Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 46
As trapalhadas catastróficas de Darcy Lewis


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão? Esse capítulo está muito comprido, do jeito que vocês amam.
Teremos uma linda interação entre o nosso casal e também a chegada do Capitão ao laboratório. Logo vocês vão entender porque o nome do capítulo se chama: As trapalhadas catastróficas de Darcy Lewis, mas se acalmem, porque ainda não chegou o momento da estagiária cruzar com Steve Rogers.
Divirtam-se.



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Darcy acabou dormindo em seu apartamento.

A garota não pretendia estar ali, mas seria estranho voltar para a casa de Kimberly depois de se encontrar com Bucky naquela madrugada.

Ela levantou, e resolveu fazer o café da manhã, só que dessa vez, para duas pessoas.

Seria extremamente infantil manter a postura de ignorá-lo naquele dia, por mais que fosse o melhor a se fazer, para a sua própria proteção.

No entanto, as coisas não eram tão simples como desejava que fossem...

A garota preparou mais uma refeição matinal repleta de coisas deliciosas e as colocou na mesa.

Quando o soldado saiu do quarto, seu olfato foi surpreendido pelo cheiro do café puro e da manteiga derretida nas torradas crocantes.

Ele arqueou uma sobrancelha. Fazia muito tempo desde que Darcy esteve na cozinha...

— Você não ia sair cedo...? – Indagou-a, intrigado pelo fato de ainda a ver aquela hora da manhã.

Estava calor, e como não esperava encontra-la naquele horário, o sargento saiu do quarto sem camisa... apenas com sua tradicional calça jeans...

— Eu vou sair daqui a pouco, mas preciso comer alguma coisa antes. – A estudante dizia enquanto mordiscava uma torrada, tentando ignorar o fato de que o cara que ela gostava, estava ali, com o tórax e o abdômen totalmente à mostra em sua frente.

Já Darcy, vestia suas típicas roupas esquisitas...

Uma camiseta branca do Star Wars gigante, calça larga e as extravagantes pantufas da pantera cor de rosa...

Porque era super normal calçar pantufas no verão...

James conteve um sorriso... sentia tanta falta de vê-la ali, naquelas circunstâncias... e se recordava das primeiras semanas onde estiveram juntos, exatamente como naquele momento...

Seus olhos percorreram-na, com precisão... Aquela imagem perfeita lhe causava efeitos surpreendentes, a ponto de se sentir hesitante, inseguro e nervoso...

Ainda que seus trajes não fossem os mais elegantes e deslumbrantes, como os da noite passada, ela parecia linda daquela forma... como uma menininha, pré-adolescente...

O sol em sua hora mais primorosa, clareando os longos cachos ondulados da estudante, num brilho dourado fascinante que lhe instigava num ímpeto possante, quase incontrolável...

Sem perceber, ele avançou dois passos na direção dela, mas parou quando a mesma lhe lançou um olhar surpreso, e então...

Ele se brecou...

Céus... estava perdendo a noção da realidade, e tudo isso por se sentir arrebatado apenas pela visão de contemplá-la naquela manhã?

— As suas torradas estão aqui, sargento. Pare de fazer essa cara de fome. Pode comer à vontade... – Ela sorriu matreira, enquanto pegava a xícara de café e um pratinho com duas torradas, indo em direção à sacada, apenas para se sentar na poltrona e observar a movimentação do lado de fora de seu apartamento.

James a observou saindo dali, e suspirou profundamente...

A sombra dela balançava a cada passo...

O rádio que estava ligado, tocava uma música que mais uma vez, fazia alusão de muitas coisas na vida de James...

Behind Blue Eyes – Limp Bizkit.

.

♫ No one knows what it's like (Ninguém sabe como é)

To be the bad man (Ser o homem mau)

To be the sad man (Ser o homem triste)

Behind blue eyes (Por trás de olhos azuis)

And no one knows what it's like (Ninguém sabe como é)

To be hated  (Ser odiado)

To be fated  (Ser destinado)

To telling only lies  (A contar apenas mentiras)

.

O que estava acontecendo...? Se encontrava estremecido por dentro, enquanto a estudante lhe tratava normalmente, como de costume...

O mundo girava como todos os outros dias...

Mas ele sabia que algo estava errado... com ele...

Então, o soldado permaneceu em silêncio, tentando entender o motivo de estar tão inquieto apenas porque Darcy estava ali.

Havia verdades implícitas...? Nas entrelinhas, escondidas...?

Tentava espreitar entre elas, nas brechas... mas tinha medo do que podia encontrar ali...

.

But my dreams, they aren't as empty (Mas meus sonhos não são tão vazios)

As my conscience seems to be (Quanto minha consciência parece ser)

I have hours, only lonely (Passo horas, de pura solidão)

My love is vengeance (Meu amor é vingança)

That's never free (Que nunca está livre)

.

Sentada na poltrona, a estudante olhou para o soldado pelo canto dos olhos e...

Tudo pareceu se inclinar e mudar, antes de sua visão entrar em foco...

