olhar de Helena conseguia aquecer seu coração como nunca. Ela, Fred e Jorge deram um soquinho triplo, comemorando silenciosamente.

— Depois de Gringotes vamos nos separar. Sessão roupas é com Molly. Sessão livros é com Remus. Sessão artigos de escrita com Arthur e o resto é comigo. - Sirius foi dizendo enquanto olhava para o bloco em suas mãos. - E, eu quero Helena e Harry sempre com alguém.- disse sério.

— Ah, tá de zueira!- os dois exclamaram juntos.- Tio Six, isso não é justo!- disse com a voz esganiçada, se levantando e o coque em seus cabelos ruivos se desfazendo.

— Enquanto Voldemort estiver a solta, você fica sempre na mira de alguém. Eu não quero que você se machuque, Helena.- Remus disse a olhando com seriedade.

— Mas tio Aluado!- choramingou.- Poxa, eu sei me cuidar!- exclamou indignada.

— Sabemos disso, mas você é da família. Não abandonamos a família.- Sirius disse sério, encerrando o assunto. Lena se jogou no sofá e rosnou de raiva.-Eu também sei rosnar, quer ver quem é o melhor?- Sirius perguntou depois de não segurar sua raiva. Lena não levantou os olhos, porque sabia que eles estariam amarelos. - Isso, fique quieta. As vezes nem tudo gira ao seu redor, Helena. Espero que fique claro.- ele disse antes de sair da sala e ir para seu quarto pegar o que precisava para partirem para o Beco.

— Bem, já estão prontos certo? Então vamos.- Arthur disse enquanto colocava seu sobretudo. Eles se levantaram e foram para a sala da lareira, onde iriam para o Beco Diagonal.- Beco Diagonal, não esqueçam.- disse enquanto agarrava um punhado de pó de flú. Entrou na lareira e gritou em alto bom som.- BECO DIAGONAL!- e ele se foi, deixando um rastro de fogo verde para trás.

Molly foi logo depois e então, os mais velhos e os mais novos. Helena foi a última dos mais novos, mas logo Sirius agarrou seu ombro e ela esperou. Remus foi primeiro e os dois ficaram sozinhos.

— Me desculpe.- Lena murmurou depois que Remus sumiu.

— Você sabe, Helena. Você leu.- Sirius disse sério, a fazendo se virar para olha-lo. - Sabe que meu amor por vocês dois é o mesmo que eu sinto por Nathan. Sabe que eu não posso aguentar mais um de vocês morrendo.- murmurou ele enquanto escostava na lareira.

— Eu sei.- murmurou. Queria iniciar uma discussão, estava louca para isso, mas Sirius precisava de paz. Ainda mais depois do que ele contou. - Prometo aceitar o que vocês pedirem quieta, ok?- murmurou se aproximando e o abraçando. Ele sorriu de leve e deu um beijo no topo de sua cabeça.

— Vamos.- pediu enquanto a empurrava para a lareira. Helena pegou um punhado de pó de flú de dentro do saquinho preto pendurado ao lado da lareira e entrou nela.

— BECO DIAGONAL!- berrou enquanto largava o pó. As chamas a envolveram e Lena fechou os olhos. Alguns segundos depois, escorregou para fora da lareira e riu quando Frank a segurou para não cair e levar todos juntos. Sirius chegou logo depois e logo se separaram em grupos.

Molly, Sirius, Helena, Harry, Thiago, Jorge, Fred e Hermione formaram um grupo, e o resto outro. O menor foi para Gringotes enquanto o maior esperou lá fora enquanto conversavam e riam alto.

— Posso pegar uma grana, Harry?- Thiago perguntou quando já estavam dentro de Gringotes, passando pelos vários duendes sentados nas altas cadeiras e escrevendo em pergaminhos.

— O dinheiro também é seu, pai.- ele cochichou para o loiro e sorriu levemente quando o mesmo abraçou seus ombros.

— Baker.- o duende cumprimentou assim que viu a ruiva. Ela sorriu e estendeu a mão boa para ele bater.

— Minha ruivinha é tão foda que até os duendes são amigos dela.- Thiago soltou Harry para ir até Lena e bagunçar seus cabelos. O duende o olhou com desprezo e atendeu Sirius e Molly. Helena, Fred e Jorge começaram a rir, apoiados um no outro.

