Atualização de Dados do Minetta escrita por TMfa


Capítulo 2
Capítulo 2 - É só um estúpido jogo


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu realmente imagino que, depois que eles descobriram que podem se aturar no festival cultural, os dois tenham acabado tocando de vez em quando, depois jogando video game e desenvolvendo um certo respeito entre si. E o que rolou no mangá no capítulo 208 (4 semanas depois dessa fanfic ficar pronta) só me deu esperanças de que isso vá acontecer ou esteja acontecendo (pobre é fogo né? Se ilude com qualquer merda)



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No dia seguinte, Bakugou não se lembrava dessa estupidez do domingo, muito menos imaginava que Minetta estivesse refazendo seu caderno de anotações indecorosas. O garoto pervertido tinha em mente praticamente todos os dados das garotas na mente, de tanto observá-las de modo desprezível.

O problema era que agora ele tinha uma nova ambição: Detalhar a seção sobre Jirou Kyouka. A garota punk nunca tinha chamando-lhe a atenção, pois seu jeito nada afeminado e seu corpo infantil não tinham nada a oferecer, na concepção de Minetta. Agora que ele descobriu que, na verdade, Kyouka apenas mantinha tudo isso bem escondido, Minetta precisava manter sua reputação auto imposta de “femeologista”.

Katsuki não reparou em nada diferente em sua classe até a última aula do dia, quando Kyouka o chamou para tocar em seu quarto.

— É segunda, Earphone – retrucou ele ríspido – Você não tem mais o que fazer, não? Talvez treinar essa sua luta de merda?

Kyouka revirou os olhos e gemeu impaciente.

— Nós acabamos de treinar. – resmungou ela bufando - Além do mais, não foi ideia minha, foi do Kaminari. Nós não temos muita coisa essa semana, então ele achou melhor aproveitar para praticar um pouco, ele ainda é muito amador.

— Ele é uma droga – concordou Bakugou – Talvez eu apareça por lá.

— Depois do jantar, tchau.

Jirou sabia que isso era uma confirmação.

Katsuki chegou ao seu quarto, tomou um banho, fez todo o dever de casa como se fosse brincadeira de criança e desceu para jantar. Ele não ligou os pontos quando Kaminari puxou a cadeira para Kyouka antes de se sentar ao lado da garota, mesmo sendo uma cortesia nova para o loiro elétrico. Ele também não deu importância quando, no salão comum, Minetta ofereceu chocolate quente para Jirou (que ela, desconfiada, recusou por estar a caminho do quarto).

Bakugou só percebeu o que estava acontecendo quando viu a expressão surpresa de Kaminari ao vê-lo entrar no elevador com eles.

— Ele está vindo também? – perguntou o loiro elétrico para Kyouka.

— É, claro. – ela encolheu os ombros. – Algum problema?

— N-não... – Kaminari esfregou a cabeça com um sorriso amarelo – Eu pensei que, não sei, como é segunda, ele não quisesse vir.

— Eu estou aqui, sabe – bufou Bakugou – Não fale como se eu não estivesse.

— Desculpa, Bakugou é-é que... Bem, eu pensei que seria só eu e Jirou.

— Por quê? – Bakugou estreitou os olhos.

— Por que eu preciso de algumas aulas, só isso – respondeu ele rapidamente – É, é isso. Você sabe, eu não sou muito bom ainda, se você tocar com a gente, eu posso não acompanhar, então eu pedi à Jirou para treinar comigo.

— Oh, desculpa, Kaminari, eu não sabia – disse Kyouka gentilmente – Se eu soubesse não teria chamado Bakugou.

— Por que não? Onde tocam dois, tocam três – interpôs Katsuki encarando Kaminari desconfiado.

— Você não é exatamente a pessoa mais paciente do mundo – satirizou Kyouka saindo do elevador.

Eles tocaram por mais ou menos uma hora, Katsuki saiu querendo matar Kaminari por ser tão cara de pau. Sempre parando a música para pedir ajuda de Kyouka e fazendo drama sobre como era difícil acompanhar os dois. Até Jirou se irritou com o garoto e decidiu que era melhor irem dormir.

— Eu sei o que você está fazendo, Pikachu – alertou Bakugou ao entrarem os dois no elevador do lado masculino – É melhor você parar com isso.

— Eu não estou fazendo nada – respondeu Kaminari cínico.

