Thema Nr1 escrita por Berka


Capítulo 3
Primeiros contatos


Notas iniciais do capítulo

Primeira vez que Tom e Kristin vão conversar mesmo.
A noite "maravilhosa" de Tom e Jeny.
Bill e Kate.



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Acordei no outro dia com batidas na porta. Mas que droga.

 

- Tom, tá acordado? - era a voz de Bill. Gott, esqueci de Kristin!

  - Tô levantando, só um minuto! - levantei e fui colocando uma roupa qualquer.

- Beleza, te espero lá embaixo pra tomar café. - ouvi passos na escada.

 

Amarrei meus dreads e abri a gaveta com bandanas e bonés. Peguei uma bandana preta e coloquei um boné branco, pra combinas com a minha longa camiseta. Calcei um tênis branco e corri para o banheiro para a higiene matinal. Encarei meu rosto no espelho. Nossa, como sou irresistível! Se eu pudesse eu me pegava. Ri sozinho e corri pela escada, sentando em uma cadeira ao lado de Bill.

 

- Bom, aonde levaremos ela? Um cemitério? - gargalhei. Bill me encarou sério. Tá, não teve graça.

 - Tom, por favor. Tente ao menos ser legal com ela. Acho que você consegue, não é? - pediu com cuidado.

- Tá certo, eu vou ser legal. - enfiei um pedaço de waffle na boca e tomei um gole do suco de laranja que provavelmente minha mãe tinha feito. Bill não tem essa capacidade e o de Gordon é muito azedo.

- Respondendo a sua pergunta anterior, acho que podemos ir até o parque dar uma volta e depois irmos ao Mc Donald's almoçar. O que você acha? - Bill falava de boca cheia. Depois eu que sou o nojento.

- Por mim tá tudo ótimo. Só tenho que estar aqui em casa as sete horas. - me servi de mais suco.

- Por quê? Vai sair a noite? - ele parou de comer e me encarou.

- Não, a mãe e o Gordon vão sair, então... - olhei pra ele mexendo o piercing.

- Jeny? Ah, pelamordedeus Tom! Aquela garota é uma vagabunda! - Bill cuspiu seu ódio por ela.

- Relaxa, Billy... Não tenho nada com ela, é pura diversão! - ri esfregando as mãos.

- Tudo bem, você é quem sabe... Eu vou sair então. - ele pegou o celular. Pra quem ele ia ligar? Bill conhecia garotas? - Kate? Oi, é o Bill. - esperou. - O que você vai fazer hoje a noite? - ele me olhou com uma cara de vitória. - Hum, e o que você acha de a gente pegar um cinema? Prefiro de Terror. - Como assim? Bill ia sair com a Kate? Caraca! - Ótimo, passo aí as oito, beleza? Beijos. - desligou o celular.

- Bill, você tá pegando a Kate? - olhei espantado.

- Claro que não, Tom! - ele me encarou corando. - Eu só sou amigo dela!

- Então tá... Nossa, que desperdício, Bill. Ela é linda, você devia ficar com ela. - falei limpando minha boca com um guardanapo.

- Ela é mesmo... Er, quer dizer, ahm... - ele arregalou os olhos. HAHA! Bill tava gostando dela, tava na cara!

 - Cara, você tá amarradão nela, nem invente. - ele tentou falar, mas eu continuei. - Vai em frente. Ela não é vagaba, é linda e combina muito com você. - sorri. Seria legal se desse certo. Bill andava muito solitário.

 - Talvez, Tom... Bom, tudo bem, mas não fale nada, por favor. Quero que eu tome o primeiro passo, e que tudo ocorra naturalmente. - ele falou meio envergonhado. Eu ri de sua cara de bobo e me levantei da mesa, indo escovar os dentes.

 

Desci pelas escadas e Bill me acompanhou.

 

- Mãe, estamos saindo! Voltamos só depois do almoço! - berrei da porta.

- Tudo bem, filho. Bom passeio! - ela falou do andar de cima.

- Valeu. - fechei a porta. Bill e eu fomos caminhando pela esquina até a casa ao lado.

 

Toquei a campainha. Alguém destrancou a porta.

 

- AH, bom dia, garotos! Kristin já está descendo. Querem entrar? - Samantha convidou sorrindo.

- Bom dia! Tudo bem, mas não queremos incomodar. - Bill falou cordialmente. Entramos na casa arrumada e colorida, cheia de enfeites e quadros nas paredes.

