Porque mamãe sempre tem que fazer essas tranças em nossos cabelos, só porque somos gêmeas não temos que usar roupas iguais, nem nossos rostos são iguais, Lex minha gêmea gosta disso, os vestidos, a cor rosa e as tranças e sempre esses laços no cabelo das cores dos vestidos, eu sempre tiro, mas a professora coloca de volta, eu já disse que não gosto.

—Professora Marie, eu não gosto – diz Noelle com cinco anos chorando.

—Mas a sua mãe disse que e pra você usar, sua mãe não gosta que você os perca – diz a sua professora tentando arrumar seu cabelo outra vez.

—Noe, aquele menino puxou minha trança – diz sua gêmea Lexie segurando um urso de pelúcia, aos prantos.

Despertador.......................

Noelle acorda ao som de The Jack e acaba caindo da cama.

—Droga não devia ter trocado o despertador – diz Noelle após cair de sua cama reclamando e esbravejando diferentes palavrões, enquanto escuta uma risada familiar.

—Não ria de sua amada filha, posso ter me machucado – diz para seu pai que esta no batente da porta com uma xícara de café a observa-la enquanto ri.

—Quanto tempo você esta ai, me ajude a levantar? Pelo menos! – seu pai Thomas a ajuda enquanto lembra que desde pequena ela faz isso, por esse motivo levou muito tempo para ganhar uma cama.

—Você acordou a casa toda. – diz seu pai.

“Droga, tive aquele sonho estranho, na pré-escola, eu sempre tinha que usar aquelas roupas que minha mãe escolhia, eu odiava, Lex amava, hoje ela não quis me acordar, ela e a mais parecida com a mamãe, ela já conseguiu arrumar toda a sua parte dos quarto, já esta tudo encaixotado, no que um dia foi a sala de estar, onde passávamos nossos finais de semana, ou melhor eles passavam, nunca gostei de participar, sempre fui a ovelha negra da família perfeita amarica, agora todas as vezes que olho para o que um dia já foi minha pequena irmãzinha percebo a dor que causei a minha família, não a odeio, não a critico, só tento ajuda lá, para que as decisões que ela esta tomando não chegue a um ponto que não tenha volta, mas eu entendo, sexo, bebidas, eu ainda faço isso, e estranho vela nas mesmas festas com os mesmo caras que eu já estive.”

Percebendo que passou tanto tempo em volta de seus próprios pensamentos que seu pai já tinha se retirado de seu quarto, sua gêmea já tinha arruma grande parte de suas coisas, só faltava dobrar suas roupas que já não eram mais iguais, nem compradas nas mesmas lojas.

Separando suas roupas percebe que muitas já não entram mais, e outras foram presentes de parente que sua mãe insistia em fazê-la guardar dizendo que um dia ela usaria mesmo as duas sabendo que esse dia nunca chegaria, ela guardava para agradar sua mãe, agora ela já estava morta, mesmo que disser essa palavra doesse, ela não a disse em voz alta, mas todos sabiam, viver naquela casa, cidade e escola era o inferno, ninguém sabia o que dizer para elas, melhor era a mudança, mesmo sabendo que para Lex era difícil, tudo que ela amava estava aqui, as lembranças às pessoas, mas ela concordou Noelle ódio por ela concordar por que a noite ela era a única a  escutar o chora de sua gêmea, isso partia seu coração.

—Não vou mais chorar – Lexie entra no quarto que elas ainda compartilhavam, parecendo bem decidida em suas palavras. Noelle fica surpresa pelo que ouviu.

—O que você disse? – pergunta Noelle que congelou enquanto estava colocando uma saia qualquer dentro de uma caixa para doação.

—Posso ficar com isso? E você escutou – Lexie fala estendendo a mão para sua gêmea entrega-lhe a saia, saindo em seguida para guardar sua nova aquisição na sua parte da mudança.

