Darcy foi pega de surpresa...

Bucky Barnes estava em sua frente... naquele exato momento...

E a sensação de estar flutuando, novamente tomava conta de seus sentidos...

O coração dela disparou, suas pernas ficaram bambas e seu corpo enrijeceu...

"Droga..." - Se recriminava diante daquelas sensações sufocantes...

Falta de ar, mãos trêmulas, frio na barriga e um arrepio na espinha...

E lá estava ele... paralisado em sua frente, com um semblante extremamente colérico...

Seu olhar a perfurava, de modo letal... quase como se pudesse dilacera-la, da pior forma que existia...

O soldado exibia um aspecto sombriamente lúgubre... Não parecia Bucky Barnes, mas sim...

O Soldado Invernal...

A dois metros de distância, ela recuou um passo, entretanto, na medida em que se afastou, ele passou a se aproximar... sem desviar seus olhos dela... sem quebrar o contato visual...

Quando a garota percebeu, suas costas abordaram a porta da sacada.

Darcy estava assustada... e não pôde conter um suspiro trepidante...

— Bucky... Você está bem...? – Indagou-o, preocupada que o mesmo pudesse ataca-la, já que não sabia quem estava em sua frente naquele momento...

Ele ficou em silêncio, fitando-a intensamente... sua expressão misteriosa era perturbadora...

O silêncio agudo... e o caos de seus olhos que cintilavam obscuramente, eram tenebrosos...

Ela engoliu em seco... sentiu um bolo entalado na garganta, e sua voz teve dificuldade de sair, quando repentinamente insistiu em questioná-lo porquê estava ali, lhe assustando daquela forma.

— Você teve um lapso de memória...? – Novamente ela o contestou, mas a resposta continuou sendo o barulho do nada...

As mãos dela suavam frio...

Quem estava ali...? O Soldado Invernal estava ativo...? mas como...?

— Aah... Será que você pode dizer alguma coisa, porque isso está ficando estranho... – Darcy implorou, com seu típico jeito idiota, sorrindo bobamente trêmula e hesitante...

Após longos segundos, o soldado resolveu quebrar o silêncio...

.

— Onde você estava...?

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A voz do sargento fluiu grave e intimidante, como uma ameaça...

— Eu... estava na casa da Kim... estou me preparando para o meu trabalho de conclusão de curso que já é na próxima sexta-feira... eu não voltei pra casa porque precisava de silêncio absoluto, mas eu te expliquei por telefone e-

— Por que você não retornou as minhas ligações depois disso...? – Ele sequer esperou que ela terminasse de falar. Era notável sua fúria, apenas pelo tom de sua voz...

Mas qualquer pessoa que enxergasse aquela cena, logo pensaria que James Buchanan Barnes parecia estarrecido por ter sido abandonado por sua namorada durante uma semana, só que... eles não eram namorados, e Darcy sequer achou aquela pergunta estranha, como qualquer outra pessoa acharia...

Era desconfortável encará-lo... e se sentiu estremecida...

Darcy desviou o olhar para baixo. Não conseguia mais fita-lo...

— Me desculpe... não tive como te como te ligar...

— Por quê...? – Insistia, tentando entende-la, deixando reverberar sua impaciência...

 A garota não respondeu e manteve o olhar fixo no chão, esbanjando um aspecto aflito.

James estava perplexo por tamanha indelicadeza da parte dela... depois de tanto tempo convivendo juntos, ela simplesmente resolveu deixa-lo de fora de sua vida, tão repentinamente...?

Era nítido que havia notado uma mudança de comportamento por parte da estudante, embora não soubesse o porquê, mas...

Aquilo estava lhe deixando louco...

Ele vislumbrava o lindo azul de seus olhos... incrivelmente espelhados e refletindo um brilho desigual...

Bucky quis desesperadamente comprimir a distância entre ambos...

Queria sentir o perfume dos cabelos dela... tocar sua pele... senti-la em torno de si... mas ele não tinha esse direito...

Havia tantas coisas pra dizer a ela... porém, o mundo parecia se virar do avesso toda vez que tentava...

Muitas dúvidas rodeavam sua mente e seu coração... nas teias de um sentimento envolto de incerteza e desconfianças...

