Desejo Oculto - TDA escrita por Débora Silva


Capítulo 25
《 Capítulo vinte e cinco》


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amoras ♥



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— Você ainda vai seguir ao meu lado depois que nossa filha nos perdoar? Eu te amo tanto!! - encheu os olhos de lágrimas.

— Isso vamos descobrir juntos!!! - disse com certeza. - Vamos descansar um pouco porque não te quero com dor!!! - beijou a testa dela que entendeu que não era hora pra conversa e voltou a deitar em seu peito depois de puxar o lençol. - Eu te amo!!!

— Eu também te amo!!! - falou com calma e a abraçou com cuidado deixando que os corpos relaxassem depois daquele maldito dia...

(...)

MANHÃ SEGUINTE...

Heriberto quase não dormiu a noite velando o sono inquieto de Victória, ela tinha se mexido a noite inteira, chorado dormindo e também falou enquanto dormia. Ele cuidou de seu amor com calma a amparando e deixando que ela sentisse sua presença e seu apoio ali para ela.

Ele não a queria daquele modo, mas sabia que as coisas em sua cabeça estariam muito confusas e seu coração estaria partido ao meio, queria que ela confiasse nele e contasse tudo que tinha se passado a noite anterior, mas também não insistiria se ela não quisesse contar. Eram quase nove da manhã quando ela começou a despertar e virou para o lado dele.

Heriberto deu um meigo sorriso e ela suspirou passando a mão no rosto sentou e o encarou sentindo seu corpo doer assim como seu rosto que ela tocou com calma o fazendo sentar também para olhá-la. Não precisaram falar nada um com o outro e ele a examinou constatando que estava inchado e a qualquer momento poderia ficar roxo.

— Dói muito? - por fim quebrou o silêncio.

— É como se tivesse um mosquito no meu ouvido zunindo... - falou com tristeza.

— Eu vou pegar uma bolsa térmica pra você colocar aí. - ia se levantar, mas ela o segurou pelo braço o fazendo olhá-la.

— Por que ficou se eu te mandei ir embora? - era uma pergunta tola já que eles sabiam bem a resposta.

Heriberto sorriu e com cuidado tocou a bochecha dela que doía e se aproximou dando dois selinhos em seus lábios.

— Porque eu sei que mesmo você não querendo precisava de companhia e atenção e também por que eu...

— Não diz... - o cortou sabendo o que viria e ela não estava pronta para aquelas palavras, não naquele momento de tristeza.

— Tudo bem... - ficou de pé e saiu do quarto com uma sensação estranha em seu coração.

Ele desceu foi a cozinha e deu de cara com a empregada que sorriu para ele e ele a retribuiu, pediu a ela que fizesse uma bandeja com café da manhã e também a bolsa termina. Ela providenciou tudo rapidamente e ele agradeceu pegando a bandeja e subiu para o quarto.

Victória estava no banho e ele colocou a bandeja sobre a mesa que ficava na sacada dela, seria bom tomar aquele sol da manhã. Voltou ao quarto, sentou na cama e ficou a espera dela que demorou mais alguns minutos e ele ouviu o chuveiro desligar, logo ela saiu e o olhou.

— Você pode tomar um banho se quiser... - mordeu o lábio.

Ele a observou ela era tão linda e os cabelos molhados a deixava mais perfeita ainda, ele sorriu e ficou de pé.

— Aqui está a bolsa para seu rosto, eu te espero ali na varanda para tomar café!!! - deu na mão dela e a olhou mais uma vez por completo sem conseguir se conter e logo virou saindo para a varanda.

Victória deu um longo suspiro e foi para seu closet, escolheu um vestido simples e confortável já que não iria a empresa naquele dia, enrolou os cabelos na toalha e voltou ao quarto pegando a bolsa térmica e colocando em seu rosto. Ela sentou na cama e seu celular tocou no segundo seguinte, ela o pegou e viu que era sua mãe, pensou em não atender, mas se não o fizesse ela ligaria ou até mesmo apareceria ali e não era o que ela queria naquele momento.

— Oi minha filha... - a voz soou assim que a ligação foi completada. - Como você está? Eu preciso saber de você, meu amor. - falou com a voz embargada.

— Como eu posso estar bem? - a voz falhou. - Você mentiu pra mim a vida inteira... - os olhos encheram de lágrimas e ela abaixou a cabeça.

— Me perdoe por isso!! - começou a chorar. - Eu só não sabia como fazer...

— Isso não vai mudar os fatos!!! - foi dura. - Eu preciso desligar...

— Espera, não faz assim. Eu preciso falar com você!!! - suplicou e como não obteve resposta olhou o celular para ver se ela tinha desligado, mas Victória seguia ali na linha e então ela disse: - Osvaldo está preso e você precisa comparecer a delegacia com seu pai... Com Ângelo. - se corrigiu.