Noelle se senta em sua cama chocada com as palavras decididas de Lexie, esperando que seja um bom sinal, esperando que ela não precise novamente socar a cara de ninguém por Lexie nunca saber o que fazer quando estiver enfrentando um problema, mesmo sabendo que sua gêmea já tinha mudado bastante, ela gostou da mudança do cabelo, ficou surpresa, loiro, o corte, parece que só ela decidiu deixa o cabelo crescer.

Sendo o ultimo final de semana nesta cidade cada uma das irmãs decidiu passar de maneiras diferentes, e parecidas, envolvendo garotos e bebidas, pela primeira vez ou já acostumadas.

Lola indo para um bar aos redores da cidade com os veteranos da escola, para beber e fumar, encontrando sua irmã Noelle no banheiro com um cara que não parecia pertencer aos garotos da escola, aquele velho bar era conhecido por ser perto da Universidade, por já ter feito isso ela não se importava, e quem era ela para dar lição de moral.

Noelle sabia que seus amigos eram estranhos, todos mais velhos, veteranos da escola ou já estava na faculdade, no começo se importava de encontra Lola nestes mesmos lugares, mas agora percebeu que sua irmãzinha já estava crescida e sabia se cuidar e quais as decisões eram as mais idiotas e como evita-las.

Ela já tinha encontrado o mesmo cara naquele mesmo banheiro alguma semanas atrás, já sabia o nome dele Arthur como o da historia, tinha gostado dele, se tivessem conhecido a meses atrás poderia ter sido diferente não só um caso de finais de semana, mas algo serio, ela não costumava conhecer cara legais, não estava procurando um namorado, mas acabou conhecendo um cara legal.

—Quem era a garota? – pergunta Arthur.

—Minha irmãzinha, Lola. Podemos continuar?! – diz Noelle já o beijando novamente.

—Que tal conversarmos?! só pra variar, conheço você de formas diferentes, mas nem uma incluir você – Noelle percebendo que não teria muito escolher, decidiu disser para ele tudo.

—Vou me mudar daqui a dois dias, mas você já sabe – eles conversão encostando-se a pia do banheiro revezando uma garrafa de Vodca Blue Ice – Mas você já sabe disso, o que você não sabe, mas já ouviu falar, toda a cidade sabe, o acidente a seis messes atrás envolvendo o filho do prefeito dirigindo bêbado que bateu no carro da medica, era minha mãe, e a garota que entrou aqui e minha irmãzinha Lola como eu já disse, mas as roupas dela não costumavam ser assim, o cabelo a maquiagem, tudo mudou, ela não costumava frequentar esses lugares, provavelmente nem sabia onde ficava eu costumava ser a ovelha negra da família, agora não tem um dia que eu não me preocupe com ela, lembro no primeiro porre, ela estava comigo, ela vomitou a sala de estar e toda a escada. Também tenho uma gêmea, Lexia, não somos idênticas se e isso que você estava pensando – Arthur a observa e da uma risada sem graça, vendo as lagrimas de Noelle escorem pelo seu lindo e triste rosto, ele a beija, mas ela interrompe, por que ainda não  terminou de falar – Não  tenha pena de mim, nunca, você entendeu – Arthur afirma com a cabeça – Ok, continuando, Lexia e gentil, carinhosa preocupada com todos, era a mais parecida com nossa mãe, ela esta loira agora, nossa mãe era loira, acho que foi a forma que ela encontrou de ter um pouco da mamãe com ela.

Noelle contou sobre sua família, infância, tudo que estava  acostumada a escondendo nos últimas messes.

—Lembro do acidente, não fazia ideia que era sua mãe – Arthur fala enquanto acaricia seu rosto e a outra mão em sua cintura, ele a beija alguma vezes, mas ambos sabem que essa vai ser a ultima vez que se encontraram, se tocaram, ele quer que seja especial, ele a leva para fora do bar, nos fundos tem uma cabana onde ele usa para passar o tempo com seu violão, Arthur toca pra ela,  Noella canta como não cantava desde criança com o coração enquanto ele acompanha com o seu violão.