James estava encostado na bancada da cozinha, sem camisa, com os pés descalços, jeans escuros nos quadris e uma camiseta pendurada no ombro marcado por cicatrizes... Seus dedos de metal batiam no ritmo da música na superfície de mármore da bancada...

Seus olhos estavam fixados na xícara, onde o mesmo observava atenciosamente a fumaça se esvaindo, esperando o líquido quente esfriar...

O olhar azul que ela tanto amava... distraidamente disperso... Seu cabelo castanho escuro, enquadrando o rosto simétrico... tudo nele era incrivelmente esmerado...

Uma espiral de êxtase queimou em seu abdômen enquanto seus olhos se agarravam à imagem diante de si...

Sentia uma onda flamejante em seus músculos, e que parecia queimar ainda mais intensamente em seu peito...

A garota desviou seu olhar arregalado para baixo, na direção da xícara de café, sentindo um leve rubor subindo seu rosto e colorindo suas bochechas.

Darcy sentiu suas mãos tremerem, a ponto de fazer com que a xícara de porcelana caísse no chão...

.

Quebrando e espalhando café no carpete da sala...

.

O barulho chamou a atenção do soldado, que a fitou, com o cenho franzido.

— Céus, eu sou uma desastrada! Preciso limpar isso agora...! – E então, a estudante se levantou no mesmo instante, com o intuito de pegar um pano de chão para limpar sua bagunça, mas...

.

A garota tropeçou numa almofada e...

.

Caiu no chão...

.

Sim, porque Darcy Lewis era tão estabanada, que caia de nervosismo no chão...

Aquilo sim era normal em sua vida, os tombos... e ela se sentia como o protagonista daquele desastroso filme de comédia romântica clichê, com a Lindsay Lohan e o Chris Pine...

Sorte no amor...

O nome verdadeiro devia ser: Azar no amor... O título era só bonitinho, pra dar uma falsa sensação de alívio nas pessoas, mas o amor, para Darcy, só representava aquilo que sempre acontecia quando tentava viver um dia normal em sua conturbada vidinha...

Tombos, tropeços, quedas, deslizes e baques...

Assustado em vê-la no chão, Bucky correu para imediatamente ajudá-la a se levantar, mas a garota virou-se bruscamente de costas para o chão, resolvendo deitar ali, enquanto...

.

Ria como uma louca...

.

— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

Darcy começou a rir de nervoso, medo, frustração, descontrole, raiva e ao mesmo tempo alegria.

Uma reação natural, não é mesmo...?

James estava perplexo... Ela ria descontroladamente a ponto de ficar sem ar.

Seu rosto estava incrivelmente vermelho...

— Darcy... está tudo bem...? – O soldado estendeu a mão para ajudá-la a se levantar, porém, a mesma ainda continuava rindo desvairadamente.

— A culpa é sua! Eu fui olhar pra você e acabei me distraindo e deixando a xícara cair!!! – Ela gritava, enquanto ria, sentindo falta de ar.

— Me desculpe...? – O sargento não sabia se devia se desculpar ou perguntar se ela não tinha batido a cabeça com muita força.

— Não, eu que agradeço...

— Me agradecer? Por quê...? – Ele arqueava uma sobrancelha, estranhando aquele comportamento.

— Fazia uns dias que algo assim não acontecia...! Eu estava prestes a explodir, e... ainda estou, mas... não sei explicar... – Darcy tentava respirar, mas estava atônita demais.

— Cair não é algo normal na sua vida? – Bucky não conseguia entender a reação dela diante de um tombo.

— Desde que te conheci, eu tenho vivido essas aventuras e eu não sei como lidar!

— É isso que você me considera? Uma aventura? Algo que te diverte...? – O semblante começava a se transformar numa carranca.

Bucky não gostava de ser menosprezado por ela.

— Sim, e você devia se sentir aliviado por isso! – A garota continuava rindo.

— Por quê?

— Porque a sua vida como Soldado Invernal foi muito triste. Você precisa de alegria pra se recuperar dos anos de sofrimento... – O sorriso dela era amplo, iluminado e incrivelmente vibrante.

— Eu não quero que você tenha pena de mim... – James não estava nada contente de ouvir aquilo. Sua face se encontrava austera.

Odiava que a estudante o enxergasse como alguém digno de compaixão...

Ela podia sentir tudo por ele, menos piedade... Era humilhante demais para aceitar...

A garota observou a mão humana estendida em sua direção e sorriu maliciosamente...

— Você acha que eu vou ter pena de você, só porque tem apenas um braço!? - E então...

.

Darcy puxou a mão do sargento com força e ele também caiu no chão...

.

O tombo foi forte e Bucky abriu a sua típica cara de espanto, como se não esperasse por aquilo, como nunca espera por nada das coisas malucas que ela fazia...

E Darcy começou a rir como uma louca, mais uma vez...

A expressão do soldado congelou... perplexa...

Estava chocado em como a estudante era uma pessoa totalmente fora do comum...

Estar com ela era esperar pelas situações mais inusitadas que existiam...

