Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 17
O rosto que desejo ver


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal por favor me desculpem o atraso sim? Eu sei que demorei, mas dessa vez foi o tempo que não deixou, mas prometo que irei postar mais rápido sim?
Não desistam de mim kkk
Boa leitura ^^



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Sábado em Brighton.

Uma noite de chuva fora seguida por uma bela manhã, Holmes e Watson caminharam pela estrada larga, respirando o ar fresco da manhã. De uma elevação da estrada, longe, viram um carro preto o qual ia em direção aos dois. Sherlock soltou uma exclamação de impaciência.

Eu tinha dado uma margem de meia hora — disse ele — se for o carro de Violet é porque vai embora mais cedo. Receio, John, que ela passe por Charlington antes que possamos alcança-la.

Depois de terem passado a elevação, não viram mais o veículo, e correram em direção ao carro. Sherlock se ergueu em desespero ao ver o carro parado e sem ninguém dentro dele. Com as portas abertas e o motor ligado ainda com a chave no painel.

Tarde demais - disse Holmes, enquanto eu corria – que Idiota que eu fui, em não ter pensado num trem mais cedo! Houve um rapto! Assassinato, Deus sabe o quê!

Ainda temos tempo – John disse entrando no carro – agora entre e vamos ver se conseguimos alcançar quem quer que tenha feito isso.

Entraram e deram partida no carro e ao andarem mais alguns quilômetros logo viram alguém na estrada.

Lá está o homem! – John disse.

Um ciclista solitário vinha na nossa direção. Estava de cabeça baixa, com os ombros para a frente, pondo nos pedais toda a força que possuía. Voava como um corredor. De repente, ergueu o rosto e parou, saltando da bicicleta.

Parados – o homem gritou obstruindo a estrada com a bicicleta. — Onde arranjaram esse carro? – gritou tirando um revólver do bolso.

John parou e os dois desceram do carro com as mãos para cima.

Onde está a Srta. Violet Smith? — perguntou Sherlock com sua voz clara, incisiva.

É o que lhe pergunto – o homem retrucou – estão no carro dela devem saber onde ela está.

Encontramos o carro vazio na estrada, - John falou – estávamos tentando salvá-la.

Deus do céu, Deus do céu! – exclamou o homem, desesperado. — aquele miserável do Woodiey e o falso padre. Venha, venha, se realmente é amigo dela. Fique comigo, e nós a salvaremos, mesmo que eu morra em Charlington.

Os três correram para o carro e o homem dirigiu até a mansão Charlington.

Entraram num belo gramado, cercado por árvores velhas. Na extremidade, à sombra de um grande carvalho, havia um singular grupo de três pessoas. Uma mulher, Violet Smith, pálida e a ponto de desmaiar, amordaçada. Na sua frente, um rapaz de aparência selvagem, bigode ruivo, segurando um chicote com a outra mão, numa atitude de triunfante desafio. Entre eles, um homem idoso, de barba grisalha, com um terno leve de casimira, que iria começar a celebrar um casamento pois tirava do bolso o livro de orações.

Parados e a soltem! – Sherlock gritou.

Os três se aproximaram e a jovem cambaleou, procurando apoiar-se no tronco da árvore. Williamson, o ex-padre, inclinou-se diante de nós com irónica cortesia, e o brutal Woodiey avançou com um grito de selvagem.

Vocês não vão me atrapalhar nos meus planos de me casar – ele disse.

Pode tirar a barba, Sr. Currethers – Sherlock disse surpreendendo John e o homem.

O homem arrancou a barba que lhe servira de disfarce e atirou-a ao chão, deixando-os ver um rosto comprido. Ergueu o revólver, apontando-o para o miserável Woodiey, que avançava agitando o perigoso chicote.

Sim, sou Bob Carruthers e farei com que esta mulher obtenha justiça – eu lhe disse o que faria se a incomodasse, e, por Deus, cumprirei minha palavra.

O revólver estalou, e viram sair sangue do peito de Woodley, que soltou um grito, deu uma reviravolta e caiu de costas, com o rosto terrivelmente pálido. O velho falso padre correu tentando fugir da situação, mas Sherlock conseguiu segurá-lo enquanto John examinava o Sr. Woodley que estava baleado.

Me perdoe Violet – Sr. Carruthers disse aos prantos – quis tanto protege-la que fiquei louco, lembrando-me de que ela estava à mercê do maior canalha, mas desde que você veio trabalhar em minha casa, nunca a deixei passar por aqui, onde sabia que esses bandidos a espreitavam, sem a seguir na minha bicicleta, para protegê-la. Usando barba postiça, ficava longe, para que não me reconhecesse.

Sr. Carruthers – Violet estava aos prantos – devia ter me avisado.

Me perdoe – o homem disse por fim – perdoe por engana-la também.

Então o acordo dos dois era um casar com ela e o outro desfrutar apenas da fortuna – Sherlock disse encarando Violet – parece que seu Tio lhe deixou um dinheiro e ações e o Sr. Carruthers e o Sr. Woodley descobriram e pensaram em um golpe contra a senhorita.

