P.O.V. Jace.

Diana sofreu um estirão de crescimento. Ela já parece uma criança de sete anos. E o pior de tudo, ela sumiu.

P.O.V. Titus.

Estávamos no planeta.

—Qual era mesmo o nome deste planeta?

—Eu acho que era Zatar.

—Você já viu uma colheita?

—Não, mas me foi dito que é tudo feito da maneira mais humana possível.

Então, uma voz infantil perguntou com sarcasmo:

—E você acreditou? Como você é burra.

—O que?

—Além de burra é surda?

—Parece que esqueceram uma.

—Nos perdoe Lorde Balém.

O draconiano avançou encima dela e os olhos da menina mudaram de cor, foram de um azul para um violeta brilhante e ela moveu sua mão. Lançando o draconiano longe.

—Sai pra lá, lagartixa.

Ela olhou em volta.

—Isso não foi ritual da colheita. Foi massacre.

A menina começou a desenhar no chão com um graveto.

—Incendea!

O desenho pegou fogo. Era uma estrela.

Ela entrou dentro da forma.

—Você quer ver o que aconteceu aqui, Dona?

—É impossível algo assim.

—O tempo é um fluxo. Ele é fluido e se você nasce na família certa, pode viajar pra frente e pra trás. Mas, eu não vou viajar, vou mostrar.

A garotinha de cabelos loiros deitou no chão.

—Eu invoco a ti Manon, eu invoco a ti Manon, pelo Poder do três vezes três faça que vejam, faça que vejam.

Então, o ambiente á nossa volta começou a mudar. Pessoas, muitas pessoas. Caminhando em volta de nós, rindo, mães carregando seus filhos.

Logo o lugar virou o caos. Pessoas correndo, gritando, sendo perseguidas e caçadas e assassinadas.

Era como estar num pesadelo. Os draconianos perseguiam as pessoas.

—Meu Deus!

Então, finalmente acabou.

—Da forma mais humana possível. Sei.

A menina levantou.

—O que foi isso?

—Foi obra sua. E não se incomode em chamar por Deus, porque ele te abandonou. Vocês estão mortos.

—Estamos muito vivos.

—Não. Vocês estão mortos. De dentro pra fora.

A garotinha pegou um palitinho e desenhou um símbolo. Então, o empurrou e abriu-se um buraco. Um portal.

—Adeus, fantasmas.

Ela passou pelo portal e ele se fechou.

—Fantasmas? O que é um fantasma?

Nós retornamos ao Alkasar de Kalique e decidimos pesquisar no computador.

—Computador, o que é um fantasma?

—Fantasma. De acordo com a mitologia do planeta Terra, um fantasma é uma alma que não possui um corpo e ainda assim está condenada a vagar pela Terra por toda a eternidade. Fantasmas atravessam paredes e outros objetos sólidos. 

—Terra. Onde fica a Terra?

—Sistema solar, Via Láctea.

—Um ser capaz de atirar um draconiano longe, de abrir um portal e nos mostrar o passado? Isso eu quero ver.

—Titus. É uma má ideia.

—Temos que saber de onde ela veio Kalique. E como ela consegue fazer aquilo.

—Concordo.

—Então o que estamos esperando?

Entramos na nave e traçamos o curso para a Terra.

E descobrimos coisas... que jamais pensei que fossem possíveis.

—Um local abandonado? Porque ela viria para um local abandonado?

—Vamos entrar.

O local estava caindo aos pedaços.

—Porque você viria para um local abandonado?

—Porque não está abandonado. Só parece abandonado.

—O que?

—Vocês são mundanos por isso não conseguem ver como ele é de verdade.

—Mundanos?

—Humanos. Mortais.

—E você não é?

—Não. Eu sou sobrenatural.

P.O.V. Kalique.

A menina me estendeu a mão.

—Se deem as mãos.

E nós demos.

—Agora pega a minha mão.

—Porque?

Ela agarrou na minha mão e eu não pude crer no que estava vendo. O prédio estava se reconstruindo sozinho. E tinha tanta tecnologia que nem parecia uma fazenda.

—Diana!

—Mamãe!

A menina correu para os braços da garota ruiva.

—Tenho a impressão de que os mundanos estão nos vendo.

—Eles não são mundanos. São alienígenas!

—Alienígenas? Bom, não importa. Amanhã é o seu primeiro dia no Instituto Salvatore. Tá animada?

—Sim!

—Oba.

—Eu já passei o seu uniforme.

—Porque ir a este Instituto?

—Conversamos sobre isso Jace. A Diana é parte bruxa e parte vampira. Ela precisa aprender a controlar suas habilidades, todas elas.