Thema Nr1 escrita por Berka


Capítulo 4
Let's Go Party!


Notas iniciais do capítulo

Desculpas.
Convites.
Ciumes.



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Acordei com passos atrás da minha porta. Virei-me para o relógio. Já eram duas da manhã e Bill estava chegando agora. Saí da cama e abri a porta.

 

- Bill? - falei sonolento. Ele deu um pulo de susto, e logo fez cara feia.

- Shhhhhhhhh! A mãe já chegou... Não quero levar uma bronca. - ele falou sussurrando.

- Como foi lá? - perguntei curioso. Ah, Bill! Orgulhe seu irmão!

- Ah, eu sou um idiota. Não fiz exatamente nada! Devia ter beijado ela no cinema, mas eu não consegui! Tom, me dê um soco! - Bill falou ressentido. Ele precisava de ajuda.

- Calma, Bill... Mas ao menos ela tava te dando corda? - tentei ser o mais compreensível possível.

- Bom... Acho que sim. - falou sem graça.

- Ah, então tá tudo certo. Pode relaxar, Bill... Tudo vai acontecer na hora certa, pode crer! - sorri para meu gêmeo. Me senti o cupido.

- E a Jeny? - ele fez uma cara de nojo,

- Er, digamos que nada aconteceu. Kristin fez estragar tudo... - contei a história. Bill gargalhou.

 

Dei boa noite para Bill e voltei para cama. Estou com medo de ver Kristin amanhã. Não medo dela, mas do que possa acontecer a ela. Cara, pensando bem... Jeny que foi a idiota da história. Kristin não tinha culpa.

 

Acordei ao som de uma música irritante, aquelas de bandas femininas. Quem seria capaz de escutar tal lixo? O som vinha da janela. Ah, claro... Kristin. Pulei da cama e fui até o banheiro, depois me troquei e desci para o café.

 

- Bom dia, mãe. – sentei e peguei um copo de suco.

- Bom dia, Tom. Gordon e Bill saíram. Foram fazer umas comprinhas. – ela sorria e preparava panquecas.

- Hum... Panquecas de quê? – cheirei o ar. Esse cheiro é o melhor de todos. Chocolate, certeza.

- Chocolate. – me alcançou um prato. Oba, acertei!

Terminei meu café e fui até o quarto. Georg e Gustav ainda não voltaram. As férias são chatas sem seus melhores amigos. Fui até a janela e a abri. Kristin tem que conhecer música boa. Alcancei uma partitura de cima da escrivaninha e sentei-me perto da janela. Peguei meu violão e comecei a dedilhar Reden e cantar pra mim mesmo, já que minha voz não é lá essas coisas.

Já no início da melodia, o som que vinha do quarto ao lado parou. Eu me concentrava nas notas, mas ouvi os passos de Kristin vindo de sua janela. Quando eu terminei, ela estava ao meu lado.

 

- Ei, que som legal! – ela sorriu e sentou-se no beiral da varanda.

- Obrigada. Na verdade, é bem melhor do que você estava escutando... – eu ri e ela revirou os olhos, mas ainda rindo.

- Sim, talvez. Ah, Tom... Foi mal ontem à noite. Não sabia que você estava com a sua namorada. – ela abaixou os olhos e balançou os pés. Como fui idiota. Ela realmente não teve culpa.

- Sem problemas, e ela nem é minha namorada. – dei de ombros. Ela arregalou os olhos.

- Como assim? Mas vocês estavam quase... Bom, teriam... Se eu não tivesse... – ela ficou espantada.

- Nada de mais. Uma ficante, sei lá como você chama. – coloquei o violão do lado. 

- Hum... Então, o que está fazendo? – ela falou mudando de assunto. Estava nervosa? Era pra eu estar nervoso, afinal a psicopata era ela.

- Falando com você, oras. Ah, traga-me um de seus desenhos! Eu quero vê-los! – sorri. Já estava na hora de ser gentil.

- Bom, eles não são muito bons... Posso fazer um pra você, porque aqueles eu não vou te mostrar. – ela sorriu. Assenti com a cabeça.