— Vamos finalmente conhecer o cofre dos Baker.- Fred disse depois de um tempo, já recuperado das risadas.

— É!- Jorge exclamou.- Você fala tanto dessa porcaria que a gente ficou curioso.- ele a abraçou pelos ombros e Lena assentiu. Respirou fundo e fechou os olhos, sentindo prazer. O cheiro Jorge era delicioso. Lena se imaginou tomando o sangue dele e se afastou.

Percebeu que não tomava sangue a pelo menos 9 dias. Isso não era nada bom. Nada, nada bom mesmo. A quem iria pedir ajuda?, se perguntou enquanto sentia o controle começar a sumir e sua fome falar mais alto. Gemeu quando sentiu o cheiro de sangue inebriar seus sentidos.

— Eu preciso ir no banheiro.- Lena disse a primeira coisa que veio a sua mente. Sirius assentiu e um duende indicou o caminho para a ruiva. Ela foi praticamente correndo. Abriu a porta e se trancou ali dentro. Precisava de sangue com urgência.

Retirou a varinha das vestes e chamou a única pessoa que confiava cegamente para a ajuda-la. Snape.

— Expecto Patronum.- murmurou pensando nas últimas semanas. A doninha pulou da varinha e a encarou.- Snape, eu estou no banheiro de Gringotes e preciso que você corra até em casa, dentro do quarto que eu divido com as meninas e traga duas bolsas de sangue. Seja rápido e discreto, pelo amor de Deus.— falou com seriedade e logo mandou a doninha entregar o recado.

Era muito cheiro ao mesmo tempo. Todos diferentes e todos...Todos parecendo tão bons e deliciosos. Ela gemeu quando sentiu seus caninos descerem e as veias em seus olhos ficarem visiveis. Seus olhos ficaram amarelos ouro e ela mordeu com força seus lábios.

Enquanto Helena pensava em destroçar a garganta de alguém, tentava pensar nas palavras de Klaus depois que ele a segurou de matar um cara que passava na rua.

Era a quarta noite de Helena como vampira. Os dois andavam juntos de noite pois era o melhor horário para observar a chuva de meteoros daquela noite. Ninguém queria ir com ele, então Helena foi. Eles riam de uma piada que Helena contou quando a mesma sentiu o cheiro de sangue forte de um homem que passava.

No mesmo ato, Helena se transformou em vampira e tentou atacar o homem. Klaus foi mais rápido e a segurou, a levando para um beco. Ele a segurou forte e deu seu sangue para ela, que o sugou desesperada. Klaus esperou ela se satisfazer e depois, a observou se sentar no chão, lambendo os dedos e passando a língua nos lábios.

— Se você fosse mais velha, eu não hesitaria em deixar você morder aquele homem. - ele disse com calma, um olhar carinhoso.- Mas você é nova para sentir esse peso nas costas e sendo muito jovem e impulsiva, temo que não conseguria se controlar quando mordesse alguém e obviamente...

— ...Eu acabaria gostando de matar.- ela suspirou e assentiu. - Eu sei. Mas e quando eu não estiver perto de você para me segurar?— perguntou tímida, a voz cheia de medo.- E se eu não conseguir me controlar e morder alguém? Ainda mais meus amigos?- perguntou e tampou o rosto com a mão.

Klaus, penalizado, se agachou e pegou sua mão, a abaixando. As lágrimas desciam rapidamente pelo rosto de Helena e Klaus as limpou.

— Se o amor que sente pelos outros não ajudar você a se controlar, pense na raiva. Na raiva que sente pelos seus inimigos, na raiva que sente quando algo a deixa irritada. Respire, e pense na raiva.— ele disse antes de beijar sua testa e deles voltarem para a mansão Mikaelson.

Depois desse dia, Helena tomava diretamente do pulso de Klaus. O sangue dele era melhor que o de humano e já que ele não se importava... Podia até carregar bolsas de sangue com ela, mas não conseguia tomar. Era nojento. Quando voltou para Londres foi uma tortura tomar sangue humano. E sangue de animal estava fora de cogitação.

Um toque na porta a fez acordar para vida.

— Quem é?- perguntou tentando normalizar a voz. Ainda estava transformada, mas mais calma. Isso era bom.

— Severo.- a voz veluda do amigo a fez suspirar. Helena se levantou do chão e destrancou a porta. 

