Stardust escrita por Tulipa


Capítulo 2
Um - Terra chamando


Notas iniciais do capítulo

Que bom que vcs curtiram o prólogo da história. ]
Daqui pra frente espero superar as expectativas, inclusive as minhas ;)



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Tony e Nebulosa passaram horas vagando por Titã buscando por qualquer lixo espacial que pudesse ser usado para repor as peças danificadas da nave. Ele acreditava correr contra o tempo, no entanto, era difícil definir quanto tempo perderam em sua busca, uma vez que o planeta tinha permanentemente as cores de um crepúsculo de fim de tarde. A única coisa a seu favor foram as informações que conseguiu tirar de Nebulosa, assuntos que julgava serem importantes. Reticente ele acionou o último botão, e finalmente ouviu o ronco da nave.

 

—Você vai mesmo arriscar viajar nisso?— Nebulosa perguntou, uma vez que que o ruído das engrenagens nem de longe parecia harmonioso.

 

—É a minha única opção.— Tony diz —Você não vem mesmo?

 

—Não há nada na Terra que me interesse, eu vou ficar.— ela diz —Vou caçar Thanos, e matá-lo, nem que seja a última coisa que eu faça, mesmo que nada volte a ser como antes.

 

—Bem, eu não sou deste planeta, e acho que não posso fazer muita coisa daqui.— Tony observa —Talvez seja mais útil na Terra, e eu preciso saber quem ainda está por lá. Mas se eu conseguir voltar no tempo, nós voltamos a nos encontrar, certo? Como é mesmo o nome do lugar que eu devo procurar?

 

—Você devia esquecer isso.— ela adverte —Não passa de folclore, história de crianças alienígenas, ninguém nunca esteve lá de verdade.

 

—Hoje, e nos últimos 10 anos eu vi e soube de coisas demais, coisas que pra muitas pessoas não passariam de folclore, mas é real, muito real.— Tony fala.

 

—Então descubra tudo o que puder sobre o Reino Quântico, mas tome cuidado.

 

—Obrigado.— Tony diz ao finalmente dar partida na nave, deixando a  moça intergaláctica em Titã.

 

 

(...)

 



A turbulência enfrentada por Tony ao adentrar a atmosfera terrestre foi como o pior voo no avião mais velho de uma companhia aérea de quinta, Tony solicitou a intervenção de Sexta-feira, mas não teve resposta, conseguiu mudar rota da nave pousando no porta aviões do complexo d’Os Vingadores, lá o “objeto” ficaria longe de curiosos e quem sabe pudesse ser usado em futuros estudos.

 

—Sexta-feira?— ele chamou.

 

—Sim, Sr Stark?— a IA respondeu.

 

—Finalmente.— ele diz aliviado —Estamos em sintonia?

 

—Porque não estaríamos?— Tony rola o olhar, pensando  em responder que ela havia estado off-line por horas, mas mudou de ideia. Às vezes seu programa lhe dava respostas quase humanas, o contrapunha de maneira atrevida, como Pepper.

 

—Ligue-me com a Sra Potts.— ele pede enquanto dirige-se para casa.

 

—Nenhum sinal da Srta Potts, Sr.— Sexta-feira avisou, e então Tony começou a pensar no pior “Se tem alguém esperando por você na Terra, torça pra que ela ainda esteja lá”,  a frase de Nebulosa tornou-se o seu pior pesadelo, e ao mesmo tempo que tinha pressa em chegar em casa o medo tornava-se crescente. Pediu que a IA tentasse contato mais uma, e outra vez, e nada. Enquanto sobrevoava algumas ruas e avenidas a caminho de casa, viu veículos abandonados, alguns acidentes automobilísticos sem vítimas e pessoas que andavam sem rumo, parecendo transtornadas. Por um instante se permitiu ser egoísta, naquele momento sua preocupação era Pepper.

 

—Amor?— ele chamou ao posar em casa. Silêncio. Primeiro procurou na oficina, afinal, era o cômodo mais seguro da mansão, reformada há pouco. Nada. A armadura projetada para Pepper ainda permanecia no mesmo local, sentiu uma ponta de alívio, era sinal de que ela talvez não precisasse tê-la usado.  Desativou sua armadura e subiu as escadas em direção a sala, foi à cozinha. Nenhum sinal, mas a caneca com resquício de café ainda estava sobre a bancada —Amor?!— Tudo o que Tony ouvia eram as ondas arrebentando na encosta da mansão, o mar parecia ainda mais furioso. Subiu as escadas a ponto de chegar sem fôlego ao quarto —Pepper, amor?!— não havia ninguém dentro da suíte e ela parecia ainda maior, nada na varanda, só restava um último lugar. E ao adentrar o banheiro, Tony viu o celular de Pepper sobre a pia, a tela piscava exibindo um temporizador.

