Miranda: Starve escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 8
Coffer or coffee?




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Minkis Mackenzie

Os agentes presentes no local seguraram os braços de Yury e levaram o pinguim para a sala de interrogatório. Me preparava, afinal, eu que iria interrogar o suspeito. Respirei fundo, na busca de coragem para entrar na sala, precisava demonstrar confiança, não poderia transmitir insegurança em momento algum.

Peguei um papel e uma caneta para anotar respostas importantes do pinguim e toquei na maçaneta, abrindo a porta e revelando uma mesa com duas cadeiras, sendo uma delas ocupada pelo suspeito.

Andei em direção a cadeira vaga, me sentando no móvel e olhando nos olhos do pinguim. Não conseguia descrever sua expressão, talvez uma neutra? Não sabia definir totalmente, mas resolvi esquecer e focar no interrogatório.

Arrumei os papeis na mesa, os deixando retos e apertei o botão da caneta, fazendo a ponta aparecer. Minha nadadeira estava sobre a mesa de madeira quando fiz a pergunta para o suspeito:

— Então, Yury... Onde estava no horário em que os alimentos desapareceram?

O pinguim faz uma expressão confusa, virando a cabeça para o lado esquerdo, franzindo o cenho quase automaticamente. Ele não estava entendendo sobre o que eu estava falando?

Como assim ele não entendia? Todos da ilha estavam desesperados! É praticamente impossível alguém não perceber.

Olhei em direção a porta, e como nela havia um vidro, conseguia ver Bella do outro lado, que estava observando o interrogatório. Desvio meu olhar para um dos agentes que estavam presentes a sala, olho para seu distintivo para conseguir saber seu nome e após minha observação, estava pronta para lhe pedir um favor:

— Agente Jonas, poderia ficar olhando o Yury enquanto eu saio da sala? É rápido, prometo.

O pinguim assente com a cabeça, concordando, e dou um sorriso como agradecimento. Ando até a porta, abrindo-a e dando de cara com Bella. Fecho o objeto de madeira, olhando para a pinguim loira.

— Bella, o resultado realmente deu positivo?

A resposta da garota foi mais rápida que tudo. Não pensava que ela responderia assim, na lata.

— C-claro que sim! Você... não confia no trabalho da polícia? Você duvida?

Imediatamente, me senti mal. Eu estava duvidando do trabalho de uma das investigadoras da missão. No que estava pensando? Não deveria ter duvidado dela nem que se fosse por um segundo.

Senti vergonha de mim mesma, não deveria ter feito aquela pergunta para ela.

— Desculpa Bella, não queria te ofender.

Dei um pequeno sorriso, na tentativa de me redimir. Aish, Minkinha! Foi idiotice sua ter feito uma pergunta dessas!

Volto para a sala, e agradeço ao agente. Volto para o meu lugar, olhando para o pinguim, que ainda estava um pouco confuso.

— Yury, você sabe do que eu estou falando, né?

O pinguim assentiu com a cabeça, dizendo em seguida:

— Sim! Peço desculpas por não ter respondido anteriormente, não havia entendido. Porém, vou responder a pergunta, eu estava no café no horário roubo.

— Certo, mas, por que estava agindo estranho? Nas câmeras é possível te ver olhando para o relógio toda hora, e passando por becos perto do Plaza.

— Eu estou endividado com um pinguim, eu estava esperando-o.

Dessa vez, foi a minha vez de ficar confusa. Acabei franzindo meu cenho, como o pinguim havia feito. Uma hora ele demonstra que não sabe sobre o que esta acontecendo e na outra, responde que estava no café. Se ele estava próximo ao local do pronunciamento, acho que ele deveria pelo menos saber o mínimo de informações!

Mesmo com essa pergunta em assunto principal na minha cabeça, como se alguém tivesse passado um marca texto florescente sobre a frase, sorri ao pinguim. Agradeci ao mesmo e saí da sala, indo em direção à sala que o restante dos investigadores estavam.

Durante o caminho, mexia nas folhas totalmente brancas, pensava que iria usá-las. Comecei a apertar o botão da caneta rapidamente, fazendo a ponta aparecer e desaparecer. O objeto reproduzia um barulho que estava entrando na minha cabeça, mas não estava me importando, precisava encontrar a resposta para a pergunta que estava brilhando na minha mente, e ainda estava me sentindo mal pelo acontecimento com a Bella, não deveria ter duvidado da pinguim.

Quando estava próxima da sala, parei de apertar o botão, fazendo o barulho se cessar. Segurei as folhas e a caneta em uma única nadadeira, utilizando a outra para abrir a porta. Encontrei os três pinguins observando a grande tela que mostrava o interrogatório. Com o barulho, eles olharam na minha direção, porém, o único a falar algo foi Juan:

— E então?

Respirei fundo, e juntamente com a minha ação, fechei meus olhos. Esse movimento foi rápido, pois logo depois estava olhando para meu amigo, preparada para falar

— Ele disse que estava no café, mas antes, parecia que nem sabia sobre o que eu estava falando.

 Como imaginei, todos ficaram confusos, pelo menos não fui a única. Marcus cruza os braços, levantando as sobrancelhas, tombando a cabeça para a direita, porém, descruza seus braços, e se coloca reto, dizendo:

— Querem saber a minha opinião? Para mim, ele está mentindo. Mas, Minkis, ele não falou nada sobre o comportamento dele?

— Disse sim, falou que estava endividado com um pinguim e estava aguardando a chegada do outro.

Os outros dois pinguins assentiram com a cabeça, mas provavelmente, ainda acreditavam que Yury estava mentindo, e não julgo eles, eu mesma não sabia no que acreditava. Sem contar que, eu ainda estava com aquela pergunta na cabeça, como ele conseguiu entender “tudo” tão rapidamente?

— Acho melhor ver nas câmeras, então.

Andamos até a sala de câmeras, indo até a gravação do dia em que os alimentos foram roubados, arrumando para o horário exato. E lá estava ele! O pinguim estava falando a verdade, mas mesmo assim, eu continuava com a dúvida na cabeça, e não sabia se eu iria conseguir ter uma resposta para ela, então resolvi esquecê-la. Seria a melhor coisa que faria. Foi como se eu selecionasse aquela questão e a arrastasse até uma lixeira presente na minha mente, como se fosse a tela de um computador.

Mas, ao mesmo tempo que a pergunta foi excluída, outra surgiu, tomando o lugar da outra. Como o seu cabelo estava no cofre?


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