— Por favor, não me odeie.- pediu para ele escutar. Quando abriu a porta, Snape entrou e Lena se afastou quando ele mirou seu rosto. Ele prendeu a respiração e a encarou em choque. Ela teria se sentido preocupada com seu olhar, mas a mochila que Snape carregava chamou sua atenção.- O sangue, por favor.- pediu mordendo os lábios. Snape, ainda a olhando, retirou uma bolsa de sangue de dentro da mochila e a entregou.

A ruiva não pensou muito enquanto a abria e a virava dentro de sua boca. Se sentou no chão, encostada a parede, e fechou os olhos. O gosto, o cheiro, tudo parecia delicioso. Precisava de mais. Quando Helena olhou Snape, ele se apressou em dar as outras duas bolsas de sangue a ela.

Demorou menos de 5 minutos para as outras duas acabarem. A ruiva respirou fundo, sentindo-se melhor. Melhor, mais forte e sem fome. Snape a olhava, agachado a sua frente. O rosto surpreso, mas não com medo.

— Eu vou te explicar tudo, eu juro. Mas pode ser depois de amanhã, depois do jantar?- depois de amanhã era o dia de Lena e Snape irem para Hogwarts. Ele assentiu e pegou as bolsas de sangue vazia.

— Vai precisar de mais disso, imagino.- ele murmurou sério.

— Eu vou falar com meu fornecedor. Preciso levar um estoque grande para Hogwarts.- ela disse com calma e encarou Snape.- Eu preciso ir.- murmurou. Snape assentiu e ficou levemente surpreso quando ela o abraçou.- Obrigada por não me rejeitar.- murmurou e ele sorriu de leve. Quando ele a soltou, ela o beijou na bochecha e correu para fora do banheiro.

— Voltei!- exclamou parando ao lado de Harry e Sirius.

— Aleluia! Achamos que tinha morrido dentro do banheiro!- Thiago exclamou e Lena riu.

— Por pouco.- brincou e eles logo foram pegar o dinheiro em seus cofres. A primeira parada foi o cofre de Harry. Ele encheu um bolsa inteira cheia de galeões e deu outra para Thiago. O outro foi dos Weasley. O cofre deles estava cheio de moedas douradas. Cheios, bem cheios. Fred e Jorge olharam com os olhos brilhando. Lena riu. Depois, o cofre dos Black. Sirius pegou várias bolsinhas.

Ao chegarem no cofre dos Baker, todos desceram, alguns brincaram com os dragões, Lena deu comida a todos os 25 e todos entraram junto com ela no cofre. Ela pegou varias sacolas, inclusive para Hermione. Não deixaria ela pagar seu material. Por fim, próximo as 10h00 da manhã se encontraram com os outros na frente do beco.

— Tudo bem. Quem precisa de roupas, vem comigo.- Molly disse com calma. Lucas, as meninas, com exceção de Lena, Sower, Connor, Pedro, Frank, Rony e Harry foram com ela. Ela até ficou pálida de tanta gente.

— Quem vem pra Hogwarts, vem pra cá.- Sirius disse depois de pensar. Quando quase todos foram até ele, ele riu.- Quem vai estudar.- disse novamente. Harry, Rony, Hermione, Gina, Fred, Jorge, Renan e Lena se aproximaram. - Helena, Fred, Jorge e Renan, vocês vão com Remus.- Sirius separou e os quatro foram até o outro maroto.- Gina, Harry, Hermione e Rony, você vem comigo. Livia, João, Lucas, vocês não precisam de livros nenhum?- perguntou.

— Sim, mas eu prefiro comprar as roupas primeiro se não for incomodar.- a ruiva disse com calma. Lucas não disse nada enquanto ia para junto do Sr Weasley. Ele precisava comprar alguns cadernos mesmo. Lena viu seus olhos brilharem quando viu a chance de conversar com Lúcios mais jovem antes de ir para a casa dele amanhã.

— Eu vou com o tio Arthur, preciso de cadernos de desenhos novos. - a ruiva foi para perto do ruivo mais velho e sorriu quando Lucas a abraçou pelos ombros.

— Eu devo sentir ciúmes?- perguntou Thiago olhando para a cena com estranhamento.

— Não.- a ruiva negou, mas Thiago continuou a olhar para a cena com cara de quem comeu e não gostou.