No entanto, a estudante estava um completamente diferente nos últimos tempos...

Darcy deixou de ser a garota que o resgatou em Washington DC, que o animava todos os dias, que lhe dava forças, que sorria deliberadamente o tempo todo apenas para deixa-lo feliz, para então ignorá-lo e fingir que não existia...?

Era um tanto desconcertante... saber que...

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Ela era o Paraíso quando ele beirava o inferno...

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Desde quando Darcy se tornou...

Tão egoísta...?

O soldado se sentiu fortemente afrontado pelas palavras dela e num impulso, comprimiu a distância, a encurralando entre ele e a porta da sacada.

Sem saber como reagir, ela apenas tentou acabar com o clima estranho...

— Será que vou ter que pegar o martelo do Thor pra quebrar esse gelo? – Ela arriscava, um tanto receosa.

Porém...

Quando Darcy virou o rosto para não o encarar, Bucky encurtou ainda mais a distância e então...

Ele a tocou...

James ergueu o queixo da garota com a mão humana, de modo indelicado, forçando-a a olhar diretamente em seus olhos...

Era a primeira vez que o sargento lhe tocava de forma ameaçadora depois de tanto tempo...

Ela alargou o olhar... suas pupilas se dilataram... e o azul dos olhos dela, resplandecentes e temerosos como duas safiras radiantes, o fitavam de modo alarmante...

Os lábios dele se moveram, formulando uma pergunta...

.

— Está com medo...?

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Era como se pudesse farejar o temor de alguém... a metros distância...

Darcy piscou algumas vezes, tentando resistir à apreensão do momento, mas ao mesmo tempo a forte atração que sentia por ele...

E então...

— Eu não estou com medo de você... – Afirmou, num tom convicto, dizendo para si mesma que ele jamais lhe intimidaria de novo, embora fosse extremamente difícil...

Não se deixaria ser dominada e aterrorizada por seu aspecto intransigente, férreo e inexorável...

Ela descobriu que a melhor maneira de não ter seu coração partido, é fingir que não tem um...

James estreitou o olhar, apenas para focalizá-la...

O penteado dela, as roupas e principalmente... a presilha que prendia o lado direito das longas madeixas enroladas, lhe faziam viajar para a década de 40...

Não conseguia deixar de notar o quanto Darcy e sua avó, Katherine Blanc eram parecidas... a sensação de vê-la daquela forma era extremamente atormentadora...

Ainda mais quando a estudante se encontrava vestidas em trajes que lembravam um pouco a moda dos anos 40...

Ela estava fazendo de propósito? Qual era o objetivo...?

— Por que está vestida assim...? – Ainda segurando o queixo da garota, ele a contestou, instigado...

— Estou assim porque estou escolhendo a roupa da minha apresentação. Na correria, não tive como me trocar, já que tinha de passar aqui para pegar minha carteira de estudante, por quê? Isso te incomoda?

— Você... está igual a ela... – Afirmou, espantado e preso num frenesi que o levava de volta ao passado...

— Igual a quem...? – A garota o indagou, intrigada.

— Katherine... – O sargento replicou, quase como num sussurro...

— Sim... eu sou a parente mais próxima de minha avó que se parece com ela. Isso te assusta...? – Darcy o afrontou, mas ao mesmo tempo desconsertada por sentir os olhos dele a fitando imensamente.

Ele não respondeu... apenas continuou a encarando impetuosamente, quase se esquecendo de piscar...

O rosto da garota... tão sério... e dentro dele, a emoldurando, enquanto ouvia os ecos de suas palavras, tentando entender o significado de toda aquela sensação... se torturando por algo que sequer sabia o significado, e que reduzia a realidade à sua volta a nada...

Darcy o desnorteava a cada aproximação...

Existiam mil cores no sorriso dela... e sentia falta de contemplá-lo, já que ambos não se viram durante uma longa, angustiante e eterna semana...

Tudo o que o soldado desejava, era se ausentar de seu mundo e se refugiar no dela...

Não conseguia olhar os ponteiros do relógio e passar tão tempo longe da estudante...

Saber que Darcy não estava ali... era como estar congelado no escuro... após anos sem ver a claridade do dia...