- Bom, fiquem à vontade. Vou lá chamar Kristin, se não demorará anos. - riu sozinha e subiu as escadas lentamente.

 

Bill e eu ficamos calados durante a espera. O que há com Kristin? Fiquei pensando nisso, pois ao conversar com sua mãe, parecia que tudo era alegre e feliz em sua vida. Bom, talvez ela tivesse depressão, ou até mesmo fosse uma aspirante suicida.

 

Logo ouvimos passos na escada. Kristin apareceu com uma calça cinza larga com um cinto preto, uma regata preta bem justa e o mesmo tênis velho de ontem. Seu cabelo estava mais abaixado e ela quase não tinha maquiagem. No rosto ela levava um sorriso. É, a psicopata estava sorrindo. Não sei se isso me dava medo ou se me deixava perplexo por tê-la visto chorando ontem a noite. Bill e eu nos levantamos do sofá.

 

- Olá Kris. - Bill falou sorrindo.

- Oi. - falei baixo.

- Olá Bill. Tom. - sorriu para cada um.

- Bom, vamos logo. Temos muito que conversar! - Bill pegou sua mão e a puxou pela porta. Ela riu e sorriu me encarando. Hum, belos olhos.

 

Pegamos um táxi do outro lado da rua. Fomos até o parque central, cheio de pessoas, espaço bom para caminhar. Lá nós fomos andando pela estrada arborizada e conversando.

 

- E então, Kristin? Por que se mudaram para cá? - perguntei sutilmente.

- Er, é meio chato... - ela falou fracamente, desmanchando o sorriso do rosto. Boa, Tom! Não devia ter falado isso. - Meu pai e minha mãe se separaram, e logo depois ela conheceu Peter. Como estavam há tempos namorando, resolveram mudar-se para uma cidade maior e alugar uma casa juntos. Então estamos aqui. - ela abaixou a cabeça. Droga, não consigo me segurar.

 - Não parece satisfeita. - falei com cuidado. - Não gosta dele? - Bill me deu uma cotovelada. Eu mereci. Não é da minha conta.

 - Nein, ele até que... Bom... Ah, minha mãe gosta dele, então está tudo certo. - completou sem graça. Parei por aí. Mais do que isso seria constrangedor.

 - Hum, então... O que gosta de fazer? - Bill me salvou.

- Ouvir música, ler, escrever, desenhar... - falou voltando com o sorriso.

- E tocar? Toca algum instrumento? - perguntei. Agora estava mais seguro.

- Nein! Não tenho coordenação motora pra isso! - ela gargalhou.

- Eu também! - Bill falou rindo. - Apenas canto.

- É mesmo? - ela sorriu e parou. - E você, Tom? - ela me encarou curiosa.

- Bom, eu toco violão, guitarra, piano e arrisco na bateria, mas cantar, só no chuveiro! - gargalhamos.

 

Continuamos rindo e fomos até a ponte. Atravessamos o parque e fomos até o Mc Donald's.

 

- Hum, Bill... - ela falou sem jeito. - Eu não sabia que íamos comer fora. Tô sem dinheiro. Acho melhor voltarmos, outro dia fazemos isso.

- Nein, nada a ver. - interrompi. - Eu pago.

- Bom, depois acerto com você, tudo bem? - ela perguntou com cuidado.

- Tanto faz. - abri a porta para que Bill e ela passassem.

 

Escolhemos uma mesa e eu puxei a cadeira pra ela. Apesar de achá-la estranha, ela estava sendo super legal.

 

- Bom, o que vão fazer semana que vem? - Kristin falou enquanto sugava seu milk-shake de chocolate.

- Além das aulas, nada programado. - Bill falou mordendo seu BigMc.

- Como vocês são as únicas pessoas que eu conheço aqui ainda, será que gostariam de passar meu aniversário comigo? - ela pediu sorrindo largamente.

- Claro! - Bill sorriu. - Quantos anos fará?

- Dezesseis. Ahm, não parece, né? - ela riu divertidamente.

- Parece ter bem menos, é sério. - Bill falou espantado. - Não me leve a mal, mas você tem uma cara de bebê. - sorriu enfim.

- Haha, que ótimo. - ela ironizou.