— Preciso de penas novas.- Sower exclamou de repente, e foi para perto de Arthur. Lena bateu na testa com a mão e negou com a cabeça quando Thiago, Connor e João se juntaram a ele.

— Já não basta ter 3 pais, ainda ganhei mais 3.- murmurou e Lucas riu baixinho.

— Relaxa baixinha, isso é amor. Eles se importam com você.- ele acariciou seus cabelos e Lena sorriu, não conseguindo evitar de pensar como Lúcios mais velho era um babaca. Preferia mil vezes o mais novo.

— Ta bem, alivou. Vamos pessoal, não temos tempo a perder. Vamos as compras.- Remus praticamente ordenou e os grupos se separaram. Ouvindo o Sr Weasley falar sobre casos de bruxos aprontando com trouxas, os 6 o seguiram até a loja de Instrumentos de Escrita Escribbulus.

Passando pela porta, Lena agarrou uma cesta e foi correndo para as penas de Repetição e de cola. Arthur correu para frea-la. Os meninos riram e foram pegar o que precisavam.

Helena pegou alguns cadernos de capa preta, algumas penas novas e escondida, penas de Repetição e Cola. Prometeu a si mesma que iria desenhar assim que chegasse em casa. Já fazia uns bons dias que não treinava sua mão.

Depois que ela pagou, esperou os princesos se decidirem. Quando Lucas acabou, ela avisou a Arthur que esperariam lá fora e os dois se sentaram na calçada.

— Eu preciso te contar uma coisa.- ela disse com calma. Ele a olhou. - Eu vou expor Lúcios e todos os outros Comensais.- disse e o olhar de Lucas a fez suspirar.

— Porque?- perguntou com calma.

— Porque eles não podem estar mais no Ministério. Eles dão informações privilegiadas para Voldemort. Ele tem muita vantagem, Lucas. - ela disse com seriedade.

— Porque esta me contando isso?- perguntou curioso.

— Porque você é ele, mesmo mais novo você é ele. Eu não posso expor alguém que eu convivo sem dar satisfações.

— E o que vai dizer a Draco?- ela deu de ombros.

— Draco é meu amor, mas não é meu dono. Eu não devo satisfação a ele do mesmo jeito que ele não me deve nada.

Lucas ficou parado depois de ouvir o que ela disse. Pensando por uns minutos, deu um beijo em sua testa.

— Meu filho é sortudo por ter alguém como você para ama-lo.- murmurou e Lena sorriu. - Sabe, mesmo você sendo muito nova para essas coisas, eu apoio. O mais engraçado é que Draco é a sua escuridão e para ele, você é a luz.

— Meio clichê, não?- ela perguntou deitando a cabeça nos joelhos e olhando para o mais velho.

— Um pouco.- ele sorriu dando de ombros. Eles esperaram em silêncio os outros meninos e quando eles se juntaram aos dois, passaram na farmácia para comprar os ingredientes de poções para Helena e um novo caldeirão na Loja de Caldeirões. Quando passaram em frente a Tralhejusto & Janota, Lena empacou.

— Eu devo ir de vestido amanhã?- perguntou para os meninos.

— No jantar?- João perguntou. Lena assentiu.

— Se vai causar lá, pelo menos esteja bem vestida.- Connor disse enquanto a empurrava para dentro da loja. Os outros vieram atrás. Lena começou a olhar os vestidos e Arthur, Thiago, Sower, Lucas, João e Connor a ajudaram a achar o vestido perfeito.

— Que tal esse?- Sower a mostrou um.

— Ela tem 11 anos, cabeçudo, e não é uma moça da vida.- Thiago bateu na cabeça do loiro e colocou o vestido no lugar.

— Que tal esse preto?- Arthur a mostrou um vestido preto, rodado e com brilho. Lena negou e quando suas mãos tocaram um vestido azul, se lembrou do presente de Draco. Quase riu.

— Obrigada Tio Arthur, lembrei que eu ja tenho um em casa.

— Tem?- os meninos perguntaram e ela assentiu.

— Vamos então, meninos, estamos a quase duas horas fora e precisamos passar em muitos lugares ainda.- Arthur começou a enxota-los para fora da loja.

— Pai?- Lena chamou baixinho, um sorriso travesso em seus lábios.