A estudante era o sol que iluminava seu céu cinzento...

Em sua mente, sentia o bater de um pêndulo do relógio enferrujado por barulhentos pensamentos dolorosos sobre a ausência dela...

Sentia-se naufragar num mar sem água, com uma miragem do deserto... afundando lentamente numa espécie de morte em vida...

Já Darcy, sentia uma gélida escuridão ao vislumbrar o olhar dele... a perspectiva fúnebre do triste coração e da mente atordoada do sargento...

A garota ficou sem reação, mas apelaria para suas piadas fora de hora para se desvencilhar de toda aquela atmosfera soturna e melancólica...

Ela tocou a mão humana, tirando-a de seu queixo...

— Eu sei que você está morrendo de vontade de voltar pra 1941, mas não esqueça que estamos em 2014 e eu não sou a minha avó... – A estudante esboçou um meio sorriso malicioso, mostrando que a velha Darcy ainda estava ali.

Bucky contemplava o rosto dela... desviando para seu sorriso...

Depois de tantos dias sem vê-la... era como se o que mais tivesse sentido falta, era aquele sorriso... algo que acalorava seu terrível e congelado coração...

— Ela nunca sairia comigo... estava noiva de seu avô... – Redarguiu, ao se recordar de sua paixão platônica por Katherine.

— É mesmo!? Uau, mas aqueles dois eram um fogo mesmo depois de velhinhos, você tinha que ver... – Darcy tentava desconversar, no ímpeto de trazer o calmo e tranquilo Bucky Barnes de volta.

Porém, mesmo com as piadas da estudante, James não parecia disposto a voltar ao normal.

Estava ressentido... era obvio... não era normal que Darcy o tivesse deixado de lado tanto tempo... embora soubesse que a garota não lhe devesse satisfações de sua vida, não esperava aquela postura dela.

Estava convicto de ir embora dos Estados Unidos em um mês, por pressão de Yelena, e não somente porque queria se vingar da HYDRA, mas porque a vida da estagiária corria perigo se insistisse em continuar ali...

Porém...

Esperava passar o resto de seu tempo ali, com ela... porque tinha certeza absoluta que não a veria de novo...

Nunca mais...

James tentava achar a saída daquele imenso labirinto... mas não conseguia...

Era como se a razão, num delírio... perdesse completamente o rumo, apenas porque se sentia perdido diante dela... lhe fazendo...

.

Quase enlouquecer...

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Com um ponto de interrogação estampado na face, a garota tentou se escapar, soltando outra piadinha, que fizesse o sargento dar algum espaço entre os dois, já que a situação era um tanto estranha...

Ambos... daquela forma...

— Bem... se você continuar me olhando desse jeito, acho que vou começar a cobrar, pois para que uma bela obra de arte seja apreciada, você tem que pagar. – Darcy sorriu mais uma vez, matreira, em tom de brincadeira.

Esperava que depois disso, ele recuasse, dando um passo para trás, porém...

Ele se aproximou ainda mais dela...

E aquele movimento a assustou...

— É mesmo...? E o que você quer em troca...? – James replicou, com a voz mais rouca do que o comum, e muito mais perto, fazendo com que a garota não o reconhecesse.

Ele não costumava agir daquela forma, então deduziu que talvez a paixonite que o soldado teve por sua avó no passado, fez o verdadeiro e fiel James Buchanan Barnes aparecer em sua totalidade, mas ao mesmo tempo, dando margem para a personalidade aterrorizante, confusa e atormentada do Soldado Invernal.

— Eu estou brincando... você não precisa levar a sério... – Não sabendo mais o que dizer ou fazer pra sair daquela situação, Darcy apenas sentiu seu rosto arder de vergonha enquanto tentava desesperadamente disfarçar de alguma maneira, no ímpeto de não deixa-lo saber que ele lhe causava efeitos devastadores...

O soldado observava o quão longe tinha ido e recuou um passo...

Percebeu um pouco tarde, pois o embaraço da estudante era notável.

Bucky já não sabia se estava daquele jeito por conta de suas memórias antigas ou se era a própria Darcy que lhe causava tais sensações...