Victória sentiu seu coração disparar com aquelas palavras e sem ter forças pra responder ela desligou e deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto. Heriberto que observava de longe se aproximou e tocou o ombro dela que deu um pulo virando para olhá-lo, sem precisar dizer nada ele abriu os braços e ela se lançou sobre ele e o agarrou com força deixando que as lágrimas mais uma vez viessem com força.

Ele a amparou e a apertou com calma em seus braços provando mais uma vez que estaria sempre a seu lado e para o que precisasse, deu uns quantos beijos em seu ombro enquanto acariciava suas costas e ela chorou por alguns minutos o apertando.

— Vai ficar tudo bem!!! - falou com a voz rouca e ela estremeceu sem conseguir evitar.

— Como pode dizer que vai ficar tudo bem, quando eu não vejo se quer uma saída pra tudo isso. - o soltou e o olhou nos olhos. - Eu vivi uma mentira a minha vida inteira!!! - os olhos banhados em lágrimas estavam-nos dele.

— Você é forte e vai conseguir lidar com tudo isso. - sorriu com confiança. - Ângelo é um homem maravilhoso e quando você o conhecer vai perceber que era tudo que faltava em sua vida. Tudo que você sempre quis, mas nunca teve. - tocou seu rosto limpando as lágrimas.

— Você também sabia que ele era meu pai? - quis se afastar mais ele não deixou.

— Victória, eu o conheço a minha vida inteira, mas nunca soube que ele tinha uma filha até ontem e que essa filha era você!!! - a mantinha em seus braços. - Você não pode desconfiar de mim porque eu estou do seu lado e sempre vou estar.

Ela suspirou com tristeza.

— Eu nunca vou mentir pra você, Vick. - acariciava seu rosto com calma. - Sempre que você precisar de mim eu vou estar aqui e saiba que o que Osvaldo fez não vai ficar barato!!!

Era certeza que ele iria tirar aquela história a limpo porque não queria mais esconder seu amor por ela e se Osvaldo tinha tido a coragem de bater em Victória, ele teria que ter mais coragem ainda para ir para cima dele. Victória o abraçou novamente deitando a cabeça em seu peito para sentir aquele apoio que ele estava ali brindando a ela.

— Eu preciso que você vá a um lugar comigo... - o apertou mais em seus braços.

— O que precisar e onde quiser ir, eu vou com você!! - beijou os cabelos dela.

— Osvaldo está preso e não quero ir a delegacia sozinha com... Ângelo. - sentiu dificuldade em dizer o nome dele.

— Eu vou com você!!! - disse com calma. - Mas agora você precisa comer. - a puxou para a varanda.

Eles sentaram e ela começou a comer com calma mesmo não tendo fome o suficiente, ele a observava enquanto tomava apenas um café puro e sorriu sem conseguir se conter a deixando sem saber o porquê do riso. Heriberto nada disse apenas bebericou de sua xícara pensando em como o destino era mesmo imprevisível, ele tinha convivido a vida toda ao lado de Ângelo e somente tinha conhecido Victória e Osvaldo alguns anos atrás.

Ela terminou de tomar seu café, se arrumou em completo silêncio assim como ele e eles se foram rumo a delegacia assim que Heriberto falou com Ângelo por telefone. Ângelo estava ansioso por ver sua menina novamente e tratou de sair logo se casa junto a Julia, ambos estavam ansiosos e ele suava as mãos de nervoso tanto pela situação de Osvaldo quando por ver sua menina.

Quando chegaram a delegacia, viram Victória descer do carro com a ajuda de Heriberto e ele quase pulou de dentro do carro para correr até ela, mas se conteve para não assustá-la. Heriberto os viu sair do carro e esperou ao lado de Victória que segurou em sua mão pedindo força, estava de óculos escuro e assim conseguiu o observar por completo até que seus olhos chegaram e Julia que tinha o rosto marcado e certamente algo tinha acontecido entre ela e seu pai... Entre ela e Afonso.

— Bom dia!!! - ele foi o primeiro a saldar os dois. - Como você está minha filha? - não conseguia conter a emoção de estar ao lado dela por fim e poder dizer aquela palavra que tanto desejou por anos.

— Vamos resolver logo essa situação porque não quero fofoqueiros de plantão espalhando coisas sobre mim!!! - falou um pouco rude.

Ele apenas assentiu abaixando o olhar e começou a caminhar na frente com tristeza. Eles o seguiram e dentro da delegacia ele pediu para falar com seu amigo que logo veio e eles começaram a conversar depois que entraram para sua sala e depois de muita conversa e perguntas ele pediu para que trouxessem Osvaldo e Victória sentiu seu estômago revirar de dor.

Ela ficou de pé e foi para o canto da parede e minutos depois quando ele entrou na sala seus olhos se encontraram e ele tinha apenas ódio por ela e ela tinha apenas tristeza pelo modo como as coisas tinham acontecido e ali era o ponto final para aquela relação...


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