Miranda: Starve escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 4
Blood, Sweat and Tears




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Minkis Mackenzie

Estávamos nos preparando para o início das investigações, um pouco de nervosismo estava presente, já que a comida estava acabando e eu era uma das responsáveis para descobrir quem roubou os alimentos. Me sentia pressionada pela ilha inteira, já que caso não fosse encontrado o ladrão, a culpa seria nossa.

Quando o governo nos comunicou que Greeny não iria participar, não consegui expressar nada. Não conseguia ter uma opinião sobre isso, isso era bom ou ruim? Acho que ruim, seria ótimo ter nosso amigo ao lado, nos ajudando durante a investigação. E claro, importante, já que o pinguim é uma bruxa.

Mas, já que o pinguim não participaria, o governo apresentou uma pinguim para nos ajudar, como se fosse uma substituta de Greeny, e aquilo me incomodou um pouco. Ela se chamava Bella, era uma policial cientista. A garota era loira, com cabelos ondulados. No momento em que foi apresentada, vestia um moletom marrom claro, uma calça preta e sapatos com a mesma coloração que o agasalho. E um detalhe, a menina estava vestindo uma blusa por baixo, já que era possível ver a gola.

Várias perguntas sobre a investigação rondavam minha mente, como alguém poderia ter feito isso? Quem seria capaz de deixar uma ilha inteira passar fome? Não consigo ver um motivo para um pinguim ter essa atitude, mas estava preparada para descobrir as causas e quem roubou os alimentos.

Para começarmos a investigação, resolvemos ver a reação dos pinguins em relação ao pronunciamento, aquilo era importantíssimo! Caso algum pinguim fosse suspeito, anotamos as características dele e claro, o nome, para investigá-los futuramente.  

Resolvemos nos separar em equipes, cada grupo teria duas pessoas. Uma dupla ficaria no Centro, e o outra, no Plaza, já que há uma grande quantidade de pinguins em ambos locais. E provavelmente, seria mais fácil encontrar suspeitos.

Minha dupla era Bella, e ficaríamos no Plaza. Assim que chegamos, conseguimos ver vários pinguins desesperados, a frase “O que iremos fazer?” se repetia. Naquele local, não havia nenhum suspeito, todos estavam desesperados com a situação e não sabiam o que faziam, então resolvemos voltar para o quartel, para aguardar Juan e Marcus.

Durante o caminho, não abrimos o bico para falar nenhuma palavra para a outra, apenas era possível escutar as conversas dos pinguins e os passos apressados, correndo até os mercados, tentando manter um grande estoque de comida em seus iglus.

Quando chegamos no quartel, me sentei em uma das cadeiras que se encontravam na frente da mesa principal. Durante a espera, fiquei pensando, será que não deixei de perceber algo óbvio? Acho que não, se a resposta fosse afirmativa, a outra pinguim teria me avisado, eu espero. Após alguns minutos, a outra dupla retorna, e Bella pergunta, curiosa:

— E então? Algum suspeito?

Os dois pinguins se entreolham, com expressões decepcionadas, olham para a policial e respondem:

— Não, nenhum. E vocês?

Balancei a cabeça negativamente, ouvindo um suspiro da outra pinguim.

Os dois pinguins se sentaram nas cadeiras, pensando em alguma maneira de encontrarmos suspeitos. Todos estavam olhando fixamente para algum ponto, presos em seus próprios pensamentos, se concentrando, porém, eles foram quebrados pelo barulho que a nadadeira de Marcus reproduziu quando se chocou contra a mesa. Olhei para o pinguim, com os olhos arregalados, com uma expressão assustada. Quando me acalmei, olhei para o homem e parecia que havia tido uma ideia, só faltava aparecer uma lâmpada acessa em cima da sua cabeça, como era comum nos desenhos animados. Ri com os meus pensamentos, e Marc disse:

— Já sei! E se olhássemos nas câmeras? Tudo bem que o Centro e o Plaza são os locais que mais tem pinguins, mas outros lugares da ilha também têm! Como por exemplo, o ancoradouro e a Prainha. E até mesmo o estádio, já que os pinguins estão de férias e podem jogar esportes, na tentativa de se aquecer.

Todos concordaram com a ideia, e fomos até a sala de câmeras. Lembrei-me de dezembro do ano passado, do dia em que entramos nessa sala e tentamos reproduzir uma pílula que os encapuzados utilizavam. Abandonei os pensamentos e foquei na situação atual, era necessário estar focada para conseguir cumprir meu trabalho com sucesso. Não poderia realizar nenhum erro!

Bella e Juan se sentaram nas duas cadeiras que se encontravam na frente das câmeras, já eu e Marcus, ficamos em pé, atrás dos outros dois pinguins. Começamos a observar os locais, e logo começamos a ter alguns suspeitos em nossa lista. Além de ter anotado os nomes, colocamos algumas características físicas, no caso de haver outro pinguim com o mesmo nome.

Quando terminamos, ficamos orgulhosos. Anotamos dez nomes de pinguins suspeitos! Pegamos a lista e saímos da sala de câmeras, voltando ao quartel. Encontramos alguns agentes da EPF sentados nas cadeiras em que anteriormente estávamos pensando em uma maneira de encontrar suspeitos, e logo que avistamos os pinguins, fomos em direção a eles.

Apresentamos nossa lista, falando os motivos que achamos cada um capaz de ter roubado a comida. Um dos agentes nos disse que iriam ver se os pinguins tinham antecedentes criminais, concordamos e nos sentamos onde eles estavam acomodados. Vendo os agentes indo até uma sala, e fechando a porta.

E se nenhum dos pinguins tivesse antecedentes criminais? O que poderíamos fazer? Mas não era possível, pelo menos um teria que ter! Minhas nadadeiras suavam e tremiam, só de pensar na possibilidade de ter que encontrar novos suspeitos, me deixava mais nervosa! Aquilo atrasaria a investigação inteira!

Em cerca de quinze minutos, os agentes voltaram com a lista em suas nadadeiras, colocando o pedaço de papel sobre a mesa, e um deles disse:

— Dos dez suspeitos, quatro têm antecedentes criminais, e são o mesmo crime, roubo.

Olhamos para a folha, e todos os nomes com um pequeno “x” ao lado do nome, indicava que aquele pinguim nunca havia cometido um crime, e os que apresentavam uma seta, que já tinham cometido. Era aquilo, estava decidido, iriamos investigar aqueles pinguins.

Eu e os outros três investigadores nos entreolhamos, sorrindo. A investigação seria longa, mas eu doaria meu sangue, suor e se fosse necessário, lágrimas, para descobrir o culpado pela fome que atingiu a ilha.


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