A garota sempre lhe fazia ter impressões emblemáticas sobre si mesma... e tudo sempre foi muito estranho desde o começo, mas... com o decorrer do tempo, tais impressões tornaram-se desconhecidas, porém, não ao ponto de lhe incomodar, porque tudo era instigante e até cativante demais...

E esse era o problema...

Todas as mulheres que conheceu, se envolveu, saiu, levou para dançar, cortejou, beijou ou passou uma noite junto, não se equiparava com a forte concepção que Darcy lhe impeliu e os impactos que ela lhe causava dia após dia... Era algo inédito...

Talvez porque a garota era diferente de todas elas... Ela era única...

A estudante tinha uma personalidade que lhe colocava pra cima, mesmo que estivesse triste. Ela era como uma luz que aquecia tudo em volta...

Nas noites frias era como o sol do meio-dia... Era a primavera em pleno inverno...

Darcy Katherine Lewis era o sonho mais lindo entre seus terríveis pesadelos...

Ela tinha o radiar de uma estrela...

Pelos becos de seus pensamentos, ela caminhava... sabendo como o conduzir e decifrar seus letargos, causando um efeito narcótico e envolvente, quando sentia a presença dela em seu universo frio, escuro e caótico...

Mas em meio a todos os seus pensamentos desordenados sobre a garota, Bucky não desejava que a garota continuasse se ausentando daquela forma, então...

— Eu não acho certo que você fique fora de seu apartamento e me deixe aqui sozinho. Sou apenas um hóspede e você é a dona da casa. – Confessava, um tanto convicto.

— Eu já expliquei os motivos e não sei se vou voltar... – Ela revirou os olhos.

— Eu não quero que você volte... eu espero que você fique... – O soldado a mirou frontalmente, de uma forma muito intensa...

— Ah... bem, eu vou pensar no seu caso... - A garota não conseguiu lidar com o olhar emblemático que lhe era direcionado.

Imensamente desconsertada, olhando para os lados, como se quisesse fugir, tudo o que Darcy conseguiu exprimir depois de se sentir mapeada pelos lindos e melancólicos olhos azuis do soldado era...

Sorrir... tímida, retraída e perdida...

Seu rosto enrubesceu levemente... e...

James sentiu um arrepio congelante diante daquela imagem fascinante...

Seu coração, antes frio e contrito... estava agora inquieto... a ponto de sentir suas pernas tremulas e a respiração pesando, a cada colisão que acelerava o compasso de seus batimentos cardíacos...

Ele estava voltando ao seu velho eu antes da guerra...? Que experiência era aquela...? O que estava acontecendo com seu corpo...?

As sensações eram terríveis... mas ele sabia que não era por causas ruins... mas sim porque...

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Ela estava na frente dele...

 .

Bucky sentia ciúmes do vento, que beijava os cabelos dela e se aborrecia com o tempo que a levava para longe...

Tinha ciúmes do sol, que mesmo lá do infinito, a tocava com seus raios calorosos...

Tinha ciúmes da noite, que a fazia adormecer, conduzindo-a em sonhos por lindos caminhos que sequer conhecia...

Também tinha ciúmes das flores, que desabrochavam ao sorriso dela...

Ele tinha ciúmes de tudo que não podia competir...

E ao mesmo tempo, Darcy tentava desesperadamente fazer com que o sargento não percebesse nada de errado em sua expressão e que lhe revelasse o seu maior segredo...

Ele não podia saber... Ele não podia sequer desconfiar de algo...

A garota tinha a impressão de ter sua pele tocada por palavras desenhadas pelo olhar gelidamente azul do sargento...

A brisa se dilatava no silêncio constrangedor entre ambos...

A garota desviou o olhar e virou de costas para que o mesmo não a visse naquela situação medíocre...

Tinha medo dos olhos dele quebrarem as muralhas que ergueu para que não descobrisse seus mais secretos desejos...

“Céus... eu queria ser o Goku e me teletransportar daqui agora...” – Pensava, se praguejando, ansiando desesperadamente se tornar invisível.

— Por que se virou...? – Bucky contestava, se perguntando se ela havia notado algo de errado nele, já que estava completamente tomado por uma sensação arrebatadora, apenas por fita-la.

Era como se suas habilidades como espião tivessem desaparecido...

