— Você é uma maldita!! - gritou em cima dela.

— Eu sou sim, eu sou e você é mais desgraçado ainda por ser essa pessoa. Eu pensei que te amava, mas é e sempre será pena porque você não sabe amar ninguém!!! - gritava sem medo. - Minha filha já sabe de toda a verdade... - falou entre dentes.

— A verdade que você é uma vagabunda como ela? Que se deita com dois homens ao mesmo tempo? - foi empurrado por ela que conseguiu se livrar dele. - Tal mãe tal filha mesmo. - estava transtornado.

Julia o olhou do outro lado da sala sabendo que aquele tiro que daria nele seria mortal e que ele acabaria com ela, mas tinha que contar, tinha que dizer a ele tudo e depois seria o que Deus quiser.

— A verdade de que você não é o pai dela!!!! - e tudo ficou negro...

Como ela tinha coragem de jogar na cara dele que Victória não era sua filha? Como ela podia depois de tudo que tinha falado ainda jogar aquela bomba em seu colo? Afonso sentiu tanto ódio que ficou cego e avançou nela que pegou o primeiro que viu em sua frente para se defender e o acertou na cabeça. Julia levou as mãos à boca ao vê-lo cair desacordado no chão e de imediato pegou o telefone e ligou para a policia. 

Não demorou muito para que a policia chegasse junto com a ambulância e ela relatou tudo que tinha se passado ali e ambos foram encaminhados para o hospital, ela estava destroçada e com a alma rasgada mais naquele momento não podia fraquejar. Depois que ela foi examinada, procurou saber de Afonso e ele estava fora de perigo, mas estava com os policiais e não poderia receber visitas e ela também não queria ir até ele, foi instruída a aparecer  na delegacia no dia seguinte e dali ela se foi com um único destino.

Quando chegou ao apartamento de Ângelo, ela pediu ao porteiro a copia da chave e ele de imediato deu a ela que agradeceu e subiu com os olhos cristalinos de lágrimas, desceu no andar dele e caminhou lentamente até a porta sentindo o coração acelerado. Julia tinha medo que ele a mandasse embora e ela não queria que ele o fizesse, estava com vergonha de ir a casa de sua filha e ele era o seu amor, destrancou a porta e entrou com calma achando que ele não estaria por ali, mas seus olhos foram direto aos dele que levantou. 

Julia abaixou a cabeça para que ele não visse seu rosto marcado e soluçou um choro tão sentindo que ele não aguentou e rapidamente foi até ela e a abraçou forte deixando que ela chorasse em seus braços e ela gemeu sentindo dor pelo corpo e ele se afastou para olhá-la. 

— O que foi isso? - tocou o rosto dela de leve. - Aquele maldito te bateu? - rosnou e ela saiu de perto dele indo para o meio da sala. 

— Eu mereci!! - deixou que mais lágrimas rolassem por seu rosto enquanto seu corpo tremia. 

— Nenhuma mulher merece apanhar de um homem!! - tornou a se aproximar dela. - Vamos a delegacia agora mesmo... - ela negou com a cabeça. - Isso não pode ficar assim, Julia!!! - disse com firmeza não deixando que ela falasse. 

— Eu já o fiz e ele está no hospital... - falou com pesar. - Ele já sabe de tudo também... - voltou seus olhos aos dele.

Ângelo respirou pesado era melhor assim mesmo que fosse tarde... Nunca é tarde para que a verdade seja dita mesmo que doa. 

— O que ele fez com você? - perguntou direto. 

— Já passou... - desviou os olhos dele, não iria contar nada do que tinha se passado com Afonso. - Eu só preciso que me permita descansar um pouco aqui e amanhã eu vou conversar com Victória e pedir abrigo. 

— Vá tomar um banho quente porque sei que está com dor!! 

Ela nada disse apenas foi para o quarto e ele pegou o telefone ligando para seu amigo policial para ver se ele já estava a par do caso e ele contou como tinha sido depois de ele revelar que Julia era sua mulher, conversaram por um longo tempo e depois de desligar ele foi para o quarto e sentou na cama a espera dela. Julia ainda demorou alguns minutos dentro do banheiro e quando saiu enrolada na toalha gemeu pela dor que sentia nas costas pelo modo como tinha sido segurada por Afonso. 

