Poliana Moça escrita por esterjuli


Capítulo 2
A Festa do Pijama


Notas iniciais do capítulo

Já voltei com outro capítulo!!! Tava inspirada, espero que gostem desse capítulo, fiz ele um pouco menor pra não ficar cansativo pra vocês! Em breve pretendo postar mais um! Boa leitura. :D



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Pov. Poliana

Tagarelamos por horas, falei de tudo que tinha passado na França. Como tinha sido difícil a adaptação e como o fato de eu não saber francês tinha sido um obstáculo e tanto na hora de se virar em uma cidade grande e cheia de gente como Paris. Falei dos museus incríveis, dos pontos turísticos lotados e dos casais super apaixonados que sempre encontrava. Quando a conversa chegou nesse ponto a Lorena perguntou:

— Falando em paixão, não teve nenhum francês que mexeu com seu coração? - essa pergunta me fez enrubescer um pouco, todas tinham uma expressão curiosa, ansiosas por uma resposta enorme que contivesse uma linda história de amor, mas teria que decepcioná-las.

— Na verdade não, quer dizer eu até que tive alguns ‘crushs’, mas por mais que os franceses fossem incrivelmente lindos, nunca me apaixonei por nenhum. Talvez por que eu não socializava tanto com eles, passava muito tempo preocupada em ajudar as pessoas, principalmente meus tios. Sem contar que a França nunca foi minha casa, por mais que eu estivesse lá, era como se eu tivesse deixado parte de mim aqui - no início das frase elas pareceram ter ficado um pouco decepcionadas mesmo, mas enquanto eu falava, elas fizeram uma cara de “é a Poliana, já esperávamos por isso”.

Então ao fim da frase elas se entreolharam com um sorriso um pouco maléfico e a Lorena perguntou:

— Ou talvez você já tivesse outro no seu coração quando saiu daqui - ela tinha uma expressão zombeteira, não entendi exatamente a quem ela estava se referindo.

— Que? - perguntei e todas pareciam incrédulas com o fato de eu não ter entendido, pra todas parecia tão óbvio.

— Ah Poli, nem vem me dizer que você não sente nada pelo João. - Yasmin respondeu, fazendo meu rosto enrubescer de imediato, nunca tinha pensado no João dessa maneira, ele era meu melhor amigo. Mas pelo jeito, não era isso que dava a entender.

— E-eu não! Que ideia! Eu e o João somos melhores amigos! - respondi envergonhada, gesticulando mais do que nunca. Elas sorriram ao me ver toda atrapalhada.

— Ah disso a gente já sabe, mas nada impede de ser algo a mais. - Kessya respondeu, se divertindo com minha aflição.

— Pois é, a gente sempre viu como vocês são próximos! Me surpreendi de terem conseguido ficar tanto tempo separados, quando você morava aqui, não se desgrudavam! Eram tão fofinhos! - disse a Raquel.

Fiquei surpresa de todas concordarem que eu e o João formaríamos um casal bonito. Todas me encaravam à espera de que eu dissesse que na verdade eu tinha a maior queda por ele, mas não era bem assim, o João era apenas meu amigo. Vendo que eu tinha parado de falar por estar imersa em meus pensamentos, Lorena falou:

— Tá, entendemos que vocês são amigos, que ficaram muito tempo separados e que a última vez que se viram mal tinham se tornado adolescentes, maaas agora que você voltou... - ela olhou esperançosa pra mim, e essa foi a deixa para que meu rosto corasse pra valer, realmente não tinha pensado na possibilidade de algo acontecer entre mim e o João, mas eu sabia que não tinha como.

— Não, nada vai acontecer, tá bom! Eu conheço o João há anos, sei de tudo sobre ele e ele sabe tudo sobre mim, como uma amizade tão forte poderia se tornar amor? - elas gargalharam e eu fiquei sem entender.

— Você é muito ingênua, Poli! - Kessya falou, ainda rindo.

— Vou te dizer que já vi muitas amizades como essa se tornarem amor e pra ser sincera, os relacionamentos mais firmes que conheço começaram assim - Raquel falou e eu ri, sem acreditar. - Tô falando sério! - ela insistiu.

— Pode até estar, mas comigo e com o João não vai ser assim, eu não penso nele como nada além de meu amigo e ele pensa do mesmo jeito. - elas se entreolharam e gargalharam, vejo que tudo que eu falava parecia cômico para elas.

— Olha Poli, nisso eu acho que você tá enganada - a Yasmin falou e as outras assentiram. - Pelo jeito, só você não percebeu que o João é caidinho por você - ela continuou e eu ri de novo, agora elas que estavam sendo engraçadas. Elas franziram as sobrancelhas.

— É sério! Como você não vê? Olha hoje, por exemplo, o jeito que ele te tratou, não acha que foi diferente? - Lorena perguntou. Eu balancei a cabeça, negando.

— Nada disso, ele agiu como sempre. Ele sempre foi atencioso e carinhoso comigo - eu disse com ar de confiança e elas sorriram.