— Não é nada... é que... Eu estou um pouco tonta por causa desses dias... eu não dormi direito... – Ainda de costas, Darcy apertava os olhos com força, pedindo a Deus que o soldado não notasse nada de estranho, mas...

James tocou o ombro feminino, lhe forçando virar o rosto para ele, e então...

.

Darcy fez uma careta horrível e Bucky se assustou, se afastando rapidamente dela.

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A expressão medonha, era uma mistura de um gremlin com o creeper do filme Olhos Famintos, ou seja, algo abominável, e que faria o Soldado Invernal atirar no mesmo instante, caso estivesse ativo.

— Você... é louca...!? – Contestou, com os olhos arregalados.

— Achei que isso fosse óbvio desde o começo...! – A estudante sorriu de canto, em sua melhor performance em fingir...

Pela atual expressão do soldado, ele parecia não ter percebido nada... o que era um alívio...

“Vitória, Darcy...” – A garota pensava, comemorando.

James Buchanan Barnes lhe causava impactos devastadores e seu coração era quem mais sofria com isso.

— Não sei como ainda me surpreendo com suas infantilidades... – O sargento se afastou, massageando as têmporas, desacreditado.

— E eu não sei como ainda me surpreendo quando te vejo com uma carranca e penso que o Soldado Invernal é quem está no controle... – Ela se referia quando o mesmo apareceu do nada em sua frente, depois que Thor foi embora.

— Isso pode ser inevitável um dia... você sabe...

— Eu não estou preparada psicologicamente pra ver o punho da HYDRA ativo de novo... – Suspirava, tentando fazer respiração por diafragma para controlar seu coração que martelava freneticamente dentro de seu peito.

Ele esteve tão perto... imagine se descobrisse algo...?

O que a estudante se segurava ao máximo para não demonstrar, sentia em dobro...

Teria de ter cuidado... e ser cautelosa... Como andar sobre o gelo fino...

Faria uma força sobre-humana se fosse preciso... Tudo para que ele não desconfiasse e sequer soubesse...

Que ela estava apaixonada por ele...

Observando silenciosamente a estudante, James sorriu... um tanto emblemático, e Darcy não sabia, mas a mente dele divagava, desde a estranha obsessão em descobrir o tom de azul correto de seus olhos até as palavras confusas do vocabulário moderno que a mesma usava todas as vezes em que era terrivelmente irônica.

Bucky tinha um interesse estranho em entender 100% de tudo que Darcy dizia. Não somente porque esperava compreender aquele século, mas principalmente porque desejava se equiparar ao mesmo nível dela. Queria fazer parte daquele novo e estranho universo, da era tecnológica e em aprender ainda mais sobre o que as mulheres daquela época pensavam...

Não tinha percebido antes, mas o problema não era estar preparado em compreender o pensamento das mulheres no geral, mas sim em entender...

A própria Darcy...

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A estudante era assustadoramente... Uma incógnita para ele...

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Naquela noite, ela não voltou para o apartamento de Kimberly, resolvendo ficar ali...

Não poderia simplesmente inventar uma desculpa e sair correndo... ficaria muito na cara...

Já James, decidiu que não contaria a ela que durante todos aqueles dias, sentiu sua falta... era algo que achava não ter o direito, devido as circunstancias de sua vida e de suas últimas decisões...

Em breve deixaria os Estados Unidos... mas pretendia se despedir devidamente dela...

Era o mais sensato a se fazer...

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Dois dias depois, Steve e Sam chegavam em Nova York.

A dupla seguiu para a Upper East Side, parando em frente ao prédio onde se encontrava o laboratório de Jane Foster e Erik Selvig.

Sam observava a movimentação da agitada Manhattan numa manhã ensolarada. Fazia muito tempo que não estivera em Nova York.

— E aí... está pronto...? – O Falcão indagou, risonho.

— Pronto...? Por que estaria pronto para entrar em um laboratório de física quântica? – Retorquiu, tranquilo.

— Por que você vai rever seu antigo companheiro de batalha?

— Bem... não é como se isso fosse alguma novidade pra mim... então, vamos...?

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Sam acenou com a cabeça e a dupla andou para a frente do prédio.

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