A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 20
Unificação


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/30u0wMaAMO4-Casamento.



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P.O.V. Jane.

Eu e o meu irmão fomos convidados para o tal casamento. Assim como os nossos amigos da Guarda Volturi. Haviam vampiros, humanos, shadowhunters, feiticeiros entre outras criaturas sobrenaturais.

—Você deve estar muito orgulhoso da sua garotinha, irmão.

—Estou.

—Ei! Davina.

—Oh, te achei.

A garota se sentou ao lado do homem que presumi ser um vampiro.

—Você é vampira também?

—Bruxa. Davina Claire, quase Mikaelson.

—Parabéns.

—E você é?

—Jane. Volturi.

—Sei a gêmea. A garota da dor.

—Já fui chamada de coisa pior imagino.

—Kol Mikaelson.

Os convidados começaram a se acomodar nas cadeiras, havia um enorme bolo e flores.

—Josh está aqui.

—É mesmo? Onde?

—Bem ali.

Apontou o homem para um acento vazio.

—Oi.

—Não tem ninguém lá.

—Tem sim. Só que você não pode vê-lo.

—Porque não?

—Porque ele tá morto.

Um rapaz se sentou ao lado do assento vazio. Então, a noiva entrou e todos se levantaram.  E... o noivo estava ao seu lado?

—Porque o noivo não espera no altar?

—Isso não é um casamento mundano. É uma cerimônia de unificação, faz parte da cerimônia.

Eles se separaram e subiram as escadas rumo ao altar que não era um altar.

—Por favor, sentem-se.

Sentamos.

—Estamos todos aqui reunidos hoje, juntos como iguais, como uma comunidade buscando paz. Inspirados pela união deste casal diante de vocês. Houve um tempo em que lobisomens não se viam como amaldiçoados, mas abençoados com uma conexão com o nosso eu mais puro e esta noite vamos honrar esta benção com a tão esperada unificação das linhagens sanguíneas. Fazendo isso, vocês escolhem abraçar a natureza vampira de Emily. Com esta união, Emily vai compartilhar seus dons únicos e especiais com vocês. Sua matilha. Agora, os votos.

Clary pegou uma vela fina e deu nas mãos entrelaçadas deles. Suas mãos estavam amarradas com uma planta.

—Eu, Benjamin juro defender você e os seus, acima de todos os outros... para dividir bençãos e fardos, para ser seu escudo, seu campeão, para ser seu conforto, seu santuário enquanto nós dois vivermos. Para ser sua família.

A noiva jurou a mesma coisa. As mãos da híbrida seguravam as mãos dos noivos.

E eles acenderam uma vela maior com a que estava em suas mãos.

—Vocês realizaram todos os rituais tradicionais dos lobisomens, mas ainda falta um. Benjamin, você pode beijar a noiva.

Olhei em volta e vi os olhos deles mudando de cor. Olhos de lobo.

—O que é isso?

—É a unificação querida. É magia.

Todos se levantaram e aplaudiram.

—Pronto. Agora, hora da festa!

Os noivos abriram a pista e todos começaram a dançar. Havia um casal de gays. Eu nunca tinha visto um.

Enquanto eles dançavam, dava pra sentir a tensão no ar. Porque havia uma disputa velada em andamento.

Sua beleza é letal, é motivo de discussão. É mortal.

—Parece que temos a versão híbrida e ruiva da Rainha Má.

P.O.V. Clary.

Tenho que admitir que eu gosto de ter os dois me idolatrando. Quando uma mulher consegue ficar jovem e bela para sempre o mundo é dela.

—Me daria a honra dessa dança?

—Claro. Porque não. E fico feliz que tenha finalmente aprendido a se vestir como gente. Ficou mais bonito. De que vale toda essa beleza sobrenatural se a esconde embaixo daquelas capas horrorosas?

Ele riu.

—Uma risada autêntica. Muito bom.

—Você é linda. Mesmo com essas runas.

Minha vez de sorrir.

—As runas só a deixam mais bonita e mais poderosa.

—Jace!

—Oi Clary.

—Veio me prender?

—Não. Vim ver se o Alec estava bem. E vejo que converteu ele.

—Eu não o forcei a fazer nada.

—De onde saiu essa runa?

—Não é uma runa. É um símbolo. Mas, sim eu desenhei neles com a estela. É um triscle. Representa os quatro elementos e a deusa tríplice. E meio que me representa também.

—Quer dançar?

—Tá bem.

—Mas...

—Alec é só uma dança.

—Alec?

—Sim. Ele é Volturi.

P.O.V Alec Volturi.

Ela dançou comigo, mas dançou com ele também. Me deixou plantado.

—Você se deu mal ein amigo?

—Quem é você?

—Magnus Bane. E você, assim como Jace não faz nem ideia de onde está se metendo, no vespeiro em que está enfiando a mão.

—Do que está falando?

—Ela é uma Mikaelson garoto. Amar qualquer um deles, é uma sentença de morte. Querendo ou não eles destroem tudo o que tocam. Clarissa Mikaelson não é diferente. Ferindo aqueles que amam, querendo ou não é apenas o que eles fazem. É o que eles são.

—E como você sabe?

—Clarissa é uma vampira com uma alma humana. Com consciência humana, é um milagre não ter virado uma estripadora. Ela me lembra a ancestral dela, Katherine Pierce ou Katerina Petrova. Ela era controladora, mimada, egoísta, mas também me lembra a prima da mãe dela. Altruísta, disposta a matar e morrer por aqueles que ama. O problema com os vampiros da raça do pai dela são os sentimentos tudo se amplia e acaba bagunçando.

—Bagunçando?

