A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 21
Clace


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/Xk9walOQI44-Clary e Alec dançam.



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P.O.V. Hope.

Hoje é dia trinta de outubro e nós estamos a meses preparando essa festa.

Convidamos todos os nossos amigos e só pra vocês saberem tivemos a autorização das nossas... mães, digo da mãe da Clary e da Diretora Forbes para fazer a festa.

—Sinto muito. Mas, eu aposto que onde quer que ela esteja, está cuidando de você.

—Você tá fantasiada de que Clary?

—Sabe que eu não sei. Acho que de Mortícia com Lilith.

—Porque Lilith?

—Sei lá. Tenho pena dela. Nunca pôde ter um filho e virou uma fazedora de demônios. E você? Tá fantasiada de melindrosa?

—Sim.

—Minha mãe também e a Caroline. 

—O que essas suas chaves fazem?

—São herança de família. Cada uma abre uma fechadura diferente.

—Vou trocar de fantasia.

P.O.V. Izzi.

Eu não consigo decidir que fantasia usar. Clary falou que os mundanos se fantasiam nas festas de dia das bruxas.

—Você tá vestida de que?

—Enfermeira assassina. Eu tenho até uma seringa. Será que a Clary vai gostar do presente que eu comprei pra ela?

—Aposto que vai. Mas, porque comprou presente?

—É aniversário dela irmãozinho.

—Ela é a pessoa mais esquisita que eu conheço.

—Você vai fantasiado de você?

—Vou. Nossa Jace! Você é um gladiador. É a sua cara. Vamos. Ou chegaremos atrasados.

Quando chegamos ao caminho que dava para a Mansão Mikaelson havia uma carruagem negra estacionada na estrada.

—Mais convidados. Por favor, subam á bordo.

—Ai que emocionante.

A condutora era uma mulher vestida de branco com seu vestido ensanguentado.

—Parece tão real.

O cavalo negro com uma pena na testa, o cabresto enfeitado.

—Vai.

Quando chegamos á mansão o ambiente era fantasmagórico, havia névoa, a localização ajudava. A Mansão Mikaelson ficava num lugar afastado quase que no meio do pântano, não havia luz elétrica, a única iluminação era fornecida por velas e lampiões á óleo.

—Impressionante. Como fizeram a névoa?

—Os vampiros tem dons que você desconhece. E o senhor Mikaelson faz qualquer coisa para deixar sua filhinha feliz. Aproveitem a festa.

—Você não vem?

—Infelizmente, não posso passar.

—Você é vampira?

—Não, mas estou morta. Adeus, delicados convidados.

Então ela foi embora.

—Delicados convidados?

—Acho que ela tava tentando ser gentil Jace.

—Boo!

—Nossa! Que susto... Clary. 

A sombra preto azulado e roxa, batom escuro, o colar preto com flores de bijuteria e aquelas coisinhas penduradas, o vestido preto estilo gótico sobreposto por uma casaca negra cheia de botões e fivelas. Botas de cano alto, salto e bico fino e meia calça.

—O que houve no seu cabelo?

—Uma peruca.

O cabelo era escuro, tinha alguns cachos na frente e atrás, franjinha.

—Vamos. A festa é lá dentro. Não alimentem os zumbis, cuidado com os demônios e não olhem as conjuradoras das trevas nos olhos.

Aquela era uma Clary sombria. Ela com certeza não estava normal.

—Defina normal.

—O que?

—Isabelle, defina normal.

—Porque?

—Você disse que eu não estou normal hoje, mas eu sou uma trí-híbrida o que tem de normal nisso?

Lá dentro era mais assustador ainda. As cortinas estavam quase todas fechadas, havia mais névoa, um órgão e alguém que o tocava. Caveiras espalhadas por todos os lugares, teias de aranha falsas.

—Gostei das caveiras. Elas parecem reais.

—É porque elas são. Crânios humanos de verdade.

—Credo!