— Onde estão os seus reflexos de agente da HYDRA!? Acho que esse seu braço está meio enferrujado! – A garota o provocava enquanto ria freneticamente.

A risada dela ecoava por sua mente... era tão eufórica, intensa e entusiasmada...

Ela o desarmava mais uma vez... naturalmente... e nem mesmo tinha noção disso...

— Você não perde tempo, não é...? – Bucky sorriu discretamente, ainda não acreditando no que ela estava fazendo.

— Eu não! Você que está velho demais pra acompanhar uma jovem como eu! Quer uma bengala!? – A garota continuava rindo, enérgica...

— Não serei eu que vou precisar de uma bengala depois... – Ameaçou-a, esbanjando uma feição enigmática, num misto de perigo e deboche, enquanto vestia a camiseta que estava em seu ombro.

— É mesmo!? E o que você vai fazer!? – Contestou-o, já sentindo que não era uma boa ideia.

— É bom você começar a correr... – O soldado já lhe advertia e aquilo causou ainda mais pânico nela.

— O quê!? Você não...-

— Um... Dois... – James começava a contar, despreocupado.

— NÃO, POR FAVOR!!! – Darcy implorou, não entendendo o que o sargento faria com ela, mas já se levantando e correndo para a porta da sala.

— Três! – E então, o sargento começou a correr atrás dela...

Darcy fugiu, correndo rapidamente pelas escadas do prédio, quase caindo...

Sair rolando da escada seria natural, já que tombos eram rotina em sua vida...

Já o soldado, corria num ritmo veloz, prestes a alcança-la.

Aquilo era divertido... fazia tempo que James não perseguia alguém, mesmo que as circunstâncias fossem outras...

A estudante correu o mais rápido que podia pela rua de Seu Prédio.

Mas...

.

Bucky a alcançou alguns segundos depois e então...

A pegou pelos quadris, jogando-a em seu ombro de metal.

Ela gritou de forma destrambelhada e desafinada.

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— AAAAAAAAAAH!!! HEY, ME SOLTA! ISSO É SEQUESTRO!

— Foi você quem me sequestrou primeiro, me mantendo em cárcere privado! – Ele caminhava facilmente, com a garota em seu ombro.

— Eu te dei uma chave!!!

— Ainda assim é sequestro...

— Isso não é justo! Você é muito mais forte do que eu! – E então, Darcy começou a dar vários socos nas costas do soldado, tentando sair de cima dele.

— Segundo o que a senhorita disse, sou um velho enferrujado que merece a compaixão das pessoas, mas no final, você que é 87 anos mais nova do que eu, está mais nas condições de um idoso, não concorda? – Ele sorriu, debochado.

— Não!!! Se você não parar, eu juro que vou quebrar o seu único braço humano e aí sim a sua vida não vai ter mais sentido!!! – Ela o ameaçava, enquanto se debatia freneticamente.

— Não vou te colocar no chão se não concordar comigo... – A feição de James era de convicção e insolência.

Estava feliz por ver alegre, risonha e brincalhona Darcy Lewis de volta...

— Ok, ok! Eu concordo!!! – Darcy não sabia se ria ou se o xingava.

— Agora repita... Sou uma velha no corpo de uma jovem! – O soldado continuou com seus joguinhos, forçando-a a admitir que era mais velha do que ele, quando se tratava de força física.

— Eu não vou repetir isso!!! – Ela gritou, indignada, entre risos e protestos.

— Se não disser, vou te pendurar pelas escadas externas do último andar. – E mais uma vez, Bucky a ameaçou, se divertindo com as reações engraçadas dela.

— EU SOU UMA VELHA NO CORPO DE UMA JOVEEEEEEEEEEEM!!! – Ela gritou tão alto, que os vizinhos poderiam ouvir facilmente... a sua sorte era que não havia ninguém na rua aquele horário...

— Sábia escolha, boneca... – E então, ele a colocou rapidamente no chão...

O sorriso dele era completamente obstinado... presunçoso e convencido... parecia algo natural, que fazia parte da natureza do sargento James Buchanan Barnes.

Já Darcy, se encontrava descabelada, respirando pesadamente e com expressão de raiva...

Ela bufou...

— Seu soldadinho de meia pataca... - A garota o ofendia, revoltada por força-la a gritar tamanha infâmia...

— Ora, Darcy... você não deveria começar uma briga se não tem capacidade de derrubar seu adversário no chão... – Ele continuava sorrindo, prepotente...

Se não estivesse com tanta raiva, cairia de amores facilmente por aquele sorriso ousado e sexy que tinha capacidade de fazer qualquer mulher no mundo se prostrar aos seus pés...

.

“Então... Finalmente Bucky Barnes te notou...

E riu...”

.

Se sentia patética por estar apaixonada por ele, porque existiam dois tipos de idiotas no mundo: os estúpidos, os românticos, e os que não percebiam que ambos eram a mesma pessoa...

Porém, ela estava ciente de tal conceito, ou seja, era uma idiota evoluída intelectualmente [?].