 

Ela foi e voltou com um caderno de desenho, um lápis e uma borracha. Sentou-se e começou a desenhar. Ela estava me desenhando?

 

- Não se mexa! – bronqueou rindo. Fiz uma cara de medo e logo sorri para ela. O quê? Ela corou? Disfarcei e esperei pelo desenho. Depois ela me entregou o papel. Era perfeito, traços diferentes, simples leves, mas transmitiam ao certo o que ela queria. Até demais. Minha boca tinha recebido, com certeza, mais atenção do que as outras partes. O piercing no meu lábio inferior era tão bem desenhado que parecia brilhar.

 

- Uau! Você é boa! – entreguei o papel.

- É seu, pode ficar. – ela o empurrou, então eu entrei no quarto e prendi no mural. Kristin pareceu ficar satisfeita do lugar escolhido para seu presente.

- Bom, então vou indo. – Kristin levantou-se e fez menção em voltar para seu quarto. Não sei porque, mas vou fazer isso.

- Kris? – ela parou e virou rapidamente. – O que vai fazer hoje à noite?

- Nada, a princípio. – ela parou e me encarou. Aqueles olhos, tão expressivos.

- Quer sair comigo, digo, com a gente? Bill e eu vamos sair numa balada hoje e ele vai levar Kate, uma amiga nossa, mas não queria ir sozinho. Então pensei em ir, mas ir sozinho também é chato. Pensei que você...

- Eu adoraria! – ela sorriu e logo disfarçou. Tinha realmente gostado do convite. Acho que ela não sai muito.

- Ótimo, então te chamo lá pelas dez, tudo bem? – sorri de lado e me levantei.

- Estarei lá. – ela piscou e virou-se para sua janela.

 

Arrumei minhas coisas da escrivaninha e desci as escadas. Bill já tinha chego.

 

- Bill, liga pra Kate e chama ela pra balada hoje. Eu vou com vocês, convidei a Kris. – falei longe de Gordon e de minha mãe.

- É? – ele sorriu sacana. – Você tá afim dela? - O quê? Da onde?

- Não, idiota. Tô indo por você... – revirei os olhos.

- Ah, claro. Então tá. Vou ligar pra ela.

 

Fui pra sala e fiquei assistindo TV. Essa noite vai ser legal. Kristin merece um pouco de diversão. Já eram nove e meia e Bill ainda estava arrumando o cabelo. Mas que fresco! Tomei banho e me arrumei. Fui todo de preto.

 

- Bill, vou chamar a Kris. Depois vamos buscar a Kate, okay? – desci as escadas.

- Tá, já estou quase pronto... – ele resmungou. Mas eu nem estava o apressando. Eita, que menino nervoso!

Dei a volta na esquina e apertei a campainha. Mein Gott! O que Kristin não tinha de feminilidade no primeiro dia, tinha agora! Ela estava linda! Bermuda social preta não muito curta, camiseta com uma estampa de gravata, colete preto com um botons pequenos no canto, sapato alto fechado e preto, cabelos bem arrepiados com um lacinho preto e vermelho de lado, maquiagem preta nos olhos e um sorriso lindo nos lábios levemente rosados. Estava diferente, sei lá.

 

- Oi, Kris. Bela roupa. – sorri e estendi o braço. – Vai me acompanhar hoje, né? – sorri de lado.

- Claro, tudo pelo Bill. – ela encaixou seu braço no meu. – Afinal é pra isso que você me convidou. – sorriu. Claro, foi pra isso sim, mas eu não previa que você estivesse tão linda assim.

- Aham. – fechei a porta e encontrei Bill ao lado do táxi.

- Olá, Kris. Está linda. – Bill sorriu. – Vamos buscar a Kate.

 

Paramos em frente à casa da garota. Ela apareceu logo em seguida com um vestido preto e moderno, todo enfeitado. Bill derreteu-se.

 

- Nossa, Kate! Você tá linda! – ele abriu aporta e ela lhe lançou um sorriso sedutor. Ahhh, muleque! Bill, ela tá na sua!