— Então, acho que essa paixão é mais antiga do que pensamos - a Kessya falou em tom de deboche e eu joguei uma almofada nela.

— Gente, é sério. Não tem nada disso! O João é assim com todo mundo - eu disse e elas se entreolharam novamente e riram, já estava me acostumando com essa reação.

— Bom, comigo não é e com você, Yasmin? - perguntou Kessya.

— Nem comigo. E com você, Raquel? - perguntou Yasmin.

— Comigo muito menos! E com você, Lorena? - Raquel perguntou, rindo.

— Ah, comigo ele é! - todas paramos e eu já iria comemorar a resposta sincera de Lorena até ela dizer  - Brincadeirinhaa! Claro que não! Esse tratamento é exclusivo da Polianaaa! - todas gargalharam e eu revirei os olhos. Aparentemente, aquela batalha eu não iria ganhar.

— Tá, mas que grande coisa vocês viram o João fazer por mim, pra estarem com essa ladainha - eu perguntei expressando um aborrecimento inexistente.

— Por onde começo? - Lorena perguntou às meninas.  - Bom, primeiro que ele te chamou pra dançar, quando você estava sozinha! - ela continuou

— Nossa, grande coisa! A gente sempre dançou junto, vocês estão cansadas de saber que ele sempre é o meu parceiro de dança. - Falei e a Lorena continuou:

— Sim, a gente sabe, mas pra começo de conversa, ele é muito corajoso de continuar dançando com você depois das tantas vezes que você pisou no pé dele! - ela deu um sorrisinho.

— Ah, mas ele não dançou sem reclamar, sem contar que ele que tinha me chamado, ele tinha que aguentar - eu disse cruzando os braços.

— Tá bom, então que tal a hora em que ele colocou aquela música que era super especial pra você? - Kessya falou - Ele faz de tudo pra fazer você feliz, até tentou te ensinar a dançar forró! Foi tão bonitinho, vocês dançando juntinhos de olhinhos fechados - Kessya continuou a falar com olhar sonhador. Enrubesci por um momento, por perceber que todo mundo tinha visto esse momento.

— Não acredito que perdi esse momento! - Raquel reclamou.

— Pois é, foi ficar de namorico com o Guilherme, perdeu muita coisa - Lorena falou com um sorriso debochado, em um instante só vi a almofada sendo jogada na cara da Lorena e a expressão vitoriosa da Raquel.

— Ah! E não vamos esquecer os abraços fofíssimos que vocês deram! - Yasmin continuou a elencar possíveis provas de que João tinha uma queda por mim.

— Mas isso nós sempre fizemos, nos abraçamos sempre - elas me olharam triunfantes, achando que isso era uma prova de que nos gostávamos.

— E e-eu abraço todo mundo! Vocês bem sabem, amo abraços! - elas concordaram, mas ainda tinham feições acusadoras e zombeteiras.

— E o que foi aquela hora que a Poliana começou a chorar e ele olhou todo preocupadinho! Ownnn! Tava na cara que ele tava doido pra abraçar ela e consolá-la, mesmo que ele não soubesse o motivo do choro. - Lorena continuou falando com as meninas como se eu não tivesse ali. Limpei a garganta pra que ela percebesse minha presença e parasse de falar de mim em terceira pessoa.

— Ah, desculpa! Me empolguei demais. Só mais uma coisa, aquela hora que você abraçou ele, você TINHA que ver a cara que ele fez! Foi tão fofaaa! Era como se ele tivesse ficado surpreso, mas era uma surpresa muito agradável e depois de um segundo ele sorriu como se fosse o momento mais feliz da vida dele - Lorena falou, super empolgada.

— Oh Lô, bem que você podia começar a escrever romances, hein? Sabe inventar romance até onde não tem - eu disse rindo, ela cruzou os braços e franziu a sobrancelhas, mas depois não segurou a risada, assim como todas as outras meninas.

Depois de horas de conversa, estávamos todas mais exaustas do que nunca, mas se tinha uma coisa que não podia faltar em uma festa do pijama era uma guerra de travesseiros, então aproveitei a deixa para pegar meu travesseiro e acertar a Lorena. E assim, a guerra estava declarada, só se via gritaria, risadas e batidas de travesseiro. Bom, isso até o Tio Durval acordar e vir dar um baita sermão na gente, porque não estávamos deixando ninguém dormir. E foi assim que a nossa festa do pijama terminou. Quer dizer, terminou pra o resto das meninas, porque assim que encostei a cabeça no travesseiro, não consegui fazer minha mente silenciar, me questionando se o João poderia mesmo sentir alguma coisa por mim. Depois de uma grande recapitulação do dia, cheguei a conclusão de que não havia a mínima chance e que isso era só coisa da cabeça das meninas.  


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Notas finais do capítulo

Um capítulo pequeno, mas cheio de emoções! Pelo menos eu espero que tenha sido pra vocês, porque pra mim foi. Espero de coração que tenham gostado! Continuem a acompanhar e ler que ainda há muitas emoções por vir. Ah e obrigada por lerem!

P.S: Agradeço se vocês comentarem o que acharam! :D



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