A estudante cerrou os dentes, encarando-o impetuosamente com fúria.

— Minha vontade é largar tudo, pegar meus dois dólares e sumir no mundo, mas aí eu paro e penso: que dois dólares!!? – E então, a estudante virou de costas, deixando James rindo sozinho.

— Lewis, espere... – Ele a seguia, tentando se conter pra não rir ainda mais...

.

.

Steve e Sam chegavam ao laboratório de física quântica de Jane e Erik.

Thor os esperava, e logo quando a dupla cruzou a porta principal do salão, o loiro sorriu.

— Sejam bem-vindos! – E então, o asgardiano abraçou Steve e Sam.

O loiro não tinha ideia do quanto o deus do trovão havia mudado... ele estava mais afetuoso e propenso a toques físicos?

Os estagiários observavam a cena, abobalhados por vislumbrarem o Capitão América ali, no mesmo local que eles.

Todos babavam, exceto Nathan, que achava tal cena um tanto patética...

— Se eu soubesse que iríamos nos reencontrar tão cedo assim, eu devia ter dito “te vejo em breve.” – Natasha cumprimentava Steve com um aperto de mão, se referindo quando estavam em Washington DC, logo após a queda da SHIELD.

— Pois é... não demorou tanto assim... – O loiro sorriu para a ex-agente da SHIELD.

— Não esperávamos te ver aqui, Nat. – Sam também se encontrava surpreso por revê-la tão cedo.

— A vida é engraçada... – A Viúva Negra sorriu.

— Me deixem apresenta-los... Esta é Jane Foster. – Thor puxava a astrofísica pela mão.

— Prazer em conhece-los...  – Jane não era um pouco inibida com pessoas recém-conhecidas, e estendeu a mão para Steve e Sam, timidamente.

— O prazer é nosso, Doutora Foster.

— Aah não, me chame só de Jane... – Ela sorria, retraída.

— Como quiser... – Steve era um homem extremamente cavalheiro com as mulheres.

— E o Erik também está aqui! – Dessa vez, Thor apontava para o físico, que sorria discretamente, tentando disfarçar seu nervosismo por estar diante do Capitão América.

— É um prazer revê-lo, Doutor Selvig... – Steve cumprimentou-o com um aperto de mão.

— Me chame de Erik... e faz bastante tempo desde que nos vimos...

— As coisas não devem ter sido as mesmas depois do Loki, não é mesmo? – Steve o indagava sobre os acontecimentos da batalha de Nova York em 2012.

— Sim... acho que o Thor já deve ter te contado sobre isso...

— Ele comentou a respeito... mas de qualquer forma, é uma honra revê-lo...

— Pelo menos agora, nos reencontramos em boas circunstâncias. – O astrofísico replicou, animadamente.

— Claro que sim. – O loiro sorriu e todos ao redor se encontravam incrivelmente embasbacados por conta da ilustre presença do Sentinela da Liberdade no laboratório.

— Estes são Nathan, Dylan, Andrew e Helena, estagiários de Jane e Erik. – Thor os apresentava para o Capitão e o Falcão.

— Muito prazer...! – Todos disseram em uníssono, menos Andrew, que estava quase babando ao contemplar o Capitão América tão de perto.

— Só faltou a Darcy, mas ela está de férias... – O asgardiano mencionava a estudante que se encontrava ausente do laboratório...

Mas quando o deus do trovão se referiu a ela, automaticamente Jane se virou para ele e o encheu de perguntas.

— Eu me esqueci completamente de perguntar se você conseguiu falar com ela ontem à noite. Está tudo bem? – A astrofísica o indagava, do nada, preocupada com sua amiga e ignorando o fato de que dois novos hóspedes estavam ali.

— Sim, está tudo certo... por que não estaria...? – O loiro respondia, risonho.

— Ela pediu férias e desapareceu... – Jane não entendia porque Darcy estava sumida por tanto tempo, mesmo que estivesse de férias.

Fora que era preocupante o que a mesma fez no dia do karaokê...

Encher a cara e perder a noção da realidade à volta...

Naquele instante, Natasha franziu o cenho, e passou a prestar atenção no diálogo de ambos. Aquilo era um sinal de alerta, já que Bucky estava hospedado no apartamento de Darcy, Thor podia acabar descobrindo que o Soldado Invernal estava em Nova York e consequentemente Steve e os outros também saberiam.

Steve notou a tensão da ruiva, e passou a fita-la discretamente.

Se tinha uma coisa que aprendeu ao trabalhar para a SHIELD durante dois anos, era que a linguagem corporal de alguém dizia muito sobre diversas questões, e...

Por que a Viúva Negra estava interessada naquela conversa?

— Ontem, a Darcy me disse que estava atarefada por causa de seu trabalho de conclusão de curso e que viria até aqui em breve... aliás, hoje, mas talvez não venha, porque até agora ela não apareceu, então acho que você devia ficar despreocupada.

— Por que ela não me ligou!? – Jane começava a ficar alterada.