— Quando a Earphone descobrir, ela vai te matar, e eu vou ajudar – rosnou ele olhando para a porta do elevador.

— O que é isso, Bakugou? Ciúmes? – provocou Denki balançando-se na ponta dos pés, as mãos para trás e um sorriso radiante no rosto.

Talvez fosse sorte, ou talvez Kaminari não fosse tão burro quanto se espera e soubesse que seu andar era o próximo e por isso provocou seu amigo. O fato é: Bakugou desistiu de ameaçar o garoto loiro quando o viu correr pela porta do elevador direto para seu quarto.

Na manhã seguinte, Bakugou observou melhor Kaminari e Minetta, os dois filhos da puta estavam quietos, embora confabulassem em conjunto. Os dois não eram exatamente amigos – Minetta não era muito... amigável – e se uniam somente em prol de assuntos indecorosos.

Katsuki pensou em contar à Kyouka o que aconteceu e alertá-la sobre os dois. Entretanto, revelar que os dois estavam fazendo também era revelar que a culpa era parcialmente dele, por ter colocado basicamente um alvo nas costas de Jirou, ou, nesse caso, na bunda. Deste que não houve mais nenhuma ação por parte dos dois, ele preferiu não falar nada.

Com isso, o resto do dia foi calmo, e Bakugou seguiu sua rotina normalmente. No começo da noite, uma hora depois do jantar, ele tinha acabado com a lição de casa e desceu para pegar algo para beber na geladeira.

A princípio ele não a notou ali, contudo, quando passou de volta para o elevador, Katsuki percebeu dois braços serem esticados e depois encolhidos no sofá, ele caminhou até lá e viu Kyouka enrolada no canto com os fones plugados no celular.

— O que você está fazendo aí, orelha? – ele bateu nos joelhos dela, chamando sua atenção.

— Matando meu tédio – respondeu ela esmagando as bochechas ao apoiar o rosto nas mãos.

— Eu vou ligar meu vídeo game, quer perder algumas rodadas? – Ele ofereceu já caminhando para o elevador novamente.

— Melhor do que nada – suspirou ela acompanhando-o.

Eles jogaram por um tempo, sentados no chão do quarto de Bakugou, para ficar mais perto da TV. Como esperado, Kyouka perdeu as três primeiras partidas. Frustrada, ela retirou o casaco e se posicionou curvada para frente, em direção à TV, com a determinação renovada. Bakugou apenas escarneceu das tentativas fúteis da garota quando ela perdeu mais duas rodadas.

— Ah, qual é! – resmungou ela ao perder outra vez.

— Suas habilidades de luta são uma droga até no vídeo game, orelha – zombou ele arrogantemente.

— Hff, é o que nós vamos ver.

Kyouka deitou-se de bruços no chão, os pés apoiados na cama, bem ao lado de Bakugou. Não era a primeira vez que ela fazia isso, nem de longe. Pelo contrário, ela fazia isso todas as vezes que eles jogavam. Por isso Bakugou ficou desconcertado, por que foi assim que ele reparou nos seus... atributos físicos.

Ela estava, como sempre, com os shorts extremamente curtos, bem ao seu lado. Ele continuou o jogo tentando ignorar esse detalhe. O problema é que, quanto mais eles jogavam, mais Kyouka se contorce tentando ganhar e, porra, ele é um garoto afinal!

Katsuki sacudiu a cabeça e se inclinou para frente para se concentrar no jogo. Mas isso só piorou, porque agora seu rosto estava ainda mais perto. Tão perto que eu poderia tocar. Bakugou se repreendeu por esse pensamento e engoliu em seco ao perceber que estava encarando o traseiro de sua amiga, mesmo não conseguindo parar com isso.

— Eu sabia! – Comemorou Kyouka fazendo Bakugou pular.

— O quê?! Não! – Defendeu-se ele imaginando ter sido pego.

— Eu sabia que você não era invencível! – continuou ela virando-se para ele, ainda deitado.

Foi quando Bakugou olhou para tela e percebeu que havia perdido.

— Eu ganhei, você perdeu. E lá se vai seu recorde de invencibilidade no Mortal Kombat! – comemorou ela apoiando-se nos cotovelos e rindo dele – E você perdeu para uma garota! – gargalhou ela deitando-se de costas agora - Kiri não vai acreditar quando eu contar isso, eu tenho que tirar uma foto disso. – terminou ela passando por cima dele para pegar seu celular.