 

Terminamos nossos lanches e fomos direto pra casa. Levamos Kristin até sua casa e voltamos para a nossa. Talvez ela não fosse louca. Talvez só tivesse de deixar escapar as tristezas de algum modo, seja por sua aparência ou por atitudes, mas ela é legal. Subi as escadas até meu quarto e tomei um banho. Jeny viria logo, então quis me agilizar, já que Bill também tinha um encontro hoje a noite, e ele realmente demora a se arrumar. Como se adiantasse. Bom, era melhor se ajeitar mesmo. Kate é muito bonita, e Bill teria de se esforçar.

 

Saí do chuveiro e fui pro quarto me arrumar. Esperei dentro do quarto pela despedida de minha mãe e de Gordon. Eles demorariam a chegar. Fui até o quarto de Bill e abri a porta sem bater. Ele estava ajeitando o cabelo.

 

- Bill, vai logo! Vai buscar a Kate que eu tenho uma gostosa pra pegar! - berrei ao seu lado, mas um berro de ansiedade, e não de estupidez. Bill pareceu notar a diferença, porque riu da minha cara.

- Tom, para sua alegria, já estou pronto. Tô saindo. - ele foi descendo as escadas. - Ah, e juízo. - piscou. Como se eu tivesse algum.

 - Tá, tá... Agora vá logo! - ri e dei tchau. Bill estava sorridente e pegou um táxi logo a frente. Bom, a Kate que se prepare!

 

Enquanto eu dava uma ajeitada na casa, a campainha tocou. Abri a porta sorrindo.

 

- Olá, Tomzinho. - a loira estava com uma micro-saia e com uma regata decotada, seus cabelos ondulados e batom avermelhado. Mein Gott, calma Tom! Espere que ela vai ver o Júnior aqui entrar em ação logo, logo...

- Jeny, tá linda! Entra aí! - abri a porta. Enquanto ela passava, aproveitei para olhar o seu trazeiro, e que trazeiro!

 - Tava com saudade? - ela mordeu o lábio inferior. Eu ri e agarrei Jeny pra perto de mim, beijando seu pescoço. - Já vi que tava! - ela riu. 

 

Comecei a dar leves chupões em seu pescoço e fui guiando-a até meu quarto. Entramos ainda agarrado e eu fechei a porta com o pé. Ela devia estar doida por mim, porque ficou gemendo como uma louca no meu ouvido e me agarrando. Desci minhas mãos por sua cintura e parei na sua bunda. Apertei-a sem medo, porque Jeny nunca reclamou quando fazia isso. Desci até suas coxas e subi um pouco por baixo da saia. Jeny me olhou com uma cara de safada e riu maliciosamente, então passei a mão por baixo da saia repetitivamente. Ela ria e gemia meu nome e tentava arrancar minha camisa. Eu a ajudei e depois a encostei na parede. Voltei a beijar seu pescoço e fui descendo para seus peitos. Jeny era mais turbinada do que o normal. Ela gemeu e arrancou sua regata numa manobra rápida, mas logo me puxou pra perto. Coloquei minhas mãos sobre suas coxas e a ergui, enquanto ela passou suas pernas em volta do meu corpo. Eu ria de como ela era fácil, enquanto passava minha boca por seus seios. De repente ouvi batidas na minha janela. Jeny arregalou os olhos e me soltou. Pegou sua blusa e eu coloquei a camiseta. Abri a janela. Eu não acredito! Bem quando tava ficando bom! Ahh, que ódio!

 

- Kristin, o que aconteceu? - falei disfarçando a irritação. Queria estrangulá-la.

 - Tá aqui o sue dinheiro. Obrigada por tudo, e desculpe o incômodo. - ela sorriu sem graça ao ver Jeny.

- Tá tudo bem. Bom, obrigada e boa noite. - pequei o dinheiro e fui voltando ao quarto. - e aí Jeny, onde paramos?

- Er, Tom... Desculpa, mas agora não tem clima. Você se livra do irmão e arranja uma vizinha mala? To saindo. - ela pegou a bolsa e foi descendo as escadas. Odeio vadias frescas.

 

Desci atrás dela, mas ela fechou a porta me olhando com uma cara de desprezo. Ela vai pedir pra me ver de novo... Ah se vai. Mal-humorado, voltei para o quarto e deitei na cama. Nada de legal pra fazer, vou dormir. Amanhã eu falo com Bill sobre a noite com Kate e arranjo um modo de matar minha vizinha. Não acredito, cara! A Jeny tava na minha!


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam de Kristin?
E da Jeny?
O que será que Tom fará?

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