— Calma, Jane... não precisa ficar nervosa... – O loiro sorria, tentando apaziguar a situação onde a astrofísica começava a perder a paciência, e se tinha algo que odiava, era ver Jane Foster brava.

— Você e eu conhecemos a Darcy. O TCC dela estava a deixando de cabelo em pé. Lembra da última vez que fomos no karaokê...? Ela cantou Malibu... A pessoa tem que estar muito na fossa pra cantar essa música. – Erik dizia, pensativo quando se recordava do último papelão da garota.

— Ela vomitou em cima de mim depois que a tiramos do bar. – Nathan alegava, com muito ódio em sua expressão, ao se recordar das situações horrorosas que passou ao lado da estudante.

— Por que de repente você está tão preocupada com ela? A Darcy não é nenhuma criança. – Thor tentava convencer a namorada a relaxar.

— Porque eu percebi que nos últimos tempos ela estava estranha... será que aconteceu alguma coisa e ela não me contou?

— Por que não perguntou isso a ela antes? – Erik contestava a cientista.

— Eu... acho que estava muito focada no meu... trabalho... – Jane se lamentava por priorizar o trabalho acima de tudo.

— Você quer que eu vá até o apartamento dela e a traga aqui agora?

— Não... eu... não sei... – A astrofísica estava totalmente perdida. Tinha muita consideração por Darcy, pois a história das duas se iniciou em Willowdale e desde então, elas trabalharam juntas todos aqueles anos.

— Você não demonstra que se importa tanto assim com ela, Jane... – Erik a lembrava, já que a mesma não era uma pessoa de muito afeto.

— Eu sei... nós nos conhecemos há muitos anos e viajamos para muitos lugares juntas... ela é muito especial pra mim... – E então, reflexiva e absorta em pensamentos sobre sua amiga e estagiária, Jane se arrependia por ter se importado tanto com seu trabalho e projetos, mas não com as pessoas a sua volta.

Steve e Sam não entendiam nada do que todos falavam.

E então, um silêncio constrangedor se instaurou no local.

— Por falar na Darcy, ela deixou um pen-drive aqui, dizendo que era sobre a reunião que tivemos com a PYM Tech. – Dylan estava com o objeto em mãos.

— Será que tem fotos do evento aí? – Helena perguntava, curiosa.

— Vamos descobrir. – Andrew conectou o aparelho na TV de led.

Havia muitos arquivos no dispositivo.

PDF de livros, músicas e fotos de alguns lugares onde ela e Jane estiveram, além das fotos do evento da PYM Tech.

Curiosamente, não tinha nenhuma foto da garota.

— Hey, abram essa pasta com o nome “Canadá”. – Jane pediu, e então, Andrew abriu, dando de cara com fotos de...

.

Uma aurora boreal...

.

— O que é isso, Jane...? É lindo... – Thor contestava, curioso sobre a foto com um jogo incrível de luzes ondulantes.

— Isso foi... quando estivemos no Canadá... foi uma das viagens mais maravilhosas da minha vida... – A astrofísica articulava, com um sorriso ao se recordar daquele dia.

Natasha continuava observando tudo atentamente, e Steve focalizava sua visão nela, achando a reação da ruiva um tanto estranha.

Por que ela estava interessada em coisas sobre a estagiária de Jane Foster?

— Vejam as músicas que tem nesse pen-drive! – Andrew se sentiu eufórico quando começou a dizer o que havia ali.

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Coldplay – Clocks

Muse – Apocalipse, please

Foo Fighters – The Pretender

Radiohead – Planet Telex

Metallica – Nothing Else Matters

The Cranberries – When You’re Gone

System of a Down – Toxicity

Heart – Who will you run to

E vários outros artistas alternativos, de diversas décadas.

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— A Darcy pode ser uma idiota, mas tem um excelente gosto musical. – O satã elogiava sua maior inimiga, arrancando olhares desconfiados de seus colegas de trabalho.

— Eu amo todas essas músicas! – Helena afirmava, empolgada.

— Isso aí deve ser algumas músicas que tinha no iPod dela que a SHIELD levou embora. – Jane revelava, ao se recordar que Darcy reclamou por meses sobre seu iPod ter sido levado pelos federais.

— Isso foi naquela época do Novo México? – Thor a indagava, pois se lembrava da estagiária ter ficado furiosa porque não devolveram seu aparelho.

— Sim... – Erik completava.

— A SHIELD? Por que não devolveram? – Natasha contestava, tentando entender por que a SHIELD levaria o iPod de uma estudante embora, sem pretensões.

— Sei lá... o Agente Coulson simplesmente não explicou o porquê. – O asgardiano replicava, pensativo.

Andrew tocou o play na primeira música da lista:

Coldplay – Clocks...

A música começou a tocar...

A típica melodia do piano... Um arpejo conhecido por todos, já que era uma das músicas mais conhecidas da banda...

— Bem, nós estamos aqui falando da Darcy, e nos esquecemos dos nossos hóspedes, não é...? Vou lhes mostrar seus aposentos, rapazes. – Erik os receptava.

