UMA SEMANA DEPOIS

Mack e Daisy eram casos menos grave. Ficaram um tempo em repouso e seguindo análises médicas, mas logo ganharam alta. Entretando, Lincoln, não resistiu muito tempo acordado até desmaiar. A equipe buscava por soluções para ele, e estavam otimistas quanto à isso.

Jemma estava com problemas. A equipe não queria prender a garota, mas até as câmeras de segurança haviam sido alteradas, repetindo as mesmas ações do períodos anteriores aos assassinatos. Coulson, com medo da reação de Daisy, já que da última vez ela fugiu, escondeu a situação de Simmons. Ele não acreditava que ela podia fazer algo assim, mas todas as pistas apontavam para a garota. Transtorno de estresse pós-traumático. Vista sozinha com o corpo da Piper. Mas corpos, mesma análise. E para piorar, Fitz estava cada vez mais distante, enfiado no laboratório fazendo o que bem entendia. Eles mudaram.

XxxX

Lincoln abriu os olhos. A máquina a sua esquerda emitia um bipe persistente e ritmado. Olhou para a direita. Outra máquina apitava ao lado da mesa. Sua cabeça doía, e eu estava desorientado. Os olhos se esforçavam para interpretar as posições dos ponteiros do relógio que estava pendurado ao lado da porta do banheiro.

Ouviu vozes do lado de fora do quarto. Sentou-se na cama do quarto, os travesseiros murchos se enrugavam abaixo dele conforme se mexia para tentar ouvir. Algo fez cócegas na pele abaixo do nariz. Um tubo. Tentou mexer as mãos para tirá-lo, mas, quando olhou para elas, havia mais tubos. Presos a agulhas. Saindo da sua pele. Sentiu um repuxar apertado conforme movimentou as mãos, e seu estômago deslizou até os pés.

“Tirem isso daqui” susurrou para o ar. Conseguia ver onde o aço pontiagudo entrava nas veias. Sua respiração ficou mais curta, e um grito emergiu da garganta. “Tirem isso daqui” Lincoln disse, dessa vez mais alto.

“O quê?” perguntou uma voz baixinho, cuja fonte ele não conseguia enxergar.

“Tirem isso daqui!” berrou.

Corpos lotaram o quarto; ele conseguia distinguir o rosto de Daisy, com vários cortes, mas já tratados.

“Acalme-se, Lincoln. Por favor, me deixem ficar a sós com ele.”

Pouco a pouco, as pessoas saíram. Só então Daisy falou:

“Como isso é possível?”

“Quando estavámos indo para o espaço e nossa transmissão foi cortada, eu percebi que não podia te deixar. Tentei me salvar. Fiz uma barreira elétrica em volta do meu corpo, mas não sei se calculei bem o raio. A questão é, a explosão reagiu. Não morri, mas aquilo me afetou. Eu tenho muito mais energia e ela se esgota muito mais rápido também, por isso estava atrás de mais.”

“Você não calculou bem o raio. Pode ter protegido o Hive, também?”

“Talvez. Vocês encontraram o corpo do Ward?”

“Sim.”

“Então já têm a resposta. Como você está?”

“Bem... Aconteceram várias coisas. O ódio aos inumanos aumentou. Eu saí da SHIELD por um tempo. Precisava de um tempo. Achei que fazia mal à todos próximos à mim.”

“Ei, não pense nisso. Você é muito importante pra SHIELD. Por sua causa estou aqui, não por causa deles. Você é muito importante pra mim.”

Daisy ficou em silêncio por um momento, até que sussurou:

“Senti muito a sua falta.”

“Eu também.”

Então ela depositou um selinho em seus lábios.