—Falou a garota que sempre vai á Cidade dos Ossos.

Zumbis pregavam sustos nos convidados.

—Os zumbis também são...

—São. Oi Liv!

Quadros antigos e assustadores estavam pendurados nas paredes. Mas, eu reconheci alguns.

—Aquele é...

—Meu pai. Foi pintado em mil setecentos e sessenta e quatro, assim como o da tia Rebekah.

—O seu cabelo tá super comprido.

—Obrigado.

O jeito dela falar, era uma voz macia e sussurrada. Até eu achei aquilo Sexy.

—Obrigado.

—Quer parar de ler meus pensamentos?

—Não. Hoje é o meu aniversário, a regra do aniversário é que posso fazer o que eu quiser, como eu quiser, quando eu quiser e com quem eu quiser. Porque sou a aniversariante.

—E o que você quer fazer?

—Além de ler as mentes de todos?

—Isso.

—Me divertir até cair.

As músicas que tocavam completavam o clima macabro.

—Assustador.

—Eu gosto de autenticidade. Mas, cadê os meus presentes? É muito rude vir a uma festa de aniversário e não trazer presente.

—Não sabíamos que era uma festa de aniversário.

—Bom, agora vocês sabem. Ano que vem, eu quero presentes.

—Que músicas são essas?

—Minha seleção de músicas de halloween preferidas. Os mundanos perderam o respeito pelas nossas tradições, agora são apenas doces e fantasias.

Então, uma horda de Shadowhunters membros do ciclo invadem a festa.

—Bruxas! Comigo!

Elas se deram as mãos e começaram a recitar um feitiço.

—Seus tolos! Se colocando contra nós no nosso lugar de Poder, na nossa hora mais forte, no nosso local e dia mais sagrados. Vocês não enfrentam apenas três. Enfrentam a todas nós!

E eram literalmente todas. Cara, elas não estão fantasiadas... estão mortas.

—Hope, a música. Está começando.

—Sim. Está.

—Começando?

—Não é culpa dela. Fizeram isso com ela quando ainda era bebê. As bruxas do Quartel Francês amaldiçoaram a Clary.

—Amaldiçoaram como?

—Obrigado por virem Shadowhunters. Esperava ansiosamente pela sua presença.

Ela subiu no pequeno palco.

—Membros do Ciclo. Olhem pra mim. Venham pra mim.

Eles pareciam estar sob algum tipo de controle mental.

—Vocês sabem porque os trapezistas conseguem fazer truques que desafiam a morte? Eles ensaiam com uma rede de proteção. As pessoas estão mais despostas a correrem riscos se tem algo a que recorrer. Então, estou curiosa membros do Ciclo, qual é rede de proteção de vocês?

Havia uma placa.

—Teatro Mágico da Princesa Clary? O que tem de mágico lá?

—Ela vai mostrar para eles o que realmente alimenta suas almas. E depois que eles virem, estarão sob seu feitiço. Ela vai guardas as almas deles no armário e será forçada a se alimentar deles.

—O que?!

—Ela é forçada a fazer isso todo ano. No dia do aniversário, mas ela conseguiu encontrar uma brecha. Ela consegue escolher que almas vai colher.

—Agora, assistam. Vejam o que realmente alimenta suas almas profanas. 

—É isso que alimenta a alma deles? Acabar com o submundo?

Então, eles acordaram.

—O que... o que aconteceu? Onde estamos?

—Estão sob o meu poder agora. Suas almas me pertencem.

—Abominação.

—Fica quieto queridinho, não há nada que possa fazer agora. Não alimentem os zumbis, cuidado com os demônios e não olhem as conjuradoras das trevas nos olhos.

Ela abriu a porta do armário e os Shadowhunters do Ciclo entraram. E ela foi atrás e o Jace atrás dela.

P.O.V. Jace.

O armário é enorme por dentro. Parece uma especie de limbo. E tem várias almas presas aqui... inclusive....