— Posso dar uma olhada na vista antes...? – Steve perguntava, um pouco curioso sobre a paisagem de Nova York.

— Sim, fique à vontade...

Então, o loiro dirigiu-se até as paredes de vidro do salão que davam acesso à Upper East Side...

Fazia dois anos que não observava Nova York, desde a batalha contra Loki.

Era possível ver a Torre de Tony daquele lugar, cuja nova fachada agora possuía um A, arremetendo a primeira letra do grupo “Avengers”.

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Vingadores...

.

Lights go out and I can't be saved…

Tides that I tried to swim against…

You've put me down upon my knees…

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Enquanto o Capitão América viajava com seus olhos pelo imenso mar de prédios de Manhattan, sua mente lhe trazia lembranças antigas, da época em que vivia com Bucky no Brooklyn...

O super soldado não havia desistido de encontrar seu amigo e faria o que fosse necessário para acha-lo um dia.

.

.

Algumas horas depois, Steve e Sam se acomodavam nos aposentos do laboratório, mas na companhia de Natasha.

Os dois astrofísicos prepararam um almoço especial para seus hóspedes e todos se divertiram naquele dia.

Thor, Jane, Erik e os estagiários, começaram a falar sobre a excentricidade de Darcy Lewis mais uma vez, apenas porque era engraçado contar os causos da garota.

Steve e Sam acabavam ouvindo as histórias absurdas sobre a estagiária, que variava desde o dia em que Darcy teve a cara de pau de fazer um bico como Papai Noel porque precisava descolar uma grana no fim do ano, até ser expulsa de um evento de games por filmar dentro de uma sala onde rolava uma apresentação de um novo jogo para PlayStation.

Steve se espantava com Thor, um ser de outro planeta - um Asgardiano, ou um deus nórdico, como era aclamado pelos humanos - dando risadas descontroladas e narrando todas as histórias que testemunhou sobre Darcy.

Mas...

O loiro continuava estranhando o interesse de Natasha...

O que era no mínimo incomum, já que a ruiva não costumava abrir tanto assim a guarda e deixar que alguém conseguisse fazer uma leitura tão nítida do que podia lhe incomodar...

Ele só podia deduzir que algo muito profundo seria capaz de deixar Natasha tão exposta, a ponto de até mesmo ele, um soldado que não era agente secreto, desconfiar de seu interesse nas histórias que envolviam a estagiária.

Em meio a algazarra que os estagiários faziam ao contar as histórias idiotas de Darcy, o telefone do laboratório tocou e Thor correu para atender.

Ele adorava fazer aquilo...

— Alô?

— Thor, o Steve já chegou? Ele está aí com você? – Era Bruce Banner do outro lado da linha.

— Sim. Ele chegou essa manhã.

— E quando ele vem pra Torre? Estamos esperando por ele. O Tony separou o melhor quarto daqui pra hospedá-lo...

— Ele vai ficar aqui com a gente por enquanto. Algum problema?

— O quê!? Isso é sério!? – O cientista estava surpreso, e o gênio, bilionário, playboy e filantropo também.

Tony já começava a resmungar, porque o capicolé – como ele o chamava – estava recusando o melhor quarto de Manhattan pra ficar num laboratório de física quântica?

— Sim, isso é bem sério. – O asgardiano replicava, despreocupado, mas...

Tony continuava reclamando com Banner, sobre o descaso de Steve, do outro lado da linha, e o loiro não entendia nada da discussão dos dois.

— Certo... já que ele não vem, preciso ao menos fazer uma utilidade pública. Pode passar o telefone pra ele? – Bruce pedia para falar com Steve.

— Claro! Só um momento.

O Asgardiano caminhou na direção do Capitão e estendeu o aparelho em sua direção.

— Banner quer falar com você.

— Comigo?

— Sim.

— Certo... – Ele pegava o telefone da mão do deus do trovão.

— Alô?

— Alô Steve, sou eu, Banner...

— Sim Banner, algum problema?

.

— FIQUE LONGE DELA!!!

.

— Longe... dela...? A quem você se refere...? – O Capitão América arqueou uma sobrancelha.

— Eu vou falar só uma vez! Fique longe da estagiária da Doutora Foster!

— Não estou entendendo... Ficar longe da estagiária da Doutora Foster? Por que está me dizendo isso...? – O loiro não compreendia. De quem o cientista estava falando? E por que a voz de Bruce Banner parecia tão alterada do outro lado da linha?

Natasha franziu o cenho e focou seu olhar na direção de Steve, em estado máximo de alerta.

Temia que eles soubessem sobre Bucky Barnes.

Já Jane, colocava as mãos na cabeça.

— Aah não... eu sabia que isso ia acontecer um dia...!

— Do que você está falando, Jane? – Helena a indagava, e ninguém entendia mais nada.

— Essa garota é terrível, Steve! Ela estragou uma pesquisa inteira que eu estava auxiliando a distância com um amigo na Universidade de Culver há alguns anos atrás! Ela é louca, então fique longe dela, senão você terá problemas!