—Quanto mais jovem o vampiro mais difícil é para ele diferenciar os sentimentos. Eles misturam amor com ódio, com desejo, sede. Então é provável que ela te ame, mas é muito provável que ame o Jace também. Agora Clary não sabe o que fazer com esses sentimentos, não sabe quem ela ama mais e se sabe não quer admitir porque sabe que no momento em que escolher um vai perder o outro.

P.O.V. Alec Lightwood.

Aquela fala do Magnus ficou tocando na minha mente.

Realmente não percebe o que ela está fazendo? Olhe em volta, Alexander temos vampiros, lobisomens, bruxas, feiticeiros, shadowhunters e híbridos todos reunidos num mesmo ambiente sem se matarem uns aos outros. Ela está unificando as facções. Está conquistando paz de verdade. Provando pra quem quiser ver que... a Clave está errada e o Ciclo mais ainda.

—Ei! Alexander?

—O que?

—Você está bem?

—Estou.

Então, membros da Clave incluindo a vó do Jace invadem a festa.

—Em nome da Clave, considerem-se presos.

—Ah! Finalmente, a nossa convidada de honra. Adotre que aragan pre midias chamil!

As vinhas se enrolaram na juíza. Prendendo-a numa cadeira.

—Você me manteve esperando. E eu não gosto de esperar. Vamos á surpresa!

A Mikaelson trouxe uma caixa com um laço de fita vermelho.

—Sabe, foi a coisa mais fácil do mundo. Nós brigamos por um tempo, devo admitir, porém... eu rapidamente passei a minha lâmina serafim sob o pescoço dele e...

Ela abriu o pacote e lá estava.

—Cortei a cabeça fora! Finalmente a ameaça Valentim Morgenstern foi neutralizada, depois de quase vinte anos de fracassos da sua parte... eu acabei com ele. Não vai rolar nem um obrigado?

—Você será julgada...

—Você tá tão iludida assim?! Cacete! Ele liderou a revolta! Se injetou sangue submundano! Colocou Shadowhunter contra Shadowhunter! Ele era um louco, maníaco homicida e você é uma fraca Imogen! Uma fraca porque não conseguiu acabar com ele. Todos os outros sobrenaturais que morreram, todos os corpos que ficaram pelo caminho! Isso só aconteceu porque vocês idiotas da Clave não conseguiram dar cabo dele! Mas, eu sim! Eu, Clarissa Mikaelson, dezesseis anos, parte vampira, parte bruxa, parte shadowhunter!

P.O.V. Imogen.

Ela olhou pra mim com os olhos violeta brilhantes.

—Olha pra mim! Olha pra mim sua vadia burra!

Ela segurou meu rosto me forçando a olhar.

—O seu neto Jonathan, o Jace... ele é a única razão pra você ainda respirar! A única razão pra eu não ter te matado quando levou o Benjamin.

Então ela bateu na minha cara.

—Você não é melhor do que o Valentim.

Eu tentava me libertar da cadeira.

—Poupe o esforço. Não vai conseguir partir as vinhas. O feitiço não vai te libertar até eu ter o que eu quero.

—E o que você quer?

—Saber se tem alguma coisa ai dentro. Algo que valha a pena ser salvo. Porque se não houver, então... você já ta morta. É só um cadáver ambulante.

—Como seu pai.

—O meu pai está mais vivo que você. Sabe qual é o lema da minha família?

—Não.

—Nós protegemos a família, ficamos unidos sempre e para sempre. Venha o que vier. Aquele que é incapaz de sentir, incapaz de amar... está morto.

Os meus guardas a atacaram.

—Querem saber, se não vai no amor... vai ter que ser na dor.

Ela os chacinou. Arrancou corações, decepou as cabeças com as próprias mãos.

—Sinta! Pelo amor de Deus, sinta! Os seus companheiros estão todos mortos e você não expressa nada. Nem luto, tristeza, raiva, medo. Nada!

—Somos soldados. Treinados para morrer no campo de batalha.

—Meu Deus! Eles eram seus amigos. Ou será que não? Caramba, que vida horrível você tem. Que merda de vida é essa que você tem. Não tem amigos, não tem mais...

Ela agarrou o Jace.

—Jace! Você não faria isso?

—Oh! Parece que eu atingi um nervo. Me fala, como se sentiu quando viu o corpo do seu filho? Quando viu o corpo da sua nora? Quando pensou que o seu neto tava morto?! Me diz o quanto doeu. Diz! Diz!

Eu comecei a gritar, imagens horríveis do corpo mutilado do meu filho passando pela minha mente. Senti as vinhas se desenrolando de mim. E ela soltou o meu neto.

—É isso ai querida. Coloca tudo pra fora. Deixa sair tudo.

P.O.V. Jace.

Ver a minha vó chorar daquele jeito. Gritar, como se a dor fosse demais para ela suportar.

—Porque você fez isso Clary?

—Porque ela tinha que sentir isso. Ela tinha que deixar sair. Uma hora isso ia sair Jace. A coisa é que você não controla suas emoções, quanto mais tenta suprimi-las, mais aquilo vai se acumulando e uma hora explode. Como uma ogiva nuclear. Aprendi isso quando era criança. Só que... vocês não.

Então ela prendeu Maryse. E a forçou a enfrentar a sua mágoa de Robert, sua raiva por ele tê-la traído. Um a um ela foi... fazendo os Shadowhunters praticamente vomitarem suas emoções. Seus traumas.

—Sua vez Jace. Isso vai doer, mas você vai ter que lidar com o que quer que haja na sua caixa de pandora.

E eu descobri que me sentia culpado pela morte dos meus pais. Me sentia um caso de caridade e outras coisas que eu nem sabia que tinha guardado.


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