Episodio 3: On The Road.-Mamãe é lindo – uma pequena Lexie diz para sua mãe enquanto segura seu urso de pelúcia favorito.

—Lex, cuidado se continuar girando você vai cair – sua mãe diz muito feliz por sua filha gostar da nova decoração de seu quarto, mesmo sabendo Noe não gostaria, ela não entende como as duas mesmo sendo gêmeas são tão diferentes.

—O que foi Noe – sua mãe pergunta mesmo já sabendo a resposta.

—Eu não gosto dessa cor mamãe – responde uma pequena Noelle de apenas cinco anos, encostada no batente da porta de seu quarto decorado com as cores rosa e branco e quadros de bailarina e adesivos de fada.

—Não gosto de ballet e nem de rosa, porque sempre e a Lex que escolhe tudo ate o laço que eu uso – Noelle corre de seu quarto deixando sua gêmea aos prantos sem entender nada, porque pra ela esse quarto estava perfeito.

—Lex, acorda, chegamos no posto – diz seu pai tocando em seu braça para acordar, suas irmãs já estão do lado de fora do carro, ela odiou o sonho, fazia tempo que não lembrança daquele quarto, ela teve ate seus dez anos quando numa das poucas vezes em que brigou com sua gêmea Noe atirou um daqueles quadros pela janela e rasgou todo o papel de parede que sempre odiou, chorando muito por saber que sua gêmea ficaria de castigo, e seus pais brigariam aquela noite, eles sempre brigavam pelo mesmo motivo, Noelle, ela lembra que depois daquele dia sua gêmea nunca mais foi com ela pra aula de ballet, começou a fazer junto de usa irmã mais nova, ficou feliz por passar mais tempo com Lola, mas sentia falta de Noe, o engraçado que no dia seguinte ela chegou em casa e o lado do quarto que não era seu estava pintado de preto, a cama também  tinha mudado, seu quarto de princesa não existia mais.

—Pai onde esta Noe e Lola – seu pai responde que no posto pegando algo pra comer.

—Vou ao banheiro não estou com fome – no banheiro olhando para espelho Lexie se lembra daquela menina que usava tranças e um laço no cabelo e amava ballet, os olhos ainda tem a mesma cor, a cor dos olhos de seu pai, uma vez ela pergunta para sua mãe o que ela mais amava em seu nele e sua mãe contou que eram os olhos, Noe não tinha esses olhos Lola sim, mas agora ele estava borrado pela maquiagem que ela começou a usas messes atrás, as unas estavam maiores, o primeiro esmalte que ela passou foi um de glitter para seu aniversario de dez anos, Noe não queria usas, não queria nem  participar da festa, como nos aniversários anteriores conseguiu convencer a gêmea, mas agora sabe que os sorrisos nas fotos eram falsos,  eram sorrisos para fotos, para recordações falsas, porque só ela era feliz.

—Droga Lex, sem choro lembra – Lexie percebe que passou todo o tempo olhando as lagrimas caírem de seu rosto pelo reflexo do espelho, Noelle estava a observar encostada no batente da porta com seus óculos escuros. – Vamos, agora falta pouco pra nova cidade.

Noelle coloca seus óculos escuros passa um batom vermelho e acompanha sua irmã ate o carro para em fim chegar ao destino.

“A viajem segue tranquila ao sou de The White Buffalo, eu sei que e o apelido de algum cantor, mas não lembro quem, meu pai adora, meu pai só o escuta, conheceu numa serie, gosto da musica e diferente, meu pai dirigindo com a musica ao fundo e tão lindo, só falta à mãe aqui, mas ela não iria gostar da musica, mamãe e eu teríamos colocado alguma musica da Katy Perry e estaríamos cantando iguais locas, Noelle estaria com fones de ouvidos e Lolla também , e papai estaria reclamando, seria divertido, agora estamos todos prestando atenção, sentido a musica, ela e linda.”

—O que você tanto escreve – pergunta Lolla enquanto Noe esta dormindo – Não sabia que você tem um diário.