Fortuna? – ela indagou sem entender.

Seu Tio era sócio do clube Bagatelle – Sr. Carruthers disse – e deixou dinheiro e ações para você, Woodley se casaria com você e dividiríamos o dinheiro, mas eu vi o quão estúpido ele é e acabei me apaixonando por você, não poderia deixar ele colocar as mãos imundas em você Violet.

Bagatelle? – John sussurrou para Sherlock que entendeu na hora o que estava acontecendo.

Violet cambaleou, estava tonta e desnorteada com as notícias, enquanto Sherlock sabia o que Sebastian queria. Mexer com a cabeça do detetive mesmo depois de preso mostrando que estava à espreita, mas ele mal sabia também que o Holmes jogava esses jogos a mais tempo que ele. Sherlock e John se entreolharam enquanto ouviam a sirene da polícia e da ambulância chegando. Aquele resto de dia seria longo e tudo o que o detetive queria depois de ter resolvido o caso era ver Molly Hooper.

—x-

John estava exausto depois de um dia corrido em Brighton devido ao caso, mas tudo estava resolvido e no fim Sherlock explicou tudo o que já sabia esclarecendo os fatos para a polícia local. Ele havia ido direto para o apartamento de Molly e John só queria chegar em casa e ver Rose e Jane. Quando atravessou a porta da casa se deparou com algumas malas na sala e logo viu Jane toda arrumada com Rose no colo.

John! – ela disse e correu para abraça-lo.

Minhas meninas – ele disse abraçando as duas – que saudade.

Que bom que chegou bem – a loira disse sorrindo – precisamos conversar.

Certo – John disse e colocou Rose no chão perto dos brinquedos – essas malas são suas?

Estou indo para Nem York – Jane disse e sorriu fraco – John eu quero muito pedir transferência, mas eu preciso saber de você se está tudo bem mesmo.

John refletiu e encarou a mulher a sua frente. Ela ansiava por uma resposta que fosse firme e que a deixasse segura. O doutor Watson olhou dela para Rose e viu que a menina mexia nas malas de Jane, as duas estavam se dando muito bem e ele sabia o quão Rose era difícil de se adaptar a uma nova pessoa e se deu muito bem com Jane logo de cara.

Eu quero que você vá e volte o mais rápido possível – John disse firme e dessa vez sem medo – eu quero que isso dê certo entre nós por isso não demore para voltar pra mim Jane Phines.

John foi na direção dela e a beijou intensamente enquanto Jane correspondeu ao toque dele com o coração a mil e finalmente tranquilo por poder ter por inteiro o homem que amava. Os dois estavam perdidos naquele beijo e suas línguas dançavam uma dança nova para ambos enquanto se sentiam completos. Rose puxou a calça do pai atraindo a atenção dele.

Papa – ela disse em bom som.

Rose – John se abaixou e pegou a filha no colo – você disse papa? Ela disse papa!

Sim essa princesa disse isso o dia todo – Jane beijou a testa da menina – ela sentiu sua falta.

Sua primeira palavra – John disse bobo – estou tão feliz por ter as duas ao meu lado.

Jane sorriu e os três foram direto para a mesa de jantar enquanto Jane os servia Rose cantava com o pai como costumavam fazer sempre antes do jantar e quem quer que olhasse de fora iria admirar aquela família que apesar das pancadas da vida haviam encontrado felicidade uns nos outros.

—x-

Molly estava esperando sua mãe atender a chamada de vídeo dela. Já fazia um tempo que as duas não conversavam e depois do episódio com Sebastian aí que fazia tempo mesmo. Porém a Hooper sabia que a mãe já havia se acostumado com a falta de notícias dela porque sempre fora assim, agora seu irmão nunca se acostumou com a ausência da irmã.

Minha filha! – a Sra. Hooper disse emocionada – finalmente lembrou-se de mim.

Me desculpe mãe – a ruiva disse sem graça – muita coisa aconteceu e eu não consegui dar notícias.

Tudo bem eu entendo a vida de uma legista em Londres – a mulher disse – seu irmão que está chateado com você.

Já era de se esperar – Molly riu – e como está ele?

Mais bonito a cada dia – a mãe de Molly riu – mas sem namorada ainda, mas continua jogando muito bem.

Isso é ótimo – a legista estava animada – espero que venham logo me visitar.

Iremos sim assim que ele entrar de férias – a Sra. Hooper completou.

Molly ouviu uma agitação em sua porta da frente e a encarou. Sua mãe perguntou o que era e a ruiva levantou-se lentamente pedindo para a mãe esperar. Quando o seu visitante conseguiu abrir a porta Molly sorriu e o abraçou forte.

Sherlock – ela disse animada – porque não me avisou que já tinha chegado?

Queria te surpreender – ele disse e analisou o local – está falando com alguém?

Oh é verdade – ela correu para o computador – mãe desculpe é só o Sherlock.