— Mas... Quem é essa estagiária...? - Steve perguntou, inocentemente.

— O nome dela é Darcy Lewis! D-A-R-C-Y L-E-W-I-S!!! Eu a vi numa cafeteria aqui em Manhattan quando Tony e eu saímos pra tomar um café, no dia 4 de Julho, bem no dia do seu aniversário! A fisionomia dela não me era estranha e por isso não lembrei de cara, mas depois de me esforçar pra recordar, me dei conta de que era ela!!! Essa menina é uma peste!!! Tome cuidado com ela!!!

Do outro lado da linha, Banner começava a ficar com raiva e Tony pedia para que o mesmo se acalmasse, ou ele ficaria verde e o Hulk daria as caras.

Sua história com Darcy Lewis não era algo agradável...

— Você tem certeza...? – Steve olhava para Natasha, que naquele momento esbanjava um semblante de perplexidade.

A Viúva achava que Bruce Banner dizia algo relacionado ao Soldado Invernal.

— Sim! Ela é estudante de Ciência Política no campus. Todos lá a conhecem, e ela trabalha com a Doutora Foster que também estudou nessa universidade, então eu sei exatamente quem é ela!

— Banner... acho que você está alterado à toa... é melhor se acalmar... – O Capitão América tentava tranquilizar o cientista.

— Eu queria, mas quando me lembro do que essa garotinha insolente fez, eu começo a cuspir fogo pelas ventas! É bom que ela não cruze o meu caminho, senão-

E então, Steve só conseguia ouvir as risadas de Tony Stark de fundo.

O Capitão afastou o telefone do ouvido, pois não conseguia assimilar o que falavam.

— Do que eles estão falando? – Natasha contestava, vigilante.

— Eles estão falando sobre a estagiária da Doutora Foster...

— É sobre a Darcy, não é!? – Jane fazia uma cara assustada.

— Sim... – O loiro completou.

— Céus... eu sabia que isso ia acontecer um dia... – Jane suspirava, irritada e Erik massageava as têmporas.

— O que aconteceu? – A Viúva Negra tentava entender a situação.

— Anos atrás a Darcy estragou uma pesquisa do Doutor Banner... Ela disse que não foi de propósito, mas ele não entendeu... – Erik revelava, um tanto sem graça.

— Como assim? – Andrew e os demais estagiários nunca souberam daquela história e estavam curiosos.

— Ela foi tirar xerox das páginas de um livro e deixou a única cópia da pesquisa cair no triturador de papel que estava do lado.

— Eles não tinham a pesquisa em algum outro lugar? Um computador ou pen-drive? – Andrew indagava, perplexo por Darcy ser tão azarada e destrambelhada.

— O computador do cientista que estava trabalhando com o Doutor Banner pifou e o HD queimou... e a culpa também foi dela... – Jane contava a história do porquê Darcy morria de medo de Bruce Banner e de encontra-lo um dia.

— Por quê? – Dessa vez, era Thor quem contestava.

— Ela foi tentar ajudar, mas acabou tropeçando no fio e o computador que estava em cima do armário de um dos laboratórios, caiu dentro de um aquário, e a pesquisa toda foi por água abaixo, literalmente...

Natasha suspirou de alívio ao ouvir tudo aquilo, mas...

Ainda assim era perigoso saber que Darcy Lewis tinha tantas ligações com dois Vingadores...

Thor e Banner.

— Alô, Steve, você ainda está aí? – O cientista gritava no telefone.

— Sim, Banner... estou aqui. – O loiro continuou com o aparelho no ouvido.

— O recado está dado... Fique longe dela, mas se não conseguir, é bom avisá-la para não cruzar o meu caminho, ou não vou hesitar em arrancar o pescoço dela!

Steve podia ouvir Tony perguntando várias coisas sobre Darcy, totalmente curioso.

— Eu vou dizer isso à Doutora Foster, porque a estagiária dela está de férias, então não se preocupe. – O Capitão se mantinha sério, mesmo diante de tamanha bizarrice envolvendo alguém que ele não conhecia.

— Deixa eu falar com ele... – Jane pediu para que Steve lhe desse o telefone, no intuito de conversar com o cientista.

— Nos falamos depois. Vou passar o telefone para Jane. – E então, o loiro entregou o aparelho nas mãos dela.

A astrofísica saiu da mesa, deixando todos curiosos.

— A Darcy é conhecida por fazer arte desde sempre... me desculpe por isso, Capitão. – Erik se desculpava, se sentindo constrangido.

Sam olhou para Steve que não soube o que dizer, já que não conhecia a garota.

Mas...

De certa forma, ele imaginou que tipo de pessoa a estudante era... e porquê Natasha parecia ter algum interesse nela, além da ira de Bruce Banner sobre algo que parecia ter sido um “acidente”, segundo Jane e Erik.

Aquilo estava estranho...

.

Quem era afinal a senhorita encrenca Darcy Lewis...?

.

Ainda na mesa, o loiro olhou para Natasha...

