Fitz-Simmons estavam, para variar, no laboratório, a zona de conforto. Enquanto Jemma analisava as amostras, Leo monitorava redes mundiais, esperando por alguma notícia que tivesse ligação com Lincoln.

“Fitz! Venha cá.”

Ele virou o rosto em direção à Jemma.

“Ai, agora eu estou ocupado, preciso ficar de olho aqui, desculpe.”

Ela estranhou a reação, em dias normais ele iria imediatamente para seu lado.

“Entendo. Os ossos que sobraram são de Grant Ward. A explosão o queimou vivo, obviamente. Pela taxa de radiação, acredito que Lincoln tenha feito uma espécie de campo de energia para se proteger, mas... não é possível determinar as consequências disso.”

“Hmm.”

Jemma se aproximou e segurou a mão direita de Fitz. Estava fria e seu primeiro instito foi de soltá-la, mas se deteve. Ele não reagiu ao toque e continuou a encarar seu tablet.

“Você está bem? Tem alguma coisa te incomodando?”

Finalmente, ele virou em sua direção e fixou os olhos arregalados na garota.

“Claro. Só estou... Ah, você sabe. Esse lance do Lincoln. É chocante. E bem... Nós precisamos encontrá-lo, assim conseguimos a Daisy de volta à equipe.”

“É. Você está levando bem a sério. E... Eu estive pensando.”

“Uhum. Sobre o que?”

“Você. Bem... nós. Eu não sei. Depois de tudo o que passamos... Eu não posso parar de pensar em como você se coloca em situações de perigo sem nem pensar no assunto.”

“Jemma, essa é minha decisão e...”

“Fitz. Só me prometa que não vai fazer algo assim novamente. Como quando você foi até Maveth com o Ward, só para que eu não corresse perigo.”

“Você não acha que está pedindo demais? Sabe que não posso prometer isso.”

“Eu sabia. Você está pensando em trabalhar no campo atrás do Lincoln.”

“Jemma... É o melhor. Encontramos ele, a Daisy estará de volta na equipe e tudo vai ficar bem.”

“Eu vou junto.”

“O que?”

“Eu vou junto. Faremos isso juntos. Nunca te deixarei novamente e...”

“Encontrei o Lincoln!”

“Fitz?”

Mas antes que Simmons pudesse falar qualquer outra coisa, ele se dirigiu até a central de controle, onde Mack, Piper e Davis organizavam a nova missão. Ela o seguiu o mais rápido que pode.

XxxX

“Mack! Você precisa ver isso agora!”

Imediatamente, Fitz andou em direção à mesa e conectou seu tablet ao grande monitor da mesa central. Tocou em um ícone e uma janela de browser grande, 2D, apareceu suspensa na frente deles.

Logo, iniciou-se uma reportagem, tratava-se de uma notícia urgente: ‘Terror na Times Square’. O âncora não parecia bem, o cabelo não está mais perfeito e ele usa pouca maquiagem. Mais preocupante era a maneira exausta como narrava as notícias. Parecia deprimido.

“Nossa cobertura do caso começa com Christine Everhart, da NY1, no local.”

Havia uma mulher alta, com cabelos loiros e de comprimento médio. Seu rosto estava com uma expressão séria, se o ocorrido a assustou, ela soube esconder muito bem. Ao lado dela, estavam dois garotos, eram ambos adolescentes, com cerca de dezessete anos.

“E temos aqui duas testemunhas que nos dirão o que acabaram de ver. Contem, o que era aquela criatura?”

“Era um monstro! Aquilo sugou toda a energia no local!” Disse o garoto mais baixo. Ele parecia confuso e assustado devido ao tom de voz hesitante que usou.

“Com certeza era um inumano! Eles querem nos destruir, são um perigo. Não é certo que essa espécie fique à solta junto com pessoas normais.” Rebateu o outro adolescente, com uma voz firme.

“Agradeço aos dois. Como veem, há muitas perguntas sem respostas, mas traremos todas as últimas informações. Christine Everhart, da NY1. É com você.

Mas antes que pudessem continuar acompanhando o desfecho da reportagem, Mack desligou o aparelho e ordenou calmamente:

“Davis. Prepare o quinjet. Você sabe o destino.”