—Nada demais, já estamos chegando – Lexie guarda seu caderno secreto enquanto fala com sua irmãzinha e aponta para uma placa enorme dizendo “Bem Vindo Jacksonville. Estado da Florida”.

O carro para em frente de uma casa enorme, era uma herança de sua mãe, algo de família, num condomínio fechado.

—Nesta nova casa cada uma vai ter seu próprio quarto, closet, as coisas que vocês gostão – Thomas sabe que nem uma de suas filhas esta prestando atenção no que ele fala, ele entende porque, a casa e enorme, e sabe que ao longo do tempo vai ter que responder varias perguntas.

—Pai de quem a mamãe herdou essa casa, e porque não sabíamos disso – talvez as perguntas sejam respondidas sedo de mais.

—Essa casa tem uma longa historia muitas famílias já passaram por ela, e complicados responder, porque nem eu tenho todas as repontas, mas vem da parte do pai, ou seja, o avo de vocês, o que eu sei e que ele tinha muito dinheiro, mas não foi um bom pai, nem um bom marido – falando de forma estranha para suas filhas esperando que elas estejam mais curiosas com seus quartos do que desenterrar esqueletos dos armários, por que alguns segredos e melhor continuarem escondidos.

—Pai, é lindo – Lexie fala do hall de entrada¹ de sua nova casa, mas lembrando de que sua mãe não escolheria essas cores e nem esses moveis, é tudo tão lindo, mas parece como naquelas lojas chiques que sua mãe se recusava a entre, minha mãe cresceu aqui, deve ser por isso que ela odiava aquelas lojas.

“Passamos pela cozinha, sala de janta, sala de estar é tudo tão lindo, papai fala que o cinema fica no porão, mas preferimos ir ver nossos quarto, no andar de cima. Papai é arquiteto, e nos conhece, ele organizou os quarto conforme os nossos gostos. A escada também é linda, como nos filmes que eu olhava quando criança, a casa e um sonho, o primeiro quarto e o do papai, eu não entro, o da frente é da Lolla, também não entro, o meu é o do lado do papai, sinto Noe pegar minha mão e abrindo a porta para entrarmos juntos, essa e a primeira vez em nossas vidas que não precisamos dividir o mesmo quarto, o mesmo banheiro, o mesmo closet, o mesmo tudo, cada uma vai ter nuas próprias coisas, estou feliz, mas vou demorar pra me acostumar.”

“Lembro que a ultimas férias que passamos juntas,  foi uma viajem só de meninas para Orlando, dias antes do acidente, comprei farias coisas ¸mamãe ia me ajudar a mudar minha parte do quarto, nunca abri minha mala da viajem, agora sei o lugar perfeito para o que escolhemos juntas”.

Passando pelos quarto de suas irmãs Noelle as observa colocando os objetos que escolheram, elas chamavam de momento das garotas.

“E engraçado pensar que segunda vamos começar numa escola nova, estamos na metade do ano, novos amigos, acho que não vou querer entrar pras líder de torcida, não vás mais sentido nesta escola, era algo que me ligava à mamãe, era algo só novo, dói toda vez que falar a palavra mamãe no passado, torna real”.

—O que foi Lex – pergunta sua gêmea com um balde de pipoca em seu colo e Lola ligando o cinema para ver algum filme engraçado ou estranho ou uma mistura dos dois.

—Pensando – diz Lexie entrando pela porta e sentado no lugar de Lola. – Que filme iremos olhar? – Lexie pergunta já roubando uma pipoca de Noe.

—Sei lá, Lola disse que vamos gostar – Lexie fica apreensiva por saber que os gostos de filme de sua irmãzinha são um pouco duvidoso.

—Vamos nos arrepender por isso – Noelle fala rindo da expressão de sua gêmea.

            Ao cair da noite Thomas escutas muitas risadas percebendo que vem do porão vai ao encontro de suas filhas, observando-as de longe percebe que há muito tempo não via esses sons conectados, suas meninas estavam voltando, diferentes entre si como sempre foram, mas unidas como irmãs tem que serem.