 

—Sexta-feira, qual foi a última localização da Srta. Potts?— perguntou temendo a resposta.

 

—Exatamente onde o Sr. se encontra agora.— Sexta-feira respondeu.

 

Imediatamente as lágrimas começaram a rolar pela face de Tony. Thanos havia tirado seu amor. Ajoelhou-se sobre o piso gélido, próximo à banheira, ainda podia sentir a presença do amor de sua vida. —Não. Não. Não...— era tudo o que ele repetia até que seus dedos esbarraram no pequeno bastão deixado pra trás. De imediato reconheceu o objeto —Não pode ser, não pode ser, não pode ser.— ele começou a repetir ao ler a palavra “Grávida” e a indicação da provável quantidade de semanas da gestação.

Tony segurava firme o bastão em suas mãos, era doloroso demais e ele que já estava fraco física e emocionalmente, deixou escapar um grito de impotência  —Porque ela? Porque ele me poupou se iria levá-la? Maldito Thanos!— ele praguejou.

 

Saber que Pepper desapareceu no ar gravida de um filho seu era pior do que a morte. Por um momento se perguntou o que a levou a fazer o teste, porém a conhecia tão bem que sabia que a motivação dela era o medo de não tê-lo de  volta, o receio de que ele não voltasse a fez tomar tal atitude pra que não se sentisse sozinha. Mas não poderia ignorar o fato de que ela estava omitindo sua suspeita, por mais que ele a questionasse sobre o atraso que não era normal. Pepper era sim como um relógio, embora tivesse dito o contrário em sua última conversa.

 

Lembrou-se do dia em que imaginou que pudessem ser 3…  

 

Não que ele bisbilhotasse o telefone dela, mas numa manhã, enquanto Pepper ainda dormia, Tony foi desperto pelo vibrar do aparelho sobre a mesa de cabeceira, o aplicativo que ela costumava utilizar para acompanhar seu ciclo alertava para o atraso. Ele apenas continuou a olha-la dormir.

 

—O que foi?— Pepper perguntou ao despertar.  

 

—Nós vamos ter um bebê?— Tony perguntou sem rodeios.

 

—De onde você tirou essa ideia?—ela perguntou ao sentar-se, e então viu o celular sobre o móvel ao lado da cama —Aplicativo fofoqueiro.— ela rolou os olhos —São só dois dias de atraso,  nada alarmante. Pepper desconversou,  o beijou, o envolveu e o distraiu da melhor maneira que sabia, deixando-os na cama por mais algum tempo.

 

Depois só voltaram a tocar no assunto, diretamente, naquela manhã no parque antes do Dr. Strange aparecer.  Mas Tony não podia ignorar os pequenos sinais, as oscilações de humor dela, um pensamento frequente, as mudanças sutis refletiam até mesmo nele, que ficou tão ansioso a ponto de comprar o teste de gravidez sem que ela pedisse ou quisesse. Preocupou-se mais uma vez com a segurança de sua família, aprimorou ainda mais seus mecanismos de defesa, e passou a sonhar com um possível herdeiro. E ele existia.



Sr. Stark?— Sexta-feira o chamou tirando-o de seu estado de catatonia —O Sr. está recebendo uma ligação originária de Nova York, trata-se de um nº desconhecido, deseja atender?

 

—Claro!— ele disse repleto de esperança, mesmo que não soubesse do que ou de quem se tratava, seu coração pedia que fosse Pepper —A..— deixou a palavra pela metade ao ouvir a voz feminina, não a reconhecia, não era Pepper.  

 

Sr. Stark?— a mulher do outro lado questionou parecendo aliviada —Graças a Deus!

 

—Quem é?

 

May...— a mulher respondeu —May Parker, tia do

 

—Peter.— Tony completou, sua mente o levou de volta ao momento em que, em seus braços, Peter suplicava por sua vida.












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Notas finais do capítulo

Eu não sei pq, mas acho que a casa do Tony e da Pepper é na Califórnia, e mesmo sabendo que a mansão foi destruída em IM3 sempre reconstruo ela nas histórias.

Bem, a Nebulosa ficou perdida no espaço pq não sou muito fã dos filmes dos Guardiões da Galáxia, me dsclp.

Próximo capitulo teremos o Tony lidando com a tia May. Tenso.


Até mais.

Starkisses, Tulipa