- Oi Kate, esta é a Kris, nossa vizinha e nova amiga. – apresentei. As duas sorriram e se cumprimentaram. Que bom, assim Kristin fazia uma amizade feminina.

 

Elas conversavam animadas no carro, mas Bill estava desesperado. Chegamos à festa logo depois. Pagamos o táxi e entramos na festa. Bill segurava a mão de Kate e eu levei Kris até a parte de dentro.

 

Lugar lotado, cheio de gente. Música boa, garotas bonitas... Tudo o que eu preciso pra ser feliz. Procuramos um lugar pra sentar e pedimos Red Bull para todos.

 

- Bill, vamos dançar? - Kate segurou suas mãos e o puxou. Encarei Bill. Se ele não fosse eu ia dar-lhe um soco. Ele sorriu e foi.

 

Kate dançava junto dele e Bill começou a entrar no ritmo dela. Tudo ia dar certo.

 

- Tom, vou dançar. Já volto. - Kristin saiu do sofá e foi até a pista. Ela sabe dançar?

 

Minha pergunta foi respondida. Kristin largou-se na pista de olhos fechados, fazendo movimentos diferentes, legais. Uma música agitada, ela quase dançava um psy, mas controlava seus movimentos. Bom, vamos lá! Levantei-me e fui até ela. Comecei a dançar do meu jeito louco que a fez rir. Ela é tão legal... Enquanto dançava tive uma péssima visão. Droga, Jeny está aqui. Ela me viu e me encarou ao ver Kristin do meu lado. Fiquei com raiva e comecei a dançar mais perto de Kristin. A música começou a ficar lenta, e os movimentos dela mais sedutores. Fui por trás e comecei a dançar junto dela. Jeny me fuzilou com os olhos e quase surtou, mas mantive minha dança. Na verdade, é legal dançar com Kristin. Ela estava linda e sabia como agir. Colei meu corpo ao dela e ela dançava lentamente. Senti seu cheiro e fiquei fora de mim. Segurei em sua cintura e comecei a puxá-la pra perto, que virou-se para mim e me encarou sem entender. Começamos a dançar colados e de repente aconteceu.

 

- Larga ele, sua estranha! - Jeny pulou e puxou Kristin.

- O que você pensa que está fazendo, Jeniffer? - gritei. Talvez ela merecesse um soco. Na verdade, acho que isso foi pior. Ela saiu chorando.

- Tom, desculpa... Eu não queria que isso tivesse acontecido! – Kristin parou de dançar e ficou desesperada.

- Nada disso. Jeny que foi uma idiota. Vamos sentar. – peguei sua mão e a puxei para o canto. Jeny nos encarava com ciúmes. Idiota.

- Até que foi engraçado provocá-la. – Kristin riu. Ela era louca? Na verdade tinha razão. Tinha sido legal.

- Ah, claro... Você é doida. – ri e passei o braço por seus ombros. Cheiro bom o do perfume dela. Cheguei perto da orelha dela e sussurrei. – Olhe só para o Bill. – Ela se arrepiou, mas riu e olhou para meu irmão. Hum, então ela tinha arrepios? Interessante...

 

Bill dançava colado a Kate, mas nada de fazer algo. Vamos, maninho! Mostra pra ela que manda! Ele me viu e eu fiz um sinal para ele. Bill puxou Kate pra perto e a beijou.

 

- Hahaaa! Safado! Pegou bonito! – Eu comecei a rir e Kristin me deu um tapa de leve. Bill riu entre o beijo, mas sem se separar de Kate, me mandou um gesto obsceno.

- Bom, não vamos ficar aqui assistindo. Vamos dançar! – puxei Kristin e dançamos separados, rindo muito e agindo como loucos.

 

Acabou a festa e fomos para casa. Já estava tarde e estávamos cansados. Menos Bill, que tava todo animadinho dando uns pegas na gostosa da Kate. Deixamos as meninas em casa e nos largamos na cama. Bill nem respirava de tanta euforia. Novatos...

 


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Notas finais do capítulo

E aí, povo?
Tm então percebeu enfim que Kris é uma garota?
aheouhaoeao

E o Bill? Safadjeenho ;9

Jeny tomou legal. hihi x]



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