— Você conheceu a estagiária da Doutora Foster? – Ele ia direto ao ponto.

— Sim? Está interessado nela...? – A ruiva tentava lhe dar uma invertida, mas o loiro já sabia quem a Viúva Negra era.

— Não. Você está? – Ele esboçou um meio sorriso, ainda achando o interesse da ruiva na estagiária, um tanto incomum.

— Quem sabe... Ela é bastante barulhenta... e desastrada... mas até que canta bem... – A ex-agente tentava se desvencilhar de qualquer suspeita que Steve tivesse, já que ele jamais podia saber sobre a ligação entre Darcy e James.

— Hmm... quem sabe eu não a conheça qualquer hora...?

— Acho que você não ia gostar dela...

— Por quê?

— Porque ela é o tipo de garota que consegue transformar o ar que respiramos em um desastre ambiental.

— Que exagero... Você pode estar enganada... – O Capitão tentava jogar o joguinho dela, mas Natasha ainda estava a dez passos na frente.

E alguns metros dali, Sam tentava pegar um refrigerante numa máquina, porém, não entendia o motivo de a mesma ter engolido sua moeda e não ter jogado a latinha para baixo.

Helena, que passava por ali, observou a cena...

— Você tem que chutar, se quiser que isso saia. – Ela sugeriu, e o Falcão apenas deu espaço para que a mesma fizesse aquilo em seu lugar.

— Por favor, faça as honras, senhorita.

— Não precisa me chamar de senhorita. Sei que não é da década de 40 como o Capitão América. – E então, e jovem revirou os olhos e deu um chute certeiro na parte de baixo da máquina.

— Ora ora... desculpe... mas acho que tem alguém de TPM aqui. – Ele a alfinetou, e a garota lançou um olhar tenebroso para o mesmo.

— Você ainda não viu nada... – E então...

Ela saiu do local, pisando duro.

Sam assobiou...

— As mulheres Nova-iorquinas são muito impetuosas... – Cochichou pra si mesmo, enquanto pegava a latinha da máquina.

.

Do outro lado, Steve e Thor estavam prestes a começar um diálogo.

O asgardiano observava o entardecer pelas paredes de vidro do laboratório.

— Hey... – Steve anunciou sua chegada.

— Você não vai até a Torre? O Stark está ansioso com sua chegada... – O asgardiano sabia da relação estranha entre o Homem de Ferro e ele, mas achava bem engraçado.

— Sim, quem sabe amanhã...? – Steve sugeriu, não sabendo quando iria à Torre, mesmo sabendo da urgência que tinham em achar o cetro do Loki.

— Quando você quiser, nós vamos, mas te aviso que se demorar muito, o Banner pode inventar uma baita desculpa pra chegar aqui de surpresa pra trucidar a Darcy... – Thor fazia piada de uma situação que não era nada legal para a estagiária.

— Você está com a Doutora Foster há muito tempo...? – Steve indagava, repentinamente.

— Sim... Nos conhecemos no Novo México, quando fui exilado por meu pai, aqui em Midgard.

— E... Como é estar entre ela, Erik e os estagiários?

— O pessoal aqui é ótimo. Me dou bem com todos eles. – O asgardiano afirmava, com um belo sorriso no rosto.

— E quanto à Darcy Lewis? Ela é bem excêntrica mesmo ou vocês estão exagerando...?

— Ela é empolgante! Faz todo mundo rir o tempo todo, quando quer e quando não quer. Às vezes quando ela fala sério, ninguém acredita e todos riem porque soa engraçado...!

— É mesmo...? Então ela é uma presença contagiante pro ambiente? – Steve sorria de volta, porque tudo o que falavam sobre a garota era divertido.

— Totalmente...

— Interessante... – Depois de tudo o que falaram sobre a estagiária, Steve já tinha um certo interesse em conhece-la.

— Você vai gostar de ficar aqui um tempo, e vamos pra alguns lugares que talvez você não conheça. – Thor tocou o ombro de Steve, no ímpeto de dar ânimo ao seu companheiro de batalha recém-chegado em Nova York.

— É estranho ouvir isso de um extra-terrestre...

— Sou Asgardiano, mas conheço mais a terra do que você, que ficou preso naquele covil de cobras que vocês chamam de organização secreta, tramando planos pra acabar com outras organizações secretas...

— E Extra-terrestres como você... – Steve riu.

— Sim, e extra-terrestres como eu. – O sorriso de Thor era sarcástico.

E então, os dois continuaram conversando tranquilamente enquanto olhavam para a visão majestosa da Big Apple...

.

.

Já Darcy, do outro lado de Manhattan, sentia sua orelha esquentar...

.

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Notas finais do capítulo

É questão de tempo até que a Darcy cruze com Steve e isso vai render uma série de trapalhadas que vocês nem imaginam, já que a garota não quer encontrá-lo de jeito nenhum, e tudo isso por causa do sargento.
Deixe seu comentário e dê sua opinião. Ela é muito importante.
Até o próximo.



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