—Clary.

—Me salve. Me ajude. Faça qualquer coisa, mas por favor faça isso parar.

—Você é uma fraca Clary Mikaelson. Uma hora você vai desistir e eu terei total controle do corpo do ser mais poderoso que já foi criado! E eu poderei ter filhos. Muitos filhos.

—Filhos?

—Você de novo, de novo você. Você destruiu a minha criança, o meu primeiro, meu menino e agora vai ficar preso aqui junto com a sua querida Clary. Ela vai sumir e ninguém vai perceber.

—Lilith. Isso não é maldição de bruxa.

Eu sai do armário e arrastei o Simon pra dentro.

—Ei! O Que?

A marca dele brilhou e...

—Diurno! Maldito diurno!

Lilith explodiu e o armário com ela. Fui lindo, as almas subindo para o céu e eu carreguei aquela Clary inconsciente pra fora.

—O que aconteceu?

—Não era feitiço de bruxa. Era um demônio maior. Era Lilith a Rainha dos Demônios, ela estava tentando tomar o controle do corpo da Clary, forçando-a a se alimentar das almas dos outros.

—Ei! Acorda. Vamos, Clary, acorda.

E ela acordou.

—Ela se foi. Ela se foi, eu não sinto mais ela. Obrigado.

Ela abraçou o Simon e me beijou. Foi um ótimo beijo.

—Vem vamos dançar.

—É. Ela não é pra mim.

Disse o Simon. Mas, enquanto dançávamos notei que ela estava apreensiva, algo estava errado.

—Vai me dizer o que está errado?

—Eu amo você.

—E o que isso tem de errado?

—Nada. Mas, eu amo o Alec também.

—Sorte a minha então, o Alec é gay.

—Estou falando do Alec Volturi. O vampiro.

—Oh! Que música é essa?

—Danse Macabre do Camille Saint Saes.

—O seu repertório de Halloween/aniversário é muito bom. As músicas me dão arrepios.

—Obrigado.

P.O.V. Alec Volturi.

O herói Shadowhunter está dançando com a aniversariante, mas não pude deixar de ouvi-la dizer que me ama também. A única coisa tecnológica nessa festa é a aparelhagem de som e isso me traz algum conforto.

Então, ela saiu para buscar uma bebida.

—Eu sabia que vocês seriam Clace.

—O que é um Clace?

—É a junção dos seus nomes. Você é a Clary e ele é o Jace, ai vira Clace.

—Ai Isabelle, pelo amor de Deus. Eu não me comprometi. Foi só um beijo e essas coisas de misturar nomes são meio esquisitas. Mas, só por mera curiosidade, como seria a mistura do nome do seu irmão e do Magnus?

—Malec.

—Ai, que graça.

Disse Clary rindo.

—Essas suas músicas são arrepiantes. 

—Eu não brinquei quando disse que esse era o nosso lugar mais sagrado e essa era nossa hora de maior poder. All Hollow's Eve é o dia em que a nossa conexão com as ancestrais fica mais forte do que nunca. Por isso as músicas são assim. Danse Macabre, Dark Vampire Walz, etc.

—Será que a aniversariante me daria a honra dessa dança?

—Sim!

Clarissa me deixou conduzi-la pelo salão lotado de convidados. E todos os convidados sabiam dançar, era mais um espetáculo do que uma festa.

P.O.V. Alec Lightwood.

Esse definitivamente não é o meu ambiente. Toda essa produção, esse confete. Literalmente confete.

Gente mascarada fazendo coreografias elaboradas com leques.

—Eu não pertenço a esse mundo.

—Relaxa, Alexander. É apenas um baile.

—Um baile? Isso é tipo a Beyoncé andando num dinossauro na Times Square. E o ambiente me dá arrepios.

Então a música mudou. Ficou menos assustadora e mais desse século.

E todos começaram a dançar.

—A Clary está completamente bêbada. E já passou da meia noite.


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