Mãe? – o detetive se aproximou e ficou em pé atrás de Molly encarando a figura da mulher na tela do computador.

Sherlock Holmes – a mulher sorriu – mas o detetive é muito bonito.

É um prazer Sra. Hooper – ele tentou sorrir como ela, mas a situação era estranha ainda sim – sua filha já contou que estamos em um relacionamento?

Estão namorando – a mulher encarou Molly – porque não me disse logo filha?

Mãe por favor – a legista lançou um olhar reprovador para o Holmes – depois falamos mais sim?

Mas eu quero saber mais você finalmente está namorando filha – ela disse, mas Molly fechou o notebook na hora.

Sherlock encarou Molly que apenas suspirou e o olhou com um olhar de “esquece isso”, mas é claro que ela não queria que alguém soubesse do relacionamento dela com ele e com certeza não era sua mãe.

Por que não quer que seu irmão saiba que estamos juntos? – o detetive perguntou sem rodeios.

E por que você acha isso? – a ruiva estava arrumando algo para os dois comerem.

Você queria omitir da sua mãe porque ela sempre conta tudo para seu irmão pelo fato dos dois serem bem próximos, mas por qual motivo seu irmão não pode saber? – Sherlock queria uma explicação.

Olha – a legista o encarou derrotada – digamos que meu irmão tem um temperamento difícil e também nunca se dá bem com meus namorados e mais ainda depois que eles conhecem meu irmão eles misteriosamente terminaram comigo.

Interessante – Sherlock disse pensativo – eu adoro um bom desafio.

Sherlock eu não quero você e meu irmão se enfrentando – ela se dirigiu ao banheiro – agora pelo que eu vejo o caso foi trabalhoso, vou preparar um banho para você quando tirar as rupas eu vou lavá-las e depois que você comer cuido dos seus ferimentos que aparentemente são leves.

Sherlock se animou e por hora esqueceria o irmão de Molly e aproveitaria o tempo em que ela estaria cuidando dele. Ele se dirigiu ao banheiro e tomou um banho finalmente sentindo seu corpo relaxar, mas sua mente maquinando se Sebastian ainda tinha planos para ele ou pior, para Molly. O detetive não iria preocupa-la contando sobre a pequena ligação da jovem ciclista com o clube Bagatelle, queria a inteira atenção de Molly apenas para ele naquela noite. Depois os dois comeram e Molly cuidou dos ferimentos do amado e enfim foram para o quarto da legista que iria fazer uma massagem em Sherlock.

Relaxe – ela disse quando ele tirou a camisa e deitou na cama dela.

Meu corpo obedece, mas sabe que minha mente não – ele disse e sentiu um arrepio em seu corpo ao sentir as mãos de Molly massagearem suas costas.

Tente – ela apertava os ombros dele e deslizava em movimentos prazerosos para o detetive – eu sei que está cansado e precisa de uma boa noite de sono.

Hum – ele se limitou a dizer aproveitando os toques dela – você é boa nisso.

Obrigada – Molly sorriu e deu um gritinho quando de repente Sherlock a puxou pelo pulso a fazendo deitar em cima dele – Sherlock!

Senti sua falta – ele disse fitando os olhos intensos da ruiva.

Molly apenas estava paralisada observando a imensidão azul que olhava tão intensamente para ela. Ele a puxou para um beijo que era diferente dos outros, era cheio de paixão e desejo como se sua vida dependesse daquilo. As mãos de Sherlock passeavam pelo corpo da legista que agarrou os cabelos e a nuca dele com força arrancando um pequeno gemido do detetive. Sherlock levantou a camisola de Molly com o intuito de tira-la e ela permitiu fazendo o mesmo com o Short que ele usava. O calor de suas peles seminuas aumentava cada vez que se tocavam, a sensação era muito melhor do que o Holmes imaginava. Ele inverteu as posições ficando por cima de Molly, os dois ofegantes, e então beijou o pescoço dela fazendo um caminho por entre seus seios, barriga até chegar onde queria. O telefone dele começou a tocar.

Mais que droga! – Sherlock bradou irritado por ter sido interrompido.

Melhor você atender – Molly disse com um sorriso maroto levantando da cama.

Não Molly – ele tentou persuadi-la, mas era tarde.

É sua mãe – a legista entregou o celular para ele.

Mãe não é uma boa hora – ele disse encarando Molly que estava apenas de sutiã e calcinha.

Como você pode começar a namorar aquele doce de mulher e não me dizer? – ela estava visivelmente brava – Molly é tudo o que eu quero em uma nora.

Mas quem contou a senhora sobre Molly? – Sherlock pensou um pouco – maldito Mycroft!

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Estamos chegando no final da história pessoal e eu já estou com saudades :(
Não esqueçam de comentar tudo bem?
Isso me ajuda a não desistir.
Muito obrigada a quem tem comentado todos os caps! Isso me deixa muito motivada eu amo saber o que vocês sentiram ao ler.
Bjos
TinaS



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