— Ângelo... - falou assustada. 

— Venha até aqui!!! - disse firme e ela caminhou até ele parando em sua frente. - Tira a toalha. 

Ela negou com a cabeça. 

— Eu não estou machucada!!! - argumentou. 

— Eu disse pra tirar a toalha... - queria comprovar com seus olhos que ela estava mesmo bem. 

Julia deu um longo suspiro e deixou que a toalha caísse em seus pés e ele começou a analisar o corpo dela como medico, mas seu corpo se tremia a cada novo toque em sua pele quente a virou de costas e aquele bumbum perfeito foi a sua ruína e ele a puxou beijando seu traseiro e ela respirou pesado sentindo as mãos dele apertar sua cintura com calma. Ela se virou para ele que beijou sua barriga sendo acariciado nos cabelos por ela que amava quando ele a tocava com os lábios, ele a puxou para que sentasse em seu colo e disse:

— Sei que não é o melhor momento, mas eu não consigo resistir... 

Ela levou o dedo aos lábios dele e disse com todo amor do mundo. 

— Eu só quero que você me ame!! - levou seus lábios aos dele e o beijou enquanto arrancava a camisa que ele estava. 

Ângelo sentiu o corpo todo pegar fogo e sem mais delongas arrancou sua roupa e toda depois de colocá-la deitada na cama, ficou completamente nu e deitou sobre ela com sentindo o coração bater tão rápido que poderia enfartar com aquele desejo que sentia por ela e não podia controlar, beijou seus lábios e ficou no meio de suas pernas roçando seu membro na intimidade dela num vai e vem que ela revirou os olhos esquecendo-se da dor e apenas sentindo o prazer que era estar nos braços dele. 

— Eu te amo tanto... - ela gemeu as palavras cravando as unhas nele que gemeu junto a ela. 

— Eu queria poder ser mais forte... - beijava o pescoço dela enquanto as mãos apertavam sua cintura. - Mas eu não posso porque te amo!!!! - e com um movimento adentrou o corpo dela que gemeu alto junto a ele. 

Os corpos numa junção tão perfeita que o mover dos corpos era em completa sincronia e ela sorriu puxando ele ainda mais para cima de seu corpo e o devorou com os lábios enquanto ele ia cada vez mais rápido e intenso naquela cavidade que era sua morada e mesmo sabendo que tinham problemas graves estavam ali se entregando ao amor. Porque o amor tudo pode o amor tudo cura e eles, ou melhor, ela lutaria para ter o perdão dele e de sua amada filha para que por fim pudessem ser uma família de verdade.

Juras de amor foram ditas por ambos enquanto os corpos se fundiam um no outro e eles rolaram por aqueles lençóis levando os corpos ao melhor orgasmo que já puderam ter juntos. Era a mistura da tensão com tesão que os fizeram ir ao pico do prazer e ele caiu ao lado dela com a respiração em alta e um leve sorriso no rosto e ela se virou deitando em seu peito para sentir o coração dele bater por ela, acariciou seu peito e distribuiu beijinhos leves com longos suspiros e ele a segurou em seus braços e beijou seus cabelos dizendo. 

— Nada precisa ser dito hoje, apenas vamos descansar desse dia e amanhã vamos juntos lutar por nossa filha!!!

Ela o olhou por um momento e com o coração apertado disse:

— Você ainda vai seguir ao meu lado depois que nossa filha nos perdoar? Eu te amo tanto!! - encheu os olhos de lágrimas. 

— Isso vamos descobrir juntos!!! - disse com certeza. - Vamos descansar um pouco porque não te quero com dor!!! - beijou a testa dela que entendeu que não era hora pra conversa e voltou a deitar em seu peito depois de puxar o lençol. - Eu te amo!!!

— Eu também te amo!!! - falou com calma e a abraçou com cuidado deixando que os corpos relaxassem depois daquele maldito dia...