—Sua voz e linda – ele diz sorrindo para ela.

Ela sabe o que vai acontecer, mas não se importa esta ansiosa por fazer amor com alguém só pra varias, um cara legal que se importa com o nome dela que realmente liga no dia seguinte.

—Foi incrível – Arthur fala acariciando o rosto de Noelle estando nu encima dela.

Sabendo que essa noite não poderá ser um conto de fada eterno Noelle conta para seu amigo sobre a conversa que escutou de sua gêmea com as outras líder de torcida para essa noite, os planos que elas tinham, ela falou que só tinha medo que sua irmã se arrependesse, mas essa decisão só Lexie poderia tomar.

Arthur ajuda Noelle com suas roupas enquanto se veste e da mais uns beijos e vão para fora em direção a mato, ambos subindo na moto para irem em direção à festa que esta acontecendo na casa de Ashley.

Ashley era a capita das líderes de torcida e melhor amiga de Lexie desde a terceira serie, todos queria ser convidado para suas festas, todos os populares queria estavam lá.

—Ash onde está Lex – Noelle entra na festa de Ashley sem ser convidada, mas não se importante com isso, pois todos estão olhando para o garoto com o qual ela esta segurando a mão, mesmo Ashley sabendo que Noelle se relaciona com caras mais velhos fica sem reação com a beleza de Arthur.

—Foco - diz Noelle apontando para si mesmo em relação a outra garota – Não encara, onde esta minha gêmea. Já aconteceu? Eu sei da conversa e o motivo da festa ser esta noite, não e clichê de mais, ate pra vocês. – pergunta Noelle indignada e chocada, mas preocupada que sua gêmea cometa um erro e se arrependa pro resto de sua vida.

—Você tem que para de superproteger Lex, a ideia foi dela, ela esta planejando isso a messes, ela não e tão inocente quanto você pensa, pare de trata-la como uma criança. – Ashley diz puxando seu braço das garras de uma gêmea furiosa e chocada.

—Eu, sei – diz Noelle, mas Arthur percebe que ela mesma não tem muita certeza disso.

—Vamos lá fora, dar uma volta pela casa, você não pode proibir sua irmã de fazer sexo. – ele diz a puxando pela mão levando a para a parte de trás da casa.

Noelle bebe algumas cervejas, dançando ao som de Wake me up enquanto beija Arthur.

Três da manha, algumas cervejas a mais e um garoto especial na cama dos pais da Ashley, é irônico, que ela vez tudo que tentava impedir  que sua gêmea fizesse. Mas agora ela entende que nem tudo ela pode controlar principalmente a vida de quem ela ama.

“È melhor deixa-lo aqui, sonhando comigo”.

Ela sabia que agora já não tinha mais volta, via a expressão de sua gêmea via o que tinha acontecido, Lexie parecia feliz, os convidados estavam começando a irem embora os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, descendo a rua que não era de sua casa via-se Lola com uma garrafa de Tequila e um cigarro na outra mão.

—Olá – diz Lola para sua irmã mais velha e a convidado de um gole da bebida e uma tragada de seu cigarro. – O que ouve com a perfeitinha da Lex – pergunta Lola vendo eu a observar.

—Vamos lá, ficar um pouco com ela – ambas vão em direção a Lexie.

Os primeiros raios de sol estavam clareando o dia, e as três irmãs estavam unidas pela primeira vez em meses, os mesmos pensamentos, medos e anseios pela mudança que ocorreria em poucas horas.

Elas conversaram sobre tudo que deixaram de disser uma pra outras nos últimos anos, sobre garotos, festas e todas as suas primeiras vezes.

Às vezes você tem que se perder para se encontra, não sei quem disse isso, mas tenho certeza que estava certo sobre suas palavras.

As irmãs desceram a rua em direção a sua casa pela ultima vez, mas o que elas não perceberam foi aquele lindo garoto que as observava da janela de um quarto qualquer da casa.