— Oi!- ele exclamou animado. Adorava ser chamado de pai.

— Ta com você!- ela tocou nele e saiu correndo. O loiro riu antes de sair correndo atrás dela. Os dois riam alto, fugindo um do outro e tentando não esbarrar nos outros, que apenas olhavam. Um ou outro ria.

Perto da Madame Malkin, Lena viu Pedro na calçada, e se colocou atrás dele. Ele a olhou confuso.

— O que...- mas encarou divertido quando Thiago tentou pegar a ruiva e ela deu uma volta no loiro enquanto ria alto.

— Fracote!- gritou com um sorriso no rosto. Ela gritou e riu quando alguém a pegou no colo.

— Peguei!- Sirius exclamou a apertando contra seu corpo. Ela riu e gritou quando ele a jogou para Thiago.

— Crianças! Vamos comprar os livros.- a voz da Sra Weasley chegou aos ouvidos de ambos e Thiago apertou a filha enquanto caminha para entrar na loja. Quando entraram, Thiago pousou Lena no chão e a ruiva correu para os livros.

A deixaram sozinha, porque sabiam que quando se tratava de livros, ela queria paz para escolhe-los. Como Remus sabia que ela esqueceria os livros da escola, pegou-os para ela e foi ajudando os outros com seus livros. E sempre na lista de livros de Defesa Contra as Artes das Trevas, fazia uma careta chocada. O professor que daria aula era um animal, obviamente.

Depois que todos pagaram, Remus foi procurar Helena e a encontrou no andar de cima, sentada no chão e lendo um livro.

— Lena, meu bem, precisamos ir.- disse com carinho. A ruiva o olhou enquanto fechava o livro. - O que foi?- perguntou ele ao ver seu rosto tristonho de repente.

— Eles vão embora.- ela disse, tomando impulso para se colocar de pé.- Quando papai me colocou no chão, foi como se eu sentisse que ele tinha ido embora, voltado para 1978.- ela abraçou o livro, o rosto triste. - E é verdade. Mamãe, papai, eles vão precisar voltar e nós nunca mais vamos vê-los.- Remus então piscou os olhos supreso ao ver a ruiva cair no choro. De imediato, foi ao seu alcance para consola- la.

Remus se surpreendeu porque era a primeira vez que Lena se mostrava triste por eles irem embora. Mesmo em mais de 7 meses de convívio, isso só se tornou claro agora que eles iriam. E a conhecendo, ele sabia que ela iria ficar o mais próxima o possível de todos eles.

Depois que o choro cessou, ele a ajudou a pegar os livros e depois que pagaram, se juntaram aos outros. Na hora do almoço, voltaram para o Largo Grimmaud e lá comeram, obviamente sem a presença de Helena. A ruiva estava triste de mais até mesmo para comer.

Foi direto para o escritório de Orion e lá, agarrou um pergaminho e uma pena.

Klaus e cia, aqui é a Lena.
A ruiva que ta esperando uma carta de vocês, palhaços, a duas semanas.
Eu vim desabafar, de novo, porque vocês são adultos e são legais e bem, o Klaus me entende. Ele é basicamente meu psicólogo-ausente-que-não-ajuda-em-nada.
Então, amanhã eu vou na casa do amor da minha vida vulgo Draco Malfoy, o filho do cara que eu vou expor no mundo bruxo no dia seguinte. O Lúcios, o pai dele, vai fazer esse jantar ai para comemorar mais um ano de Hogwarts. Eu tenho certeza que é pra comemorar que não vao ter nenhuma criança enchendo o saco dentro de casa por quase um ano.
Hoje eu me toquei que papai e mamãe um dia vão embora pro tempo deles e eu to triste. Porque, né, eles são meus pais e caramba, eu amo eles tanto! 
Enfim, Klaus, eu meio que tive um surto hoje. Tem como me escrever o mais rápido possível ou sei la, me ligar? 
Sinto saudades de vocês. Obrigada por serem os melhores, mesmo não respondendo as minhas cartas.
Helena Granger, marota e aprendiz de bruxas nas horas vagas.

Helena fechou a carta, colocou dentro de um envelope e a fechou. Depois, chamou Pullman e o mandou entregar para Klaus Mikaelson. Quando ele saiu, suspirou triste e se deitou sobre o braço. Só queria dormir.


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