Katsuki se odiou ainda mais por ter notado em todas as partes do corpo de Kyouka enquanto ela falava e se contorcia pelo chão do quarto com a sua maldita roupa de mendiga que ela esconde debaixo daquele maldito casaco gigante. Por que caralhos ela tinha que passar por cima dele com essa blusa estúpida, ela esqueceu que não estava usando um sutiã? Porra, ele viu praticamente tudo, inferno!

— O gato comeu sua língua, bomberman? – debochou ela tirando uma foto da tela e enviando para Kirishima.

— E daí, você ganhou uma. Quantas você perdeu? – resmungou ele, um ranzinza corado.

Aparentemente Kyouka não percebeu o que estava acontecendo então Bakugou resolveu fingir que aqueles pensamentos estúpidos não estavam na sua cabeça.

— Você está legal? – pergunta ela erguendo uma sobrancelha ao ver o rubor no rosto dele.

— Por que não estaria?! – rosnou ele – Vamos começar logo outra partida.

— Cara, você ficou esquisito, você só perdeu uma vez, relaxa – pediu Jirou sentando-se.

— Eu tenho que ver isso! – entrou Kirishima correndo – É verdade, como isso aconteceu?! – perguntou ele animado ao ver a tela.

— Parece que eu estou melhorando minhas habilidades de luta – satirizou ela fingindo-se esnobe.

— Segura aí, não comecem outro jogo – pediu Kirishima correndo para a porta – Eu vou chamar os outros.

Kyouka riu sentada, inclinada para trás e apoiando-se nos braços esticados. Bakugou pegou o casaco dela e o jogou sobre Jirou, que o vestiu para alivio do garoto, que queria ignorar o que havia pensado.

Infelizmente, Kirishima, Sero e Kaminari apareceram em seu quarto para confirmar a rara derrota de Bakugou no vídeo game, Ashido chegou logo em seguida. E nenhum deles parecia disposto a deixa-lo esquecer disso pelo resto da vida.

Katsuki expulsou todos eles do seu quarto e os mandou dormir, alegando que ele tinha mais o que fazer do que aturar esse bando de idiotas.

Na verdade Bakugou pretendia dormir e amanhecer como se nada tivesse acontecido. Ele imaginava que isso seria o melhor, ele não tinha uma queda por Jirou, ele não tinha queda por ninguém. Isso só aconteceu por causa do pervertido do suco de uva.

É, foi isso, ele havia visto Jirou assim dezenas de vezes antes e essa é a primeira vez que isso acontece. Quando ele esquecer a merda do suco de uva, seu cérebro vai ignorar Jirou novamente.

Não foi isso que aconteceu. Bakugou não demorou para dormir e quando o fez, sonhou que estava novamente ao lado de Jirou, na mesma posição em que estavam a poucos minutos. Kyouka vestindo as mesmas roupas e fazendo o mesmo movimento.

Novamente, Bakugou pensou em tocá-la, em sentir a pele de suas coxas, do quadril, de tudo. Ele estava com a mão perigosamente perto quando ouviu em seus sonhos Kyouka perguntar se ele queria tocá-la. A voz sedutora, os olhos voltados para ele, dando permissão.

Ele deslizou uma mão por suas pernas, ainda receoso. Quando a garota punk guiou a outra mão para o seu quadril, ele beijou suas coxas com vontade e deixou uma trilha de beijos pelo corpo até alcançar seu pescoço.

— Mas o quê?! – exclamou ele acordando bruscamente.

Katsuki sentou-se na cama confuso e chocado. Ah, porra, não. Eu acabei de sonhar com a Earphone? O volume entre suas pernas era a confirmação de seu pensamento.

— Puta merda! – xingou Bakugou assustado e culpado ao perceber sua ereção – Porra, não. Merda! Não Jirou, droga cérebro, não ela, inferno!

Ele foi até o banheiro do quarto e tomou um banho frio contando até 100 elefantes. Depois disso, ele leu e refez o dever de casa de matemática e voltou a dormir. Sem sonhos molhados dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Confesso que foi um pouco perturbador escrever o final huheuehue ELES SÃO CRIANÇAS PORRA. O problema é que essa é a terceira ou quarta fanfic BakuJirou que surgiu na minha mente, as primeiras não estão postadas por não estarem concluídas, justamente por esse meu lado puritano de não conseguir imaginar esse dois se pegando hardcoremente.



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